Carla.Parreira 10/11/2023
Praticando o poder do agora (Eckhart Tolle)...
Uma das coisas que o livro ensina, além da importância de se manter no agora, é que somos programados socialmente para usar fatos e pessoas para causar a nossa própria infelicidade, e devemos evitar isso reprogramando-nos ao oposto como primeiro passo para ser feliz e ter paz psicológica.
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Melhores trechos: "...A gratidão pelo momento presente e pela plenitude da vida atual é a verdadeira prosperidade. Não está no futuro. Então, no tempo certo, essa prosperidade se manifesta para nós de várias maneiras... Quando estamos presentes, nunca precisamos esperar por nada... O poder do agora nada mais é do que o poder da sua presença, da sua consciência libertada das formas de pensamento... O sofrimento deseja sobreviver, mas, para isso, precisa conseguir que nos identifiquemos inconscientemente com ele. Então poderá nascer, nos dominar, 'tornar-se nós' e viver através de nós... Manter-se em um estado de alerta consciente destrói a ligação entre o sofrimento e o mecanismo do pensamento e aciona o processo de transformação... Não se pode amar alguém em um momento e atacar essa pessoa no momento seguinte. O verdadeiro amor não tem oposto. Se o seu 'amor' tem oposto, então não é amor, mas uma grande necessidade do ego de obter um sentido mais profundo e mais completo do eu interior, uma necessidade que a outra pessoa preenche temporariamente. E uma forma de substituição que o ego encontrou, e, por um curto período, ela parece ser mesmo a salvação... É por isso que, passada a euforia inicial, existe tanta infelicidade, tanto sofrimento nos relacionamentos íntimos. Estes não causam o sofrimento e a infelicidade. Eles trazem à superfície o sofrimento e a infelicidade que já estão dentro de nós. Todo vício faz isso. Todo vício chega a um ponto em que já não funciona mais para nós, e, então, sentimos o sofrimento mais forte do que nunca... O amor é um estado do Ser. Não está do lado de fora, está bem lá dentro de nós. Não temos como perdê-lo e ele não consegue nos deixar. Não depende de um outro corpo, de nenhuma forma externa... Se você não consegue ficar à vontade consigo mesmo, vai procurar um relacionamento para encobrir o seu desconforto. Só que esse desconforto vai reaparecer de alguma outra forma no relacionamento, e você, provavelmente, atribuirá a responsabilidade ao seu parceiro... A mente não consegue aceitar quando uma situação á qual ela tenha se apegado muda ou desaparece. Ela vai resistir à mudança. É quase como se um membro estivesse sendo arrancado do seu corpo. Isso significa que a felicidade e a infelicidade são, na verdade, uma coisa só. Somente a ilusão do tempo as separa... Uma vez que você tenha se identificado com alguma forma de negatividade, não vai querer que ela desapareça e, em um nível inconsciente mais profundo, não vai desejar uma mudança positiva. Ela iria ameaçar a sua identidade como uma pessoa depressiva, zangada ou difícil de lidar. Você então passa a ignorar, negar ou sabotar aquilo que é positivo em sua vida. E um fenómeno comum. E também doentio... Não busque nenhum outro estado além daquele em que você está agora, senão vai criar um conflito interno e uma resistência inconsciente... A aceitação daquilo que é nos liberta imediatamente da identificação com a mente e nos religa com o Ser. A resistência é a mente... Quando o seu sofrimento é profundo, você provavelmente tem um grande anseio de escapar e de não se entregar a ele. Você não quer sentir o que está sentindo. Pode parecer que é a situação que está causando o sofrimento, mas não é bem assim: a responsável é a sua resistência..."