Nona Casa

Nona Casa Leigh Bardugo
Leigh Bardugo




Resenhas - Nona Casa


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-Koraline 17/12/2021

Péssimo
#MaratonadoDesespero - Desafio Artilheiro - Um livro que muitas pessoas não gostam, mas tem certeza que vai gostar.
Quando ouvi dizer que Nona Casa era um livro mais voltado para o público adulto da Leigh Bardugo, tinha certeza que iria amar, já que adorei a trilogia Grisha e a duologia de Six of Crows, mas me enganei demais. Primeiramente, o universo não é nada bem explicado, o "inferno" e sua hierarquia me deixaram um pouco confuso, especialmente a parte demoníaca, que mal é abordada e tem uma importância absurda para o plot twist, as outras sociedades e a cidade em si (que é a única com fantasmas) não são bem descritos e nem explicados, e as conexões entre os personagens surgem do nada quando é mais conveniente.
O livro contém muitos, mas muitos gatilhos que envolvem droga, vício, estupro, abuso sexual, e morte. As cenas de estupro, que foram muitas, foram tratadas de forma extremamente irresponsável, como se ser violentada aos 12 anos e ser drogada com o intuito de estupro não fossem nada demais, e são situações tão banais que não mereciam mais do que alguns parágrafos e uma vingancinha infantil para que o assunto pudesse ser completamente esquecido. E quanto às drogas? A protagonista foi usuária por vários anos e de repente se junta a uma sociedade e fica completamente limpa, banalizando a luta que pessoas com vício em drogas tem para se desintoxicarem, e a autora aborda o assunto como se o vício fosse algo muito fácil de largar. Caso você tenha qualquer gatilho com esses assuntos ou se sinta mal em ler esse tipo de cena, por favor, escolha outro livro, e se você tiver vontade de ler Nona Casa, por favor, escolha outro livro, tipo, qualquer outro.
prik 18/12/2021minha estante
minha nossa eu ia ler só pq era da leigh mas sério q ela fez isso?


Valéria Medeiros 18/12/2021minha estante
Kkkk não lerei!


Elida 28/12/2021minha estante
Ameeeiiii, respeita amor, aqui é manuscrito


Karen204 14/03/2023minha estante
Eu também comecei a ler porque sou muito fã da Leigh, mas o livro não está me pegando, sabe


Cecília 13/01/2024minha estante
prometi p mim msm q ia ler ele msm tendo lido sua resenha (paguei vou ler kk). ta certíssima!! Q LIVRO HORRÍVEL!! tive nojo do q eu estava lendo durante pelo menos 80% da leitura


Juliana2496 19/02/2024minha estante
Abandonei esse




Leo Oliveira 29/10/2021

É doido demais como essa história me surpreendeu em alguns pontos e me fez odiar tudo em outros. Não é uma história que eu releria, mas com certeza me mostrou uma Leigh Bardugo completamente diferente. Todo o conceito do livro me agradou (mesmo eu simplesmente achando algumas cenas extremamente desnecessárias), foi uma experiência muito positiva e o final me deixou bem contente. Espero que o próximo volume acerte algumas lacunas e continue a escalada de Alex.
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Queria Estar Lendo 29/10/2020

Resenha: Nona Casa
Cedido em cortesia pela Minotauro, selo da editora Planeta, Nona Casa é o primeiro romance de fantasia adulta da Leigh Bardugo - conhecida por seu universo Grisha. Aqui, ela explora as sociedades secretas de uma conceituada universidade estadunidense e o ocultismo por trás de todo esse mistério.

A história acompanha Alex Stern e intercala entre seu presente como membro da Nona Casa das sociedades de Yale, responsável por controlar e fiscalizar as atividades extranaturais que acontecem nas outras casas e sua chegada a esse universo. Alex foi convidada a participar desse círculo porque ela é capaz de ver fantasmas - chamados de Cinzentos - e eles lotam as ruas de New Haven com infinitas histórias escondidas em suas aparições.

No passado, seguimos Alex enquanto ela conhece Yale por outros olhos, entendendo sobre cada Casa e seus segredos obscuros. No presente, um assassinato misterioso de uma garota de fora da faculdade coloca Alex no curso de uma investigação perigosa e potencialmente mortífera.

"Por que acha que construíram tantas igrejas aqui? De algum jeito, os homens e mulheres desta cidade sabiam: suas ruas eram lar de outros deuses."

Eu sou completamente cadelinha da Leigh Bardugo e vocês sabem disso faz tempo. Tudo, absolutamente tudo que essa mulher cria, eu amo. O universo Grisha e seus spin-offs e expansões é de uma riqueza absurda, e o mesmo pode-se dizer do que conhecemos em Nona Casa.

Vale lembrar logo de cara que essa é uma fantasia adulta. Nona Casa tem muitos gatilhos de violência gráfica, mutilação, tortura, uso de drogas, assédio emocional e estupro. É um livro pesado, e é importante que você só leia se estiver ciente disso.

O universo que a autora aborda é, desde o começo, muito fascinante. Tem toda uma aura bizarra, medonha, faz crescer a sensação de que estamos lidando com o oculto e o que se esconde atrás de mistérios inimagináveis. É magia, pura e simplesmente, e tudo que ela traz.

Eu preciso confessar que as primeiras 100 páginas foram um problema pra mim por causa da apresentação de mundo. É um começo lento - necessário - e eu me senti "jogada" demais em toda aquela situação pra conseguir me sentir segura de entender o que estava acontecendo ali. Foram 100 páginas de estranheza e de Nazaré Tedesco até que as peças finalmente começaram a se encaixar.

"- A magia é literalmente uma arte moribunda, e New Haven é um dos poucos lugares no mundo em que ela ainda pode ser trazida à vida."

E quando se encaixavam, minha nossa... Os surtos.

Alex é uma protagonista fodona. É a melhor palavra que encontrei pra descrevê-la. Ela teve um passado muito turbulento e problemático, se envolveu com traficantes e com um pessoal da pesada, e as cicatrizes emocionais desse envolvimento são notáveis nela. Em seu passado, existe um incidente envolvendo um massacre no lugar onde ela vivia - e a morte de Hellie, a garota mais importante para Alex até então.

Uma vez inserida no universo das sociedades, durante os capítulos no Outono, conhecemos a Alex rígida e desconfiada, a Alex que esconde o seu passado e se fecha para as visões dos Cinzentos - mas uma Alex obrigada a confrontar o sobrenatural em todas as suas formas, uma vez que se tornou parte de um mundo que vive e depende dele.

As sociedades são a peça-chave desse livro, e a parte que mais me encheu de curiosidade e fascínio. O trabalho da autora em construir cada espaço das casas, suas histórias e relações com a magia, tudo deixa o livro muito intenso e realista. É um pandemônio de informações a princípio, mas pouco a pouco as coisas se encaixam. Perguntas são respondidas. Reviravoltas chegam e te derrubam da cadeira quando menos espera.

"Tem uma pequena cobra espreitando aí dentro, pronta para atacar."

Toda a história de Nona Casa depende das sociedades e da Alex; o que está ao seu redor é intrincado na trama de acordo com sua importância e desenvolvimento - e mesmo a coisinha mais irrelevante vai ter importância em algum momento.

No Outono, também conhecemos Darlington - que é o "guia" e responsável por Alex na Nona Casa, o instrutor que está ali para garantir que ela aprenda sobre tudo para, um dia, ensinar alguém como ele a está ensinando.

Darlington é um amorzão "burguês safado", como diria a Bianca, e eu o amei desde o primeiro momento. Diferente da Alex naquela época, toda tensa e arredia, ele é calmo e controlado, ciente do seu papel e do que precisa fazer para cumpri-lo. Mas também é um jovem lidando com o sobrenatural - e o sobrenatural sempre tem umas surpresinhas.

A relação dele e da Alex - para mim - não teve vibes de romance, apesar de a Bibs ter shippado tanto. Eu gostei de como eles começaram a se entender depois de um tempo, de como o Darlington se tornou uma âncora no mar de loucura que parecia querer levar a Alex para longe, e de como o Darlington viu todo o potencial na Alex e se dispôs a cutucá-la até que ela entenda e o use.

Queria ter shippado, mas pra mim realmente não rolou. Sou cria de Kazinej e esperava mais nos sentimentos se ela quisesse me convencer de que era um ship mesmo. Rolou muito mais um bromance a meu ver.

No presente, que se passa durante o Inverno, não sabemos o paradeiro do Darlington. Ele sumiu sem deixar rastros - e isso, somado às investigações a respeito do assassinato da garota lá no começo da história, desenvolve toda a tensão e o mistério até as últimas páginas.

"- Ninguém se dá conta de quanta vida acontece nas feridas, de quanto elas têm a oferecer."

Quando as respostas chegam, não tem como se preparar para elas. E é bomba atrás de bomba no emocional até te deixar no chão, gritando pro infinito.

Além dos dois, outra personagem maravilhosa é a Dawes - que se envolve com a história toda por causa da sua ligação com a Nona Casa e também porque quer ajudar a Alex a encontrar o Darlington e entender o que diabos matou aquela garota no campus da faculdade. Dawes é uma gracinha, toda séria e pouco inclinada ao humor ácido da Alex - o que as transforma numa dupla impecável.

Eu queria muito falar sobre o Noivo e o detetive Turner, mas o interessante desse livro é: quanto menos você souber, melhor. Espere por bizarrices medonhas envolvendo fantasmas e monstros, por sociedades escondendo segredos perturbadores e por uma protagonista que vai chutar portas e traseiros para conseguir o que precisa.

A abordagem dos temas mais pesados - como drogas, estupro, violência - foi bem encaixada na trama. É para perturbar e faz isso com consciência, sem romantizar ou exagerar a fim de tornar gráfico e gratuito. Tudo que está ali, está ali porque precisa estar, de maneira crítica e que dialoga bem com a realidade.

Mesmo em meio a Cinzentos e tumbas, os monstros ainda são humanos.

A edição da Minotauro ficou muito bonita. Eu adorei o acabamento da capa e o cuidado com a revisão e a diagramação; a tradução da Marina Della Valle também está ótima, fácil de acompanhar - mesmo com todos os termos e nomes e estranhezas desse universo - e bem concisa com o livro.

No mais, Nona Casa é uma obra prima. Tem mistério, terror e sobrenatural, tudo na medida certa. Tem uma protagonista ácida e apaixonante, coadjuvantes carismáticos e um desenvolvimento pra arrebatar sua atenção até a última página - e que última página! Agora é sentar, respirar fundo e esperar pela sequência.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2020/10/resenha-nona-casa.html
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Amanda 25/07/2020

Não é um livro para todos
Criada no interior de Los Angeles pela sua mãe hippie, Alex Stern abandonou os estudos logo cedo e caiu no mundo das drogas, namorados traficantes e empregos ruins.
Aos 20 anos, ela foi a única sobrevivente de um homicídio múltiplo sem resolução, mas na sua cama de hospital, recebe uma segunda chance: Estudar na prestigiosa universidade de Yale e fazer parte de uma misteriosa sociedade secreta.
Mas o que uma jovem problemática como ela pode oferecer à um grupo de pessoas ricas e poderosas que gostam de brincar com magia proibida?

Eu tinha grandes expectativas para esse livro, mas não tinha a menor ideia de qual seria minha avaliação final.
Nona Casa começa algumas cenas aleatórias sem grandes explicações, e capítulos alternados entre passado e futuro pelo ponto de vista de dois personagens.
Aos poucos fui me acostumando com a narrativa e até preferi assim. Essa ordem cronológica permitiu que a história não ficasse mecânica demais. Eu gostei do contraste de conhecer a Alex nos dias atuais estudando em Yale e ela antes dos eventos que a levaram até lá.
Já os capítulos de Darlington - uma espécie de guia para Alex em Yale - são todos no passado, e esses foram de longe os mais intrigantes para mim, pois em boa parte do livro fiquei imaginando o motivo de tanto mistério sobre o paradeiro dele no presente.

Não só os capítulos sobre o Darlington foram os mais intrigantes. Diferente da Alex, eu consegui me conectar com o personagem já que ele aparece.
Sua personalidade é cheia de camadas que são mantidas por trás da imagem de cavalheiro bem educado e inteligente.
Em certos momentos ele está frustrado por ser designado a guiar uma garota problemática e "ignorante" como Alex, em outros, se sente persuadido a quebrar regras para protege-la. Em algumas cenas ele chega até a sentir inveja do motivo que faz os membros da sociedade ter interesse nela e essas cenas servem para mostrar como o personagem é humano e falho.

Já a Alex foi me conquistando com o tempo.
No início ela parece ser uma garota controlada e até frágil demais.
Aos poucos eu fui conhecendo sua história e os motivos que levaram ela a cair no mundo das drogas, e foi tão agoniante, que não a culparia por ser realmente frágil demais. Mas ela não é!
Alex sabe quando pode e deve "estourar" e quando isso acontece, resulta em algumas das melhores e mais chocantes cenas do livro.
O que me surpreendeu bastante, foi a naturalidade da personagem, nesses momentos. Como se estivesse indo resolver um pequeno e simples empecilho, e não confrontar inimigos perigosos.

Outros personagens bastante interessantes foram apresentados na história.
Destaque para Dawes. Uma garota que faz parte da mesma sociedade que Alex e Darlington, e que no decorrer da trama se mostra uma ótima aliada.
Eu gostei da relação que ela construiu com a Alex e já estou ansiosa para ver mais disso na continuação.

Não tem romance nesse livro. Não reclamaria se tivesse (contanto que bem feito), mas não senti falta e também não interferiu no quanto gostei da história.
Pra falar a verdade nem sei se vai ter na continuação, mas tem mais de uma possibilidade em aberto caso a autora decida explorar isso.

Sobre os detalhes sem explicação que são mostrados no começo: tudo é resolvido e revelado em seu devido tempo, e isso contribuiu para manter o ar de mistério e a tensão até a última página.
Falando em última página, ela tem um gancho ótimo para o próximo livro, mas está sendo difícil lidar com toda a ansiedade. Eu NECESSITO do segundo volume!

Nona Casa é uma história que além de causar tensão traz algumas reflexões bastante pertinentes, principalmente quando mostra o que algumas pessoas com acesso a magia e alguns rituais macabros podem fazer.
A impunidade em algumas situações, refletem bastante na nossa realidade, onde para alguns, um pequeno erro é suficiente para causar danos permanentes. Enquanto outros conseguem se safar por terem poder e influência.

Minha experiência com essa obra foi super positiva e ainda melhor do que eu estava esperando
Adorei ver a Leigh sair da caixinha e se arriscar com algo novo. Gostaria que mais autores que eu amo fizessem o mesmo.

Quero finalizar essa resenha dando um aviso/spoiler de gatilhos que faltou na edição.
Se não quiser saber, bom, aí é com você.

Essa é uma fantasia bastante dark com um pé no terror. É um livro bastante tenso e com diversas situações que podem incomodar leitores que estão acostumados com as outras obras da Leigh Bardugo.
Muitos não acharam necessário um aviso de gatilhos, mas na minha opinião, esse livro precisa, principalmente quando muitas pessoas vão comprar levando em consideração somente o nome da autora, e muitos desses leitores são bem jovens.
A Book of the Month estava divulgando o livro como YA, e ele NÃO É! A própria autora se manifestou sobre isso.

Além de ser um livro com personagens adultos, ele tem cenas de estupro (incluindo estupro de criança), uso de drogas, suicídio, tortura. Também tem uma cena bastante tensa sobre distribuição de vídeo de sexo sem autorização e outras cenas gore.
Eu consegui ficar bastante chocada em alguns momentos, mesmo tendo visto alguns avisos no Twitter e no Goodreads.
Evite se você não gosta ou é sensível a esses temas.
Não se force a ler algo que pode te deixar desconfortável, não importa o quanto admire a autora.
Coruja 05/08/2020minha estante
Eu gostaria de agradecer pelo aviso de gatilho que você deixou ao final da resenha. Serviço de utilidade pública isso. Há quem considere a possibilidade desse tipo de alerta vir de praxe com o livro uma espécie de censura - mas quem pensa isso no mais das vezes está pensando apenas a partir de sua própria experiência, sem se tocar que outras pessoas podem não ter a mesma sensibilidade. Abraços!


Kvort, O Arcano 31/08/2020minha estante
Se esse livro tiver só uma fração das outras obras dela, então já vai ser um excelente livro.


Saula 25/09/2020minha estante
Obrigada por ter avisado sobre os gatilhos! Fiquei interessada em ler esse livro mas não sabia que ele tinha essas coisas.


Agnelo Junior 29/09/2020minha estante
livro perfeito! realmente tem muita cena forte.




Lauraa Machado 09/10/2020

Excelente, complexo e cheio de realismo mágico!
Esse livro é sobre magia. Antes de qualquer coisa, é sobre magia, necromancia, magia dos elementos, objetos encantados, adivinhação do futuro, portais mágicos, fantasmas e outras coisas. De todas as resenhas que eu li antes de comprar e ler esse livro (e foram várias), nenhuma conseguiu deixar claro o clima e o tema do livro. A autora usou sociedades secretas reais da Universidade de Yale e deu a cada uma delas um tipo de magia, criando uma nona casa cuja responsabiliade era mantê-las na linha. Acima de tudo, esse livro é sobre magia.

Eu fui de querer muito ler e comprar uma edição especial e cara do livro, passei por resenhas negativas de pessoas em que confio e cheguei a pensar que odiaria a leitura, cancelando em seguida a compra e escolhendo então a edição comum. Ia até começar a ler outro livro, mas sonhei um dia que estava lendo este e resolvi transformar em realidade. Foi um dos livros que mais me fizeram ter que procurar coisas na internet. Desde palavras que eu não conhecia (que foram poucas) a títulos de livros (foram muitos) e até lugares (mais por curiosidade do que qualquer coisa). É uma leitura consideravelmente parada. Quando a narrativa é pelo ponto de vista da Alex, a autora não mede palavras e dá para ver a personalidade dela no jeito que ela descreve as coisas. É por causa da Alex, de tudo que ela passou e viveu e como ela vê o mundo, que esse livro é considerado adulto. Algumas descrições (rápidas) de cenas aqui e ali que forçaram a editora a marcar como para maiores de dezoito.

Digo isso, porque todo o resto do livro encaixaria muito bem no gênero YA. Sinto que falta algo assim no mundo, livros YA para maiores de 18. Precisamos de um termo novo. Não pode ser NA, porque esse é um gênero completamente diferente. Se eu fosse a editora, teria medido algumas palavras aqui e ali e tentado lançar como YA com aviso de gatilhos, mas sei que isso não seria tão real em relação à Alex.

Acho que já falaram sobre os gatilhos em todas as resenhas, mas faço questão de mencionar também: tem descrições (na grande maioria bem curta, de uma frase só) de uma espécie de cirurgia e de estupros (um é de uma garota de 12 anos, mas, para mim, foi o que mais fez sentido e tirá-lo seria forçar o universo da história a ser mais benevolente do que a realidade. Os outros são só menções por cima), dependência de drogas, overdose e consumo forçado de dejetos humanos. Tem mais coisa, como violência e assassinato, mas acho estranho colocar esse tipo de gatilho quando não é algo evitado em livros. Outra coisa que eu acho importante dizer: não tem cobras no livro. A cobra da capa é uma metáfora somente. Passei o livro inteiro sofrendo, esperando esse momento, pois tenho pavor de cobras, mas nunca veio.

Avisar sobre os gatilhos é extremamente importante, mas depois de ler tantas e tantas resenhas que focavam só nisso, eu acabei sem saber direito sobre o que era o livro. Achei que ia ser só violência atrás de violência gratuita. Não é. Nenhuma violência é gratuita, pelo contrário. Acho que a intenção da autora, além de criar um mundo mágico realista, foi mostrar toda a podridão das sociedades secretas de Yale, feitas na sua maioria de garotos brancos e ricos que têm poder o bastante para se safar de todas as coisas cruéis e perversas que eles fazem para as outras pessoas, os ninguéns. O livro é uma celebração a New Haven e uma crítica bem pesada à elite que vive e controla a cidade.

Alex é uma "ninguém", uma garota latina e drogada que não encaixa com os outros alunos. Ela não tem dinheiro, passou a vida assombrada por fantasmas que só ela via e depois se drogando para fugir desses fantasmas. Nem a mãe dela, que é hippie e se recusa a contar quem foi o pai que a abandonou, acredita que ela pode estar sem usar drogas, quanto mais estudando em Yale de verdade. Mas Alex vai para lá com uma bolsa de estudos e o trabalho de aprender a ser membro da Casa Lethe, que tem a responsabilidade de controlar o limite do poder das outras casas (sociedades), que usam magia para as mais diversas e perversas coisas.

O desenvolvimento da Alex é incrível, admito. A história é narrada em duas linhas temporais, uma delas pelo ponto de vista do Darlington (que eu amo e cujo final me agradou bastante), o outro pelo dela, que é o "presente". Fica bem claro quem está narrando quando, porque até a linguagem dos dois é diferente. Eles foram criados de jeitos diferentes, têm prioridades, sonhos e uma realidade bem distintos. No começo, assim que ela chegou, Alex ainda estava aprendendo como funcionava esse mundo mágico que ela nem sabia que existia. Dá para ver que ela é uma garota que foi assombrada a vida inteira, a ponto de estar sempre disposta a fazer qualquer coisa para sobreviver, e que finalmente está em um lugar onde as pessoas acreditam nela e ainda vêem seu poder como algo bom.

Já nos capítulos do "presente", Alex começou a questionar os limites das casas (ou sociedades secretas), dessas pessoas ricas e influentes que têm mais poder (mágico, principalmente) do que qualquer pessoa deveria ter. Depois de um assassinato de uma garota da cidade (ou seja, não aluna, não importante), ela está convencida de que as casas estão se safando de algo e insiste em usar o pouco que aprendeu com a Casa Lethe e o muito que aprendeu na sua adolescência entre traficantes e um namorado abusivo para buscar justiça pela garota.

Isso tudo que eu falei é só o começo, só o primeiro capítulo basicamente, é o que vem antes da história. Nunca faço questão de escrever sinopses de livros nas minhas resenhas, mas acho que esse estava precisando de uma explicação. Realmente me senti enganada pelas resenhas que li antes.

A coisa que eu mais gostei no livro, de longe, foi a Alex. Ela não é uma pessoa perfeita, tem mais defeitos do que qualidade, seu instinto a fez crescer focando somente em sobreviver, sobreviver a qualquer custo. Se ela estiver viva depois, não importa como, ela venceu. Essa determinação em sobreviver é quem a abastece. Ela sofreu bastante na vida, principalmente por ter tido que se drogar para não ser atormentada por fantasmas e tudo que vem com isso, além de ser sempre taxada como louca, a garota em que ninguém acredita. Ela não pede desculpas por ser quem ela é. Alex é forte e uma sobrevivente, e eu já falei isso mil vezes, mas a define tão bem. Ela é uma pessoa boa, mas nem sempre usa métodos bons para conseguir as coisas que precisa. É tão complexa e interessante, que mal consigo explicar para uma pessoa que já leu o livro, imagina sem dar spoilers!

Os outros personagens são muito bons também. Já falei que o Darlington me conquistou? Dawes também. Estou ainda mais animada para o segundo livro!

Eu tenho críticas para fazer também. Acho que o que aconteceu com Mercy foi importante, nem que fosse só para mostrar o quanto garotos de fraternidades podem ser tóxicos e podres também, mas acho que a personagem depois ficou bem demais. Longe de mim julgar como alguém lida com o que ela lidou, mas acho que a autora poderia ter explorado as consequências um pouco melhor. Minha outra mínima crítica é que o final, emocionante como foi, não foi o momento mais emocionante do livro. Mas isso nem é um problema, realmente.

Sim, o livro é um pouco parado, principalmente no começo, mas eu li sorrindo, não porque algo nele era engraçado, mas porque estava gostando tanto! Amei o jeito que a autora misturou as sociedades secretas reais de Yale com essa nova ordem e os tipos de magia. Foi brilhante! Muita coisa aqui é brilhante, e eu espero que ela também escreva outras séries nesse mesmo universo, porque estou muito apaixonada por ele! É tão rico e real e tem tanto potencial a ser explorado! Além do próximo livro dessa série, quero uma nova pelo ponto de vista de alguém que entrou para uma das sociedades. É um universo bom demais para se resumir a dois livros só!

Eu vi algumas pessoas dizendo que este livro é misógino, então acho importante deixar clara uma coisa: um livro que aponta como mundo é misógino, como mata mulheres e as descarta como se não fossem nada não é um livro misógino. Existe uma grande diferença entre apontar uma coisa e tratar essa coisa como algo válido e aceitável. A autora raramente fala em palavras que o jeito que as garotas estão sendo tratadas é ruim, mas fica claro desde o começo, desde o jeito que a Alex reage a isso até como ela luta para fazer isso mudar. Não confunda críticas à misoginia com misoginia, pelo amor de deus.

Não posso simplesmente falar que eu recomendo o livro. Ele é excelente, mais complexos do que a grande maioria dos livros que eu leio e entrou para os meus favoritos antes de eu terminar. Mas não é um livro para todo mundo. Eu não sou fácil de impressionar, amo personagens que não são completamente bons ou perfeitos, que têm atitudes duvidosas, que têm lados obscuros a serem explorados e não tenho medo ou gatilho com violência assim, literária. Se você é como eu, super recomendo o livro! Se você se incomoda com os gatilhos, fica a seu critério. Eles são uma parte bem pequena da história, mas você se conhece melhor do que ninguém e é a única pessoa que pode tomar essa decisão.
Aly 10/10/2020minha estante
Quero MT ler!!!


S5 12/01/2022minha estante
Adorei a resenha e adorei o livro! Quase me deixou com vontade de reler rs


Lauraa Machado 12/01/2022minha estante
Eu tô com muita vontade de reler! Pensei em esperar lançar o segundo, mas queria reler logo haha




capjojo 17/03/2024

Mors irrumat omnia, irei tatuar
É interessante, embora eu não tenha entendido algumas coisas. O problema é que há muita informação que é pouco explicada, por exemplo: tem outros Véis??? Ou seja, não existem SÓ os cinzentos. O que é uma sacanagem ser jogado tudo assim de última hora sem nem ter explicado detalhadamente sobre o Véu.
Outra, os gatilhos. Sim, gatilhos sem aviso! Se se você pegar o livro sem ler nenhuma recomendação ou procurar à respeito, meu amigo, você vai ter um maldito de um desconforto (experiência própria), agravado se você tiver gatilhos em "vícios/drogas/overdose/abuso/agressão sexual". Assim como, HÁ SIM uma irresponsabilidade com a descrição e desenvolvimento desses temas abordados, é tipo, joguei pra criar um trauma e fds o desenvolvimento, viva a superação, eba.
Mas, a história é bem legal, se você conseguir continuar após o descrito acima, e achei o plotwist confuso, mas chocante (a essência de todos os plot).
ME JULGUEM, mas eu gostei, do meio pro final, eu realmente fiquei animada. Nós pessoas com ressaca literária e vida semi adulta, só precisamos de um livro para nos tirar da realidade e nos envolver, porque MORS IRRUMAT OMNIA. A vida fode a todos nós.
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Ella 23/06/2021

RESENHA NONA CASA @Ferrarswarnerj on Twitter
Resenha:admito que quando eu comecei a ler esse livro,ele não me prendeu muito a princípio. A leitura parecia arrastada e confusa pq tinha muito a entender sobre vários fatores,que,só foram esclarecidos do meio ao final do livro. Mas quando eu achei que o livro não ia me prender,eu me surpreendi por uma reviravolta enorme,em que a trama me fez ficar viciada. Eu estava obcecada por tentar resolver os mistérios que apareciam ao longo da leitura,eu fiz tantas teorias que no final me fizeram me sentir burra pq eu nunca poderia imaginar o final. Esse livro fez eu passar horas do meu dia pensando em desvendar o mistério,eu pensava durante a aula,enquanto almoçava,até quando tentava dormir. Vão aparecendo vários mistérios e eu me questionei como que aquilo ia se resolver,qual era a relação de um mistério com outro. E quando finalmate todos eles se conectam sua cabeça explode e você perde seu ar pq é algo tão improvável e impensável. Eu chorei,dei risada,surtei tanto com esse livro. Demorei para ler pq são tantas informações e sentimentos ao longo da obra que você precisa dar um tempo para raciocinar.

Leiam nona casa!!! A trama é perfeita,os perosganes bem desenvolvidos e até o pequeno romance que acontece é algo legal de ler.
vitooriamendex 23/06/2021minha estante
É livro único?


Ella 23/06/2021minha estante
??Ele não é um livro único. Mas a autora falou que está trabalhando no segundo ainda




Alice 13/04/2021

Obra feita por uma profissional
Apesar de muito diferente do Grishaverse, o universo de Nona Casa não deixa nem um pouco a desejar. Leigh Bardugo traz a magia para a nossa realidade de um jeito inteligente e interessante, apresenta uma narrativa muito mais adulta - e cheia de gatilhos - detalhada e muito bem pensada.
        Personagens complexos e reais. Ninguém é totalmente bom nem totalmente ruim. Simplesmente amei o jeito que Alex foi feita, cheia de defeitos - defeitos sérios -  mas mesmo assim o leitor é capaz de empatizar e torcer que o melhor aconteça à ela. Darlington também muito bem desenvolvido indo além do garotinho rico, inteligente e certinho. Se tornou facilmente meu personagem favorito.
        O ritmo fluído da história é um dos meus maiores elogios. Além de introduzir toda a magia com naturalidade, sempre há uma dúvida levantada para deixar o leitor intrigado e sem deixar de ter ação na narrativa. Assim, não se arrastou em momento e, mesmo com toda a sua densidade, foi fácil engolir a história toda.
        O único motivo que não vou dar 5 estrelas é porque demorei para me apegar a história, à exceção disso trama impecável. Estou ansiosa para o próximo livro!
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Luuh_hs 15/01/2021

O que dizer sobre ter ficado órfã de Nona Casa?
Esse foi meu primeiro contato com Leigh Bardugo, por incrível que pareça, e confesso que tinha lido o primeiro capítulo, não entendido nada e deixado para depois.

Ainda bem que o depois chegou, não sei se por ler em sprints mas fluiu muito e me deixou muito curiosa. Na página 50 eu já estava completamente fisgada!

O livro começa com uma cena do auge da história para depois voltar ao presente. O problema é que nenhuma das duas parte são muito fáceis de entender, até que voltamos ao passado, onde tudo começou, e a partir daí fica mais fácil se situar.

A construção de personagens e mundo é absurdamente fantástica e a ideia de misturar magia, sociedades secretas e investigação de assassinato foi tudo pra mim! Leigh Bardugo faz isso tão bem e o único defeito desse livro é que ele acaba e ainda não temos anúncio de continuação!

É importante ressaltar que o livro possui gatilhos??? Mais de uma cena envolvendo abuso sexual podem ser incômodas para quem tem esse tipo de sensibilidade então é bom tomar cuidado. Porém nenhuma dessas cenas é gratuita, elas servem a um 'propósito' de construção ainda mais profunda da personagem. Sem falar que seus propósitos feministas não parecem jogados de forma alguma, vai muito além de frases de efeito, a autora constrói tudo perfeitamente!

Acredito que Leigh Bardugo pode conseguir aprofundar ainda mais as camadas de seus personagens principais e secundários em uma continuação e estou realmente ansiosa por isso! É injusto comparar esse livro com fantasia YA, mas recomendo muito (com cuidado para os gatilhos, obviamente) para quem já gosta do gênero e dos temas abordados.

Cuidado com gatilhos, especialmente página 122 (capítulo 7)
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Marques 11/08/2021

Primeiro livro adulto da nossa consagrada autora do Grishaverso. Essa história é totalmente peculiar e assim como nos seus outros livros, Leigh Bardugo nos apresenta um universo inovador com muito mistério. Vale a pena para fãs de fantasia e de coisas esotéricas/sobrenaturais como fantasmas e espíritos. Além de que a história é ambientada na famosa universidade americana de Yale
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leiturasdaursula 19/10/2020

Impactante!
Eu não tenho costume de ler livros com fantasmas. Na verdade não achei que essa fosse a temática do livro, por que não li a sinopse. Tem muitos gatilhos, mistura sobrenatural com violência humana de todo tipo. Eu achei a leitura intrigante e os plots foram bons, mas os dois ?vilões? principais (por que só tem gente ruim nesse livro kkkkk) eu meio que adivinhei bem antes. O final foi bom, embora seja um final aberto, o que pode desagradar algumas pessoas.
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Lays Molinari 03/04/2022

Nona casa
A nona casa é um livro uni tudo o que há de melhor: magia, sociedades secretas e investigação policial. O livro também aborda temas como feminicídio, abuso de drogas e outros temas um tanto quanto pesados.
Temos Alex como personal principal, uma garota problemática que enxerga os mortos e que teve uma vida f* dida e que consegue a chance de colocar as coisas nos eixos quando o reitor da Lethe a coloca para estudar em Yale e trabalhar para eles. A Lethe é uma instituição que regulamenta as atividades das oito sociedades
secretas na faculdade de Yale. Porém as coisas começam a dar errado quando Darlington, seu mentor, desaparece.
Algo que me deixou um pouco confusa no início da leitura foi a forma
de narrativa. O livro é narrado em terceira pessoa porém em tempos
diferentes e em perspectivas diferencias. Um capitulo esta no
presente narrando o mundo da Alex após o desaparecimento de
Darlington, outro esta no passado na visão de Darlington. Após algumas páginas você já consegue pegar o jeito e a leitura flui sem problemas.
Amei a mitologia que a autora trouxe para o livro, todas as sociedades são descritas e apresentadas com embasamento histórico então fica muito fácil criar a temática que a autora propõe.
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beatriz 28/06/2021

nona casa
Achei muito boa a premissa da história e essa vibe dark academia que não estou muito acostumada a ler. Personagem principal, Alex, é incrível e gostei muito dessa determinação dela, mesmo não tendo um minuto de paz durante todo o livro. O livro no geral pra mim foi bom, nada demais, mas o plot do final fez toda diferença e me deixou com muita vontade de ler o segundo. Goste demais também dessa abordagem que a Leigh trouxe de magia e rituais, com pessoas humanas fazendo uso de tal coisa, diferente dos outros livros que costumo ler.
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isapoirot 31/01/2021

incrível. simplesmente.
nona casa é um gênero novo pra mim. na verdade, fica até difícil definir. uma fantasia gótica? um suspense mórbido? mas, pra uma primeira experiência, foi incrível. nem acredito o quanto me envolvi com a história e como essa ambientação vitoriana/universitária foi confortável.

alex, com um passado difícil marcado pelas drogas, nasceu com um dom- ou uma sina?- que é ver os mortos.
enquanto aprende a lidar com o que sabe sobre a magia em sua juventude, são mostradas situações do presente, de um passado recente e de sua infância.

achei a narrativa perfeita, a ambientação e a apresentação dos feitiços e rituais muito imersivas. não consigo entender quem diz que o começo do livro é confuso ?????
mas e esse final??? foi um final ?aberto? propositalmente ou Leigh Bardugo ta pensando em providenciar uma continuação?? pq se tiver, já aguardo ansiosa ??
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dudaatayde 09/06/2021

Mors irrumat omnia.
Em Nona Casa, Leigh Bardugo traz um universo diferente do que estava acostumada a ler. A autora cria toda uma dinâmica de sociedades secretas em um ambiente universitário, que aliás é um dos elementos que mais gostei no livro. Nossa protagonista, Alex Stern, vai estar dividida entre as leituras para suas aulas e inumeros rituais que envolvem espíritos, magia e os mortos.

"Vocês são como crianças brincando com fogo que ficam surpresas quando a casa queima."

Aqui, temos um universo complexo que inicialmente pode parecer confuso, tanto que demorei para finalizar o livro. Mas, assim que a leitura começa fluir, a história fica definitivamente mais interessante, possibilitando uma imersão completa nessa narrativa.
Também é importante alertar sobre as cenas fortes presentes no livro e que os leitores devem sempre estar cientes desse conteúdo, por isso recomendo pesquisar sobre os gatilhos antes de ler.

São diferentes sociedades que praticam diferentes ensinamentos, todos com base na magia que corre pelas "veias" de New Haven. Entre passagens de tempo, acompanhamos Alex, no presente (Inverno) investigando um assassinato carregado de segredos, assim como um misterioso desaparecimento, que vamos acompanhar nos capítulos do passado (Outono passado) e ir descobrindo as verdades por trás das incógnitas levantadas no decorrer da trama.
Um enredo com plots geniais (Leigh me fez surtar muito lendo), o livro termina dando gancho para uma continuação, que me deixou muito ansiosa para saber o que a autora planeja para personagens tão intrigantes com muita história para contar.
Se torna uma leitura densa, mas que vale a pena e recomendo para quem gostar do gênero, investigação, magia e suspense não irá faltar.

"Quero sobreviver a este mundo que segue tentando me destruir."
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