Ivy (De repente, no último livro) 30/08/2020
Resenha do blog "De repente no último livro..."
A trama é mediana, mas achei que enrola demais para chegar em algum ponto. A autora construíu um universo legal e eu gosto que os seres mágicos não sejam secretos, que tenham uma oposição ferrenha que usa do poder político para tentar controlá-los, acho interessante a variedade toda de seres, os muitos tipos de bruxa e como tudo é possível, e os vilões sempre psicóticos. mas ainda assim achei que faltou um charme na trama, ficou tudo um pouco mecânico e com tanta diversidade de seres, percebi que a autora meio que se perdeu também. Kalayna Price desenvolve uma trama interessante, consegue entregar um mistério original, mas falha nos pequenos detalhes que deveriam encantar e prender o leitor.
O final foi corrido, um pouco surreal e forçado ao meu ver, e senti que a autora quis facilitar um pouco as coisas e acabou terminando a trama de maneira bem morna, ficou uma sensação agridoce. Poderia ter sido um final mais elaborado, e os momentos de tensão poderiam ter sido melhor aproveitados. Mesmo assim, tive surpresas boas. O legal é que apesar de ser uma série, cada livro apresenta um caso diferente, um desfecho completinho, que encerra a trama apresentada. É uma série que recomendo ler na ordem porque na primeira parte que o leitor fica conhecendo melhor os detalhes do cenário criado pela autora, e a rotina dos personagens, porém, cada livro encerra um caso diferente, então haverá sempre conflito novo e diferente do anterior.
Achei a protagonista um pouco boba. Alex tem aquela pose de kick-ass, garota livre e valente que pode tudo, mas achei ela sem sal e suas piadinhas são sem graça. Ela não tem carisma por enquanto, é inconveniente e está apagada. Espero que nos próximos livros a protagonista demonstre mais personalidade e profundidade, porque senti potencial no personagem, mas por enquanto ainda ficou só na promessa.
Da mesma maneira que Alex é sem sal, os outros personagens também seguem o baile. O mais interessante deles, a Morte, não tem tantos momentos como eu gostaria e a gente só consegue ter um vislumbre pequeno do personagem e de parte de suas intenções. Kalayna tem em mãos um personagem que tem tudo para se tornar imprescindível, estou torcendo para que ela não desperdice a oportunidade e saiba tirar vantagem desse personagem tão peculiar.
Temos o outro mocinho da trama, o detetive Fallin, que pra mim foi bem indiferente. Fallin é o típico herói, que aparece aos 45 do segundo tempo para salvar a mocinha e nunca falha. Desde o começo fica claro que Fallin é mais do que diz e sabe mais do que aparenta, então é questão de tempo até o leitor juntar as peças e concluir o óbvio sobre ele. Ainda assim, é outro personagem que ainda pode render bons momentos.
Com relação aos personagens, embora todos tenham ficado apagados nesse começo de saga, todos tem aquele potencial bacana para se tornar maiores nos próximos livros e quem sabe ganhar minha afeição. Talvez justamente por essa sensação de promessa de evolução dos personagens eu pretendo continuar insistindo nessa série.
Não tem muito romance neste livro, embora a Alex claramente tenha dois interesses amorosos. Não é nem exatamente um triângulo amoroso por enquanto, mas pelo visto as coisas vão evoluir para algo do tipo. Acho que essa parte do romance vai ser mais desenvolvida nos próximos volumes da saga,, então por agora não há muito o que falar.
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