Pantaleão e as Visitadoras

Pantaleão e as Visitadoras Mario Vargas Llosa




Resenhas - Pantaleão e as Visitadoras


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Marlene Koch 10/11/2023

De fato, com certeza, não faz meu gênero. Li porque alguém me emprestou. Lendo algumas resenhas é só elogios então, fica valendo a opinião dos leitores que gostaram.
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dartres 03/11/2023

Seria trágico se não fosse cômico
O contexto que o livro cria para o desenvolvimento da história - a criação de um bordel pra saciar militares descontrolados - é tão chocante que chega a ser engraçado. Também tem um tom crítico aos pontos que aborda, o fanatismo religioso que corrompe o povo, o militarismo abusador, a corruptibilidade do protagonista.

A escolha narrativa é muito diferente e me prendeu demais (adorei!!!), não há um narrador, os acontecimentos são mostrados através de cartas, diálogos, documentos etc produzidos pelos personagens ao longo da história.
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Mauro101 17/10/2023

Humor
Se ao menos tivesse organizado a coisa de uma maneira medíocre, defeituosa. Mas esse idiota transformou o Serviço de Visitadoras no organismo mais eficiente das Forças Armadas. Não tem jeito mesmo, Panta ? sobe a bordo, examina a ponte de comando, observa a bússola, manipula o timão o Capitão Mendoza. ? Você é o Einstein da foda. (Vargas Llosa, ?Pantaleão e as Visitadoras?).

Depois de ler duas pedradas de Vargas Llosa - Travessuras da Menina Má e A Festa do Bode -, ler Pantaleão foi fácil. 🤬 #$%!& , que livro engraçado!

Alguns reclamam da escrita, que por vezes mistura diferentes diálogos, tudo ao mesmo tempo, mas me acostumei rápido. Os trechos das Cartas escritas entre os personagens, de fato, são um pouco longos, mas não estragam o brilhantismo da leitura.
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Marcel 23/09/2023

Mais ou menos
É um livro diferente, porque é sobre exército, então além dos diálogos tem documentos fictícios do tipo relatório etc.
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Pisi14 25/08/2023

Anos 70 revival
O livro é uma típica leitura de literatura latinoamericana anos 70: surrealismo, governantes, militares e instituições de governo tomadas por corrupção sistêmica, mulheres representadas apenas por um viés de sensualidade, ritmos musicais caribenhos

O livro faz uma interessante sátira dos governos aqui no continente, mas escorrega nesse estereótipo em que tudo parece um baile de salsa tocado a 120 decibéis por cantores bêbados
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Ana Bellot 03/07/2023

GENIAL
Ainda tô presa as personagens cativantes desse romance. O jeito totalmente singular de narração do Llosa é impressionante - ele joga diálogo, carta, terceira pessoa, primeira pessoa e você que se vire!
Nossa! Uma história muito boa, cheia de críticas, humor ácido e tragédias. Nota 1000.
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Júpiter.69 09/04/2023

MARAVILHOSO!!
O livro descreve com grande detalhes o serviço de vistadoras que foi criado com o objetivo de resolver um grande problema que asolava uma cidade na região amazônica do Peru. Aqui o autor destaca sua construção, manutenção e fim desse serviço. Essa narrativa também traz em segundo plano uma criação e aumento de uma ceita religiosa de adoradores fanáticos.

Por fim, recomendo muito a leitura. Com amor, Júpiter. 💜
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Gabriel1141 27/02/2023

Surreal, porém nem tanto
Tente imaginar o que aconteceria se os soldados estivessem "com a libido muito alta" e situados em cidades do interior do Peru e cercados por florestas e rios, e estivessem cometendo crimes sexuais contra os populares e os superiores tentassem contornar o problema...

Solução? Criar uma operação secreta de "Visitadoras" aos quartéis para satisfazer as necessidades e conter os ânimos.

Quem comandaria? Um notável capitão, Capitão Pantaleao, este sendo metódico e regrado; exímio militar.

O que vai acontecer? Altas confusões na tentativa de criação desse esquema e da fusão dos dois mundos: militar/oficial/honroso e o da balbudia/saliência/safadeza
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Paulo Sousa 07/02/2023

Leituras de 2023
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Pantaleão e as visitadoras [1974]
Orig. Pantaleón y las visitadoras
Mario Vargas Llosa (?? 1936-)
Alfaguara, 2012, 246p.
Trad. Paulina Wacht e Ari Roiman
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?Que, desejoso de dar uma fisionomia própria e diferente ao SVGPFA e dotá-lo de sinais representativos que, sem denunciar suas atividades ao exterior, permitam pelo menos que seus servidores se reconheçam entre si, e que servirá para identificar seus membros, dependências, veículos e pertences, o signatário decidiu designar o verde e o vermelho como as cores emblemáticas do Serviço de Visitadoras, pelo seguinte simbolismo: a) verde pela exuberante e bela natureza da região amazônica onde o Serviço irá forjar o seu destino e b) vermelho pelo ardor viril dos nossos cabos e soldados que o Serviço ajudará a aplacar? (Posição Kindle 657/18%).
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Depois de uma enxurrada de livros medianos/fracos que, juntados aos dissabores que me acometeram nos últimos meses, eis que finalmente acertei na escolha e li este livro maravilhoso e divertidíssimo que é o ?Pantaleão e as visitadoras?.
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A história conta o esmero e apuro com que Pantaleão Pantoja, capitão intendente do Exército peruano, é designado para criar um serviço clandestino, não oficial mas mantido pelas forças armadas, que consiste em organizar visitadoras, prostitutas mesmo, para frear os ardores das tropas alocadas nas matas da Amazônia peruana. A preocupação do comando do EP era o grande número de estupros perpetrados por cabos e soldados.
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Pantoja recebe a notícia com não muito agrado, principalmente porque deverá se abster de usar o uniforme, se passando por civil, e esconder os detalhes da sua nova missão a esposa e mãe. Mas, o que era um ato de claro vilipêndio a um militar orgulhoso de sua profissão como Pantaleão, acabou se tornando um negócio bem recebido pelos ?clientes?, os militares agraciados pela presença das belas visitadoras, às quais também se fizeram satisfeitas com empreendimento que as trata como funcionárias, tão diferente do trato desumano dado pelos cafetões locais da cidade de Iquitos.
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Paralelamente, a crescente onda de uma confraria religiosa chamada Arca, composta de membros seguidores do irmão Francisco, cujo mote central é o culto à crucificação, de animais e pessoas, que não só atraiu adeptos como a ojeriza e perseguição das forças públicas. Em dado momento, ambos os acontecimentos se chocam e a tragédia atinge a todos, culminando com a morte de uma das visitadoras, a ?Brasileira?, do irmão Francisco e a extinção do chamado SVGPFA - o Serviço de Visitadoras para Guarnições, Postos de Fronteira e Afins, para tristeza de Pantoja, das visitadoras e alegria de clérigos, radialistas e ?pessoas de bem?.
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Eu já tinha lido da pena de Vargas Llosa, os dois livros sobre a madrasta - Elogio da Madrasta e Cadernos de Dom Rigoberto, estes com o mesmo tom de pilhéria e ironia que reencontro em ?Pantaleão e as visitadoras? além do magistral ?A festa do bode?, relato que traça um retrato cru e implacável da besta ditadora da República Dominicana, Rafael Trujillo. Mas creio que qualquer livro desse escritor genial, vencedor do Nobel de 2010, valha a pena!
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Alê | @alexandrejjr 18/08/2022

As prostitutas, os militares e o ficcionista

Publicado em 1973, “Pantaleão e as visitadoras” é, essencialmente, um romance sátira. Quarto romance escrito pelo último ganhador sul-americano do Nobel de Literatura, este é um livro sobre variados assuntos e suas múltiplas formas de contá-los.

Vargas Llosa, como todos deveriam saber, dispensa apresentações. Dono de obras singulares e incontornáveis dentro do imaginário latino-americano como “Conversa no Catedral” (1969) e “A festa do Bode” (2000), este escritor peruano nunca deixa de surpreender. Ao acompanhar a história do disciplinado e burocrático Pantaleão Pantoja, temos acesso a uma espécie de espelho social de um microcosmo amazônico diante de nós. Mas, para que esse espelho não se quebre, Vargas Llosa faz exigências de seus leitores, o que nem sempre pode dar bons resultados.

Toda a leitura, como sabemos, exige um pacto entre quem escreve e quem vai ler. E esse é um ponto demasiado importante para que “Pantaleão e as visitadoras” funcione. Vargas Llosa nunca foi e jamais será um escritor que subestima seus leitores. É por isso que, para contar suas histórias, ele renega, muitas vezes, a simplicidade - mas jamais abre mão da clareza, característica inegociável para o autor. Este romance, por exemplo, é contado explorando as mais variadas formas de linguagem: cartas, resoluções, informes, memorandos, um roteiro de rádio e recortes de jornal. E a opção por essa escolha variada do ato de contar enriquece o pacto firmado entre o autor e seus leitores. Afinal, por que leríamos livros se não pudéssemos explorar a imaginação em níveis variados?

E é assim, dessa maneira, que as peripécias de nosso caricato militar, o capitão Pantaleão Pantoja, são contadas. Panta, como é chamado pelas visitadoras - digo, prostitutas - vive com a mãe e a esposa antes de se mudar para Iquitos, cidade onde sua vida jamais será a mesma. É neste local que vai exercer a função sigilosa, designada e aprovada por seus superiores, de conter o apetite sexual incontrolável dos milicos isolados na selva amazônica, que, nas páginas iniciais, estão sendo acusados de cometer estupros na, até então, pacata e religiosa cidade peruana. Interessante notar que, ao mostrar esse machismo e a misoginia vigente dentro das casernas, Vargas Llosa faz uma de suas críticas mais bem direcionadas aos militares, que vão pipocar aqui e ali e em diferentes situações em quase todos os seus livros.

Posicionado em Iquitos, Vargas Llosa vai nos contar a odisseia da degradação moral de nossa personagem principal. Vai discutir os limites entre o privado e o público, as consequências do fanatismo religioso, os jogos de poder entre militares, os dilemas éticos do sexo, o sensacionalismo midiático e, de certa maneira, a objetificação das mulheres neste canto do globo. Há, como um bom romance deve ter, muita história a ser contada, além de acontecimentos chaves que movimentam constantemente a narrativa, sempre deixando os leitores atentos para o que deve ocorrer em seguida.

Em suas páginas iniciais, "Pantaleão e as visitadoras” dá as boas-vindas aos leitores. Utilizando a técnica marcante de diálogos cruzados no espaço-tempo entre as personagens, o famoso estilo ziguezagueante que marcará o portentoso “Conversa no Catedral”, Vargas Llosa propõe que sua narrativa será uma experiência única e que cabe somente ao leitor entrar no peculiar modo de narrar do peruano.
Vitoria 18/08/2022minha estante
Suas resenhas, sempre instigantes!


Alê | @alexandrejjr 19/08/2022minha estante
Ana Vitoria, agradeço a leitura. Obrigado!


Alexandre de Omena 20/08/2022minha estante
Um livro único pela técnica criativa e apurada. Leitura prazerosa e conteúdo reflexivo.


Alê | @alexandrejjr 20/08/2022minha estante
Exato, xará. Em resumo resumido é isso mesmo.




Jeane Esquivel 07/07/2022

Livro Cômico e Crítico
Pantaleão e as Visitadoras é um livro cômico e crítico.

Nessa obra de Llosa, conhecemos Pantaleão Pantoja, um metódico e eficiente capitão, que é transferido para a longínqua cidade amazônica de Iquitos, acompanhado da esposa Pochita e da mãe Leonor.

A missão de Panta, nessa nova localidade, é fundar um serviço de visitadoras (garotas de programa) para guarnições, postos de fronteira e afins - o SVGPFA - exclusivo para os militares, a fim de aplacar os crimes de natureza sexual ocorridos na região e contribuir para levantar o moral dos praças. Para tanto, ele deveria viver como civil e manter segredo absoluto sobre o que fazia.

Não contavam os superiores, contudo, com as repercussões desse serviço para a cidade e para a própria vida familiar de Panta.

Por meio de cartas, ofícios, informes, recortes de imprensa e diálogos múltiplos que se fundem e se seguem, vemos todo preparo e estudo de Pantoja para a instalação do serviço de visitadoras e a noção de dever do nosso protagonista.

A seriedade com a qual Panta encara sua nova atribuição, muitas vezes, leva-nos ao riso e à incredulidade.

Em paralelo à história de Panta, acompanhamos o surgimento de Francisco, um dito Messias, que conquista seguidores e desafia autoridades.

Com uma crítica profunda ao militarismo, ao messianismo e aos autoproclamados cidadãos "de bem", Llosa nos entrega mais uma obra atemporal e incrível.

As cenas do livro, repito, fundem-se sem aviso prévio. Diálogos referentes a cenas distintas se intercalam e cabe a nós, leitores, ficarmos atentos para não perdermos o fio da meada.

Vale a leitura!
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Mauro.Carvalho 21/02/2022

Uma grande sátira contada por um mestre da escrita.
Pantaleão e as visitadoras conta a inusitada história de um capitão do Exército peruano que foi escalado para instalar um prostíbulo a serviço exclusivo das Forças Armadas em uma pequena cidade situada em meio à Floresta Amazônica.
Nessa obra estão presentes críticas sociais as mais diversas - às Forças Armadas, aos costumes, a seitas messiânicas, a uma imprensa mercenária... - e tudo utilizando-se de uma mescla de estilos literários a cada capítulo. Também chama a atenção o uso intercalado de vozes e discursos ao longo do texto, o que pode causar algum estranhamento e confusão num primeiro momento.
Mas o que me parece mais cativante nesse livro é a habilidade do autor em construir e reconstruir personagens ao longo da trama e sua capacidade de tornar o insólito aceitável.
Vale muito a leitura!
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Janaina 29/01/2022

Divertido
O capitão do exército peruano Pantaleão Pantoja não imaginava que, depois de sua festejada promoção, seria designado para a missão, no mínimo inusitada, de organizar um centro de ?visitadoras? - um eufemismo para designar prostitutas - para aplacar o descontrolado desejo sexual de soldados e cabos da Forças Armadas lotados nos longínquos rincões da selva Amazônia, onde a incidência de crimes sexuais começava a preocupar.

Com um profissionalismo e um espírito empreendedor surpreendentes, seu projeto vai convertendo-se num grande sucesso, ao mesmo tempo em que uma fanática seita religiosa vai arrastando fieis a seus rituais macabros, virando ao avesso a pacata cidade de Iquitos.

Demorei a me ambientar com a forma da narrativa, que, ao mesmo tempo, vai intercalando cenas de ambientes diversos, sem delimitar cada um. Mas depois de compreendida a opção do autor, a leitura torna-se bem fluida.

O desenrolar da história, revestido de um sarcasmo na medida, embora não desperte grande emoções, proporciona uma diversão que compensa a experiência.

Esse, sem dúvida, não é um dos meus favoritos do autor.
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Daniel.Azevedo 16/12/2021

Em nenhum momento esse é um livro convencional. A história é narrada através de diálogos, documentos militares, programas de rádio, cartas e recortes de jornal, mas em nenhum momento com uma narrativa em primeira ou terceira pessoa. Mas de nada importaria toda essa experimentação se o livro fosse chato, mas não é em nenhum momento. É um romance cômico, erótico e trágico, e eu quero ler mais da obra de Mario Vargas Llosa.
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