Escrever

Escrever Marguerite Duras




Resenhas - Escrever


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Lu 29/04/2021

"Pois quando havia o mundo, me sentia ao mesmo tempo menos só e mais abandonada"
O processo da escrita enquanto palavra silenciosa e desconhecida de si mesma, a noite pura, uma selvageria completa que beira paralela a sua personalidade - a escrita de Marguerite é fascinante por todo seu silêncio e uma espécie de tempo suspenso na obra. Conhecer um pouco de como ela cria e me pareceu de um frescor e reencontro com ideias que estava cultivando.
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Larissa Tavares 26/03/2023

?Encontrar-se em um buraco, no fundo de um buraco, numa solidão quase total, e descobrir que só a escrita vai te salvar.?

?Escrever era a única coisa que preenchia minha vida e a encantava. Foi o que fiz. A escrita jamais me abandonou.?

Duras fala aqui sobre sua necessidade, paixão e vocação pela escrita.
Meu primeiro da Duras e já senti a carga de sensibilidade de seu texto. No entanto, acho que eu teria aproveitado muito mais se eu já tivesse lido um livro de ficção dela antes desse. Mas, ainda sim, sempre é muito bom ler um escritor falando sobre escrita.
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Poesia na Alma 20/02/2023

O processo da escrita
"Em uma casa a gente sempre se sente só. E não do lado de fora, mas dentro dela. (...) Em casa , porém, ficamos tão sós que às vezes nos perdemos "
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Toni 03/03/2022

Leituras de 2022 | Cortesia da editora

Escrever [1993]
Marguerite Duras (1914-1996)
Relicário, 2021, 144 p.
Trad. Luciene Guimarães de Oliveira

Textos autorais sobre a arte de escrever têm sido uma obsessão minha por muitos e muitos anos. Uma das razões que posso apontar para esse interesse específico é o fato de que a cada leitura desses ensaios de "permaescrita" (para usar um excelente conceito da C. Saavedra em O mundo desdobrável) reitera a noção de que escrita e vivência não são só indissociáveis como determinam, em definitivo, até mesmo o entendimento que escritoras e escritores possam ter de literatura, ficção, escrita e “função da arte” (entre aspas para marcar o conflito de interesses premente).

Para Marguerite Duras – no ensaio que dá título a esta coletânea e abre a coleção da Relicário dedicada à autora –, escrever é “berrar sem fazer ruído” e o livro é o lugar onde existe “a solidão do mundo inteiro”. Com efeito, essa solidão e aquele silêncio de um berro são chaves de leituras fundamentais para quem deseja se aproximar da obra da escritora, capaz de criar ruídos com uma gota de suor e sufocar leitores com o excesso de ar em seus diálogos mais ambíguos. “Escrever”, o ensaio mais longo dos cinco presentes no volume, oferece uma espécie de balanço de uma vida dedicada à literatura e ao cinema, ainda que, contrariando expectativas e longe de encerrar conclusões, se desdobre em mais perguntas, reticências e novos riscos.

Mas o grande destaque do volume, em minha opinião, é “A morte do jovem aviador inglês”, um texto-diário escrito durante a passagem da escritora pelo vilarejo de Vauville, onde Duras descobriu a história de um rapaz de 20 anos morto um dia antes do fim da Segunda Guerra. Aqui, mais uma vez, grito e silêncio, solidão e trabalho atingem o paroxismo da escrita. Em tempos como o que estamos vivendo, o desnudamento da gratuidade, da irreflexão e da selvageria precisa ser um exercício de escrutínio diário. Um exercício que, como aquele da escrita, implica estar atento e aberto ao mundo para descobrirmos que “em torno de nós, tudo escreve” e “é isso que precisamos perceber”.

#margueriteduras #escrever #ensaios #relicarioedicoes
Alê | @alexandrejjr 05/03/2022minha estante
Curiosidade real: as duas estrelas são meramente ilustrativas?




Victor Almeida autor 04/11/2021

Decepção
Não era bem o que esperava. A primeira parte funciona. Mas as demais não achei muito úteis para quem procura reflexões sobre o ofício da escrita.
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Taiane Martins 16/01/2022

Achei que seria melhor
Tinha lido algumas coisas a respeito e esperava mais. O ensaio que dá título ao livro não é muito extenso, tem boas reflexões, mas é extremamente repetitivo. O que, pra mim, tira grande parte da força do que ela está tentando refletir.

Ao ensaio seguem-se quatro textos ficcionais numa tentativa de aprofundar o que ela diz sobre a escrita. A morte do jovem aviador inglês têm a mesma estética de repetir e repetir, não apenas o pensamento, mas as frases (achei demais, não deu funcionou) mas tirando isso é um bom texto.

De Roma (terceiro texto) gostei um pouco mais e os últimos dois não fizeram muita diferença (ademais, são os mais curtos).

A edição da Relicário está linda e caprichada. Não é um livro ruim, mas também não é tudo aquilo que ando lendo por aí.
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Felipe 25/01/2022

Acaba muito antes do fim
O livro começa muito bem, e gostei bastante da primeira parte, porque ela cumpre o esperado, trazendo as reflexões da autora sobre o ofício da escrita. Marguerite Duras, de modo muito honesto e inspirador, nos fala de seu processo criativo e de como se molda um escritor. As demais partes, entretanto, são narrativas que destoam do tema principal, afastando-se da proposta do livro. Tanto no conjunto quanto isoladamente, essas partes seguintes me pareceram muito fracas, como exercícios de escrita pouco consistentes.
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Alanna Fernandes 15/10/2022

Quem sou eu pra criticar uma escritora consagrada, né? Mas vamo lá ¯?\?_?(???)?_?/?¯

O primeiro capítulo é maravilhoso, ela fala da relação dela com a escrita.

Mas o resto é muito ruim! O estilo de escrita dela não me agradou nem um pouco. Ela é exaustivamente repetitiva, parece aqueles adolescentes que vai apresentar um trabalho para o qual não estudou e fica enchendo linguiça e passando vergonha. Alguns parágrafos enormes, outros muito pequenos. Me parece que a autora não tinha critério nenhum. Algumas descrições irrelevantes para o todo da narrativa. Narrativa essa que não chega a lugar nenhum, vai amassando barro até você ficar enlouquecido e querer largar o livro. Umas histórias desinteressantes, pobres.

Que triste esse livro ter sido tão caro...
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Thais CardBeg 22/10/2022

Maravilhosa
Como sempre maravilhosa, Duras nos leva a refletir sobre sua necessidade para escrever e como ela se casa com a própria vida, sua respiração, seu resgistro.pessoal e sob endereçamento de ver e refletir o mundo. Agradeço, MARGUERITE, por retornar a vontade de escrita.
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carlineeeee 18/07/2023

Gostei de "escrever" e de "a morte do aviador inglês", mas confesso que só li esse livro porque me foi proposto em uma disciplina da faculdade, não é o tipo de livro que eu pegaria por conta própria.
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Jasmine 01/12/2022

Impressões sobre ?Escrever?, de Marguerite Duras
Diante da escrita arrebatadora de Marguerite Duras, terminei a leitura com a sensação muito forte e real de mudez, não pelo vazio da emoção, mas pelo preenchimento numa tal capacidade que dificulta o passo, como quando estamos imersos na completa escuridão ou no absoluto incandescente do Sol.

Uma escrita que é vida, mas também é morte; escrita que é solidão, mas também outra coisa que se alimenta do isolamento de quem escreve; ?um estado de dor sem sofrimento? ou até prazer. A escrita que jamais abandona, companheira invisível que só se aproxima e existe na solidão. E, nesta solidão, cabe muito bem o mutismo racional, proposital, enquanto se escreve um livro. A escrita durassiana é selvagem e não existe sem a força do corpo, do que atravessa a carne e interpela a noite. É a contradição, o absurdo, o impossível, o grito e o desconhecido. Não é passatempo, mas o ?luto-negro de toda a vida?.

?Escrever? está dividido em cinco ensaios, e o primeiro tem esse mesmo título, que contém a substância primordial que aparece nos outros textos e ao mesmo tempo os conecta. Em ?A morte do jovem aviador inglês? está o indizível e, de novo, aquilo que se sente tanto, naquele raro e incômodo jeito obsessivo e dolorido de não entender, não poder dizer, mas precisar escrever. Depois do último parágrafo desse texto, pensei: a escrita seria, pois, um caminho para perseguir o infinito? Um veículo que atravessa a paisagem só para vê-la melhor, mas nunca para inventá-la, porque ela existe e nunca morre. Mas eu não sei e, ainda bem, havia uma página em branco logo em seguida. Fico nesta página em branco.

Na sequência, os textos ?Roma? e ?O número puro? - sobre este, Duras disseca a pureza alemã e o peso da morte endêmica dos judeus, para, ao fim, criar o muro do proletariado, na inocência do número. Brilhante, eu diria! E, por último, para alimentar essa mudez de que falei no início, ?A exposição da pintura?, em sete páginas que parecem a etnografia do belo, da arte, do texto, da escrita e, por que não, da vida.
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Ariane 05/02/2024

Sensacional!
Eu amei esse livro!!! Já quero guardar a Marguerite num potinho e conversar o tempo todo sobre escrita com ela. Achei muito real o que ela diz que é escrever, me identifiquei bastante. Penso que não tem como descrever esse livro de forma satisfatória. Só digo: leiam!

PS. Fiquei super na expectativa pra ler O Vice Consul!
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Erica 21/10/2021

Uma passagem incontornável
Escrever, de Marguerite Duras, ed. Rebuliço

O melhor dos ensaios é o "Escrever", mas há trechos belos por todo o livro, trechos sobre a escrita e outros que seriam perfeitos versos de poemas. Todos textos são incontornáveis, são amplos, vastos, e não há como seguir sem um mergulho.


“Isso faz da escrita algo selvagem. Unimo-nos a uma selvageria anterior à vida. E a reconhecemos sempre, é a das florestas, antiga como o tempo. A do medo de tudo, distinto e inseparável da própria vida. Ficamos ferozes. Não podemos escrever sem a força do corpo. É preciso ser mais forte que si mesmo para abordar a escrita, é preciso ser mais forte que aquilo que se escreve.” (p. 34)

“Um escritor é algo curioso. É uma contradição e também um absurdo. Escrever é também não falar. É se calar. É berrar sem fazer ruído. Um escritor com frequência é sossegado, e alguém que escuta muito. Não fala muito, pois é impossível falar com alguém de um livro que escrevemos e sobretudo de um livro que estamos escrevendo.” (p.38-39)

“livros encantadores, sem consequência alguma, sem noite. Sem silêncio. Em outras palavras: sem um verdadeiro autor. Livros do dia, de passatempo, de viagem. Mas não livros que se incrustam no pensamento e que falam do luto negro de toda a vida, o lugar-comum de todo pensamento.
Não sei o que é um livro. Ninguém sabe. Mas sabemos quando ele existe. E quando não há nada, sabemos, do mesmo modo como sabemos que estamos vivos, que ainda não morremos”. (p. 44-45)

Uma passagem incontornável (p. 45)


“Devemos ler sozinhos o livro que escrevemos, enclausurados no livro. Isso tem, claro, um aspecto religioso” (p. 55)

“Em torno de nós, tudo escreve, é isso que precisamos perceber, tudo escreve, a mosca, ela, ela escreve, nas paredes, ela escreveu bastante na luz da grande sala, refletida pelo lago.” (p. 55)

“Escrever.
Não posso.
Ninguém pode.
É preciso dizer: não podemos.
E escrevemos
É o desconhecido que carregamos dentro de nós: escrever, é isso que se alcança. É isso ou nada.” (p. 63)


Tudo é claro em torno da morte (p. 84)

“Não podemos escrever sobre isso. Ou então podemos escrever sobre tudo. Escrever sobre tudo, tudo ao mesmo tempo, é não escrever. É nada. E é uma leitura insustentável, assim como um anúncio comercial” (p. 85)

“Eu escrevo por causa dessa oportunidade que tenho de me envolver em tudo, dessa oportunidade de estar neste campo da guerra, nesse teatro vazio da guerra...” (p. 91)

Literatura da morte viva (p. 93)

“A escrita da literatura é aquela que apresenta um problema em cada livro, em cada escritor, em cada livro de cada escritor. E sem a qual não há escritor, não há livro, não há nada. E a partir daí parece que também podemos dizer que, por causa disso, talvez não haja mais nada.” (p. 93)

O colapso silencioso do mundo (p. 93)
A sombra dos que observam rios (p. 101)
Medo do visível das coisas (p. 102)
Adorável e breve coincidência (p. 104)
Gritos ditos com as mãos (p. 107)
A cor de seus olhos atrás das janelas da prisão (p. 110)

“Com as mãos vazias, eles olhavam para fora. Os verões. Os invernos. O céu. O mar. E o vento.
– Era assim que eles faziam com Deus. Falavam com Deus como as crianças brincam.” (p. 111)

“Olhe pra ela.
Ela.
Feche os olhos.
Você vê esse abandono.
– Sim. Vejo.” (p. 115)
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Arodahnos 09/01/2022

La voix de Marguerite Duras
C'était le premier livre de Marguerite Duras que je lis en français. Il avait d'autres que j'avais lu en portugais. Dans tout les cinq petit textes je retrouve sa façon d'écrire, très passionnant. C'est intimiste et, encore, ça écriture a un mouvement qui tourne, reviens. C'est comme si elle écrit dans son journal, comme si elle murmure et essaye de se souvenir. C'est toujours un souvenir à récupérer. Ce sont de raisons pour lesquelles j'adore lire ses livres. C'est intimiste, délicat, mélancolique. Tout ça. C'est sa voix un peu plus avec nous.
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Renata 16/01/2022

Não só sobre a escrita
Marguerite Duras foi uma autora incrível, que publicou uma imensa quantidade de livros, produziu filmes, etc. Este livro contém ensaios, textos-filme, no qual ela reflete sobre diversos temas, em principal a escrita. E a escrita dela é extremamente poética.
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