Marcos Faria 02/08/2013
Logo na abertura de “A história verdadeira” (Ateliê, 2012), Luciano de Samóstata inventa o gênero fantástico. Não que antes não houvesse histórias fantasiosas. A diferença é que ele é o primeiro autor a assumir que tudo o que narra não só é mentira (que afinal é apenas outro nome para ficção), mas também algo impossível, que só pode existir na imaginação do escritor e do leitor. Estabelecida a premissa, a viagem do narrador até a Lua e Vênus se torna verossímil, na verossimilhança que pode existir dentro das regras da fantasia, assim como seus encontros com gigantes e monstros marinhos. As ilustrações de Alexandre Camanho, Carlos José Gama e Jaca atualizam a imaginação do século II para o leitor moderno.
Publicado originalmente no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2013/08/02/meninos-eu-li-37/