O Voo De Icarus

O Voo De Icarus ESTEVAN LUTZ




Resenhas - O VOO DE ICARUS


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MÁRSON ALQUATI 28/10/2010

TRANSCENDENTAL E ÚNICO!
Uma mais do que grata surpresa! Mais uma grande contribuição para a literatura fantástica nacional! Ler este livro se revelou uma experiência extraordinária e única. O "VOO DE ÍCARUS" é, sem sombra de dúvidas, uma obra ímpar e reveladora que transcende os limites da realidade, conduzindo-nos em um mergulho ao fascinante mundo futurista de Agartha e suas maravilhosas tecnologias. Onde somos convidados a escrutinar e dissecar os confins da mente humana, através de uma trama dinâmica e envolvente, muito bem conduzida e repleta de reviravoltas, onde nada é o que parece. Os personagens são muito bem construídos, complexos e cativantes ao mesmo tempo. E os cenários, assim como as tecnologias apresentadas, apesar de futuristas, são totalmente plausíveis e inspiradoras. Um livro que merece destaque na literatura fantástica nacional e tem tudo para se tornar um grande sucesso! Parabéns ao Estevan pelo excelente trabalho! Que venham os próximos! Recomendadíssimo!
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Andrés Carreiro 29/11/2010

O Voo de Icarus
A história é narrada por seu protagonista, Icarus, um jovem que trabalha numa companhia de tecnologia de informação conhecida como Holocorp. Nosso herói é viciado em realidade virtual e em uma droga moderna chamada nirvana. Num ambiente futurista, vivendo numa cidade ilha (artificial), no Golfo Pérsico, chamada Agartha, Icarus convive com os problemas de seu tempo.

Em busca de ajuda para seus vícios, procura tratamento médico e acaba usando um remédio experimental chamado Sinaptek, droga esta à base de nanotecnologia. A história nos conduzirá a “nova vida” que o recente tratamento de Icarus desencadeará.

Não tenho palavras suficientes para expressar a grande surpresa que foi ler O Voo de Icarus. Estou maravilhado com a história escrita por Estevan Lutz. A narrativa nos conduz a uma visão futurista do mundo extremamente tangível. Como se fosse um Júlio Verne moderno, Lutz nos apresenta o futuro, que só dependerá do próprio tempo para confirmá-lo verdadeiro.

A impressão que temos é que o autor “viajou no tempo” e presenciou este momento cronológico, com todas as suas características, e transmitiu o relato ao livro com riqueza de detalhes. Contudo, os detalhes são diluídos durante o desenrolar da história, não a transformando em momento algum em algo desagradável.

Leia o restante desta resenha no Site Sobre livros

http://www.sobrelivros.com.br/resenha-do-escritor-1-andres-carreiro/#more-14367
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Luma 28/11/2012

O voo de Icarus - Até onde a nossa mente pode nos levar?
Far far away, podemos dizer assim...
Achei o livro de bobeira na saraiva procurando na sessão dos nacionais, e me interessei pois queria saber qual seria a relação com a mitologia grega, sobre Ícaro, que queria liberdade e tal..
O livro se passa numa época bem a frente do que a que vivemos. Uma ideia utópica sobre o futuro, mil tecnologias tecnológicas que me deixaram babando, apesar de aprisionar as pessoas em seu próprio mundinho alienado.
É perceptível que a relação com a mitologia grega é o fato de que Icarus se sente tão livre e tão..solto, com suas projeções atrais, que de repente com o "calor do sol" despenca rumo a "realidade". Ao ler o livro, também fiz uma comparação com o Ícaro de Dédalo (o da mitologia), pois eu estava tão em êxtase lendo o livro, querendo vivenciar todas aquelas experiencias de Icarus (sou fissurada em sonhos e sonhos lúcidos e tal), que quando a "verdade" foi revelada, me senti despencando rumo ao grande oceano. Porém, o que me fez dar 5 estrelas ao livro, foi esse gostinho no final alá Inception, pois você não sabe o que é real, o que é imaginário, se é sonho ou o sei lá o que.
Eu deixei minha mente me levar por esse final alternativo, e você?
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Pat Kovacs 11/04/2012

Meu Achismo:
Lançado em 2010 pelo selo Novos Talentos da Literatura Brasileira, da Editora Novo Século, o livro aborda um futuro não muito distante e bastante verossimel, tão possível de assim o ser, que não sei se classificaria de “ficção” ou “ficção cientifica”. É uma ficção, óbvio, porque a história não é real, mas apenas isso. Um dos pontos abordados é a tecnologia totalmente a serviço do homem, desde o simples acender da lâmpada do abajur, quanto até comprar alimentos, qualquer coisa, pela rede. Oras, já vivemos isso e países como Coréia e Japão isso já é uma rotina.

Icarus é um rapaz de, mais ou menos, 30 anos e que vive e trabalha na cidade vertical chamada Agartha, uma cidade planejada e construída como imensos arranhacéus sobre uma ilha artificial, viciado em jogos de realidade virtual e numa droga alucinógena chamada, apropriadamente, de Nirvana. Icarus é um dos planejadores de jogos em realidade virtual da Holocorp, uma mega empresa de jogos em que só os melhores trabalham.

O livro começa com uma cena de pura fantasia, o que faz ser um ponto muito interessante. Uma batalha entre um herói medieval e uma criatura fantástica, tendo como arma uma espada. Trata-se do “Mito do Guerreiro”, jogo em realidade virtual de que Icarus é viciado. Então, podemos dizer que há uma mistura de fantasia medieval com uma ficção cientifica.

Mas Icarus não vive uma realidade “real”. Quase que 24 horas mergulhado no mundo virtual, seja no trabalho, seja fora dele, o rapaz passa a apresentar sintomas de um colapso orgânico, por mente e corpo estarem em realidades diferentes.

Aceitando os conselhos de sua amiga Ceres, Icarus vai em busca de tratamento com o médico Dr. Voga, que lhe administra um remédio experimental, o Sinaptek, fabricado utilizando a tecnologia nanorobótica. Isso mesmo. O que Icarus ingere é uma cápsula cheia de robozinhos que atuarão diretamente em seus neurônios, ajustando as deficiências químicas assim que elas surgem. Mas era imprescindível de que ele não fizesse nenhum uso de drogas alucinógenas, muito menos do Nirvana, ao qual ele é viciado.

Então, de um dia para o outro, Icarus é uma pessoa completamente renovada, com todos os seus problemas psico-emocionais resolvidos. Os jogos de realidade virtual já não lhe causam mais transtornos orgânicos, mas por outro lado, ele também perde o interesse por isso.

Durante uma festa, um amigo de Icarus o engana e o faz inalar uma certa quantia de Nirvana. Desesperado, ele foge para casa, mas completamente alucinado, ele sequer sabe como chegou até sua cama. E é aí que começa o verdadeiro vôo de Icarus: ele tem a sua primeira projeção de consciência fora do corpo, numa viagem astral que o faz presenciar de perto um suicídio. Isso foi só o inicio para o que se tornaria a ele alucinação e paranóia constantes... ou não.

O livro reúne alta tecnologia, a transcedencia da mente e até conceitos filosóficos hindus, com seus karmas, mayas, sansaras e nirvanas. Apesar de parecer assuntos completamente distintos e imisturáveis entre si, Estevan Lutz conduz a narrativa com muita lógica e clareza.

O final do livro, que faz supor uma continuação, o leitor fica tão confuso quanto o protagonista, por não ter certeza se o que tudo que Icarus vivencia em suas viagens astrais é mesmo real ou apenas uma projeção criada por sua mente sob influencia do Sinaptek e Nirvana. Ou foi tudo uma imaginação forte ou o Sinaptek é mesmo um projeto secreto do governo para criar “espiões astrais” capazes de estar em qualquer lugar para coletar as informações mais secretas. E somente o autor poderia nos informar sobre isso numa continuação, pois que o desfecho ficou em suspensão.

Estevan Lutz teve o devido cuidado de criar um comportamento social que se enquadrasse na proposta da realidade futurista criada por ele. A narrativa em primeira pessoa e os diálogos são concisos e circunspetos. Os nomes, incomuns, estão muito bem enquadrados num mundo totalmente globalizado: Icarus, Ceres, Linus, Roxana. Nomes universais dentro de uma sociedade universal em que não há mais fronteiras territoriais.

Geralmente não gosto de histórias futuristas, por seus autores criarem um futuro pessimista e tétrico, bem ao estilo Blade Runner. Mas Estevan Lutz criou um futuro positivista, em que alguns problemas continuarão, mas haverá sempre a luta pela melhoria na vida de todos. Um futuro em que se viverá no conforto proporcionado pela tecnologia, mas que ainda é perfeitamente possível caminhar por áreas verdes, viajar para lugares onde a natureza ainda domina plenamente ou mesmo viajar pelos mares, como Icaurs fez no final.

E esse futuro eu quero!

E o Sinaptek também!!
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Carlos Patricio 10/02/2013

Puro talento
Estevan Lutz é um escritor inteligente, com otimo vocabulario e arquiteto em fazer uma historia.
O livro eh tao bom que, na minha opiniao, se fosse escrito ha seculos atras, poderia facilmente ser considerado um classico ate hoje. Uma distopia bem montada, facil de ler e com diversas reviravoltas.
Assuntos muito interessantes - problemas com ansiedade, com excesso de tecnologia, mente fora do corpo, existencia da alma, e outras informaçoes de um futuro proximo, na concepçao de Estevan - e q faz bastante sentido.
Alem de seu talento, outras qualidades do escritor sao sua humildade e simpatia, sempre disposto a ajudar os outros. Com este conjunto ele vai longe, e sempre conquistara mais fas.
Livro recomendado e favoritado, com certeza.
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Ozimar Júnior 19/05/2011

O voo de Icarus - Estevan Lutz
O jovem brasileiro Icarus mora na cidade marítima de Agartha e trabalha com realidade virtual e também é viciado em jogos virtuais e na droga Nirvana. Sua vida muda completamente quando ele passa por um tratamento com o Dr. Voga e a droga lícita Sinaptek (na verdade se trata de um conjunto de nanorobôs).
O livro é narrado em primeira pessoa, o que acaba sendo o pior defeito dele. Com certeza se o livro fosse narrado em terceira pessoa, o autor teria tido maior liberdade e a verossimilhança teria sido maior. Outra coisa que não gostei foi o fato dos personagens serem rasos. As personagens Ceres e Roxana são descritas friamente, sabemos muito pouco delas, apesar de serem personagens centrais na trama.
Mesmo assim se engana quem pensar que o livro é ruim, pelo contrário: o autor escreve bem, respeita a gramática, apesar dos diálogos serem um pouco travados. De início a obra em sua temática me remeteu ao livro “Os três estigmas de Palmer Eldritch” de Philip K. Dick, apesar da forma de escrita das duas obras serem totalmente diferentes. O vôo de Icarus carece de mais ação, mas é perceptível que o autor optou por uma abordagem mais teórica da estória. Em alguns dos seus vôos, a escrita do autor pareceu um pouco com a escrita da Cristina Lasaitis (autora brasileira do livro de contos Fábulas do tempo e da eternidade).
O final do livro é muito corrido e a solução dada pelo autor é a mais simples. A ambigüidade causada pelo final é de certa forma um lugar comum.
Para o livro de estréia de Estevan Lutz, acho que ele foi muito bem.
Amadeu.Paes 02/05/2013minha estante
Eu também tive a mesma impressão que o livro escrito em 1ª pessoa deixou-o travado e os diálogos forçados.

O argumento é bom, mas o desenvolvimento é muito travado.

Outro fator que eu acho que deixou a história travada é a explicações didáticas das personagens, às vezes, pareciam professores do ensino médio e assim se perderam ótimas oportunidades para melhor explorar a hiatória.

Não achei a história um horror e espero que o autor consiga melhorar.




Leitora Viciada 17/09/2011

Em primeiro lugar: sou apaixonada por histórias de Ficção Científica. Usam a tecnologia, realidades e mundos paralelos e/ou o futurísticos para criticar ou nos fazer refletir sobre a sociedade em que vivemos. Apesar de toda a inteligencia, criatividade e aparatos científicos, gosto mesmo de observar a psicologia humana.
Adoro as possibilidades que a Ficção Científica despertam em mim quando sei que muitas coisas antes apenas imaginadas por escritores hoje em dia são reais. Quase sempre a Ficção Científica é um esboço do futuro. Mesmo com alguns erros cometidos no passado (principalmente ao espaço) e atualmente descobertos pela ciência, não me canso de elogiar essas mentes magníficas dos escritores.
Estevan Lutz, é uma dessas mente, mesmo que ainda nova na indústria literária.
Eu confesso que conheço um pouco de Ficção Científica, já li Frank Herbert, Isaac Assimov, Marion Zimmer Bradley - ficções científicas diferentes. Também sou grande fã de séries e filmes do gênero (que quase sempre não é muito aproveitado pelas mulheres). Nessa confissão devo assumir que vergonhosamente, não conheço a Ficção Científica nacional, como quase todo brasileiro. Nós mergulhamos em histórias fantásticas e não paramos para pensar: "E no Brasil? Como é?".
Agradeço ao Estevan por abrir meus olhos e me dar a oportunidade de ter a curiosidade e ânsia de querer ler agora mais autores nacionais do gênero.
E para quem está lendo essa resenha, e se pergunta a mesma coisa, recomendo a começar logo pelo O Voo de Icarus. Quem gosta desse tipo de leitura estilo Adimirável Mundo Novo ou filmes do tipo Matrix, vai gostar do enredo.
A capa: adorei o efeito na cor branca, perceptível apenas quando se vê o livro ao vivo, pelas fotos na internet, não é possível. É um plastificado quase em alto-relevo, dando mais profundidade à imagem. Ilustração bem bonita. Diagramação, qualidade gráfica... tudo ótimo.
Era inédito para mim (que me lembre agora), um autor dedicar uma história a personagens de outros livros, que foram inspiradores!
O livro é narrado em primeira pessoal, o que nos permite saber apenas o que o protagonista sabe, presenciars apenas as suas experiências, angústias, indecisões, fragilidades... dando um ar de curiosidade, e até de desespero.
O protagonista, Icarus é um jovem pertencente a uma elite social de um futuro próximo. Na cidade de Agartha ele integra uma empresa de criação e desenvolvimento da realidade virtual - um dos melhores cargos profissionais de sua geração. Ele participa da equipe gráfica.
Além de trabalhar com isso, ele é viciado nos jogos. Ele passa cada vez mais tempo conectado à tecnologia prazerosa de estar em qualquer lugar, de fazer coisas incríveis, de ser alguém que você não é. Uma diversão totalmente mutável e proveitosa, sem precisar sair de casa. A realidade virtual faz mais parte de sua vida que a realidade em si.
Ele foi se afastando aos poucos das pessoas, exceto os colegas de trabalho com quem ainda precisa conviver. Ele tem uma amiga mais íntima, Ceres, que é um pouco mais realista que ele, embora em minha opinião ela também seja uma fugitiva de sua realidade, porém de formas distintas de Icarus.
Ele tem um outro vício, que empata com os jogos (principalmente os mais violentos, seus preferidos): nirvana, a droga do futuro. Uma droga perfeita, embora ilícita. O viciado pode tranquilamente consumi-la à noite e pela manhã estará totalmente apto para trabalhar ou seguir seu cotidiano. Ela é rápida, sem efeitos colaterais graves e deixa o consumidor saciado, relaxado... porém é um vício forte.
Icarus, além de deixar de levar uma vida normal, como ter uma namorada ou sair para a boate mais psicodélica da cidade, aonde seus colegas sempre vão se divertir, começa a ter problemas com a realidade virtual. Ele passa mal fisicamente, quando necessita estar nela - o que atrapalha o seu trabalho e o deixa doente.
Ele aceita participar de um novo tratamento médico e é aí que sua vida muda totalmente, rapidamente.
Existem detalhes que o Estevan teve o cuidado de colocar na trama. Os nomes por exemplo. Pesquise os significados (apesar de alguns ele explicar): Icarus, Agartha, Ceres, Nirvana.
O início do livro é fantástico. A primeira sequência me tirou o folêgo! A primeira terça parte serve para integrar o leitor a essa realidade futurística, aos hábitos da sociedade, mostra como é o cotidiano, como é a vida do protagonista.
Gostei muito da forma como o Estevan descreve os hábitos, a tecnologia avançada presente no dia-a-dia. Cria realismo para quem curte Ficção Científica, agradando também aos leitores que gostam de saber como o mundo imaginário funciona a cada página. A rotina nos é apresentada de forma natural, e imagino o quanto daquilo poderá realmente fazer parte dos próximos avanços tecnológicos. Quem não está acostumado com mundos "científicos" não terá problema algum em acompanhar e se interessar pela história.
A segunda parte é responsável por virar do avesso a vida de Icarus, que através de novas descobertas, descobre uma nova realidade. Ele detém agora um grande poder nas mãos, e ao mesmo tempo, está literalmente perdido nele. Nem tudo é o que parece ser, viradas e sacadas muito boas no enredo.
A última terça parte do livro é a melhor: não consegui parar de ler. A fome por saber logo de uma vez o que é verdade e o que é mentira tomou conta de mim e li de uma só vez; nem vi o tempo passando.
Quando terminei, fiquei chateada: queria mais. Essa é a maior prova de que a leitura me agradou demais.
Não entrei em detalhes, você tem que ler!! Você vai viajar não apenas num futuro convincente, mas também fará uma viagem transcendental, intíma e ao mesmo tempo, social; até onde nossa mente pode nos levar? Como a mente humana pode ser tão complexa? Ás vezes poderosa, ás vezes frágil? Muitos e muitos conflitos e dúvidas!
Não há como não refletimos sobre nós mesmos. Se estamos realmente satisfeitos com a nossa vida, nossa rotina, nossos trabalhos. Não digo que o leitor vai entrar em colapso existencial, nada disso. No entanto, pelo menos uma área da sua vida será avaliada. Nem que seja seu papel na sociedade ou se você faz o que gosta. Ou se não passa tempo demais na frente do computador, do celular, do videogame ou da televisão. Aí varia de acordo com cada pessoa e com o momento em que ela vive. Depende em que realidade está vivendo!
Aprovo o destino dado a Icarus.
Eu tenho a impressão de que mais poderia ser aproveitado do mundo de O Voo de Icarus, espero que esteja nos planos do autor. Estevan é muito talentoso e está apenas iniciando sua carreira. Creio que muito possa nascer futuramente de seus trabalhos!
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Fabio Brust 07/12/2010

O Voo de Icarus
Vou admitir que comecei a ler o livro com uma expectativa não muito grande - afinal de contas, desde quando eu gosto de literatura psychopunk? Só uma vez na vida li um livro desse tipo, e, apesar de eu ter gostado, não apostava muito em "O Voo de Icarus", escrito pelo meu conterrâneo gaúcho Estevan Lutz. Grande erro!
Afinal de contas, o livro é muito, muito bom! A história é envolvente, podemos nos sentir na pele de Icarus, um homem que está em uma linha tênue entre dois vícios: os jogos virtuais e sua pseudo-realidade e o nirvana, uma droga pesada. Buscando uma cura para esse problema, ele conhece o doutor Voga, que faz com que ele ingira um medicamento novo, chamado Sinaptek, que coloca nanorrobôs dentro de seu cérebro, para que eles impeçam o vício de acontecer. Isso, no entanto, o lança em uma jornada esquisita ao extremo e completamente inovadora através do mundo e do espaço sideral. Um voo, literalmente.
A história é muitíssimo interessante. Há tensão em cada um dos capítulos, e sempre há uma necessidade de continuar lendo, de descobrir o que vai acontecer a seguir. O final é surpreendente e ambíguo, o que não deixa de ser algo muito bom. Fiquei bastante satisfeito com a história no geral.
Apesar disso, duas coisas me incomodaram: as risadas escritas e a espécie de urgência excessiva no final. Claro, a cena de perseguição ficou ótima por isso, mas o resto pareceu ter sido concluído muito depressa. Poderia demorar mais, na minha opinião. Quanto às risadas escritas, "Ah, ah, ah", acho que eram desnecessárias. Poderia-se facilmente trocá-las por um "riu com ironia", que ficaria um pouco mais bonito. Mas nenhum desses dois fatores prejudicou a história, o que é ótimo.
Apesar disso, então, "O Voo de Icarus" é um livro extremamente válido e uma ótima leitura. Parabéns ao Estevan Lutz pela pesquisa soberba que realizou no livro, detalhando minuciosamente cada uma das situações, em termos científicos, até. Essa busca pela veracidade me agradou, e muito.
Estevan, obrigado pelo presente!
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LetíciaBaldez 13/02/2014

O Voo De Icarus
O voo de Icarus, é um livro que aborda temas como a tecnologia futurística e as drogas alucinógenas, a trama toda se passa em uma ilha conhecida como Agartha, um lugar que abriga pessoas de diferentes nacionalidades. Agartha é o lugar que Icarus mora e trabalha atualmente, porém este mesmo lugar é o palco de estudos e pesquisas que desenvolveram uma droga alucinógena conhecida como Nirvana, a droga mais consumida pela população e também por Icarus, que se vê viciado pelo Nirvana e por ficar tempo demais envolvido por uma realidade virtual.

Quando ele começa a ter reações anormais a cerca dos vícios, sua amiga de trabalho Ceres, indica um médico que aplica um tratamento se outro nível em Icarus. Um medicamento muito recente e considerado eficaz denominado Sinaptek. Depois da primeira dose, Icarus sente melhoras significativas e começa a se sentir extremamente bem e relaxado. Mas toda estória tem seu porém. Quando ele vai a uma festa com amigos, um colega de trabalho, faz Icarus inalar nirvana, então ele começa a ter alucinações sobre a vida e sobre a realidade.

Icarus começa a usufruir dessas “alucinações”, e começa a ingerir propositalmente mais doses de Nirvana, que o faz viajar pelo inconsciente do próprio cérebro e lá conhece uma pessoa, que tem um propósito revolucionário em mente. Icarus acredita em sua visão sobre fatos que ocorrem na trama e se sente realmente perturbado e vai à busca da verdade. Será que a verdade é o que ele realmente acredita? Icarus viajou a própria mente para descobrir que...


site: http://sobangulos.blogspot.com.br/2014/02/o-voo-de-icarus.html
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Daniel 03/05/2012

Nas asas de Icarus
Uma fabulosa odisséia através do cyber-espaço e de um futuro não tão distante. Assim pode-se definir em poucas palavras o romance de ficção científica O voo de Icarus (Novo Século, 2010), do gaúcho Estevan Lutz. Com o subtítulo “Até onde nossa mente pode nos levar”, o autor mergulhou fundo e guiou o leitor por um intrincado labirinto de caminhos falsos, passagens escondidas e que a saída não é bem aquela que mostra a porta mais aparente. A história gira em torno do jovem Icarus, um viciado em tecnologia, realidades virtuais de alta definição e a também na droga mais consumida na tecno-ilha de Agartha, Nirvana. Em meio a tudo isso, a mente do personagem, aparentemente, começa a se deslocar de seu corpo para outros lugares no tempo e espaço, envolvendo-o em situações muito perigosas. O livro claramente faz menção ao Ícaro mitológico, filho do arquiteto Dédalo, que voou muito perto do sol com suas asas de cera e veio a se perder no mar. Neste caso, o voo de Icarus vai bem além do que a mente dos leitores pode adivinhar, deixando uma lacuna no que é verdade ou não no livro.
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Portela 30/06/2011

Qual a verdade da condição humana?
O livro, O voo de Icarus, nos leva para a cidade de Agartha o paraíso da tecnologia no fim do século XXI. Uma ilha, no território da ‘União Asiática’, onde as mentes mais brilhantes são atraídas para desenvolver e viver novas tecnologias. Como a proposta do autor, Estevan Lutz, é de criar um novo segmento saído do gênero Cyberpunk, nasce com esse livro o Psychopunk. Com elementos bem mais psycho, o punk se manifesta de forma tímida na hermética e avançada sociedade de Agartha.

O protagonista Icarus se mostra dividido entre seu trabalho de criar realidades virtuais e ser viciado em jogos desse tipo e na droga conhecida como Nirvana. A sociedade esta de tal forma inserida no mundo digital, que pessoas como Icarus preferem e passam a maior parte de suas vidas ligadas a esse mundo virtual. Eles utilizam acessórios de imersão virtual: visor, fones, transmissor de cheiro, luvas sensoriais, tapetes de microrroletes que permitem até uma caminhada. A questão do Nirvana é a sempre presente na humanidade condição das sociedades utilizarem substâncias químicas que alteram a consciência, muitas ilegais como a própria Nirvana. Então, juntar psicotrópicos fortíssimos e uma realidade virtual de última geração é o mal de Icarus que busca uma cura. Através de um revolucionário tratamento de nanotecnologia, em seu cérebro, ele apresenta grande melhora, mas um acidente o leva a despertar sua mente para a real condição humana.

Com Icarus abrindo os horizontes da sua existência, Lutz nos joga propostas bem audaciosas para com as verdades universais. Numa miscelânea que extrapola o campo das teorias e nos sugere essa visão multi-teórica da existência. Unindo as teologias com certo grau de teorias científicas. No fim, a busca pela realidade e o que de fato é possível se mostra inquietante, para uma pessoa diagnosticada com problemas de dependência química. Qual é a verdade da condição humana?

As referências mitológicas e a narrativa simples são uma boa ideia para atrair leitores, mas falta a Lutz um maior grau de desenvolvimento narrativo para elevar a grande proposta abordada na obra. Fato justificável por ser um autor iniciante. Vejo essa obra como vi o Miracleman de Alan Moore, que deu origem ao Watchmen e o conto A Sentinela do Arthur C. Clarke que originou 2001: Uma Odisséia no Espaço. A semente foi plantada nos resta esperar por mais.

O VOO DE ICARUS - ESTEVAN LUTZ - 240 páginas - Novo Século
http://estevanlutz.xp3.biz/
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Tibor Moricz 14/09/2011

O voo de Icarus - Lido e comentado
Num futuro distante, na cidade marítima de Agartha, a vida do jovem Icarus oscila entre dois vícios: a realidade virtual e uma droga alucinógena denominada Nirvana. Para ver-se livre dos efeitos nocivos dos seus vícios, aceita se submeter a um tratamento inovador.

A inoculação de um medicamento chamado Sinaptek, baseado em nanorobôs que atuam no cérebro, promete pôr um fim aos seus problemas. Mas ao ingerir acidentalmente uma dose de Nirvana (proibida para não prejudicar o tratamento a que se submete), o jovem se vê arremessado numa outra realidade muito distante de todas as que já teve oportunidade de conhecer.

Estevan Lutz conta a história de um homem que se vê projetado para fora do próprio corpo, numa espécie de desdobramento ou viagem astral. A premissa é bastante interessante e possibilita um leque de abordagens: a chance de construir cenários fantásticos, de fazer o protagonista viver situações surreais, de criar conflitos sobrenaturais, de amalgamar real e supra-real numa coisa só.

O autor se esforça nesse sentido e consegue obter resultados satisfatórios nas viagens fantásticas de Icarus, embora tenha se limitado demais diante das inúmeras possibilidades a serem exploradas e na complexidade que poderia acrescentar à trama.

O romance prima pela reflexão, sendo quase todo introspectivo. O jovem Icarus vive questionamentos constantes. O tom muitas vezes filosófico arrasta a trama e deixa claro que se o leitor está em busca de ação, vai perder tempo.

Não há pontos de tensão nem conflitos durante quase toda a narrativa. Cria-se uma perseguição ao final da obra, mas ela termina de forma apática, previsível e decepcionante. O protagonista e os coadjuvantes são rasos, não houve uma preocupação maior em construí-los solidamente. A opção exagerada pela reflexão e pela introversão roubou de O voo de Icarus a possibilidade de desdobrar-se a si mesmo.

A construção empolada prejudicou a leitura. A pompa desnecessária (em contraponto à clareza e a objetividade) dificultou a imersão na narrativa e acrescentou uma superficialidade à obra difícil de ignorar.

***

Exemplos:

“Com os punhos cerrados sobre o balcão, quase investi contra Lourdes por meio do emprego de adjetivos antissociais”.
Pag. 177

Isso tudo pra dizer que quase mandou a Lourdes tomar no rabo.

“Minha reação se restringiu a uma emanação criogênica que chegou a paralisar minha estrutura óssea”.
Pag. 191

E isso tudo pra dizer que estava gelado de medo.

Vários outros exemplos se repetem ao longo da narrativa. Deixou a impressão que os personagens da obra são todos sábios eruditos no púlpito.

***

A leitura sem nuanças nem emoções mais fortes, aliada a linguagem afetada (tentativa fracassada de eruditismo. Não custa repetir que a melhor prosa é a mais simples, não tentem complicar), derrubou qualquer possibilidade de uma avaliação positiva. Mas em se tratando de primeira obra de autor ainda inexperiente, é aconselhável dar alguns descontos.
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Matias 14/01/2012

O Voo de Icarus - Estevan Lutz
Fazia algum tampo que eu não lia uma obra de ficção cientifica, acho que a última antes de O Voo de Icarus foi o Hibridos, e isso deve fazer uns 2 anos já.

Ao ler a sinopse, a primeira coisa que pensei foi “Futuro não muito distante, problemas com drogas, mundo cibernético, acho que já vi isso no Neuromancer”, e sim, o livro tem muita influencia de Willian Gibson e bastante de Asimov também, além de outros autores como Douglas Adams e Carl Segan.

A história do livro se passa na cidade de Agartha, uma cidade marinha que é o pólo tecnológico mundial no livro. Se você trabalha em Agartha significa que você conseguiu alcançar o topo na carreira tecnológica. (Curiosidade, Agartha é uma cidade mitológica, que estaria situada no centro da terra, e que muitos acreditam ser a mesma coisa que a cidade budista de Shambhala. Nessa cidade ficaria o real regente do mundo, que controla a vida de todos na superfície.)

Essa não é a única influencia budista no livro. Na verdade, o autor cita o budismo muitas vezes, e tenta explicar um pouco de suas teorias. Além do budismo, podemos ver alguma influência da mitologia grega, principalmente no nome dos personagens.

E é nessa cidade que mora o personagem principal de nossa história, o jovem Icarus. Ele é anti-social, extremamente sarcástico e tem problemas de atenção. Além disso, ele é viciado em realidade virtual, mais especificamente em games violentos, e em uma droga alucinógena...

Se quiserem terminar de ler essa resenha é só entrar aqui no into: http://into-wonderland.blogspot.com/2012/01/o-voo-de-icarus-estevan-lutz.html
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Laércio R da Si 28/06/2011

Interessante!
Como não sou familiarizado com esse gênero cyberpunk, julguei a obra pelo seu impacto psicológico. Há muita profundidade nos pensamentos e declarações do narrador personagem e frases célebres vez por outra surgem e fazem o leitor refletir.
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