A paixão segundo G.H.

A paixão segundo G.H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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AndrA131 15/08/2020

Mais um de Lispector que não me desceu
Mesmo sendo a autora de meu livro favorito (A hora da estrela), os últimos dois livros que tentei ler dela não terminei. Cheguei a 70% desse e mesmo assim não consegui chegar até o fim pois a leitura não estava fluindo. Marquei algumas passagens que me tocaram até o fundo da alma, mas tirando isso, a abstração/"enrolação" toda do livro não compensou a jornada pra mim.
Lorrany Moura 29/09/2020minha estante
Senti exatamente o mesmo. Alguns trechos estimularam profundos devaneios, mas também me percebi confusa em muitos momentos. Foi o meu primeiro contato com a autora, quero experimentar mais vezes a escrita dela.


AndrA131 02/10/2020minha estante
Leia A hora da estrela! Como é uma novela, tem bem mais linearidade cronológica que A Paixão, sem deixar de mencionar a escrita belíssima dela. Meu livro favorito da vida, sempre consegue me tocar lá no fundo.


Lorrany Moura 06/10/2020minha estante
Obrigada pela recomendação.




Samantha 11/01/2009

QUEIMEM ESSE LIVRO!!
L. 19/01/2009minha estante
pq?


Júlia 25/01/2009minha estante
Por que?


Nathaly 28/02/2009minha estante
Eu sei que é um livro muito complicado, denso demaaaais da conta (tanto que eu não conseguir ler até o fim, abandonei), mas.. queimar? Não entendi


João Carllos 02/05/2009minha estante
Coitada, a pobrezinha nao sabe o que diz. se bem que a Clarice é um leitura para os iniciados, não para os que confundem literatura com entretenimento.


gabifeldens 03/05/2009minha estante
que guria sem noção....


Kemi 25/05/2009minha estante
Concordo que o livro é péssimo, mas ao invés de queimar, a gente pode levar num sebo e trocar..rsrs


Têco 01/09/2009minha estante
Este livro mostra muitas verdades e acho que ela pode doer sim e este é um grande passo.


vsc bibliotecária 10/09/2009minha estante
Concordo, aliás, queimem todos os livros da perturbada CL!!! Ganhou um "gostei" meu!!! :D



vsc bibliotecária 10/09/2009minha estante
Minha gente, vamos respeitar a liberdade de expressão. Se a menina não gostou, pq vão xingá-la de sem noção? Ela apenas expôs a opinião dela. Ou será que vão me julgar de ignorante só pq não consegui digerir a "ilustre" CL?

Ah, me poupem!!!


Bell_016 16/09/2009minha estante
Ahhh, vai ler um best-seller, vai...


Têco 12/12/2011minha estante
Ou pequeno passo. Não acredito no "não-passo", mas isto é genial:

"Dá-me a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir ? nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio"




Antonny.Fillype 16/07/2023

Ou toca, ou não toca...
"Ou toca, ou não toca...Me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato." Essa foi a resposta de Clarice quando perguntada sobre sua obra em sua última entrevista, agora compreendo perfeitamente o que ela queria dizer. A Paixão Segundo G.H é em grande parte um puro fluxo de consciência da personagem G.H que pra mim é a própria Clarice, é uma obra forte, marcante, de leitura difícil. Lispector domina com maestria as figuras de linguagem, com destaque para os paradoxos, se lê-la já é um trabalho complicado, imagine escrever sobre ela, é por isso que não vou me arriscar muito. Não indico esse livro pra quem quer começar a ler Clarice, ela tem um estilo muito único que exige um pouco mais do leitor, mas certamente é uma obra que precisa ser lida... E relida, sinto que ela pede uma releitura quase que inevitável. Há muito mais que eu gostaria de falar, mas vou me abster e, posteriormente, quando fizer a releitura, darei um veredito mais completo. Me sinto mais próximo de Clarice agora, é incrível como ela nos coloca em transe junto da G.H.
Izabella.Smaniotto 18/07/2023minha estante
vou começar o livro hoje, que resenha linda...aumentou minhas expectativas!


thaielvira 04/08/2023minha estante
Ia começar ele hoje, mas meu primeiro da Clarice? agora tô pensando se leio ou começo por outro kkk


Antonny.Fillype 04/08/2023minha estante
Começa por outro




Têco 01/09/2009

Um despertar, de uma nova consciência e ser, que é a vida
Genial. Mostra a diferença do existir para o viver, que é interno e vem de dentro pra um novo um novo contato com a realidade e estado de espírito que é verdadeiro.

Ensina o desprendimento e a coragem, o amor, o agora, a vida, o enxergar "de verdade", a realidade, seu verdadeiro contato, o perdão em si, mostra o que é o ser quem é.

Interessante ver "O Poder do Agora" do Eckhart Tolle e excertos ou obras de Jiddu Krishnamurti.

Excelentemente fantástico ver isso na literatura, de forma literária, revelando pessoas comuns, despertando, "entrando na realidade e verdade", vida, transcendência, encontrando a liberdade, que vem de dentro.

Talvez prevendo um futuro, revelando um futuro, sendo pioneiro e de vanguarda, um livro escrito em 1964 e em sintonia com o antigo "misticismo" oriental do budismo, taoísmo e afins (ou então "a verdade" do cristianismo, "enxergado com olhos de verdade e realidade", "com tato", "percepção que é vida", mas que por mais que "seja amorfo" ("pouco explorado", "pouco compreendido", pelos homens, para a transformação de si na sua mais pura essência e sabedoria de atos e atitudes norteando sua verdadeira consciência; o que se acontecesse a sociedade, esta bem visível no livro de Clarice, seria transformada) claro que tem o seu papel, mas que tomara que por ele também se sinta e traga, pelo menos por um instante, o que é a vida..., que a física quântica "acolheu" (o budismo, taoísmo, e afins).
Têco 12/12/2011minha estante
Genial, aprendizado do dia. Imagine em pessoas e personalidades.:


"Dá-me a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir ? nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio"


Têco 12/12/2011minha estante
Do horizontal (aprendizado cultural) ao vertical (aprendizado espiritual, de sabedoria), do vertical (espiritual) ao horizontal (cultural, também inclusos o "cult" e o "erudito"), sempre se chega a um ponto de centro e eles são misturados. O livro te mexe pra todos lados, posições, mexe, remexe, vira, revira, avesso, desavesso, verso, inverso, afim de cehgar num quê cultural e emocional, mais ligados ao horizontal, e num vertical espiritual que puxa "para um centro" (são vários os centros) mais que aquele. Mas, como a autora diz no prefácio, "que é um livro pra quem está preparado, maduro", e outras ademais, ele puxa e direciona mais numa verticalidade, de amor, de luz, de atemporal, e aí de um equilíbrio. Mas não é tão simples assim, o próprio título do livro é "A Paixão Segundo...". Estou vendo que a Clarice mexe com tanta gente, pessoas diversas, borbulhar de personalidades, emoções, estados de espírito, pensamentos, razões, ideias, mexe num inexplorado seu e quase certamente. Acho que este livro, como a autora fala no prefácio, é um pouco mais a frente. No sentido da verticalidade que mencionei. Não é o que se trata, ou talvez, talvez ela quis fazer um mix disto pra tocar emoções: Paixão, com uma paixão como diz o espiritualista Krishnamurti, "paixão que liberta", num sentido de entusiasmo e vitalidade. Vou reler, e, po, não sei o que me espera.


Têco 12/12/2011minha estante
E este equilíbrio que seja um ponto interno, chamado "do ser" e "ser". O "é". Que te trás propulsão, leveza, coragem, um "linha de frente". Um agir meditativo.




luisa302 23/02/2023

"Toda paixão é uma cerimônia de adeus."
o livro é... esquisito kkkkkk clarice mt doida como sempre. mas acho que nao li o livro no melhor dos momentos, acho q nao tava preparada pra ele, e realmente no meio de uma ressaca literária nao foi a melhor das ideias mas mesmo assim meio que gostei é interessante
Sthefany148 23/02/2023minha estante
Eu to parada nele desde ano passado e eu amo Clarice ?


luisa302 23/02/2023minha estante
eu amei a hora da estrela e água viva, esse nao foi meu favorito... mas tenta insistir mais um pouquinho


Sthefany148 25/02/2023minha estante
A hora da estrela é um dos meus favs




tata 20/05/2020

Primeiro contato que tenho com leitura de Clarice Lispector e ainda não sei o que achar. Eu gostei, e ao mesmo tempo entendi o motivo de considerarem uma leitura meio difícil: em certos momentos, minha mente voava e eu me perdia no que estava lendo muito facilmente. No entanto, descobri em Clarice uma escrita que me encanta, filosofias sobre a vida que me fizeram pensar bastante. Espero reler quando ficar mais velha e ser capaz de entender mais do que entendi agora, na primeira vez.
grs.neto 04/06/2020minha estante
Acredito que esse seja um livro nada bom para começar a ler clarice. É muito denso e complexo. Aconselho que sua próxima leitura dela seja os contos, ou a hora da estrela.


tata 04/06/2020minha estante
Estou pensando em ler A hora da estrela! Obrigada pela dica.


grs.neto 04/06/2020minha estante
Por nada. Vá sem medo a hora da estrela é incrível ??




Karina Paidosz 26/01/2021

Meu primeiro livre dela e vou confessar que não gostei.

Não sei se todos os seus livros são assim, e espero que não, mas achei o desenrolar muito viajado e sem sentido.
Parecia interminável.

Tenho outros da Clarice na minha lista.
Espero gostar mais.

Escolhi uma frase do livro que gostei:

"Ah, meu amor, não tenhas medo da carência: ela é o nosso destino maior. O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama paixão."
Dani.Giardin 05/03/2021minha estante
Também não gostei ?


Karina Paidosz 05/03/2021minha estante
Kkkk triste, né?! Só continuei a leitura pois era leitura do grupo.




@freitas.fff 08/11/2021

Sobre o não ser, em dedicação ao estar
Acredito que não teria a maturidade e a capacidade de compreensão de um texto tão profundo se antes não tivesse conhecido Virginia, Hesse e um pouco do saber de Joyce. Quando uma grande amiga me indicou a leitura eu era apenas um amontoado de caos na pressa de viver que temos antes da maioridade. Mas enfim eu li, a compreendi, e também me apaixonei.

G.H. uma mulher complexa se completa quando enfim abandona toda a sua complexidade através da observação da vida sob a perspectiva da vida de uma barata. Ao longo do que parecem ser seus devaneios, ela na verdade conecta-se à vida, as questões existencialistas e transcende ao encontrar a semelhança entre todas coisas e seres em suas qualidades de impermanência.

A cada reflexão G.H. vai se despindo de suas camadas de ego humano, aceitando a ausência de sentido como o sentido próprio de tudo e todos. Em constante desconstrução ela consegue se despersonalizar e despadronizar enquanto ser humano em sociedade. E descobre em uma mescla de susto e fascínio a simultânea vida e morte que acontece dentro do mesmo tempo e espaço de nossas realidades falsamente construídas pelo nosso ego, como um silencioso e grandioso insight sobre a equidade.

Nessa obra surpreendente Clarice parece querer nos deixar nus frente aos nossos conceitos e pré conceitos, os quais desesperadamente nos apegamos para poder dizer quem somos, ou o que somos e qual o nosso propósito. Ela nos mostra o caminho tortuoso do não-ser, onde tudo e o nada coexistem, no qual todas as verdades são questionáveis e só existem num lugar íntimo que criamos dentro de nós, num mundo que construimos a nossa volta, essa bolha de existência. Estamos vivendo e vendo sem ver nem viver. Não é sobre ser, é sobre estar. É sobre o momento presente.

Gratidão primeiramente a própria Clarice, mas sobretudo também a minha amiga Cássia por me dar nas mãos essa oportunidade de crescimento, ainda que caótico e não totalmente compreendida, mas que me foi essencial. E sem dúvidas vai direto para os meus favoritos ??
May 10/11/2021minha estante
Estamos todes acometidos dum mesmo "mal", a vida. E pra mim essa narrativa nada mais é que a nudez do viver, e deixar viver, sentir, olhar e tão somente observar. Fico imaginando Clarice nesse tempo, com toda essa gente acelerada e deslumbrada, como ela olharia pra tudo que tá acontecendo, sei lá, mas gosto de pensar. Você, meu amigo, me transportou pro detalhe do livro, ausência. Gratidão


@freitas.fff 10/11/2021minha estante
??




Fabíola 20/12/2018

A paixão segundo G.H.
Resenha| De uma fã iniciante
.
Perplexidade seria a palavra escolhida para essa obra.
Ver Clarice escrever de forma tão brilhante a autodescoberta, o fluxo de pensamentos acerca de Deus, a metáfora da barata (essa parte trouxe-me asco), o esvaziamento da alma para seu encontro... Enxergarmos o fundo do abismo é algo doloroso mas necessário para nos ampliarmos, e a autora consegue nos levar nesse "salto de fé".
Essa é a segunda obra que leio e agradeço a indicação do amigo querido @marciohomem.
Adoro livros que trazem o cotidiano através do fluxo de pensamentos, às vezes podem parecer difíceis, mas ao prosseguir a leitura somos tocados de forma profunda.
"Não é para nós que o leite da vaca brota, mas nós o bebemos. A flor não foi feita para ser olhada por nós nem para que sintamos o seu cheiro, e nós a olhamos e cheiramos. A Via Láctea não existe para que saibamos da existência dela, mas nós sabemos. E nós sabemos Deus. E o que precisamos Dele, extraímos. (Não sei o que chamo de Deus, mas assim pode ser chamado.) Se só sabemos muito pouco de Deus, é porque precisamos pouco: só temos Dele o que fatalmente nos basta, só temos de Deus o que cabe em nós. (A nostalgia não é do Deus que nos falta, é a nostalgia de nós mesmos que não somos bastante; sentimos falta de nossa grandeza impossível- minha atualidade inalcançável é meu paraíso perdido."
Clarice

"Em seu livro Clarice, uma biografia, o crítico literário e escritor Benjamin Moser diz:

G.H., com seu enredo breve, esboçado, é na verdade o clímax de uma longa busca pessoal. Pela primeira vez, Clarice escreve na primeira pessoa. E pela primeira vez ela capta a plena violência, a repugnância física, de seu encontro com Deus.

No prefácio do romance, Lispector já inquieta o leitor, com uma advertência cifrada:

Este livro é como um livro qualquer. Mas eu ficaria contente se fosse lido apenas por pessoas de alma já formada. Aquelas que sabem que a aproximação, do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente atravessando inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar".
Trecho: Achados & lidos
Júlio 20/12/2018minha estante
Coincidência, estou terminando minha leitura e também estou gostando bastante do livro.


Fabíola 20/12/2018minha estante
Que bom Júlio. Eu achei excelente !!! Depois conte suas impressões.




ekundera 11/03/2021

?Era a alta monotonia de uma eternidade que respira?
Ufa, consegui sobreviver a esse livro, que deixa a gente totalmente sem noção do que se trata. Clarice viaja na maionese e extravasa tudo que quer no texto, independentemente de fazer algum sentido pra quem está lendo. A escrita é hermética e pedante, uma vomitação de invencionices que vão do nada para lugar nenhum. Dificilmente é o tipo de leitura que se lê com prazer, tem que ter estômago e boas doses de paciência.
Soares 11/03/2021minha estante
Tô lendo ele por causa da leitura coletiva da Isa, mas confesso que estou com muita dificuldade.


ekundera 11/03/2021minha estante
Eu também peguei ele por causa da leitura coletiva. Gosto de terminar quando começo, mas é normal ter horas que algum livro desanima, hehe.




zoni 10/07/2018

Provocativo e extremamente reflexivo.
Esse livro foi um mergulho em mim mesmo, pois foi impossível não ir me questionando junto aos questionamentos da protagonista. Foi impossível não participar dessa viagem reflexiva que a personagem fez, e foi um pouco assustador, me fez sentir muito mais do que achei que sentiria.

Enquanto G.H. busca busca descobrir sua identidade no mundo, as razões de viver, sentir e amar, ela nos leva juntos num caminho parecido e tortuoso de entender tudo que se passa dentro de nós mesmos e que vai nos levar a transcender. Livros em fluxo de pensamento nem sempre são fáceis de ler, e esse então, foi totalmente difícil pra mim, então resolvi fazer como meu irmão tinha me dito: li o livro sem tentar entender cada frase, li tentando sentir cada palavra e frase que estavam ali, e diferente dos meus últimos livros esse não me causou prazer ou deleite, foi mais uma angústia e uma inquietação horrível, e isso não foi ruim, na verdade foi a parte mais interessante da leitura, terminar o livro com um pensamento totalmente diferente do que comecei.

A cada página avançada, ia percebendo que em partes, essa obra se aproxima muito com o que eu sou, eu estou nela e ela está em mim, tem uma frase logo no começo do livro que define pelo menos metade dos leitores que começam a obra, “Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo, quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.” E assim como G.H vai se libertando ao decorrer do livro, me senti liberto ao terminar aquela história que vinha me sufocando e cutucando fundo, me moldando aos poucos.

É uma leitura que com certeza indico para todos, mas entre no livro disposto a ter sensibilidade o suficiente pra perceber o que ela, Clarice, quer falar nos silêncios de uma narração pesada, conturbada e quase incompreensível. Já tenho certeza que daqui algum tempo quero reler esse livro e todos os quotes que fiz.

site: www.instagram.com/nomeiodatravessia
manuella.rosasilva 20/03/2022minha estante
Essa frase que vc citou foi uma das mais marcantes pra mim tbm ? marquei muito desse livro ?


zoni 25/03/2022minha estante
Sim, Manuella, eu marquei um monte de passagem também. É incrível!




Danilo 25/12/2020

Parafraseando Dante: abandonai toda esperança, ó, vós que iniciais esta leitura.
Uma sinopse básica desse livro provavelmente não atrairia ninguém, "uma mulher de classe média alta fica sem empregada, decide fazer uma faxina ela mesma, vê uma barata e tem um ataque de nervos". Aliás, essa sinopse provavelmente se aplica a muitas pessoas em 2020, pois muita gente ficou sem a empregada (o que rendeu bons vídeos, como a moça descobrindo a tampa no leite e a outra aprendendo que a capa da pamonha é a casca do milho).
MAS estamos falando de Clarice, e quando ela escreve algo em fluxo de pensamento sobre uma mulher encontrando uma barata, prepare-se para ter diversas crises existenciais, emoções afloradas, tensão, desespero, desesperança, aflição, nojo, angústia, enfim, leia com atenção o aviso que ela faz no início do livro, se você entendeu profundamente o que ela diz ali, vai saber se esse livro é ou não é para você.
Mas nem tudo são flores... apesar de admirar a capacidade anormal da Clarice de tirar leite de pedra, fazendo um livro inteiro sobre uma fração de um momento no dia de uma pessoa, vou confessar que em determinado momento o livro soa repetitivo e, consequentemente, fica cansativo, pois ela parece entrar numa fórmula, é frase atrás de frase sempre com as mesmas características, coisas mais ou menos assim "o ser é o que é, porque o não ser não o é, logo ela era o que nunca foi", claro que foi um exemplo tosco, e isso funciona muito bem dentro do livro se usado com parcimônia, pois chega uma hora que parece apenas pseudo-intelectualismo.
Enfim, apesar deste ponto que me incomodou até que bastante, é gritante o quanto a Clarice é uma alienígena, foi meu primeiro contato com uma obra dela e definitivamente não será o último.
Layla.Ribeiro 26/12/2020minha estante
Muito boa sua resenha


Danilo 26/12/2020minha estante
Muito obrigado Layla.




Alane.Sthefany 18/01/2022

Esse livro será eternamente uma "incógnita" ...
"Só sei que nada sei ..." - Sócrates ???

Essa frase resume o que eu sei desse livro ?

? Nota 4/5 ?

No princípio, eu não tinha entendido nada, após a minha incompreensão, deixei a minha "razão", de querer dar sentido e significado as coisas aqui escritas e apenas me apeguei em sentir o que de fato o livro queria me transmitir.

Esse livro será uma experiência diferente para cada leitor, pois durante a leitura, tudo que você é "HOJE", o que você acredita, seus anseios, experiências, exatamente todo o seu "EU", terá impacto em como entenderá esse "mundo" (A Paixão Segunda G.H), que é esse livro. ???

Recomendo bastante, mas aconselho a se desligar do seu lado "racional", digamos assim, e ir em busca do seu eu interior. Daquilo que não vemos, muitas vezes não percebemos, mas que existe e vive em cada um de nós. ?

Boa Leitura !!! ??

Só não surte igual a mim, que estava tentando usar o máximo meu cérebro e depois de perceber que eu estava entendendo, chegava a conclusão que não tinha entendido era absolutamente nada ???

.
Marcelo 15/04/2022minha estante
Ler Clarice Lispector é sempre um desafio. Estou tentando ler "A Hora da Estrela", apesar da dificuldade em perceber as nuances que ela coloca em seu texto, fugindo da história narrada para uma descrita, é interessante, mas não é algo que abraço diariamente.


Alane.Sthefany 15/04/2022minha estante
Sim, bem difícil a leitura dos livros dela (temos que pensar, usar o cérebro ?), engana aquele que ver 100, 150 pág, e diz que a leitura será rápida, kakakakakakaka... ?

Mas é muito gratificante e enriquecedor ??




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