A paixão segundo G.H.

A paixão segundo G.H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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ane 16/12/2022

Uma verdadeira obra prima??
Estou escrevendo assim que acabei de ler, pra não perder a emoção do livro, mas talvez eu perca mesmo assim.

Clarice escreve tão maravilhosamente bem, porque expressa as emoções de seus personagens muito bem. Uma barata consegue trazer a G.H. e nós leitores para uma grande reflexão sobre a vida e o que nós somos.
A forma como o livro é todo "fora de ordem" e não parece se encaixar me encanta, consigui me envolver no livro de uma forma mágica.

Se tiverem uma "mente aberta", leiam esse livro, pelo amor de Deus!!! É uma obra prima única que merce muitoooooo reconhecimento.
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elainegomes 23/04/2020

Transformação
Quem lê Paixão segundo GH, não termina sem se transformar, realmente acontece a metamorfose, seja pelo mero questionamento sobre a real importância das coisas, do parecer ser, da vida construída a partir de parâmetros ditos essenciais, ou pelo mero desconforto de sair da zona de conforto, deixar de apreciar o bom e o belo, destruir-se, e com a desorganização total finalmente se perder e mergulhar ao desconhecido, e o que eu não entendo desafia e eu adoro.
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Bell_016 16/01/2010

A Paixão de G.H nada mais é do que a Paixão de todo o Gênero Humano. Acompanhamos o processo de uma mulher se despindo das suas limitações humanas. Limitações que estamos tão acostumados a ver como provas de superioridade da nossa espécie, tal como a linguagem, a racionalidade, a individualidade, a civilização, mas que no fundo nos afastam da vida pura e simples, da matéria que somos feitos.


G.H (a personagem, todos nós) tão impregnada de "civilização" que não reconhece outra mulher como sua igual por causa de preconceitos de cor e classe social (tudo isso inventado por nós), indo mais além ela não reconhece a barata como seu igual (mas não somos todos animais?). A barata é feia? Mas feia por si só ou porque não condiz com o conceito de beleza que o homem criou? A barata é nojenta? Nojenta por si só ou porque vive nos lixos e esgotos que o homem criou? A barata que existia muito antes de nós vivia no lixo? Ela era, então, nojenta? Despida do nosso conceito ela nada difere de nós em sua composição, em sua ânsia por sobreviver, em sua primitividade.


Clarice a coloca até como acima de nós em sua integração com a natureza, com o divino, enquanto nós nos afastamos com a ilusão de superioridade. Inversão assim dos nosso valores culturais já vistos como "naturais" me fez lembrar um dos trechos mais lindos que já li da Insustentável Leveza do Ser quando acompanhamos Tereza e Karenin (http://www.svbpoa.org/index.php?Itemid=28&id=332&option=com_content&task=view)


Se no começo a narradora faz o possível para nos incutir o nojo à barata, no final procura fazer com que aceitamos a integração, que percamos o nojo. Mas será que alguém consegue chegar ao fim do livro sem ainda sentir esse nojo? Quem dera nos despir de preconceito fosse fácil, o drama de GH por páginas e páginas é doloroso, cruel, místico, confuso e inumano, e mesmo assim, nem ela consegue cruzar a linha da humanidade com total desapego, com total abandono.


As palavras que abrem o livro já diz tudo, há uma época certa pra ler Clarice, não desista se ainda não for a sua, retome-a depois, entregue-se ao livro como G.H. se entregou à barata, você só tem a ganhar.

"A POSSÍVEIS LEITORES

Este livro é como um livro qualquer.
Mas eu ficaria contente se fosse lido apenas por pessoas de alma já formada.
Aquelas que sabem que a aproximação, do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente - atravessando inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar. Aquelas pessoas que, só elas, entenderão bem devagar que este livro nada tira de ninguém.
A mim, por exemplo, o personagem G. H. foi dando pouco a pouco uma alegria difícil; mas chama-se alegria."

C.L.
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Ronnayse 28/01/2021

Eu, definitivamente, não sei expressar A paixão segundo G.H..

Esse livro é de uma profundidade tremenda, é um livro difícil de ler.
Fiz a primeira leitura dele em 2015 e compreendi/percebi essa profundidade. E confesso que não o li de primeira. Iniciava e desistia, por não compreender.
Hoje, 2021, percebo tamanha potencia desse livro.

É muito mais do que a gente vê, é um livro sobre se desencontrar, se reconstruir. É um livro para ser lido sendo sentido, e não ler querendo entender porque quanto mais a gente tenta entendê-lo parece que desentende mais ainda. (oia a louca aqui: eu)

Apesar da loucura que é, super indico a obra.
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Eliza.Rezende 23/07/2022

Ler Clarice não é fácil, mas ganha-se muito ao lê-la.

Nos meus encontros e desencontros na literatura é apenas em Clarice que me sinto sendo tocada de uma forma que nunca senti antes. Não há como ler Clarice e não sentir um aperto no peito e, ao mesmo tempo, um afrouxar na alma.

Sua escrita é pura profundidade, questionamento e sentimento.

Neste livro, abrem-se comportas da consciência e na mesma intensidade elas são fechadas. A cada página há uma grande descoberta, mas também é como se já soubesse aquilo que se lê.

Quando leio Clarice é como se estivesse lendo pela primeira vez, por vezes me confundo inteira, mas também é como se lesse algo que já sabia, que já estava aqui, mas que ainda não se via.
Alê | @alexandrejjr 23/07/2022minha estante
Quase um testemunho! Clarice é realmente única, Eliza.


J. Silva 26/07/2022minha estante
????




marcosandrade.e 28/07/2022

Clarice evoca em mim uma vontade imensa de expressar arte. De declamar, ler em voz alta, performar, dançar, atuar, ser livre, desenhar, pintar. Embarcar em mim mesmo e experimentar a vida.
Eu leio Clarice e no geral me sinto perdido, não entendo boa parte do que ela escreve, existe sentido em tudo isso? E ao mesmo tempo me sinto encontrado. A vida muitas vezes não tem sentido, o pensamento, o interior humano não é coerente.
Existem parágrafos que captam a minha atenção e por um instante eu paro e contemplo a vida, a literatura, a Paixão Segundo GH, eu.
Ler Clarice Lispector é como ouvir uma música ou experimentar um prato delicioso que ultrapassa os limites da compreensão. E enfim, só nos resta degustar sem entender.
Luanna.Benfica 28/07/2022minha estante
Nossa! Fiquei com vontade de ler Clarice


marcosandrade.e 28/07/2022minha estante
Lua, leia sim. Clarice se tornou uma das minhas autoras favoritas. O meu favorito é 'Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres'.


Luanna.Benfica 28/07/2022minha estante
Vou pegar sua dica, eu nunca li nada dela. Irei providenciar esses dois




Qlucas 16/07/2021

É uma obra indizível.
'...o que parece que é falta de sentido, é o sentido!'
Lido, em fevereiro, e avaliado, prematuramente, com quatros estrelas.
Venho, com humildade, em julho, reavaliar esse livro com as cincos estrelas que lhes são devidas.
A quem pretenda lê essa livro, pela primeira vez, um pequeno aviso: irá incomodar, mas vai agraciar, vai não-entender, ao mesmo tempo, compreender, vai te fazer querer lê deitado quando está sentado, e vice-versa.
danilocoutinhof 18/07/2021minha estante
Ah, meu livro




joaoggur 18/01/2022

O QUE ROLOU??
Se eu tivesse que realmente comentar tudo que achei de Paixão Segundo G.H., teríamos uma resenha praticamente infinita, pois toda a história me deu muito mais dúvidas do que respostas.

G.H. vai até o quarto de empregada de sua grandiosa casa e depara com algo jamais visto: uma sensação da qual não conseguimos descrever, como um deslumbre ímpar e novo. E, ao matar uma barata que ali estava, G.H. começa a fazer reflexões.

Reflexões. Eu acho que todo esse livro é sobre reflexões e críticas a vida. Digo ?acho? pois, sem dúvida alguma, esse foi a leitura mais desafiadora de toda a minha vida. G.H., ao deparar-se com quase como um mundo novo dentro de sua própria casa, começa a pensar coisas novas. Aquele local novo a fez refletir sobre coisas jamais pensadas.
Sinto que essa é a principal crítica do livro: Por que temos tanta amarras na sociedade? Por que a gente tem medo da morte se todos nós iremos morrer? Por que temos nojo da barata se ela já estava aqui antes mesmo de nós? E principalmente, por que se importamos e acreditamos em tantas futilidades e besteiras? Apenas.. por que tudo isso? O que falta para nós termos mais a aproximação da natureza (e de Deus? Talvez.) é aceitarmos quem nos somos e pararmos de piamente crer em tanta bobagem. Mas eu não tenho certeza de nada. Talvez eu releia e me arrependa de de tudo falado por mim aqui, tendo uma nova perspectiva da obra. Todos os livros de Clarice Lispector são desafiadores pois as certezas são escassas, mas esse ela se superou.

Pego-me pensando se eu realmente julgo tal obra como uma possível recomendação de leitura. Não sei. Por um lado, aqui temos a apoteose da escritora, com uma densa e profunda carga filosófica, mas em contrapartida o impacto mental causado (pelo menos em mim) é assustador. Isso aqui não é um livro que determina-se para ler ter bagagem literária, pois há registros até de professores universitários que não conseguem distinguir. Imagino que mal a Clarice entenderia o que ela mesma escreveu. Isso aqui é mais pura filosófia, e todos que atentamente lerão provavelmente irão ficar refletindo sobre por, talvez, os restos de sua vida. Se deseja ler tenha em mente que encontrará uma obra de dificílimo entendimento, onde não conseguimos distinguir a realidade da imaginação. Mas quem disse que a imaginação não pode ser realidade?
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Jailin 11/01/2023

Não entendi nada
Não entendi nada mas é lindo, faz sentido isso? Rsrs
Acho que o valor estético do livro é a melhor coisa que tem. A Clarice fica densa e confusa as vezes, lúcida e certa as outras. É bom.
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luisa302 23/02/2023

"Toda paixão é uma cerimônia de adeus."
o livro é... esquisito kkkkkk clarice mt doida como sempre. mas acho que nao li o livro no melhor dos momentos, acho q nao tava preparada pra ele, e realmente no meio de uma ressaca literária nao foi a melhor das ideias mas mesmo assim meio que gostei é interessante
Sthefany148 23/02/2023minha estante
Eu to parada nele desde ano passado e eu amo Clarice ?


luisa302 23/02/2023minha estante
eu amei a hora da estrela e água viva, esse nao foi meu favorito... mas tenta insistir mais um pouquinho


Sthefany148 25/02/2023minha estante
A hora da estrela é um dos meus favs




Ellieandbooks 09/05/2022

5 estrelas
182 páginas falando de uma barata e a epifania existencial que se desdobra a partir de então.
Clarice não se compreende, se sente, se enoja, se ilumina e admira.
Favorirado.
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fernandaararuna 13/09/2021

dilacerada
é, pela primeira vez (sério) eu posso afirmar que estou apaixonada por você clarice, obrigada por me entender em quase tudo e tudo.
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Alessandra.Laine 29/12/2021

Terapia pela escrita
Eu entendi tudo ? Não ...
Eu entendi o objetivo da autora ? Também não ...
Eu gostei do livro ? Não exatamente ...
Por que eu não quero jogá-lo pela janela ?
Porque ele me ajudou a entender algo evidente, mas que nos escapa : escrever sobre suas dívidas, dúvidas e dádivas é um ótimo meio para se conhecer a si mesmo.
Tentem, funciona mesmo !
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Cristina.Amaral 21/03/2022

"A vida se me é. A vida se me é, e eu não entendo o que eu digo. E então adoro".

A Paixão Segundo G.H é, para mim, um livro de experiência. A surrealidade toma conta em um nível alto. É uma experiência que lembra a de ler Franz Kafka. Pouco consegui entender num plano "lógico", mas um sentimento de inquietação e nojo me acompanhou do início ao fim. Os motivos, entretanto, ainda estou tentando entender.
annacarolinanm_ 21/03/2022minha estante
Eu li essa obra da Clarice e eu me impressiono até hoje em como ela cria uma identificação enorme com o leitor. Por mais que a história ?lógica? seja algo totalmente ?out of context?, os sentimentos expressos me fizeram sentir parte da personagem.


Cristina.Amaral 21/03/2022minha estante
Sim. As questões dela quanto à tentativa de entender o "humano", a matéria primitiva da vida e até "Deus".




Olívia Giacomin 07/05/2021

genial, poético, confuso e nojento..
na minha resenha de perto do coração selvagem eu mencionei meu projeto pessoal de ler todos os romances da clarice lispector e escrever aqui uma espécie de resenha na tentativa de guardar as impressões que tive enquanto conhecia a autora, e é justamente por isso que venho aqui hoje comentar como foi ler a paixão segundo GH.

eu comecei o livro sem saber muitas coisas a respeito do enredo, eu só sabia que ia envolver uma barata e que muita gente considera nojento mas ao mesmo tempo sensível e poético, confesso que sempre fiquei confusa quando me falavam desse livro, como é possível um livro tão curtinho ser bonito e nojento ao mesmo tempo? até que eu li e entendi, realmente essa descrição faz sentindo, tem partes nojentinhas, principalmente para quem tem problemas com baratas, mas é um livro com muitas reflexões profundas e bonitas (clarice, né..)

de forma bem resumida a história é assim: a GH (não temos o nome dela, só essas iniciais) acorda, toma seu café da manhã, fica pensando várias coisas e decidi fazer uma faxina no quarto da empregada que ela demitiu, ela acha que o quarto vai estar sujo e quando entra fica surpreendida com a limpeza e organização do ambiente, mas ela vê uma barata num canto e ai a gente entra numa confusão (uma confusão boa) de pensamentos, sensações e sentimentos.. sim, é um enredo bem simples, mas é muito a cara da clarice pegar isso e transformar em algo profundo.

de maneira geral, eu gostei do livro, adorei a forma como ele começou, mas confesso que por volta de 60% eu comecei a ficar meio cansada da história, queria deixar bem claro que isso não é sobre o texto, é sobre mim, eu comecei a achar um pouco repetitivo e até confuso, mas eu volto a fazer o mesmo comentário que fiz na resenha de a hora da estrela, quando se trata de clarice lispector, não tem como entender tudo, muitas vezes você não vivenciou nenhum sentimento parecido com aquilo e lida com o estranhamento ao ver certas coisas acontecerem e foi o que rolou comigo, eu fiquei perdida nos pensamentos da GH, talvez me faltou uma sensibilidade ou paciência, mas mesmo assim, valeu demais a leitura e eu tenho certeza que no futuro irei reler e provavelmente terei outra experiência.

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