A paixão segundo G.H.

A paixão segundo G.H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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Tharcila.Fernandes 08/03/2024

O que dizer sendo que é o 5° livro da clarice que devoro e ela mais uma vez descrevendo cada detalhe de minha alma. acho que umas 6 ou 7 páginas que escaparam das minhas marcações porque de resto ela me leu inteira e também me aconselhou mas o grande debate aqui é o sobre o amor/paixão e como uma paixão é algo momentâneo/passageiro mas o amor ele fica ele é enraizado em nós ele se transforma até quando a gente não prestava atenção antes mas chega um momento que sentimos essa grandiosidade essa fome do amor.
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paula1735 07/03/2024

Belíssima Clarice
Sou uma menina de 17 anos e não tenho apenas esse livro na cabeceira, esse livro se tornou parte de mim
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Larissa.Queiroz 05/03/2024

Mulher doida atormentada que ficou em transtorno e quis comer barata morta e ficou bem introspectiva
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gablues 05/03/2024

Essa foi uma leitura difícil. A própria G.H nos deixa claro que nem ela compreende por completo o que está nos relatando. E é justamente essa uma das belezas desse livro; se desprender de significados, deixar que o texto e as sensações por ele causadas te atrevessem livremente.
Clarice usa as palavras de uma forma única, ela consegue extrair delas o seu máximo; o que abre portas para as mais diversas interpretações. Sinto que, defronte à Clarice, tentar prender os acontecimentos (ou a falta deles) de seu texto a significados estáticos é perder deles o que há de mais rico; sua simplicidade. Simplicidade que em si guarda possibilidades inesgotáveis.
No prefácio, Clarice diz que gostaria que este livro fosse lido por pessoas de alma já formada. Ao fim da leitura, quando voltei nesse trecho, senti que algo havia mudado. Não nas palavras, logicamente, mas na minha forma de enxergá-las. Confesso que até então eu não tinha passado por essa experiência "epifânica" que tantos sentem ao ler Clarice. Mas, ao voltar ao prefácio, entendi que esse é um dos mistérios de Clarice; a habilidade de, sorrateiramente, te fazer enxergar as coisas cotidianas pelo avesso, com outros olhos ? de barata, talvez
cinnamongir1 05/03/2024minha estante
Quero tanto ler esse. Amei a resenha! ler Clarice é sempre uma experiência ????




Taís 26/02/2024

Explorando os abismos da alma humana com Clarice Lispector
'A Paixão Segundo G.H.' é uma jornada profunda e poética, onde a busca pela compreensão de si mesma leva G.H. a confrontar as complexidades da existência. Uma obra que desafia e inspira.
Vem ler a resenha!
"A Paixão Segundo G.H." é uma obra de Clarice Lispector, publicada pela primeira vez em 1964. O livro é uma narrativa intensa e introspectiva que explora as questões existenciais e filosóficas.
A história é centrada em G.H., uma mulher que, após demitir sua trabalhadora doméstica, decide limpar o quarto dela e encontra uma barata. Esse encontro desencadeia uma jornada de autorreflexão profunda. O enredo se desenvolve principalmente dentro do quarto, onde ela confronta suas próprias concepções sobre identidade, vida, morte e o significado da existência.
Ao longo do livro, G. H. tenta compreender a natureza da realidade e enfrenta uma experiência transcendental que a leva a questionar sua própria humanidade. O estilo de escrita de Clarice Lispector é caracterizado por uma linguagem poética e reflexiva, mergulhando nas complexidades da psique humana.
É aquele tipo de livro que vai te deixar assim. Eu todo o tempo me pegava pensando: como essa mulher conseguiu pensar isso? O meme real: O que será que se passa pela cabeça dela?
Até o momento, foi a minha leitura mais desafiadora da Clarice, pois ela ficava devaneando no livro e eu, na leitura
Não recomendo como primeira leitura da Clarice, é um livro muito denso e não tem uma leitura tão fluida e pode acabar afastando o leitor. Depois de conhecer a obra dela, acredito que se torna mais fácil.
Enfim, "A Paixão Segundo G.H." é uma obra desafiadora e profunda, explorando temas existenciais de uma maneira única e provocativa, características marcantes da escrita de Clarice Lispector.

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Lucas1429 24/02/2024

Uma reflexão barata.
Adentrando o mundo psicótico de Clarice no livro A paixão segundo G.H, encontra-se o muito e o pouco. Narrado em 1ª pessoa, a autora descreve uma experiência da personagem sem nome definido, quando defronta-se dentro do organizado quarto de sua ex-empegada com uma gravura de desenho feita em carvão na parede e uma barata na porta do guarda-roupas. A partir deste ponto, descorrem-se porções de pensamentos aturdidos ligados ao existencialismo e ao real. Entre os principais pensamentos, destacam-se os questionamentos sobre o que é imundo - após observar a barata semi-morta na porta do guarda-roupas - o que é factível, o que já aconteceu, o que a torna um ser humano, o que é a presença do divino e da crença sobre o inferno que se vive na terra em confrontamento com o pecado de se viver o prazer condenando-se ao inferno por não tornar-se verdadeiramente humano por meio da solidão, da tristeza e da imundice. Nota-se que a barata retratada, é mais uma face da obviedade do mais puro humanismo que a autora assimilou em sua argumentação. A barata é essencialmente o resultado do "nojo" que torna "um homem mais homem e uma mulher mais mulher". Suas perspectivas diante da redenção e da dignidade de ser chamada de ser humano vão se resumindo ao contato com o inseto, que de forma fatídica e intencional, acabam por entrar em contato com a boca da personagem, que neste momento, conclui que os primórdios do ser são um anti-ser mudo, silencioso, insosso, que dá fundamento á condição de existência do que quer que seja a partir da pré-existência. Em resumo o livro apresenta um teor reflexivo denso, que traz á leitura uma experiência de auto análise por uma perspectiva normalmente pouco experimentada, a da condição de ser antes mesmo de ser.
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Isagerada 23/02/2024

Ela realmente fez reflexões de uma vida inteira porque encontrou com uma barata. she?s so me fr. (o pior de tudo é que muitas vezes eu concordei)
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ana raissa 23/02/2024

Às vezes, vivo imersa na constante produção, no acúmulo de prazeres e me esqueço do que me deixa viva. Arte e literatura. Essas são as coisas que me fazem vibrar de alegria, pois são um conjunto de mim, fazem parte do meu ser, da minha alma. Quando a mesma se desprende do meu corpo, preciso da arte para puxá-la pra mim de novo, é humano se desprender de nós às vezes. E é nesses momentos, quando a alma se perde, que busco Clarice pra trazer vida pra mim de novo, para me sentir dentro de mim. Quando minha alma tem sede de vida, ela é quem me alimenta. Sua arte e literatura é quem me fazem ser, me fazem humana. Esse livro é mais que especial, pois sempre me acompanha durante minhas piores fases e sofrimentos, é quase uma pessoa, e Clarice sempre vai ser pra mim uma amiga próxima, um lugar bom pra descansar sempre que preciso, um coração que me entende e que trás de volta minha respiração. Ela me lembra que estou viva, e acima de tudo, preciso respirar e ir aos poucos, mas aos montes também. Clarice, será pra sempre minha confidente fiel, a quem eu entrego toda minha angústia e recorro ferozmente. Clarice me alimenta de vida e me faz viver com toda sua arte.
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sailormiah 21/02/2024

Um livro extremamente complexo. Anos atrás tentei a leitura e não acredito que tenha conseguido o que consegui agora: refletir e tentar buscar uma compreensão do que G.H pudesse estar querendo imprimir em seus devaneios.
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Ana 20/02/2024

Não uma leitura, mas uma imersão
Mas um livro onde o leitor se desloca da realidade e mergulha no mundo de palavras e sensações que Clarice cria e nos envolve. Sinto que ao iniciar a leitura de ?A Paixão Segundo G. H.?, nos leitores nos aventuramos numa crise existencial de perdição e descoberta, de questionamentos e reflexões, de verdades e mentiras, e nos deixamos sentir tudo junto a personagem com cada palavra lida. Terminar esse livro foi como suspirar satisfeita depois de um longo dia de afazeres. Foi se encontrar satisfeita depois de cumprir inúmeras tarefas, tarefas essas que durante a leitura foram os exercícios de se colocar diante das considerações que Clarice nos guiou e indicou.
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ruthyfs 18/02/2024

Eca, barata?
Gostei do livro, mas agradeço por n ter começado com ele.Foi uma leitura bem lenta e complexa de se entender e confesso que as vezes bem nojenta.É uma boa leitura pra se refletir, como os demais livros de Clarice.
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Jordana 18/02/2024

Como sempre, os livros de Clarice conseguem despertar aquilo que não se encontra na racionalidade. Sentir e refletir as suas palavras é melhor do que compreendê-las.
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BemVitu 17/02/2024

Como sempre, Clarice é barbara em tudo que faz. A obra se assemelha a um ensaio filosófico estruturado em pensamento livre, o que pela soma dos dois pontos torna a leitura densa e de difícil compreensão, tive que reler várias vezes alguma parte por dificuldade pessoal de manter uma linha de raciocínio. O conteúdo é bem Satriano, angústia, ambiguidade, o aqui e agora, discorre sobre a falta de sentido, sobre os alicerces imaginários que criamos para estar no mundo, que contudo nos impede de entrar em contato com o real e ter enfim a experiência do mundo, o contato com o divino e consigo mesmo.
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rickspcrkr 16/02/2024

Escrevi para a faculdade, então estou postando aqui...
Em primeira instância, devo dizer que me sinto privilegiado por ter A Paixão Segundo GH como primeiro contato com Clarice Lispector. Adianto aqui que nunca antes um livro me despertou tamanha letargia e deslocamento de espírito como esse. Ao equilibrar a delicadeza das palavras com as mais duras verdades da natureza humana, Lispector faz jus não somente à sua fama, mas honra também a literatura com um tão belo uso de seu espaço.
A Paixão Segundo GH narra o processo de desconstrução de GH (cuja é a única determinação atribuída à personagem), uma mulher burguesa, que um dia se choca ao deparar-se com o quarto extremamente organizado de sua ex-empregada, o qual ela assumira estar uma completa bagunça. Uma vez que esse choque de realidade tenha ocorrido, GH começa a refletir acerca dos preceitos que orientaram seu modo de viver durante sua vida. Assim, a personagem nota que sempre se manteve numa zona de segurança e conforto que nunca se permitiu sair e que nem sequer notara existir. Dado isso, GH percebe que mal se lembrava do rosto da empregada e, mesmo sem conhece-la direito, criara uma série de imprecisões sobre sua personalidade. “Foi quando inesperadamente consegui rememorar seu rosto, mas é claro, como pudera esquecer? Revi o rosto preto e quieto, revi a pele inteiramente opaca que mais parecia um de seus modos de se calar[...]” (Página 31). A partir disso, a autora aborda não só o hábito humano de atribuir aspectos equivocados a pessoas e coisas, mas também evidencia o existente conflito entre classes sociais e questões raciais enraizadas em nosso cotidiano. Em seguida, ocorre algo que inunda a burguesa de ainda mais reflexões: o surgimento repentino de uma barata no cômodo. Tomada por um impulso de violência, GH parte a barata ao meio entre a porta do guarda-roupa. Tamanho nojo e repúdio desencadeia, então, questionamentos sobre as razões que evocam tanta aversão à imagem da barata. Decorrente disso, a personagem realiza uma retrospectiva histórica relatando a longínqua existência das baratas e o modo como, muito provavelmente, a humanidadeserá extinta e as mesmas permanecerão
habitando a Terra. Vale ressaltar o modo engenhoso como Clarisse Lispector utiliza da barata no texto como um elemento biforme: ela é tanto o animal selvagem quanto o próprio homem. Nesse contexto, a barata desempenha uma dupla natureza ao simbolizar pessoas como Janair, ou seja, indivíduos que compõem minorias e que constantemente sofrem negligências e violências simbólicas, sejam elas de forma intencional ou não. Aos corpos de pessoas como Janair, por exemplo, são associadas ideias de incivilidade, imundice, selvageria e regressão humana. No livro, essa realidade é descortinada por esse acontecimento. Decidida a não perpetuar essa conduta, GH resolve ir à procura do que ela chama de uma “visão neutra do mundo”. Nota-se no texto, também, uma ponte com a religião que é bastante pertinente. Essa visão neutra objetivada pela personagem alcança um debate teológico quando ela se refere à mesma como uma espécie de estado divino. Há um discurso feito por GH que remete ao costume do ser humano de atribuir ideias às coisas sem se questionar sua real natureza, e que esse mesmo costume se aplica para a concepção de Deus. O argumento sustentado é de que o ser humano sempre está em busca do divino, de encontra-Lo em tudo, mas que jamais exista a intenção de ser Ele, praticar os seus princípios ao contrário de apenas pregá-los. Como é possível observar, GH incita tal discussão no seguinte trecho: “E eu dera o primeiro passo: pois pelo menos eu já sabia que ser um humano é uma sensibilização, um orgasmo da natureza. E que, só por uma anomalia da natureza, é que, em vez de sermos o Deus, assim como os outros seres O são, em vez de O sermos, nós queríamos vê-Lo.” (Página 96). O divino também está presente no sentido de que toda esse desmontar-se de GH soa como uma grande revelação ou epifania. Ao longo do texto, Lispector faz uso de várias analogias para se referir ao modo como a personagem se sente durante esse acontecimento. No início do texto, a mulher compara esse processo com a perca de uma terceira perna que a ajudava caminhar, a qual agora ela sente a ausência e necessita aprender a conviver sem. Igualmente, existe a metáfora de uma mão que segura a de GH, como a personificação de um suporte emocional, e que resulta em uma das citações (em minha humilde opinião) mais belas do livro: “Por enquanto preciso segurar esta tua mão
- mesmo que não consiga inventar teu rosto e teus olhos e tua boca. [...] Não estou à altura de imaginar uma pessoa inteira porque não sou uma pessoa inteira.” (Página 12). Além disso, vale destacar o modo como essa epifania desperta sensações em GH como, por exemplo, a manifestação de um deserto. Ao adentrar o quarto de Janair e deparar-se com desmedidas contemplações, a impressão de GH é que ela fora transportada a um imenso deserto que assim como a verdade que ela necessita encarar, é extenso e árido, que ao mesmo tempo inunda-se como um mar de vida e, claro, perigos. “Era um deserto que me chamava como um cântico monótono e remoto chama. Eu estava sendo seduzida. E ia para essa loucura promissora. Mas meu medo não era o de quem estivesse indo para a loucura, e sim para uma verdade [...]” (Página 46). Acrescenta-se que essas sensações relatadas são, em grande maioria, relacionadas à ideia de desnorteamento e perda de identidade. “É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.” (Página 6). Ademais, denota-se através do texto que GH se delonga tanto em seus pensamentos que é possível, ao longo da narrativa, identificar a transição das horas do dia. Por meio dele temos a informação de que a mulher entra no quarto às dez da manhã e só o deixa muito depois de meio dia. “Devia ser mais de meio-dia. Levantei-me antes mesmo de decidir, e, mesmo inutilmente, procurei escancarar ainda mais a janela já toda escancarada, e procurava respirar, ainda que fosse respirar de uma amplidão visual, eu procurava uma amplidão.” (Página 79). Num breve relato sobre um aborto o qual a personagem realizara, identificamos uma abordagem incomum (porém digna de reflexão) sobre a morte. “Aquela barata tivera filhos e eu não: a barata podia morrer esmagada, mas eu estava condenada a nunca morrer, pois se eu morresse uma só vez que fosse, eu morreria.” (Página 92). Retornando à ideia de que “ser humano é uma sensibilização”, GH encara a morte como um renascimento, uma extensão da vida para além da existência de si. No trecho demonstrado podemos notar que ela estabelece uma comparação entre si e a barata pelo fato de que a criatura teve filhos e ela não, o que na concepção dela, pode tornar a barata muito mais humana que ela por ter exercido o dom da procriação e estender si mesma a outro ser. Portanto, a ideia de morte retratada aqui seria, em outras palavras, um assassinato de si mesmo. O corpo na narrativa não representa somente a figura dos subjugados, mas também é tido como uma porta de acesso ao conhecimento, ao material puro e simbólico do que seria a existência. “A tentação é comer direto na fonte. [...] E o castigo é não querer mais parar de comer, e comer-se a si próprio que sou matéria igualmente comível. E eu procurava a danação como uma alegria. Eu procurava o mais orgíaco de mim mesma.” (Página 96). De tal modo, determinada a alcançar a verdade intrínseca da vida contida na carne da barata, GH devora parte da massa expelida pelo corpo esmagado do bicho e, enfim, se permite soltar a mão a qual segurara. Pela forma como retrata a complexidade da existência humana e os empecilhos por ela mesma imposta no seu modo de interagir com o mundo, considero A Paixão Segundo GH não apenas como um livro, mas uma própria filosofia de vida. Arrebatadora, transcendental e poética, a escrita de Clarice Lispector cativa e transmite bem a índole humana que é esse perder-se que, no entanto, é um achar-se.
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draculliv 14/02/2024

Como a própria autora diz: esse livro é mais para ser sentido do que entendido. A maior parte do livro é uma grande viagem maluca. Não é o tipo de leitura que eu costumo consumir, mas quis sair da zona de conforto pois gosto muito das entrevistas da autora.
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