O tempo das paixões tristes

O tempo das paixões tristes François Dubet




Resenhas - O tempo das paixões tristes


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Caio380 14/03/2023

Desigualdades múltiplas
Franços Dubet (2020) discute sobre as mudanças na estrutura de desigualdade das sociedade contemporâneas. Para ele, estaríamos vivendo numa época de desigualdades múltiplas. Esta teria substituído a antiga clivagem social que organizada a partir de desigualdade de classes. Está antiga estrutura social de desigualdade não dá conta de explicar as diversidades de um mundo social injusto.

Com as desigualdades múltiplas criou-se uma realidade extremamente diversificada e individualizada. Dentro desse cenário, as desigualdades são individualizas percebidas a partir do ponto de vista das particularidades e singularidades de cada pessoa.. Já não é mais um grupo social sofre. Mas sim, o sujeito isolados em sua condição desfavorável ou favorável. E, este modelo de clivagem social tem produzido um tempo de paixões tristes de cóleras, ressentimentos e indignações.

A democracia tem encontrado dificuldades em responder politicamente as experiências de desigualdades. A direita e esquerda, os partidos tentam canalizar as vozes singulares de insatisfação, de forma mais ou menos populistas. Os partidos de extrema-direita e suas lideranças tem tirado proveito dessa nova configuração das desigualdades sociais. E paradoxalmente, as democracias liberais sob o controle da extrema-direita tornam-se cada vez mais iliberais. A esquerda possui o desafio de canalizar política a cólera, ressentimento e frustações sociais de indivíduos que vivem singularmente suas injustiças. Dentro, de uma projeto de sociedade que consiga oferecer a esperança a quem perdeu a capacidade de esperançar. A direita saiu na frente.

site: https://socioabsurdo.medium.com/desigualdades-m%C3%BAtiplas-6d0c531ad1b3
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Paula 19/03/2021

:/
é um bom livro, de certeza não entra nos melhores sobre o assunto mas é ok ler ele. Não é um livro de que te da uma base sobre a desigualdade, longe disso, é meio que um ensaio bem escrito que tem a frança mais ali no foco do autor -sendo ele francês já era de se esperar-, ele fala superficialmente sobre como as desigualdades estão se individualizando e as classes ?deixando de existir? e como isso está impactando. de novo, é um bom livro, mas tem melhores do que ele e não se trata de uma leitura tão necessária -do livro, não do assunto, o assunto tá mt óbvio que precisa ser tratado urgentemente
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Sergio.Makoski 18/04/2021

O tempo das paixões tristes
O tempo das paixões tristes
Este ensaio sociológico para quem quer uma compreensão melhor da sociedade atual.
O autor não consegue esconder sua vertente política de esquerda, mas na minha opinião não afeta a análise com um todo. Demonstra que o problemas que enfrentamos hoje mais que nunca são globais, ou seja as mesmas mazelas que o indivíduo enfrenta hoje na França, EUA, Brasil, etc... são em essência iguais.

Resenha da Editora

Vivemos um tempo de paixões tristes. Esse momento é explicado pelo aumento das desigualdades, mas sobretudo pela transformação de sua natureza. O sofrimento social não é mais experimentado como uma provação que exige lutas coletivas, mas como uma série de injustiças pessoais, discriminação, experiências de desprezo, questionamento da autoestima. Incapazes de designar adversários com os quais lutar, os indivíduos são levados por um ressentimento que alimenta o populismo de todos os lados. O regime de múltiplas desigualdades gera uma sociedade raivosa. Eis o mundo de hoje. É preciso compreendê-lo para resistir à vertigem da indignação.

Sobre o Autor
François Dubet - é professor emérito de Sociologia da Universidade de Bordeaux II e diretor de estudos da École des hautes études en sciences sociales (EHESS). Ele publicou em Seuil Les Places et les Chances (2010) e La Préférence pour l'inégalité (2014). Traduzido em todo o mundo, é considerado um dos principais sociólogos franceses.
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vitóriaalice 07/02/2024

O tempo das paixões tristes explora o tema das desigualdades e os tipos de desigualdades considerando contextos como o político e histórico, é interessante observar a abrangência q o autor trás para cada situação e ponto de vista e as referências especificamente europeias em algumas partes, a linguagem é fácil de entender e é um livro bem organizado.
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Claudia.M 12/12/2021

As desigualdades sempre foram múltiplas
O que mais gostei sobre a leitura deste ensaio foi conseguir identificar que necessitamos nos distanciar de interpretações eurocentradas como esta. Admiro muito a obra do professor François Dubet, principalmente sua pesquisa sobre juventude. Mas hoje percebo que ela está centrada em uma realidade que não é a nossa. Ele até chega perto das perspectiva interseccional, com seu conceito de "desigualdades múltiplas". Mas por aqui sempre percebemos as desigualdades assim, as múltiplas juventudes e as hierarquizacoes essencialistas. Precisamos confiar mais no nosso pensamento afrolatinoamericano.
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Christiane 01/04/2022

Estou estudando a questão das políticas indentitárias e destes grupos que se diferenciam do que tínhamos antes como classes sociais. A questão é que os movimentos sociais eram coletivos múltiplos movidos por um senso de luta e de conseguir melhoras para todos, como por exemplo, as lutas dos trabalhadores x patrões e capital. Atualmente vemos uma fragmentação destes grupos maiores em grupos identitários, movidos pelo ódio e ressentimento que acabam por agir da mesma forma daqueles que desejam combater, ou seja, atacam, agridem, ameaçam. Continuamos tendo lutas maiores, como o movimento negro, mas também temos muitos grupos identitários.
Este livro é um estudo sobre este tema focado na França, onde vive o autor, porém ele nos fornece ferramentas e compreensão que podem sim ser utilizadas no Brasil, uma vez que ele analisa o ser humano neste contexto, os jovens, as escolas, os trabalhadores, os emigrantes. De todos que li até o momento este foi o que mais me ajudou na compreensão do tema. O que fragmentou as classes sociais, e o que provoca esta identificação, porque ela ocorre, de onde vem tanto ressentimento e até mesmo o ódio. Quando a indignação dos movimentos sociais que geram ação em prol de todos e visando um mundo melhor, se transforma em grupos identitários e com isto impossibilitam o debate público, pois aí entram milhares de diferenças e desigualdades sociais. A identidade fixa ao invés do múltiplo, ou seja, não sou apenas isto, sou muito mais, e a incapacidade de se constituir pelo outro se voltando exclusivamente para seu próprio Eu. Como chegamos a isto e por que é o que procuro compreender.
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