skuser02844 21/03/2022
Até na paz, o gay não tem paz!
Desde o início o livro te traz um cenário que, sendo ao mesmo tempo simples e até cotidiano, você se sente já naturalmente inserido ali dentro, mesmo quando a perspectiva muda.
Eu saí desse livro querendo jogar Feéricos, fazer um cosplay com o primeiro pedaço de pano que eu ver na minha frente e criando cinco fanfics dentro da minha cabeça onde no final eu acabo feliz com o amor da minha vida, e se só por isso ele já não merecia as minhas cinco estrelas - que na verdade eu inicialmente pensei em dar 4.5 por algumas coisas que deixaram um buraquinho no meu coração por mais dessa história linda, mas juntando todos os pedacinhos, eu vou dizer o que mais merece: simplesmente as abordagens desse livro para mim são perfeitas, fazendo você enteder, nem que o básico das questões da bissexualidade, homossexualidade, assexualidade, pansexualidade, machismo, problemas familiares, etc., e de uma forma que não fica nada didático, forçado ou que você possa resumir a obra a isso, porque, infelizmente, é muito comum que autores insiram minorias em suas obras só pra ser a "cota" gay, a "cota" negra e assim vai, mas em Conectadas é muiro visível e muito reconfortante a naturalidade da narrativa, assim como as aberturas nos subplots, que na minha opinião foram na medida certa, o necessário para o leitor se situar na história, fazer sentido pra ela e também pras perdonagens.
E por falar em personagens, que personagens, meus amigos, que personagens! Esse é um dos tipos de livros que você não sabe se ama mais os protagonistas, ou os personagens secundários, querendo guardar todos eles pra deixar você assistir a vida todinha deles de plantão, como mesmo sem ter o foco da história, você quer acompanhar às vezes até mais do que a sua própria.
Se você estiver com um tempinho pra ler, vai sentir como se estivesse vendo um filme, e, perdão pela piada previsível, mas, você vai se sentir conectado.