De quem é esta história?

De quem é esta história? Rebecca Solnit




Resenhas - De quem é esta história?


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@leituras_sa 01/02/2021

"𝙰𝚌𝚘𝚗𝚝𝚎𝚌𝚎 𝚌𝚘𝚖 𝚏𝚛𝚎𝚚𝚞ê𝚗𝚌𝚒𝚊: 𝚞𝚖 𝚑𝚘𝚖𝚎𝚖 𝚚𝚞𝚎 𝚓𝚞𝚕𝚐𝚊 𝚚𝚞𝚎 𝚊𝚜 𝚖𝚞𝚕𝚑𝚎𝚛𝚎𝚜 𝚗ã𝚘 𝚝ê𝚖 𝚟𝚘𝚣 𝚏𝚒𝚌𝚊 𝚒𝚗𝚍𝚒𝚐𝚗𝚊𝚍𝚘 𝚚𝚞𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚌𝚘𝚋𝚛𝚎 𝚚𝚞𝚎 𝚊𝚕𝚐𝚞é𝚖 𝚊𝚜 𝚎𝚜𝚝á 𝚘𝚞𝚟𝚒𝚗𝚍𝚘. É 𝚞𝚖𝚊 𝚕𝚞𝚝𝚊 𝚝𝚘𝚖𝚊𝚛 𝚙𝚘𝚜𝚜𝚎 𝚍𝚊 𝚗𝚊𝚛𝚛𝚊𝚝𝚒𝚟𝚊"
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♀️Não há como negar que a luta feminista proporcionou inúmeras vitórias nas últimas décadas, mas os desafios ainda são grandes.
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♀️Dados estatísticos ainda evidenciam a desigualdade salarial entre homens e mulheres, o quanto a mulher assume mais atividades domésticas do que os homens, mesmo trabalhando de forma igual.
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♀️Além dos dados preocupantes e alarmantes relacionados ao aumento da violência doméstica durante a pandemia de Coronavírus.
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♀️Em “De quem é esta história?: feminismos para os tempos atuais”, a autora reflete sobre os padrões impostos pela sociedade machista e provoca profundas reflexões.
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“𝙴𝚜𝚝𝚊𝚖𝚘𝚜 𝚊𝚜𝚜𝚎𝚗𝚝𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚊 𝚋𝚊𝚜𝚎 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚞𝚖 𝚕𝚞𝚐𝚊𝚛 𝚍𝚒𝚏𝚎𝚛𝚎𝚗𝚝𝚎, 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚞𝚖𝚊 𝚜𝚘𝚌𝚒𝚎𝚍𝚊𝚍𝚎 𝚍𝚒𝚏𝚎𝚛𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚎, 𝚊𝚙𝚎𝚜𝚊𝚛 𝚍𝚊 𝚏ú𝚛𝚒𝚊 𝚛𝚎𝚐𝚛𝚎𝚜𝚜𝚒𝚟𝚊 𝚗𝚘𝚜 𝚌𝚎𝚗𝚝𝚛𝚘𝚜 𝚍𝚎 𝚙𝚘𝚍𝚎𝚛, 𝚎𝚜𝚜𝚎 𝚙𝚛𝚘𝚌𝚎𝚜𝚜𝚘 𝚐𝚎𝚗𝚎𝚛𝚊𝚕𝚒𝚣𝚊𝚍𝚘 𝚗ã𝚘 𝚍á 𝚜𝚒𝚗𝚊𝚒𝚜 𝚍𝚎 𝚙𝚊𝚛𝚊𝚛 𝚝ã𝚘 𝚌𝚎𝚍𝚘”
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♀️ Apesar dos recentes avanços, não há como negar que ainda há um caminho muito longo para chegarmos a uma sociedade totalmente justa e igualitária. Vale a reflexão: Quem escreve as narrativas de nossos tempos?
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♀️ Nessa obra publicada pela @companhiadasletras, Rebecca Solnit reuniu 20 ensaios publicados por ela que abordam o feminismo sob diferentes temáticas. Leitura necessária para homens e mulheres.
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♀️ "Os homens explicam tudo para mim” e "A mãe de todas as perguntas: reflexões sobre os novos feminismos" são outros títulos da mesma autora.
Por @varlene.santos

site: https://www.instagram.com/leituras_sa/?hl=pt-br
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Ana 31/12/2020

Já faz um tempo que meu interesse por assuntos envolvendo questões de gênero aumentou. Inclusive, o tema do meu trabalho de conclusão de curso foi violência contra a mulher e, durante meu período de pesquisa, aprendi inúmeras coisas. Então sempre quero ler qualquer coisa que vejo relacionada ao feminismo. E foi assim que conheci De Quem é Esta História?

O subtítulo do livro já diz tudo: "feminismos para os tempos atuais". Aqui, Rebecca Solnit reuniu 20 ensaios publicados por ela em outras mídias que tratam do feminismo sob diferentes temáticas: política, cidadania, assédio sexual e até mesmo a crise climática. Os ensaios são bem pautados na sociedade estadunidense, mas, no final das contas, a realidade lá é bem parecida com a nossa, até porque o machismo e o patriarcalismo não escolhem um só povo, uma só nação.

Algo que permeia praticamente todos os textos de Solnit é a relação entre representatividade e poder. Inclusive ela faz uma reflexão bastante interessante sobre o fato de nossas cidades serem permeadas de nomes masculinos. Por exemplo, moro numa rua chamada Antônio Paulino Neto; todas as escolas que estudei também homenageavam homens: Escola Estadual Coronel Coelho, Instituto Educacional Manuel Luiz Pego, Colégio Tiradentes... Os homens sempre são lembrados pelos seus "grandes feitos" enquanto as mulheres continuam sendo apagadas da nossa história.

Inclusive, esse assunto leva a outro ponto: quando lembradas, as mulheres nunca estão em posição de poder, ou seja, são sempre vistas apenas como mães, esposas, donas de casa... Não que isso seja errado, claro que não, até porque a maioria das mulheres vive essa vida dupla, aliada ao trabalho, mas temos que reconhecer que é um estereótipo imposto a nós. Nós nunca somos lembradas por feitos científicos, pela luta feminista ou por qualquer relação de poder. Percebem?

Rebecca Solnit se expressa muito bem e traz muita sinceridades aos seus textos, que conversam entre si. Apesar de discorrer sobre várias coisas, é certo que o tema central gira em torno da desigualdade entre homens brancos hétero-cis das outras camadas da população, que incluem homens não brancos, mulheres, mulheres não brancas, comunidade LGBT no geral, e como eles detém o poder, e, portanto, são perfeitos. Querem um exemplo muito, mas muito claro? Vocês se lembram do quanto a presidenta Dilma era criticada por sua falta de oratória durante seus discursos, mas o mesmo não acontece com o homem que está no poder agora, ainda que ele viva falando abobrinhas, absurdos e dez milhões de coisas desconexas por aí?

Aí chegamos em alguns pontos para se pensar: será que o título do livro é De Quem é Esta História? pelo fato de, majoritariamente, as histórias serem escritas e narradas por homens? Ora, se não podemos contar nossas próprias histórias, se nossas histórias não são nossas, como seremos lembradas? 😕

site: https://www.roendolivros.com.br
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Priih | Blog Infinitas Vidas 14/10/2020

Pra refletir e questionar as histórias e perspectivas que chegam até nós
De Quem É Esta História? me chamou a atenção já pela sinopse, por se tratar de um livro de ensaios focados em feminismo e distribuição de poder. O centro das discussões apresentadas por Rebecca Solnit gira em torno da pergunta-título, fazendo o leitor refletir e questionar quais são as perspectivas que chegam até nós, quais vozes são ouvidas e quais são silenciadas e quais visões de mundo estamos reforçando. Ainda na introdução, a autora evidencia algo que parece óbvio, mas não é: “Hoje é fácil presumir que nossas opiniões sobre raça, gênero, orientação sexual e tudo o mais são sinais de uma virtude inerente, mas muitas ideias que circulam agora são presentes que chegaram há pouco […]”. As conquistas relacionadas à diversidade são muito recentes, mas ainda estamos longe de um ideal de igualdade social, racial e sexual – por isso obras que falem sobre isso precisam ser difundidas.

Ao longo das páginas, Rebecca Solnit discorre sobre diversos desequilíbrios de poder, focando principalmente na distribuição desigual entre homens brancos cis e heterossexuais, o topo da pirâmide, e todo o resto (mulheres, mulheres negras, homens negros, a comunidade LGBTQI+, etc). Os ensaios são bem focados na sociedade estadunidense, então as dinâmicas sociopolíticas que a autora trata são baseadas no funcionamento eleitoral de lá. Esse aspecto torna alguns capítulos um pouco mais cansativos mas, ainda assim, é possível estabelecer paralelos entre o que acontece nos Estados Unidos e o que acontece aqui (e, quando lembramos de que ambos os países estão sendo liderados por boçais, fica ainda mais fácil fazer conexões).

Querem um exemplo prático? O terceiro capítulo fala sobre como o poder e o preconceito (consciente e inconsciente) determinam a política de um país. A autora aponta inconsistências no discurso principalmente de homens brancos, que analisam qualidades/características de forma diferente quando são encontradas em homens e mulheres. O fato de Obama ter sido um líder detalhista no que diz respeito a aspectos políticos é visto como um defeito em Hillary, no exemplo da autora. O foco de Rebecca Solnit nesse ensaio é trazer à luz o fato de que a não-equidade política e os “double standards” tornam ainda mais difícil pra minorias (especialmente mulheres não-brancas) atingirem o mesmo patamar dos homens brancos, pois a trajetória dessas pessoas traz muito mais obstáculos. [...]

Eu diria que o principal ponto do livro, que está presente em todos os ensaios de forma geral, é justamente colocar sob os holofotes o fato de que quem tem direito à fala é quem dita as regras. Quem conta as histórias é também quem decide como determinado grupo será lido, quais direitos serão priorizados, quais caminhos o país e a sociedade trilharão. Rebecca escreve: “[…] nos noticiários e na vida política ainda estamos lutando para saber de quem é a história, quem tem importância e para quem nossa compaixão e nosso interesse devem se direcionar.” A decisão de usar a própria voz para denunciar quem sempre gozou de privilégios é uma decisão que visa afirmar a própria identidade, mostrar ao mundo que se é “alguém” – e não qualquer alguém, alguém que merece ser ouvido. [...]

É difícil falar especificamente sobre cada ensaio de De Quem É Esta História?, mas posso dizer que todos eles têm ligação e conversam com muitos dos dilemas que enfrentamos hoje. O livro não é denso e a narrativa é acessível, o que torna a leitura fluida e de fácil compreensão. Apesar de focar muito nos Estados Unidos e não trazer com tanta força a perspectiva negra – ainda que cite lutas raciais ao longo das páginas –, é uma boa opção para quem quer pensar sobre dinâmicas de poder, narrativa e feminismo. Recomendo! :)

Resenha completa no blog. Te espero lá! ;)

site: https://infinitasvidas.wordpress.com/2020/10/14/resenha-de-quem-e-esta-historia-rebecca-solnit/
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Carol 16/09/2020

Você, mulher que me lê: quantas vezes você sentiu medo de andar na rua sozinha? Quantas vezes recebeu "cantadas" e ainda foi obrigada a sorrir? Quantas vezes teve sua fala menosprezada no ambiente de trabalho ou mesmo familiar? Você, homem que me lê: quantas vezes se deu conta do que se passava com as mulheres ao seu redor?

Nesse livro, Rebecca Solnit, escritora e ativista estadunidense, reuniu diversos artigos seus, publicados inicialmente em outras mídias, que discutem muitos desses assuntos presentes na vida de toda mulher e que o movimento feminista luta por modificar.

A forma como a autora se expressa é simples e franca, trazendo diversos exemplos reais e atuais para todos os assuntos que se propõe a discutir. Todos os artigos conversam entre si, formando uma trama interessante e que dialoga com diversos públicos. É um texto que acolhe, apoia, informa e fornece argumentos a quem precisar.

Rebecca Solnit questiona os protagonistas da História mundial, perguntando onde estão as mulheres, o porquê de sua invisibilidade, discutindo os estereótipos e expondo as consequências para quem segue e para quem não segue os padrões impostos pela sociedade patriarcal.

Só dois aspectos podem causar estranheza. O primeiro é que, mais para o final do livro, os assuntos ligados ao feminismo foram, pouco a pouco, sumindo, para aparecer os da crise climática. Embora conectados ao demais capítulos, o fato de mudar de protagonista nos textos finais, me deixou um pouco confusa, ainda mais em um livro que leva o feminismo no subtítulo.

O segundo: todos os exemplos acontecem em solo estadunidense. É algo que faz bastante sentido, já que os artigos foram escritos para a mídia local, e até dá para traçar paralelos com a nossa realidade, mas, para quem gosta de exemplos mais "globais, pode incomodar um pouco.

O saldo final foi positivo! Adorei ter contato com a escrita de Solnit e fiquei com muita vontade de ler seu outro livro, o já famoso "Os homens explicam tudo para mim". É um livro que recomendo muito e para todos os públicos!

site: https://papoliterario.com.br/2020/09/14/resenha-de-quem-e-esta-historia/
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