Raphaela.Bonaretti 16/01/2024Uma mulher de coragemPrimeiramente, não posso deixar de admirar a coragem dessa mulher para realizar tantas experiências e vivenciar essas aventuras em uma época em que a mulher não tinha nenhum valor na sociedade. Quando comecei a ler, não me atentei que se tratava de uma experiência realizada em 1887 nem o contexto dessa época.
Chega até ser um pouco inimaginável a extensão do que essa jornalista precisou enfrentar só para conseguir iniciar esse experimento.
Por se tratar de uma história real, o livro é como um soco no estômago. Me causou uma sensação de impotência e indignação. Como pode o ser humano ser tão cruel e tratar o outro com tamanho desprezo e crueldade? De onde vem essas atitudes dessas enfermeiras, dos médicos e de todos que foram coniventes com esses comportamentos tão desumanos? Não é a atitude de uma pessoa isolada, isso que mais me espantou.
Acredito que esse relato da Nellie foi o primeiro passo para identificar o problema nesse sistema e iniciar a mudança. Apesar de achar que até hoje temos problemas nessas instituições que cuidam da saúde mental, foi graças a esse primeiro passo que pudemos iniciar essa mudança.
Fiquei triste em não saber o que aconteceu com essas mulheres, que foram tratadas quase como um dano colateral dessa exposição. Gostaria tanto de poder saber!
Sei que virei fã da Nellie por sua coragem, senso de aventura, e escrita. Pretendo ler outras de suas aventuras.