Dani | @danireads 13/02/2021
Uma história forte
Nellie Bly, uma jornalista, no ano de 1887 topou entrar e ficar 10 dias dentro de um manicômio. Um plot de filme? Antes fosse. A "missão" real era a de se infiltrar, se passando por uma paciente, pra escrever e relatar tudo o que ela visse e experienciasse dentro dos muros do Hospício da Ilha de Blackwell.
O que acompanhamos nessas páginas, acaba sendo um relato forte do sistema judiciário extremamente falho, profissionais despreparados - segundo a própria Nellie, com "enfermeiras preguiçosas e tirânicas" - além dos médicos despreparados, para lidar com o tratamento das pacientes. Pacientes essas que nem sempre tinham alguma condição real. Muitas eram completamente sãs, mas por motivos como pobreza, ataques de raiva, e o fato de não conseguirem se expressar na língua nativa, eram trancafiadas e taxadas de loucas.
Aqui acompanhamos abusos e violências tanto físicas como psicológicas, além de condições sanitárias que nenhum ser humano deveria ser obrigado a passar.
Apesar de triste, o trabalho de Nellie gerou frutos e ela foi capaz de ajudar muitas mulheres que de outra forma, teriam continuado silenciadas, além de fazer com que uma grande verba fosse dedicada a esse sistema em Nova York.
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Uma leitura necessária, uma história forte. Vale dizer que Nellie já serviu de inspiração para algumas adaptações como no filme Fuga do Hospício (2019) e na segunda temporada da série American Horror Story (2012), como a personagem Lana Winters.
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