Resenhas - Dethroning Jesus

Paulo Renan 23/02/2021

Jesus, o filho de Deus.
Os autores traçam a diferença entre Cristianismo e "Jesusanity" (o que seria algo como Jesusanismo kkk). O Cristianismo é a crença em Jesus como o filho de Deus, prometido nas Escrituras do Antigo Testamento, desde o Gênesis. No Cristianismo, tanto a pessoa como a obra de Jesus são importantes, pois por meio de quem ele foi/é e o que ele fez/faz a salvação é possibilitada, os pecados são perdoados e o ser humano pode ter comunhão com Deus.
Já Jesusanity é o termo utilizadp para se referir a uma ou várias outras versões sobre Jesus. Nesta perspectiva, Jesus é ora um sábio, ora um grande profeta; ou ainda, um visionário que foi morto por causa de suas ideias revolucionárias. Jesus motiva as pessoas, mas não um trono para ele. Ele não é o caminho, a verdade e a vida, mas apenas aponta para estas coisas. Este é o Jesus da cultura moderna.
Há, assim, um conflito irreparável entre estas duas visões. Ou Jesus é aquele que veio para esmagar a cabeça da serpente e conduzir um povo ao Reino de Deus, ou ele é um grande exemplo dentre tantos outros. Não há meio termo.
Darrel Bock e Daniel Wallace apresentam algumas das afirmações que os adeptos da segunda opção adotam, a saber: "Os relatos originais do Novo Testamento estão corrompidos e não podem ser recuperados", "novos evagelhos (Judas e Tomé) foram descobertos, o que requer uma nova visão sobre Jesus e o Cristianismo primevo", "A mensagem de Jesus era fundamentalmente sócio política, ele não veio para salvar ninguém dos pecados", "Paulo fundou uma nova religião diferente da ensinada por Jesus e pelos outros apóstolos"...

Bock e Wallace apresentam contraposições a estas e outras afirmações, mostrando que os relatos bíblicos são historicamente confiáveis, e que o verdadeiro lugar de Cristo é o trono reinando sobre todos.