Chung-Li  -  A Agonia do Verde

Chung-Li - A Agonia do Verde John Christopher




Resenhas - Chung-li: a Agonia do Verde


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Hugo.Castro 10/08/2021

Chung-li A Agonia do Verde
Que história angustiante. É impossível não traçar um paralelo com o momento atual: Vírus desconhecido surge na China; milhares começam a morrer; as nações do ocidente se solidarizam e se prontificam a ajudar, mas não acreditam que o vírus possa atingir o ocidente. Até que....

O mais aterrorizante desse livro é que ele nos mostra que as bases que regem, e mantém, nossa sociedade funcional e equilibrada são extremamente frágeis. Quando a sociedade colapsa os valores humanos descem ralo abaixo e a única coisa que prevalece é o instinto de sobrevivência. O livro é cruel e chocante. A leitura é recheada de momentos de tensão que fazem o leitor passar para próxima página querendo descobrir logo o que vai acontecer. O li em apenas dois dias.
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Marcos Carvalho 02/10/2010

Foi uma leitura inesperadamente boa, embora o seu conteúdo seja bastante triste e com muitos acontecimentos terríveis. A história é sobre uma infestação global de um vírus que ataca todas as gramíneas, dentre elas, o arroz, o trigo, a cevada, o milho,... a maioria de nossa base alimentar. E sem grama, o gado também morre, ou seja, sem carne, leite,.... Diante da perspectiva da fome em massa, agravada pela incapacidade e incompetência do governo, a civilização começa a ruir e entrar em colapso. As pessoas são rapidamente forçadas a deixar de lado seus escrúpulos, a fim de continuar a sobreviverem em uma nova realidade brutal de sobrevivência em um mundo escasso de alimentos. Ou seja, Cristopher com lógica e frieza, nos mostra o quão tênue é a linha que separa a civilização da barbárie.
Alexandre 27/02/2013minha estante
Eu comprei esse livro semana passada por 5 reais em uma sebo na parte de ficção cientifica, não tinha muita perspectiva nele.

mas me surpreendi bastante, uma historia sobre acontecimentos apocalípticos, que nunca eu havia imaginado que poderiam acontecer.

De fato alguns acontecimentos eu achei um tanto pesados e exagerados, mas mal sabemos a que ponto um ser humano pode chegar pela fome, não é mesmo?




Heidi Gisele Borges 15/10/2021

Li esse livro em 2019. É muito atual!
Achei esse texto abaixo nas lembranças do Facebook, é tão terrivelmente atual que dói! Escrevi em 2019! O futuro, que falei, chegou mais rápido do que imaginei na época.

"Alguns livros nos deixam com medo do futuro. Um futuro não tão distante, talvez.

'Ann ficou calada por algum tempo. Depois disse:
- Quando tudo isto terminar, teremos nojo de nós mesmos... não é? Ou nos acostumaremos de tal modo à situação que nem perceberemos o quanto nos tornamos abomináveis?'"
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Rita Nunes 30/03/2016

Adorei! O livro é extremamente bem escrito. Gostei muito da maneira como os personagens foram conduzidos a uma situação caótica praticamente sem perceber. Trata-se de um vírus que destrói as plantações, condenando a humanidade à fome. Mas como as coisas acontecem gradativamente, as pessoas pensam que haverá uma solução. Como a história da rã na água fervente. se uma rã for colocada na água fervente, ela vai pular, mas se for colocada na água fria e esta for aquecida aos poucos, ela vai ficar ali até morrer cozida. E os personagens desse livro estão cozinhando sem saber...
Recomendo!
joaoantonio.con 03/06/2016minha estante
Li há muito tempo anos atrás; fiquei tão impressionado e modificado do meu modo educado, afável, me surpreendendo adotando atitudes de defesa e ataque, receoso de uma invasão aos meus domínios para apossarem-se dos alimentos para meus familiares. Fiz com a maquina de lavar uma barricada na porta da cozinha, sofás e outros serviram de obstáculos na entrada principal... Para corroborar meu estado de alucinação; municiei uma arma e me tranquei no quarto para o tudo ou nada... Talvez sem alimentos o caos impere e homem chegará ao fim! Nítido perceber isso em Sobreviventes dos Andes, fotos reais de canibalismo...




Diego 09/05/2017

Uma agonia atual e de importância primordial!!!
Antes de falar da trama propriamente dita é preciso entender um pouco do contexto de seu lançamento. Escrito pelo escritor britânico Samuel Youd usando o pseudônimo acima, essa ficção apocalíptica causou muito medo e alvoroço nos leitores. Alvo de críticas positivas e negativas fervorosas, mas com um tom em comum em todas elas. O profundo horror.
Em 1956 uma boa parte do mundo ainda sofria os resquícios da segunda grande guerra e o medo causado pela Guerra Fria era motivo de paranóia na época. Duas potências, União Soviética e Estados Unidos se digladiando as claras, mas ao mesmo tempo de modo polido, deixando a população mundial temerosa a todo momento. Ameaças de armas químicas de um lado e de poderio bélico e militar de outro faziam as pessoas vivenciarem um pesadelo pior que qualquer autor de horror de suspense psicológico será capaz de criar.
Sobreviventes americanos da Grande Depressão de 1929 e das duas guerras mundiais. tinham em sua memória a vivacidade fria da guerra e ainda a amargura da fome e da desgraça que a mesma causara. Dessa maneira o cenário mundial da época era bem tenso e recheado de horror factual.
Então esse livro que nos mostra uma trama onde um vírus que nasce na China, começa a destruir todos os gramináceos a uma super velocidade suscita muito mais que uma ficção popular, mexendo muito com o psicológico dos leitores por ser facilmente contextualizá-da.. Um deles escreve para um jornal: " Eu me mataria se isso acontecesse" e outra leitora relata que chorou ao olhar o gramado de sua casa, após a leitura.
Na sequencia da trama em poucos meses todos os grãos são dizimados, como o trigo, a soja, o milho e o arroz, alterando o supprimento mundial de maneira drástica.
A cada investida da ciência em busca de exterminar o vírus, o mesmo se altera tornando-se imune e inserindo novos alimentos a sua dieta. Pouco a pouco o mundo começa a entrar em colapso.
Animais morrem de fome, pessoas são assassinadas pela força de segurança e diversos países, como medida de piedade resolvem fechar fronteiras. Os alimentos, mesmo racionados, vão se esmiuçando e o desespero e a fome tomam conta de todas as civilizações. Assim como no livro de Saramago " O ensaio sobre a cegueira", vêmos a lucidez e a humanidade se perder diante de nossos olhos e tudo isso de uma maneira completamente possível.
A edição publicada no Brasil é de 1980 e tem na orelha do livro, um breve relato sobre um alerta da ONU para a possibilidade de riscos ambientais semelhantes nos período. Ou seja, a ficção se aproxima da realidade de maneira assustadora.
Mesmo não acontecendo tal epidemia em três décadas posteriores, vemos a cada dia novos vírus nascendo e pessoas morrendo. O alerta quanto a inúmeros problemas ambientais, como a escassez da água, o efeito estufa e destruição exponencial dos recursos ambientais mostram que esse terror ambiental é mais um alerta que uma ficção.
Um livro chamado: "O Colapso de tudo" de 2012 escrito pelo Cientista de Sistemas John Casti, nos alerta mais ainda sobre os riscos de colapsos invisiveis como epidemias, pandemias e destruições em massa motivado pela destruição ambiental e interferência do homem na natureza.
O livro me assombrou menos, devido ao nosso contexto atual, com menos caoticidade e sobrecarregado com excessivas distopias apocalipticas nos cinemas e na literatura, mas a abordagem do livro é um terror posterior.
Daqueles que você termina o livro, deixa ele de lado, mas ele não te deixa ir embora.
Me flagrei pensando na possibilidade de tais desastres e no quão horrível seria tal atrocidade.
Assim como o livro " Mas não se mata cavalos?" do MacCoy. esse livro é um horror pesado por ser real e por conseguirmos sentir perceptivamente esses fatos. O que torna esse livro pior é que MacCoy nos assombra com a crueldade que já fomos capazes de fazer e John nos mostra atrocidades que somos capazes de cometer pela nossa sobrevivência.


site: https://www.facebook.com/cripteca/?fref=ts
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Eric M. Souza 15/09/2014

O recomeço do mundo
Nos anos 50, um vírus asiático ataca o arroz e promove fome pelo continente, com ecos do caos chegando à Europa na forma de notícias. Um cientista próximo ao protagonista, em Londres, vai deixando-o a par dos acontecimentos. Tudo se parece resolver quando uma vacina é descoberta. Não muito depois, porém, outras quatro mutações do vírus se desenvolvem, atacando não só o arroz, mas toda as gramíneas. Da noite para o dia, toda a civilização está à beira do colapso pela fome. Assim se inicia uma aventura sem precedentes.

Confesso que eu não esperava muito de Chung-Li: A Agonia do Verde (um nome horrível para o belo Death of Grass, em inglês), de John Christopher. Por acaso vi o livro em duas listas das cem melhores ficções científicas do século XX e fiquei surpreso por não conhecê-lo. Procurando pela web, encontrava comentários de leitores dizendo "eu me mataria se isso acontecesse" e "ao terminar de ler o livro, abri a janela, olhei meu jardim e chorei". Depois disso, só havia uma certeza: eu TINHA que ler esse livro.

Comecei Chung-Li com ressalvas, meio de pé atrás. Costumo ser preconceituoso com histórias de terra devastada e uma família resolvendo seus problemas de relacionamento em meio a isso. Temia que fosse o rumo tomado pelo livro após ele começar mostrando dois casais amigos, filhos, etc. Não obstante, o autor não segue esse caminho óbvio e piegas.

O protagonista tem um irmão que mora no campo, num vale bem isolado. Ele faz uma visita e lá tem seu primeiro contato com a doença, quando o irmão lhe mostra vegetais decrépitos, já assolados pelo mal. E o irmão lhe diz que plantaria batatas e protegeria o vale a todo custo quando o caos se instaurasse. No momento, o mundo ainda era o mundo seguro, nossa poderosa sociedade ocidental que parece incólume, protegida de todo mal. Ele soa mais como um caipira lunático. E poucos meses depois, quando uns poucos ficam sabendo que Londres será bombardeada pelo próprio governo para diminuir o impacto da enorme escassez de alimentos, alcançar aquele vale em meio a um país sem governo, cheio de milícias nas ruas, parece ser a única salvação.

Chung-Li, porém, não se limita a esse mero enredo de bravos heróis amolecidos pela civilização precisando se barbarizar pela sobrevivência. Ele vai muito, muito além. Em poucos dias, os valores do mundo moderno perdem sua razão de existir. O ser humano é reduzido a seu estado natural. Um grupo ao redor de um líder, fêmeas tomadas como troféus, ataques e mortes primeiro, perguntas depois, fracos deixados para trás. Essa análise antropológica foi o que mais me surpreendeu no livro, pois tudo foi feito de forma tão crível, que em momento algum eu fiquei descrente com o que lia, pensando: "Ah, duvido que uma pessoa reagiria assim nessa situação" (como acontece, aliás, em quase todos os filmes/livros de ação/ficção científica). O autor, além de escrever de forma fluida e cativante, conhece muito da alma humana. E o tom bíblico tomado no final do livro, evocando civilizações da Idade Antiga, foi o toque especial que a história merecia.

Se olhei para o meu gramado e chorei? Eu me mataria se isso acontecesse? Não é possível prever como cada um de nós reagiria numa queda abrupta de nossa civilização. É inegável, porém, que me vi em cada um daqueles homens modernos transformados tão rapidamente em bárbaros.

site: http://osherdeirosdostitas.blogspot.com/
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Ulisses 25/05/2017

ótima leitura!
Livro muito interessante e cativante , merece ser lido !
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Alvaro 18/02/2021

Esse livro escrito em 1956 sobre o apocalipse mundial é espantoso. Nunca a linha tênue entre a civilização e a barbárie foi tão bem explorada. Que livro atual e sensacional.
vicki4you 21/02/2021minha estante
Olá ,
como você está? Meu nome é Vicki, vi seu perfil hoje e fiquei interessado em você, quero que envie um e-mail para o meu endereço de e-mail privado (vdickson200@gmail.com) porque tenho um assunto importante que quero compartilhar com você




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