As Aventuras de Tibicuera

As Aventuras de Tibicuera Erico Verissimo




Resenhas - As Aventuras de Tibicuera


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Jeff_Rodrigo 28/07/2023

Tibicuera foi o personagem que não foi
Outro livro do Érico Veríssimo que me surpreendeu! Trata-se mais do quê uma história de um simples personagem de origem indígena, que presencia os eventos mais importantes da criação da nação brasileira e o impacto que essa vai deixando em seu povo, que tem de se reinventar pelo caminho. Trata-se de uma obra que fala da importância do legado que uma geração passa para outra, construindo assim, uma identidade que, mesmo no mundo predatório, violento e excludente em que vivemos, consegue ser transmitida de uma pessoa para outra através do ensino de sua cultura. Nesse sentido, o livro é bonito por colocar em evidência o poder da linguagem, da cultura e do saber.
Por outro lado, há de se ler o contexto em que o livro foi escrito, no ano de 1937. Era Getúlio Vargas, o homem do Estado Novo, querendo construir uma identidade nacional. O pai dos pobres e mãe dos ricos, que não gostava de movimento sindical, estava fazendo um esforço monumental para unir o país em torno de uma identidade comum. Nessa identidade que ele queria construir, cabia os traços indígenas? Não dá para ler a obra e dizer que está tudo bem.
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Beatrice.Souza 03/07/2023

Tibicuera, as aventuras cansam!
As Aventuras de Tibicuera (1937) é dividido em pequenos capítulos e narrado em primeira pessoa. Tibicuera nos conta as sua aventuras nessa terra que hoje chamamos Brasil ao longo de mais de 400 anos. Aborda desde antes da chegada dos portugueses até os últimos presidentes da década de 1930.
É uma narrativa longa e cansativa, apesar de seus curtos capítulos. Isso ocorre porque os temas retratados são muito similares com pouco espaço para inovação, seja nos eventos ou na própria narrativa.

O autor Erico Veríssimo (1905-1975) é considerado um dos escritores clássicos da literatura brasileira com dezenas de publicações como Clarissa (1933) e Olhai os lírios do campo (1938). Ao longo de sua vida foi ainda professor e representante brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA).

Todavia, como já dito, a narrativa de Tibicuera é muito longa e cansativa assim como a sua própria vida. Aquilo que poderia tornar tudo um pouco mais interessante, o mistério sobre sua longevidade é logo "tirado do caminho". Não há uma explicação estapafúrdia apenas o suficiente para que sigamos com a leitura sem ter a pilha atrás da orelha. É verdade que bem poderia se analisar que a resposta para o mistério da longevidade é um apelo a uma boa relação entre pais e filhos, pois estes seriam o verdadeiro legado de um homem.
Mas, o texto não passa tempo suficiente nos detalhando esse processo. E somente mais ao fim Tibicuera menciona novamente o processo e seu filho, como numa rápida lembrança de que é preciso continuar.

Bem, quanto ao quê a narrativa aborda, são os diversos assuntos e acontecimentos da formação do Brasil. Fica a dúvida se eles se entrelaçam na vida de Tibicuera ou se o contrário. É certo que o "índio tupinambá" por boa parte do tempo gostava e ia em busca de conflitos justificando a sucessão de batalhas. Ao fim me ficou a impressão da criação de um paralelo entre a vida de Tibicuera e a formação do Brasil. Um começo conflituoso, guerreiro, passando por calmarias seguidas por revoltas; terminando com uma certa tranquilidade muito próxima aos costumes da dita civilidade.

As aventuras de Tibicuera é certamente um fruto de sua década. Em 1937 o governo promovia um suposto golpe comunista para a manutenção de Getúlio Vargas como presidente, começava o Estado Novo e a intensificação da criação de uma identidade e história brasileira. A narrativa e o próprio Tibicuera funcionam como tal, um exemplo da "boa" miscigenação, do "bom índio".
As aventuras não pode ser lida sem o seu contexto, já se passaram quase noventa anos, é preciso considerar o tempo que passou.
Desse modo, não é uma leitura para fim de tarde ou para aquele que busca entender "como se formou o Brasil". Mas sim, para aquele que visa conhecer um pouco da obra de Veríssimo ou ainda como um retrato da década de 30 brasileira e como ela percebia o seu passado.
Já finalizando, ressalto que é possível a leitura em sala de aula, mas que não forcem os jovens a lê-lo por inteiro, pois isso só os levará a frustração, selecionem alguns capítulos para serem trabalhados com outras fontes e com muita contextualização. Indico os capítulos 8, 12, 17, 33, 39, 47, 66; creio que estes tem passagens significativas sobre os aspectos já mencionados e conseguem promover uma discussão crítica com os jovens.

Por fim, reitero que é uma leitura cansativa, portanto, não tente lê-lo de uma só vez (como eu tentei). Permita-se ler outros temas e livros, ou mesmo intervalos entre os capítulos assim Tibicuera será muito mais aventureiro aos seus olhos.
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manu !! â¤ï¸âð¥ 10/04/2023

? as aventuras de tibicuera ?
Não gostei muito. Eu tive que ler por causa da minha escola. Não faz meu tipo de leitura, mas recomendo para quem gosta de livros de aventura e quem gosta de explorar o passado.
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Bebela 18/02/2023

Foi uma leitura obrigatória para a escola. Demorei muito mais do que o esperado pra conseguir terminar.
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Deghety 25/05/2022

As Aventuras de Tibicuera
As Aventuras de Tibicuera é praticamente uma homenagem à história popular do Brasil.
A narrativa aborda o período de antes do suposto descobrimento até meados do século passado.
O herói da narrativa é o índio tupinambá Tibicuera, que diz ter vivido todo esse período, participando ativa e passivamente dos acontecimentos históricos mais conhecidos da história do Brasil.
O livro é dividido em pequenos capítulos, bem humorados e fluídos. Contém um capítulo que faz paralelo às invenções e descobertas mundo afora com o que Tibicuera fazia no momento de tal acontecimento.
Dentre tudo isso, a parte que me agradou mais do que outras, foi Tibicuera falando de ícones da literatura brasileira e sobre clássicos da mesma. Relatando que conheceu pessoalmente vários desses ícones.
Enfim, As Aventuras de Tibicuera é aquela leitura que tem ultrapassado épocas, assim como o seu protagonista, e sempre será uma leitura interessante e divertida, independente da quantidade de vezes que a ler.
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anamonmany 26/03/2022

As Aventuras de Tibicuera
Tive que ler pra escola, não é um livro que eu leria por vontade própria, ele explica vários acontecimentos marcantes para o Brasil de uma forma diferente, achei mais ou menos.
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Craotchky 06/02/2022

Verissimo, o retorno
Sou o maior fã de Erico Verissimo que conheço. Após ler toda a obra ficcional adulta do autor fiquei meio sem chão, pois me senti órfão uma vez que não haveria mais nada de novo de sua obra para conhecer. Na verdade, nada de novo no que se refere a livros de ficção adulta. Entretanto há os livros juvenis, os livros de viagens e os livros que podemos tomar como de crítica literária... Confesso que via e talvez ainda veja estes de alguma forma inferiores àqueles; ou melhor: menos relevantes. O que me trouxe até Tibicuera foi uma boa dose de saudade de Erico. Tibicuera torna-se agora o vigésimo quarto lido e o décimo oitavo resenhado, salvo engano.

Em grande medida As aventuras de Tibicuera é uma obra bastante impessoal, desprovido das particularidades pessoais do autor. Isso se deve talvez ao caráter histórico da narrativa que, ao mesmo tempo em que conta a história do índio Tupinambá Tibicuera, sobrevoa rapidamente, bem rapidamente mesmo, a história do Brasil. Neste contexto, pouco espaço há para divagações e reflexões que poderiam trazer opiniões mais íntimas de Verissimo, com sua visão sobre o mundo e o tempo nos quais viveu.

A narrativa considerada juvenil é conduzida em primeira pessoa pelo índio Tupinambá Tibicuera. Eis aqui um ponto que chama atenção. já que era raro Erico adotar a narração em primeira pessoa. Bem, o índio conta suas aventuras e entrelaça a estas a história do Brasil. O livro passa rapidamente por eventos e personagens históricos relevantes de nossa pátria: a chegada dos portugueses; os movimentos de colonização que se seguiram; as campanhas de catequização; as expedições dos bandeirantes; Maurício de Nassau e os holandeses em Pernambuco; a inconfidência mineira; a escravidão e o quilombo dos Palmares; o tratado de Madri; a chegada de D. João VI e a corte lusitana; D. Pedro I e D. Pedro II, bem como o dia do "Diga ao povo que fico"; a independência do Brasil; a Revolução Farroupilha e outros conflitos sulistas; D. Isabel e a abolição da escravatura; a proclamação da república em 1889...

Tibicuera relata suas andanças pelo país e suas relações com várias figuras históricas que tomaram parte em momentos pontuais do país. Tibicuera foi amigo padre Anchieta, Tiradentes, Zumbi dos Palmares, D. Pedro e tantos outros. Elementos indianistas e folclóricos também figuram na narrativa, sobretudo no princípio, quando o índio fala sobre seu nascimento e infância. Além disso, o livro, ao menos nesta minha edição (São Paulo: Globo, 1996), é ricamente ilustrado com 108 gravuras assinadas por Oswaldo Storni. Imagino que outras edições também tragam esse material.

A única coisa que não gostei foi que Tibicuera aceitou passivamente a conversão ao catolicismo. Incomodou-me a maneira despreocupada com que ele abriu mão de seu sistema de crenças tribais para abraçar outra religião, desconhecida para ele até então. Bem, isso desassossegou a mim, mas pode ser que não desassossegue você. No mais, As aventuras de Tibicuera, com seus capítulos curtíssimos, é um livro rápido, que não se detém por muito tempo nas cenas e acontecimentos. Não fosse isso talvez não conseguiria abarcar tudo o que pretende em tão poucas páginas.
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Victor.mcrv 29/12/2021

Interessante
O livro é até que legal, falar a verdade sempre acho de bom em qualquer livro que leio. As aventuras são divertidas e o conceito de imortalidade que é mostrado é bonito, mas o problema para mim foi a religião que foi imposta aos povos nativos da américa pelos europeus e que é idealizado nos livros antigos e isso me incomoda não só neste livro mas em todos os outros do tipo. Mas mesmo assim temos muitos momentos bons.
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Edilinda 12/08/2021

Interessente
?As Aventuras de tibicuera?, escrito por Erico Verissimo, narra as aventuras de um indígena, desde 1500 até 1942, terminando em um arranha-céu em Copacabana.

O livro é pequeno, e ótimo para uma aula de história, resumido com alguns pontos principais.
O autor faz um jus de imortalidade no personagem principal, Tibicuera, que ao longo das duzentas páginas do livro entendemos melhor a tal imortalidade.
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z..... 09/03/2021

Edição Companhia das Letras (2005)
Realizei essa leitura a poucos anos motivado por memória afetiva ao romance que conheci na adolescência. O reencontro foi prazeroso, e não é para menos, pois é um excelente livro, misturando ficção e realidade sobre a história do Brasil e imaginário popular.
Duas das partes que me impactaram foram os encontros com Anhangá e Curupira. É que na época da primeira leitura morava numa vila (Monte Dourado) rodeada por natureza exuberante onde fazia expedições aventureiras com a turma de amigos adolescentes e acreditava nessas histórias.
Gosto do romance, que considero um clássico infantojuvenil, mas não gostei da edição, sem ilustrações que valorizem e instiguem a leitura para jovens leitores.

Macapá, 2021 ainda com epidemia....
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z..... 09/03/2021

Edição Globo (1982)
O mais legal dessa obra é que brinca com a História, aspecto que curto de montão, inserindo Tibicuera, e obviamente o leitor, em diferentes momentos da trajetória do Brasil desde os idos pré-Cabral.
Li três vezes, começando na 6ª série com essa edição, quando tive a grata satisfação de descobri-la em atividade escolar.
Gosto dela porque é ilustrada, além de boa editoração, o que aumentou a sedução pelo romance na primeira leitura.
Vale muito a conferida e tomara que continue sendo usada em atividades escolares instigando novos leitores.

Macapá, idos da pandemia, em nova onda agravante...
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Ana 27/12/2020

Tibicuera, um brasileiro
Tibicuera nasce numa taba onde quase é morto pelo próprio pai, que logo pensou ao ver a criança magra e feia: ''filho fraco, não serve pra guerra''. Mas para a sorte do menino, o pai se arrepende de seu intento sinistro e o leva de volta para a casa. A criança cresce, conhece sua primeira guerra, torna-se um homem valente. Mas não consegue vencer os medos que tem dos espíritos da floresta, pois segundo o pajé, ''nada pode contra Anhangá e Curupira''.
Um dia, embarcações estranhas, nunca antes vistas pelos indígenas, são avistadas no horizonte. Era o Descobrimento!
Tibicuera acompanha esse e muitos outros momentos importantes de nossa história ao vivo, pois ele consegue, através de seus descendentes, atravessar os séculos, como um vampiro!
Assim ele conhece vários vultos históricos dos quais os estudantes só ouvem falar:
Tiradentes. José de Anchieta. Zumbi dos Palmares. D.Pedro I. Etc.
O título deixa claro que as aventuras do valente herói do título são também as aventuras do nosso Brasil. Todo brasileiro deveria conhecer esse fantástico livro!
Um dos melhores que li nesse ano de 2020 que já está quase no fim. Recomendo.
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Cinti 21/02/2018

Um índio de 500 anos
Usando de um personagem que começa sua vida nascendo em uma tribo de índios antes do "Descobrimento" do Brasil, Erico Veríssimo resume toda a história do Brasil em 150 páginas de maneira fluida, engraçada e didática para crianças que estão começando a mergulhar no mundo da leitura. Tibicuera é um índio tupinambá que nos conta como era a vida antes da chegado dos portugueses no Brasil, como foi a colonização, as invasões, as revoltas, a independência e todas as partes importantes da história desse país até a década de 1940.
Os capítulos são curtos e ilustrados e a linguagem clara e deliciosa! Muito bom!
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Yago Nogueira 28/05/2017

As Aventuras de Tibicuera
Foi o primeiro livro que li! O ano era 2005 e tinha 10 anos, me ensinou muito sobre história do Brasil e despertou o meu interesse em ler. Relendo novamente eu vi que em algumas partes o autor tenta resumir ao máximo os 500 anos de história do Brasil, mais as partes importantes foram mantidas, descobrimento, inconfidência mineira, Os Palmares etc... No fim de tudo é uma leitura que eu recomendo, na época que li foi bem legal, tudo muito lindo e mágico, relendo novamente sinto o mesmo sentimento.
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