A Rainha de Provence (The Queen from Provence)

A Rainha de Provence (The Queen from Provence) Jean Plaidy




Resenhas - A Rainha de Provence


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Clara T 09/04/2022

O livro dos Impostos
Acho que este era o volume que eu estava mais ansiosa por ler. Já no volume anterior, A Batalha das Rainhas, temos por antecipação que Henrique se casaria com Eleanor da Provence, personagem que dá nome ao livro.
Senti falta de acompanhar os acontecimentos da França. Neste volume, os reis da França e da Inglaterra estão mais distantes, numa Guerra Fria e por isso só acompanhamos a narração da Inglaterra.
Durante a regência, narrada no volume anterior, Henrique estava sendo preparado para ser um dos melhores reis que a Inglaterra já teve. E ao assumir o trono, não consegue usar de sabedoria para manter o reino unido e reconquistar as terras continentais que seu pai perdeu.
O casamento com Eleanor expõe ainda outro ponto fraco: a total obsessão pela esposa. E Henrique ainda é exibicionista e faz questão de recompensar o amor da esposa com presentes à sua família e fazendo todas as suas vontades, por mais esdrúxulas que sejam.
Eleanor é descrita como uma jovem de beleza excepcional e inteligência acima do esperado para uma mulher. Desde muito nova demonstra talento e sensibilidade para as artes. Mas curiosamente, depois de casada, tudo o que ela foi capaz de demonstrar é o egoísmo de querer ser a pessoa mais proeminente do reino (mesmo que para isso seja odiada pelos súditos) e o amor incondicional por sua família. Para uma pessoa estudada parece inconsistente com o comportamento de um soberano.
O filho mais velho de Eleanor e Henrique, Eduardo também é um menino mimado que exige que todas as suas vontades sejam feitas, assim como sua mãe.
E o extenso reinado de Henrique III é narrado em função de todos os eventos que exigiram o aumento das taxas e impostos, a criação de leis que aplicavam multas pesadas apenas pela existência. E os estrangeiros tinham mais privilégios que os ingleses.
A todo momento Henrique estava pressionado com a iminência de uma revolta armada em que fosse deposto.
O Conselho dos Barões e os comerciantes londrinos a principio se apoiaram em Ricardo da Cornualha, irmão do rei, mas depois do casamento de Ricardo com Sanchia, irmã da rainha Eleanor, tiveram que procurar outro lorde capaz de enfrentar a tirania da rainha. E quem aparece para este confronto é Simon de Montefort. Simon é cunhado de Henrique, é apresentado como um aproveitador, cai nas graças de Henrique a ponto de conseguir casar com a irmã do rei, mas entre idas e vindas parece ter sido escolhido como fiel representante dos Lordes ingleses.
É um livros de idas e vindas de acordos, poucas negociações de sucesso, ameaças constantes de guerra civil e quase que os Plantagenetas são depostos (o que era óbvio já que este não é o último volume).
Esperava mais do reinado de Henrique III.
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Leo 26/03/2009

Vai ou não vai ?
Confesso que pela primeira vez parei com um livro por 15 dias por causa de outros livros que tornaram-se necessários serem lidos antes, mas gostei principalmente da segunda parte em diante.

Finalmente parece que a Saga deixou de lado as 'estorinhas de rainhas' e retomou ao grande trunfo que é mostrar como pensavam os Reis da época e quais eram suas intenções.

Aqui, apesar de grande parte da estória do livro se concentrar em Eleanor de Provence, sendo inclusive o titulo do livro e na sua influência com o Rei, vemos vários personagens interessantes, como o irmão Ricardo, seu filho Henrique e o melhor e mais incompreendido de todos, o Simon de Monfort, um visionário que teve um fim que não merecia.

Na segunda parte quando o povo resolve tomar uma postura contra o Rei o livro embala, assim como o último e voltamos as velhas emoções da época de Henrique II e seu filho Ricardo.

O Climáx do livro com a morte do melhor amigo do Príncipe Eduardo dentro da igreja, fez lembrar o assassinato de Thomas Becket por isso o próximo livro deve embalar a partir deste gancho.

Assim como o anterior, muito marasmo contando a saga da rainha, mas com um final muito emocionante que puxou para o próximo livro a vontade de prosseguir.
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Simone Castro 15/01/2010

Interessante, mas comparado aos livros anteriores, acho que esse se perde um pouco...
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Gabii 25/04/2015

Mesmo levando em conta – e muito – novamente a história da Inglaterra, esse livro é um pouco mais centrado em uma personagem feminina, e não exatamente inglesa: Eleanor de Provence, esposa de Henrique III.

Eleanor era a segunda filha do – falido – conde de Provence, muito inteligente e talentosa, ela ficou um tanto contrariada quando sua irmã mais velha Marguerite, fora escolhida para ser a rainha da França – fato que segundo Eleanor, era devido apenas ao fato de Marguerite ser a mais velha. Eleanor que além de inteligente e talentosa, era também extremamente espirituosa – assim, como uma outra Eleanor muito famosa – prometeu que arranjaria para si um casamento tão, se não mais, importante do que ao de sua irmã, dito e feito, após alguns “estratagemas” e com a ajuda do amigo do pai, Romeo, conseguiu para si um casamento com o rei da Inglaterra, Henrique, filho do terrível João.

Henrique ficou encantado com Eleanor, e por ela tomou medidas equivocadas durante seu reinado, o que fez com que seu irmão, Ricardo, sempre estivesse oscilando entre a lealdade a ele e a dos barões. Apesar de ser considerado um reinado tranquilo – principalmente em comparação ao do pai – Henrique sempre estava em situações incomodas, e instáveis, ora causadas por sua esposa, que era extremamente impopular entre os ingleses – principalmente entre os londrinos –, ora pelos parentes dela, e por sua total falta de tato financeiro.

É difícil tomar uma posição certeira em relação a Eleanor, sei que entre as esposas dos reis ingleses ela foi quem manteve o marido mais próximo e mais suscetível a seus pedidos, por outro lado, muitos dos problemas de Henrique foram causados, direta ou indiretamente, por ela. Ela foi uma mulher de grande poder, mas que não soube usa-lo de maneira mais inteligente.

site: http://embuscadelivrosperdidos.blogspot.com.br/2015/04/a-rainha-de-provence-jean-plaidy-saga.html
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Wilton 03/01/2016

Melhor que a novela das oito
O livro é bem esclarecedor quanto à Inglaterra do Século XI. Na verdade, Eleonor não é a protagonista do romance. Ela surge como pretexto ou "escada" para as performances de Henrique III, seus amigos e inimigos. Fruto de séria pesquisa, a obra instrui e diverte o leitor. Uma ótima novela.
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Alexandra.Helmer 01/04/2021

"Os londrinos irão arquivá-lo em suas memórias e um belo dia será recuperado.[...] Isso não é submissão. É uma espécie de letargia, uma falta de vontade de se levantar e fazer algo [...] E então, quando eles se levantam, você os vê em todo seu esplendor."
A Rainha de Provence foi um daqueles livros que me fizeram odiar o casal principal e torcer para serem depostos. Henrique III é um rei autoritário mas um homem frouxo e fraco, faltava nele boas características para liderar o reino, tanto que ao menor capricho da esposa movia rios de dinheiro vindo de taxas pagas pela população e, principalmente, de judeus.
Esse é outro ponto que pode chocar um pouco, existe um claro antisemitismo bem forte em vários passagens da história e como era comum tão gostarem e ter o mínimo de empatia com os judeus.
Então temos a rainha Eleonor de Provence, sua personalidade é problemática por ser mimada, convencida, propotente, soberba e manipuladora. Se torna muito difícil não compara- lá com a primeira Eleonor da Aquitânia e como ambas são ambiciosas mas são diferentes nas tomadas de decisões.
A todo momento a rainha quer favorecer sua família as custas dos cofres ingleses, não reconhecia suas extravagâncias e parecia menosprezar a história dos outros, até mesmo se comparar com a irmã mais velha alegando que a sua vida na Inglaterra é "mais feliz, melhor, mais importante" e seus problemas "piores".
O terceiro personagem que merece atenção é Henrique de Almain, sobrinho do rei, foi um dos mais sensatos nesse livro, coerente, justo e leal mesmo sendo mal aproveitado.
Como é um livro de romance histórico, uma boa parte do livro conta uma parte real e a outra são as fantasias da autora mesmo assim é uma boa forma de baixa fantasia que vale a pena investir na leitura.
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Babi 14/12/2022

Envolvente
Um ótimo livro, por alguns momentos eu poderia me sentir lendo algo da Philippa Gregory de tão parecida as escritas se tornam em algumas narrativas, se não fosse pela diferença na construção de diálogos! A Jean Plaidy peca um pouco nos diálogos dos personagens, chegando a ser muito superficiais em alguns momentos, mas isso não interfere muito na história e creio até que deixe o livro um pouco mais leve (fico me perguntando se não é a proposta da autora!).

Diferentes de outros autores, a Jean não se prende em descrição de paisagem, isso pode ser um pouco decepcionante para quem, assim como eu, ama descrições detalhadas de lugares, castelos, vestimentas e outras coisas para se sentir ambientada na história, mas convenhamos que sem esses detalhes o enredo se tornou muito fluído e pouco maçante.
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