A Mão Esquerda das Trevas

A Mão Esquerda das Trevas Ursula K. Le Guin...




Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão


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Larissa3225 21/04/2024

A Mão Esquerda da Escuridão não é nada do que eu esperava e, ainda assim, eu simplesmente amei.

É uma estória maravilhosa sobre confiança, lealdade, amizade e amor, com intrigas políticas super complexas, várias reflexões sobre o ser humano e um pano de fundo extremamente rico.

É um livro mais complexo, que exige paciência e atenção do leitor, mas que retribui todo esse investimento com uma estória impecável.
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huntzbergf 20/04/2024

Esse livro foi meu primeiro contato com o gênero ficção científica e para uma primeira experiência, até que foi muito boa.

No início tive muita dificuldade para acompanhar a narrativa por conta da linguagem característica do gênero, demorei bastante para me acostumar e quando peguei o esquema, não quis mais parar de ler.

A história me simplesmente me fascinou! Achei incrível como a Ursula aborda questões de gênero, raça e até classe no romance. Tive uma grande mescla de sentimentos no decorrer da leitura, inclusive, chorei bastante no penúltimo capítulo e é muito raro algum livro me fazer chorar.

Esse livro merece todos os prêmios e prestígio recebidos, sem dúvidas vou começar a me aventurar no gênero ficção científica e na literatura da Ursula!
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Débora 19/04/2024

Bom
Inegavelmente é um livro bom e bem escrito, apesar de algumas """comodidades"""" em padrões usados para descrever gêneros, como "delicadeza" para se referir a figura feminina. Porém, meu problema foi o seguinte: foram poucos momentos em q consegui me cativar pela história de Genly Ai e seus objetivos. Além do que, por muitas vezes, eu me encontrava perdida na história sem conseguir acompanhar( talvez devido aos termos complicados). Enfim, planejo reler esse livro em outro momento.
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Cristiane 14/04/2024

Diferente
Muito diferente do que costumo ler, porém muito bom, pois soube despertar em mim curiosidade e muitas perguntas, além de me deixar intrigada com a ideia geral, e completamente disposta a ir até o fim da história.
Os personagens te prendem e, apesar do objetivo do protagonista no livro não ser nada tão revolucionário ou 100% original, todo o caminho que a autora percorre para nos fazer entender esse ponto, é de grande valia e muito enriquecedor para o contexto geral.
Poder acompanhar o personagem por tudo o que ele passou é poder compreender melhor tal planeta e seus costumes foi muito instigante.
Sem dúvidas, quero ler mais títulos dessa autora.
Recomendo!
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e-zamprogno 11/04/2024

Em que mundo habita a liberdade?
O livro começa e termina de forma muito poética. Talvez tenha sido a disposição da autora de escrever sobre algo realmente profundo. Entre o começo e o fim o texto tem ares menos poéticos, mas continua tratando de assuntos densos e profundos.
O livro narra a biografia de Shevek, acho que posso colocar assim. Shevek é um físico proeminente de um planeta chamado Anarres que foi colonizado no passado por anarquistas. Na prática isso quer dizer que a sociedade que lá vive, anarco-socialista, tentando manter a "revolução" viva, rejeita a hierarquia, a propriedade privada e mesmo a existência de leis que regem a sociedade. Termos como "proprietário" e "hierarquista" são usados como ofensas, e mesmo pronomes possessivos são usados com sarcasmo. Apesar de ser chamado de "planeta" por ser habitado, na verdade trata-se do satélite natural de outro planeta, Urras, de onde vieram os colonizadores anarquistas há 170 anos. Ao contrário de Urras, sua lua é extremamente carente de recursos naturais.
Boa parte da história consiste na exposição do modo de operar desta sociedade, narrando a vida de Shevek, desde sua infância, mas não de modo linear. O livro começa de fato com a partida de Shevek para Urras, mas os motivos que o levaram a tomar esta decisão são esclarecidos completamente apenas no final. Um pouco devido aos ideais da comunidade mas aparentemente também devido à escassez de recursos, além da posse, tudo o que é supérfluo, sem uma finalidade utilitária, é mal visto e, como Shevek é um físico teórico, apesar de brilhante ele é visto com desconfiança por parte da sociedade. No melhor dos casos, as teorias nas quais ele trabalha despertam pouco interesse na sua sociedade. Deste modo, o intercâmbio com Urras abre a possibilidade dele conseguir publicar seu trabalho para o bem maior da Ciência. Parte da "biografia" de Shevek então se passa numa sociedade capitalista, do ponto de vista de uma pessoa que sequer sabe como usar dinheiro. E a narrativa vai assim se alternando entre sua aventura de descoberta das benesses de uma sociedade rica (mas desigual), e sua vida pregressa no seu mundo original. Há ainda outros dois mundos que têm uma participação pequena porém importante na história: a Terra e Hain, descrita como uma das "raças" mais antigas conhecidas, que portanto possui a mais longa história e a tecnologia mais desenvolvida. Mas se quiser saber que fim levou a teoria revolucionária de Shevek, terá que ler o livro.
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SocorroBaptista 10/04/2024

Não sei porque não li este livro antes, absolutamente magnífico, uma jornada de aprendizado e compreensão do mundo que coloca o protagonista diante de si e do outro de forma constante, numa luta permanente de autoafirmação, um medo de perder a si mesmo naquele universo andrógino sem descriminação de gênero. Entendo a lógica do final, mas devo confessar que fiquei arrasada.
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Neto 08/04/2024

Complexo, grandioso, magnífico
Uma sociedade complexa e bem estranha ao meu ver. Diferentemente de tudo o que eu já li (ouvi), A Mão Esquerda da Escuridão me mostrou uma nova forma de ver o sfi-ci. Enxergar o que está atrás da cortina mágica das naves e aparelhos ultra tecnologicos.

Não consigo nem por em minhas palavras a experiência que tive. Porém, me utilizo do que Genly Ai disse ao fugir do planeta gelado.
Acho que consigo descrever um pouco o que se passa em minha mente: "era estranho ver homens e mulheres separados[...]. Eram seres siamescos em corpos distintos, com vozes variando entre o mais grave ao mais agudo[...]. Era estranho estar entre humanos novamente."
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Alana_Gomes 07/04/2024

Facilmente colocado ao lado de Duna, Solaris e todas as melhores histórias de ficção científica.
Ursula Le Guin apresenta aos leitores não apenas as questões largamente discutidas nesse genêro literário, como as viagens espaciais e existência de outras civilizações. Em A mão esquerda da escuridão a autora busca discutir assuntos em voga nos anos 60, como questões de genêro e guerra.
A autora cria um mundo em que todos são andróginos e faz as seguintes perguntas: "como a sexualidade afeta nossa cultura?", "a sociedade seria diferente se todos fossem iguais?", "como essa sociedade se comportaria e pensaria o mundo?".
É importente salientar que essa história foi escrita por uma mulher branca, da classe média, nos anos 60 e, com certeza, algumas questões relacionadas a discussões de genêro vão soar, e realmente são, ultrapassadas. Mas muiltas outras ainda estão presentes nos dias atuais.
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Corquiola 03/04/2024

?
Comecei a história me interessando bastante, pois a premissa de uma sociedade "hermafrodita" e o teor político me cativaram, mas com o tempo, senti o enredo se arrastar e muitas coisas que achei que a autora iria se aprofundar (principalmente gênero) ela não fez...
Ao mesmo tempo percebi que a história tem um foco muito maior nas questões políticas, questões essas que podemos identificar tanto na época em que o livro foi escrito, marcada por imposições políticas e sociais e respostas da sociedade a elas, como hoje em dia em que os temas ainda são atuais.
Mas entre essas escolhas da autora, a que mais gostei foi nos transportar para uma sociedade, em que todos os papéis podem ser repensados tanto na questão de gênero, pois como não há, também não há o mais forte e o mais fraco, não há o papel que culturalmente você precisa cumprir e a anomalia, o alienígena, o diferente é você. Isso nos coloca na posição do mais fraco, do não aceito e essa posição é propícia para reformular conceitos e entender o outro! Mesmo não tendo gostado tanto quanto pensava, valeu a pena ter conhecido.
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Carla.Floores 29/03/2024

Diplomacia e progresso
O encontro de etnias, raças, espécies e culturas gera estranheza a princípio e até aversão, mas com um pouco de paciência, resiliência e óbvio, oportunidade, é possível observar as diferenças e tirar o melhor proveito delas. Exceto para aqueles que são conservadores até os átomos ou para aqueles que pouco se importam com o passado de seus ancestrais.
E qual o papel da tradição nisso tudo?
Para saber pra onde ir é preciso saber de onde veio. Aprender com os erros, não só os seus, mas aqueles que outros cometeram, e que deixaram como legado histórias, sejam elas faladas ou escritas.
O final ficou em aberto, com a pergunta: o que acontece a um planeta onde o legado de seus ancestrais é deixado de lado?
A missão do terráqueo Genly Ai é inicialmente convencer os governantes do planeta Gethen (Inverno) a aderirem ao Conselho Ecumênico. Para os trekers é fácil, é como se o Conselho fosse a Federação dos Planetas Unidos e Genly Ai fosse o capitão Picard, Archer ou qualquer outro enviado a missões diplomáticas de exploração.
Todo o desenrolar dessa missão, seus percalços e conquistas, vai ser transcorrido numa narrativa muito parecida com O Senhor dos Anéis. Descrição de paisagem, temperaturas, árvores, trejeitos, fisiologia dos habitantes etc. Há partes que não precisariam estar ali, mas que no fundo servem para dar profundidade à trama ou completar o universo criado por Ursula.
E o ponto alto desse livro, a coisa mais marcante dele é que, apesar de ter sido publicado em 1969, Ursula abordou questões que ainda hoje são difíceis de entender pra grande maioria das pessoas. Como, por exemplo, a não-binareidade, a assexualidade, a transsexualidade, questões de gênero em geral.
“Suponho que a coisa mais importante, o fator único de
maior peso na vida do indivíduo, é se ele nasceu macho
ou fêmea. Na maior parte das sociedades, isto determina
suas expectativas, atividades, pontos de vista, ética,
maneiras, quase tudo. Vocabulário, vestuário, até mesmo
alimentação. As mulheres, em geral, comem menos.”
Fiquei durante toda a leitura me perguntando de onde raios ela tirou esse nome ‘A Mão Esquerda da Escuridão’, como boa canhota que sou. E o conceito é bem legal. Tem tudo a ver com a diplomacia necessária para o progresso.
Vania.Cristina 30/03/2024minha estante
Ah que legal, Carla!!! Muito bom, fiquei com mais vontade ainda de ler




TrizDosAnjos 28/03/2024

Não binarie
Eu acho a proposta desse livro excelente e o livro em si toca em temas super atuais. Amo quando a autora para pra discutir essas coisas ou quando podemos ver claros exemplos entre as diferenças entre a nossa sociedade e as do povo desse planeta.
Ainda assim acho que tem muitas narrações e eventos desnecessários e que não trazem nada pro enredo. Talvez seja o próprio estilo da autora ou da época, mas na minha opinião o livro podia ser bem menor.
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Wilson 25/03/2024

A viagem futurista
Que livro incrível. Apesar de ser um pouco cansativo por apresentar muitos nomes e palavras desconhecidas desse "universo" diferenciado, a história é muito reflexiva. É sempre bom podermos imaginar a possibilidade de uma evolução da raça humana e a imaginação de podermos encontrar outris seres vivos fora do planeta Terra.
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Paulo 23/03/2024

Ficção Científica com um toque Humano
"A Mão Esquerda da Escuridão" é um daqueles livros que transcende um gênero, embora seja considerado um romance de ficção científica, lidando com muito mais do que os temas usuais. Ursula Le Guin escreve sobre psicologia e comportamento humano, amor e desejo, gênero e identidade, lealdade e traição, nacionalismo e política. E além de escrever sobre todas essas coisas, ela ainda escreveu uma ótima história.

Eu li este livro lentamente e aproveitei cada parte dele. Fiquei completamente imerso no mundo de Gethen, o planeta gelado imaginado por Le Guin, com suas nações de Karhide e Orgoreyn. Ela conseguiu criar um mundo completamente crível, com suas diferentes pessoas e culturas, religiões e tradições. Cada descrição era tão real como se fosse nosso próprio mundo sendo descrito. À medida que aprendemos sobre Gethen, percebemos que este é um mundo dominado por seu clima e geografia, ambos influenciando grandemente a vida cotidiana de seus habitantes, desde sua tecnologia e indústria até seus humores e comportamentos.

Não há muita ação neste livro. Nós lemos a história como se ela fosse um pedaço de gelo derretendo lentamente, à medida que se desdobra para o leitor, e eu fui completamente atraído por ela. Genly Ai é um mensageiro do Ekumen, uma união de diferentes mundos, que foi enviado com a missão de recrutar Gethen para ser parte desta união. A maior parte do livro é escrita da perspectiva de Genly Ai. E assim como ele, nós ficamos surpresos, confusos e/ou maravilhados por todas as diferenças que podem ser encontradas em Gethen. Mas sua maior luta é baseada em tentar entender uma sociedade de pessoas compostas por seres que são neutros em termos de gênero na maior parte do tempo, exceto uma vez por mês, quando entram em uma condição chamada kemmer, durante a qual se tornam masculinos ou femininos. Como disse a autora: ?Meus esforços tomaram a forma de ver conscientemente um Getheniano primeiro como um homem, depois como uma mulher, forçando-o a essas categorias tão irrelevantes para sua natureza e tão essenciais para a minha própria.?

"A Mão Esquerda da Escuridão" está aberta a múltiplas interpretações. Os temas com os quais lida ainda são bastante relevantes hoje em nossa sociedade, alguns deles talvez até mais. Como Le Guin escreveu na introdução da versão do livro que li, ?Eu não estou prevendo, ou prescrevendo. Estou descrevendo.? Sua obra permanece profunda e atual, vale a leitura.
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Guilherme 23/03/2024

Ótimo livro de Ficção Científica
Primeiro livro que leio da autora e gostei muito da experiência. Leitura fácil e com ótimo enredo. Senti bastante empatia pelo personagem principal e achei a relação entre ele e Straven muito bem desenvolvida.

O mundo é muito interessante e bem construído, com uma escrita fluida que te deixa imerso. A característica de uma sociedade andrógena e como isso influencia em todas as questões daquele planeta possibilita diversas críticas a nossa sociedade atual.

Com certeza lerei outras obras da autora!
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fatimaria 22/03/2024

Esse livro me surpreendeu, e muito. achei que receberia uma ficção científica política, sobre movimentos e relações entre planetas e nações que procuram se aliar (ou não). e no fim além disso tudo recebi também dois estudos de dois personagens fascinantes, reflexões absurdas de boas sobre nacionalismo e o papel do gênero na sociedade, e uma história direta e concisa como a muito tempo eu não via.

a primeira metade do livro é mais lenta e focada em worldbuilding, o que de jeito nenhum é um defeito (apenas foi meio difícil pra mim superar essa parte), pois inclusive um dos maiores destaques dessa história é seu mundo e suas construções e relações. fiquei fascinada do início ao fim. só comento isso porque depois que passei da metade o livro começou a tomar direções que eu realmente não esperava, mais pessoais.

e a escrita da le guin é absurda! ao mesmo tempo que nos distancia ela nos aproxima, fazendo o leitor se esticar e se contrair igual um elástico pronto para estourar. achei que seu estilo coube perfeitamente com o tom e as discussões e mensagens que ela busca trazer. é realmente um livro muito bem pensado e executado, recomendo demais
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