Os vestígios do dia

Os vestígios do dia Kazuo Ishiguro




Resenhas - Os Resíduos do Dia


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Dennisovych 14/04/2024

Medíocre
O autor passa o livro inteiro fingindo um desenvolvimento no principal até a última página. A moral da história é só boba e não consegue melhorar, nem que só um pouco, o desastre que é essa pilha de papel higiênico tirado da cesta de lixo do banheiro e impresso em larga escala.
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Cris 10/03/2024

Os vestígios de uma vida
"Os vestígios do dia" conta, do ponto de vista do mordomo Mr. Stevens, o dia a dia de uma casa que já viveu seus tempos mais áureos. Os período é o entreguerras. Há muita coisa não dita tanto sobre as ações do personagem como dos seus sentimentos. Também se discute muito sobre importância da profissão do mordomo e das suas qualidades. Gostei mais das últimas 50 páginas. O início e o meio são um pouco maçantes.
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Luiza 06/03/2024

Com certeza foi uma leitura surpreendente. Não em função da narrativa, mas das minhas expectativas em relação à ela. Foi minha primeira leitura de Ishiguro e posso dizer que ele realmente sabe o que faz
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Brbrr 31/12/2023

Vestígios do dia e a excelência humana
O Sr stevens vê a sua profissão de mordomo sempre, como ele muito pontua ao decorrer do livro, com dignidade. Mas essa não é uma palavra, ou um conceito, simples de ser destrinchado: na cabeça de nosso protagonista, a dignidade toma rumos de grande proporção, em que a palavra envolve todo um modo de ver a vida e de assim, portar-se diante dela.
Ao servir a seus senhores, ele vê aquilo como seu grande objetivo de vida, contente com o trabalho que já é feito, mas ao mesmo tempo comparando-se com os grandes mordomos do tempo de seu pai. Ele sabe que ao ir para um caminho, ele pode ferir a dignidade e a lealdade que tanto leva em conta em relação a seu patrão. Este também deseja manter um padrão de qualidade sempre inerentemente alto.
Stevens, no fim das contas, busca a excelência. Excelência esta que está nos gestos e atos simples efetivados pelo nosso protagonista. Não é possível ir adiante sem antes fazer o essencial, mesmo que este objetivo cegue suas vontades próprias.
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Vanessa.Benko 29/12/2023

Uma geração idealista, para quem a questão não era simplesmente até que ponto exercíamos bem o nosso trabalho, mas com que finalidade o fazíamos
Em uma imersão sutil e introspectiva na Inglaterra pré-Segunda Guerra Mundial, "Os vestígios do dia" nos conduz pelos corredores silenciosos e salas suntuosas de Darlington Hall, a mansão aristocrática onde Stevens, o mordomo dedicado, desempenha suas funções com uma devoção quase religiosa.
Ao explorar a vida do protagonista, somos apresentados aos bastidores da política e dos eventos sociais da época, mergulhando nas excentricidades da classe alta britânica. A trama é habilmente construída, permitindo-nos observar a maestria com que o autor desvenda os vestígios da história, entrelaçados com as memórias e reflexões de um mordomo que dedicou sua vida à arte do serviço.
A história é profundamente enraizada em nuances culturais, destacando a confidencialidade valorizada na cultura inglesa da época. A habilidade do autor em explorar os efeitos da classe social, especialmente através dos olhos de um mordomo humilde, é notável. O contexto político que culmina na Segunda Guerra Mundial é apresentado de forma única, revelando-se não apenas como um pano de fundo, mas como um elemento crucial que molda as percepções e lealdades de Stevens.
O livro proporciona uma visão fascinante sobre a vida dos mordomos e suas singularidades, iluminando a maneira como se dedicavam totalmente a seus patrões, muitas vezes sacrificando suas próprias vidas pessoais. A narrativa nos leva a refletir sobre a complexidade dessas relações e sobre como a classe alta muitas vezes explorava os mais pobres, mesmo sob a fachada da etiqueta e da cortesia.
Um dos pontos altos da trama é o amadurecimento gradual do personagem-narrador. Através de suas reflexões e descobertas tardias, somos conduzidos a uma jornada emocional, observando como a humildade de Stevens é testada diante das injustiças e revelações sobre seu patrão. Este amadurecimento sutil, desenvolvido ao longo das páginas, adiciona camadas de complexidade à narrativa, transformando o mero cumpridor de deveres em um observador perspicaz das sutilezas da vida.
Trata-se de é uma obra-prima que transcende as fronteiras do romance histórico. Ishiguro tece uma tapeçaria narrativa rica em detalhes, explorando temas complexos com maestria. Uma leitura que não apenas cativa, mas também instiga reflexões sobre classe, lealdade e as sombras que os vestígios do passado lançam sobre o presente.
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Lurdes 24/12/2023

Vestígios do Dia é a estória de Stevens, mordomo na propriedade Darlington Hall, na Inglaterra, que cumpre com excelência suas obrigações. A propriedade pertenceu, por muitos anos a lord Darlington, um nobre respeitado e era uma grande honra para Stevens servi-lo. Após a morte de lord Darlington a casa foi adquirida pelo Sr. Farraday, um americano com hábitos muito diferentes daqueles a que Stevens se acostumou por toda a vida.

A narrativa começa quando Stevens, incentivado por seu novo patrão, tira alguns dias de férias e começa a planejar sua viagem. A viagem já tem destino definido: ir ao encontro da Srta. Kenton, antiga governanta da casa, que foi embora para se casar e recentemente escreveu a Stevens contando que não estava mais com seu marido.

A carta produziu grande agitação em Stevens e, enquanto empreende a viagem, vai relembrando (e nos contando) sobre seu passado e sua convivência com ela.

Não podemos nem dizer que Stevens tinha uma vida particular. Seu ofício como mordomo, herdado do pai, é sua razão de viver e seu orgulho. Apesar de comandar um grande grupo de funcionários, organizando todas as rotinas e tarefas, nos impressiona a subserviência de Stevens a Lord Darlington.
Tão orgulhoso se sente em servir à alta nobreza que não questiona as atitudes de seu patrão, nem quando este se envolve com um grupo nazista, no período "entre guerras".

A convivência com a Srta. Kenton sempre provocou reações em Stevens. Ela, mesmo tendo seu trabalho irretocável como governanta, trazia uma leveza, generosidade e defendia suas próprias opiniões. Entre rusgas, aproximações e afastamentos, ela foi a pessoa com quem Stevens mais conviveu, a ponto de terem, por certo período o hábito de se reunirem à noite para tomar chocolate quente e fofocarem sobre os acontecimentos do dia.
A expectativa por este reencontro e, quem sabe, o retorno dela a Darlington Hall, o acompanha por quase todo o livro.
E nós ficamos aguardando que, enfim, ele se declare a ela.
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Lucas1429 19/12/2023

Uma história sem grandes reviravoltas, sem tramas mirabolantes, nem um grande clímax. Contudo a sua beleza está em relatar os dilemas atemporais do ser humano na figura de um mordomo inglês ambientado na Segunda Guerra Mundial. Além disso, é notável a habilidade do autor de proporcionar uma leitura fluida mesmo com o enredo sendo não linear e apresentando um personagem com bastante fluxo de consciência.

Ou talvez seja apenas uma história sobre um homem alienado pelo seu senso de dignidade.
can Gica 20/12/2023minha estante
Nossa, profundo




Adriana Scarpin 16/11/2023

Tendo sido mais familiarizada com mordomos ingleses de Wodehouse e Pinter, nosso Stevens aqui é bem chocante, beirando a impossibilidade humana, tanto que é possível enquadrá-lo como narrador não confiável. Digo isso porque me parece que Stevens sabe muito bem o que ocorre ao seu redor, o patrão fascista, o amor de Miss Kenton, mas ele escolhe a via do embotamento afetivo, não sei se por uma questão psíquica peculiar ou como agem as vítimas de violência doméstica que decidem manter a relação e mentem para si mesmas. Acho que essa dualidade aberta a interpretações é que torna esta obra um grande livro.
Gosto bastante da adaptação do James Ivory para cinema, apesar de já ter quase 30 anos que não a vejo, me marcou profundamente pela repressão sexual e afetiva encontrada alí.
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Mari 15/11/2023

Os Vestígios do Dia
Gostei da leitura do livro. Uma reflexão sobre a vida e escolhas. Combinei ao término da leitura assistir o filme de 1994, foi complementar bem fiel ao livro, percebi algumas coisas que não tinha percebido na leitura. Fica minha dica: leia o livro e depois assista ao filme de 1994.
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Janayna 29/10/2023

Bom, mas falta tempero
Há tempos queria conhecer a escrita de Kazuo Ishiguro. Não sei se escolhi o livro errado para uma primeira impressão, mas a verdade é que, infelizmente, não curti. Digo isso com pesar porque eu realmente queria ter me apaixonado e me envolvido mais com a estória, devido especialmente ao prestígio do famoso escritor. A leitura é fácil e fluida, e ao mesmo tempo, surpreendente e provocativa, por abordar um tema indigesto para a sociedade e realeza britânica: a aproximação e apoio à Alemanha nazista. Me senti ambientada num metaverso da série Downton Abbey no contexto da segunda guerra mundial.

A narrativa fica por conta do mordomo Mr. Stevens, que mistura suas memórias às aventuras atuais, numa viagem de carro ao longo de uma semana pelo interior da Inglaterra. Tenho que ressaltar que a escrita em si é linda e envolvente. Contudo, por se tratar de um premio Nobel, de alguma forma eu esperava ser arrebatada pela obra. Eu esperava me deparar com um clássico que me fizesse refletir após a conclusão. Mas aconteceu o contrário, infelizmente.

Acelerei a leitura para pular partes que realmente nao me acrescentavam nada e eram mornas. Talvez eu não tenha capturado a ideia central. Acho até interessante conhecer a importância do papel do mordomo na sociedade inglesa do século XIX, o que se esperava dessa profissão e da relevância dada à dignidade e moral na contratação dos funcionários que serviriam aos lordes ingleses. Mas o aprofundamento nesse tema me cansou - mesmo sabendo que muito do que foi descrito era apenas para contextualizar o subtexto que o autor queria agregar no livro, que nesse caso, eram as reuniões com lideres mundiais e oficiais nazistas.

Enfim, não desisti de Kazuo Ishiguro e pretendo ler outras obras suas. Mas este livro não foi pra mim.
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Wamarisen 09/10/2023

Não se pd estar eternamente pensando no que poderia ter sido
O início passa uma impressão de quem não quer nada com nada, de que serão apenas experiências monótonas de um mordomo e acaba sendo parado. Mas no decorrer algo atrai a atenção, desde a escrita divina até as situações relatadas e aquilo me gerou uma curiosidade genuína já que gosto bastante de ouvir pessoas contam sobre si.

Quando me dei conta eu estava devorando as páginas rapidamente, a escrita fluía e tudo era delicado e profundo mesmo que a primeira vista não parecia ser. Eu me sentia tocada e acolhida mesmo que não houvesse nada realmente como gatilho

No fim eu adorei ler isso, há reflexões reais e relações construídas com o tempo sem ser aquilo de que sempre ambos devem estar presentes e se falando com frequência
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Leila 11/09/2023

Os Vestígios do Dia, por Kazuo Ishiguro, é uma obra que nos transporta para uma época passada, uma Europa pré-Segunda Guerra Mundial, enquanto nos guia também pelo pós-guerra através das memórias do protagonista, Stevens. A narrativa, repleta de nostalgia, é um testemunho impressionante da maestria de Ishiguro em criar uma atmosfera densa e introspectiva, algo que também encontramos em outras de suas obras, como Não Me Abandone Jamais, Klara e o Sol e Um Artista do Mundo Flutuante.

Uma das características mais marcantes do livro é o tom melancólico que permeia toda a história. O protagonista, Sr. Stevens, é um mordomo leal e dedicado que trabalhou em Darlington Hall, uma mansão inglesa, durante décadas. Sua voz narra os eventos passados com uma mistura de saudosismo e resignação, e isso cria uma atmosfera intensamente comovente. Ishiguro utiliza habilmente a voz de Stevens para explorar temas profundos, como a passagem do tempo, os arrependimentos da vida e as escolhas que moldam nossos destinos.

A ambientação da história em uma Europa prestes a entrar em guerra, com personagens que flertam com o nazismo e que representam as tensões da época, adiciona uma camada de complexidade à trama. Ishiguro consegue pintar um quadro vívido da aristocracia inglesa naquela era, expondo suas preocupações, suas relações sociais e, ao mesmo tempo, as tensões políticas que se desenvolvem nas entrelinhas.

O protagonista, Stevens, é um personagem profundamente cativante. Sua dedicação ao dever e seu constante autocontrole criam um contraste fascinante com seus sentimentos reprimidos. À medida que Stevens viaja pela Inglaterra, suas reflexões e encontros com outros personagens lançam luz sobre sua própria jornada pessoal e os segredos que ele guarda.

Os Vestígios do Dia nos faz refletir sobre o que significa ser humano e as complexas escolhas que fazemos ao longo da vida. A escrita de Ishiguro é magistral, mantendo o leitor cativado do início ao fim. Sua capacidade de criar personagens ricos e cenários detalhados, bem como sua habilidade em explorar temas profundos, é evidente neste romance.

Enfim, gostei muito da leitura e aprecio o tom um pouco "depressivo" digamos, que o autor traz para suas obras. Ishiguro mais uma vez demonstra sua maestria em criar narrativas envolventes que nos transportam para mundos passados e nos fazem refletir sobre questões universais. Se você é fã de suas outras obras, este livro certamente não irá decepcionar, e se ainda não teve a oportunidade de conhecer a escrita ao autor, esta é uma excelente introdução ao seu talento literário.
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Julio.Argibay 25/08/2023

Mordomo
Vestígios do dia - Kazuo Ishiguro. Apesar do nome, o autor desta estória não escreve sobre o oriente distante, como eu pensei quando descubri a obra. O romance é ambientado na Inglaterra do pós Guerra. Sem delongas vamos a narrativa. O Sr. Stevens, um típico mordomo inglês, dessas grandes casas, se esforça para se adequar aos novos tempos. O mordomo continua a trabalhar numa mansão chamada de Darlington Hall, que foi palco de diversas reuniões políticas com a presença de grandes personagens da época. Mas, atualmente, um novo proprietário, americano, Sr. Farraday é quem tem a posse do lugar. O novo patrão informa que, o mordomo irá trabalhar com uma pequena equipe e oferece ao Sr. Stevens algumas folgas, inclusive emprestou o carro para que ele faça uma pequena viagem pelo interior do país. Neste ínterim, ele entra em contato com uma empregada antiga Srta. Kenton. Eles relembram várias situações ocorridas na mansão alguns anos atrás: a morte do pai dele, a saída dela da casa para casar, dentre outros assuntos. O Sr. Stevens, relembra, também, de umas das mais importantes reuniões da qual serviu na mansão, que foi a da Conferência do Tratado de Paz com a Alemanha. Neste período, diversos hóspedes importantes são recebidos na propriedade: como Keynes, ministros, senadores, vários de diversas nacionalidades diferentes. Em 1923 a Conferência de Paz se inicia e alguns desejam o relaxamento do Tratado de Versalhes, além de outros assuntos ligados a economia. O mordomo relembra das acusações sofridas pelo seu patrão na época, principalmente, de antissemitismo. Seguindo sua viagem pelo interior, ele se depara com várias situações. O Sr. Stevens conhece alguns personagens de aldeias remotas. Além de se encontrar com a Sra. Bemm, sua colega de trabalho de anos atras. Os colegas conversam sobre o tempo em que trabalharam juntos e assuntos mais pessoais. Neste momento, percebi um certo clima entre os dois, mais por parte dela, pois ele é muito formal e contido. Assim ela se despede e ele segue sua viagem. Em seguida, ele bate um papo com um desconhecido num píer, ele desabafa um pouco com o senhor e recebe alguns conselhos sobre a vida. Cara, eu achei o romance muito bom. Surpreendente até. Simples, bem feito, despretensioso e ao mesmo tempo magistral. O autor é bem sutil na trama. Aborda diversos assuntos espinhosos, de uma forma leve. Assim o leitor consegue perceber a importância das coisas que são ditas e mostradas de uma forma sorrateira, encoberta, nebulosa, sem dada importância. Outrossim, o autor ainda consegue transmitir as dificuldades que o personagem tem em se relacionar com as pessoas, tanto com o novo patrão, como a Srta. Kenton e os outros personagens. Assim o autor vai nos mostrando a personalidade do Sr. Stevens. Achei tocante.
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Carlos Henri 19/07/2023

É um livro bom mas não achei uma coisa muito sensacional. É mediano mas entendo que muitas pessoas gostaram mais.
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