O duplo

O duplo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Duplo


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S0rinn 09/06/2023

Homem do subsolo
"O Duplo" foi um livro escrito no início da carreira do Dostoyevsky, talvez seja por isso que sua narrativa é um pouco mais leve e divertida de certa forma. Antes de ler essa história eu recomendo que vejam "Memórias do subsolo" já que o arquétipo usado no protagonista Golyadkin é o mesmo. Enfim, mesmo que não tenha entendido muito bem o final, a sensação marcante de angústia, tensão e vergonha que esse livro me passou não vai ser superada facilmente, boa sorte a todos que forem ler!


"Sou um homem pequeno, o senhor mesmo sabe; mas para minha sorte não lamento ser pequeno. É até o contrário, Crestian Ivananovitch; e para dizer tudo, até me orgulho de ser um pequeno e não um grande homem"
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@letravermelha 30/05/2023

Que leitura incrível!
Em O Duplo, publicado duas semanas após seu primeiro livro Gente Pobre em 1846, Dostoievski narra a história do senhor Golyádkin, que todos os dias trabalha numa repartição como conselheiro titular. O senhor Golyádkin, é um homem que vive sozinho com seu criado, tem uma vida pacata e solitária. .

Num dia em que ele vai a um baile na casa de um nobre que segundo ele, foi convidado, ele é barrado na porta porque não o querem receber, ele ao invés de ir embora rezignado para casa, ele toma a decisão de penetrar no baile cheio de gente importante pela entrada dos fundos. Assim ele consegue entrar no baile porém depois de cometer múltiplas garfes ele é colocado gentilmente para fora. No seu caminho de volta para casa tarde da noite ele pela primeira vez vê o seu duplo, e é apartir daí que o lamento do nosso herói se intensifica, porque ele não imagina como sua perturbação vai chegar quase no teto. .

Nosso Senhor Golyádkin em linhas gerais é um homem que sofre de sérias perturbações mentais. Ele é um homem bastante aflito, angústiado, que vive divagando, mas ainda sim ele tem um grande otimismo sempre dizendo que tudo pode virar pra melhor. .

É preciso dizer que ele está em tratamento. Seu médico o aconselha na pág 21 e 22 a seguir as orientações médicas : ir ao teatro, ter um hábito de vida mais divertido e continuar tomando os remédios, mas nosso herói não segue as recomendações e mete os pés pelas mãos inúmeras vezes. E como consequência, acaba por achar que tem vários inimigos quando na verdade é ele mesmo que provoca sua própria humilhação. .

Basicamente esse livro é um relato de uma mente perturbada. Eu indico muito principalmente para quem gosta de ler e estudar sobre transtornos mentais , e iniciar a leitura sabendo disso faz toda a diferença. .
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Codinome 17/05/2023

Um pouco sobre "O duplo"
Um livro que li de maneira bastante espaçada e, como toda boa ficção, é importante que seja uma leitura mais contínua, em que o leitor não perca o "fio da meada".

Tinha curiosidade em saber como Dostoiévski iria tratar o tema do duplo em sua literatura, um tema não caro aos textos góticos, suspense e terror; claro que sempre algo mais enviesado para aquele ar de suspense e noir, que criam a atmosfera desses tipos de livro. Em "O duplo" isso não é diferente: ambientes sempre que fazem você imaginar algo escuro, nublado e frio; é essa a imagem que acabo criando da São Petesburgo de Fiódor Dostoiévski. Algo que se estende também ao protagonista Golyádkin, não de uma maneira simplista, mas com muita carga da complexidade humana, em que o escritor russo é mestre de traçar nas psicologias de seus personagens.

Eu imaginava um livro com menos personagens, numa pegada contista de Poe, mas temos em mãos um romance que permite uma abrangência maior de personagens (não que um conto não permita, só é mais difícil de fazer de maneira concisa) e isso, muitas vezes, confundia minha mente com todos aqueles nomes russo. Talvez um guia com quem é cada personagem ao começo do livro (ao estilo "A amiga genial", algo se aproveita desse livro) ajudaria bastante o leitor mais leigo como eu.

Um ótimo livro, recomendo releituras!
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Valério 05/05/2023

Nos confins da mente
Em uma de suas primeiras obras, Dostoievski já imprime toda a sua peculiar capacidade exploratória da psicologia humana.
Como sempre, ler Dostoievski é uma grande aventura e tortura psicológica. Angustiante, convincente, nos envolve a ponto de sofrermos como se fôssemos nós, os leitores, quem suporta os reveses da história. E nos sentimos incapazes, impotentes.
Aí reside a genialidade de Dostoievski.
Neste livro, um funcionário público de baixa patente se perde nos meandros de sua mente e vai cada vez mais complicando sua vida, à medida em que tenta tudo consertar.
Com agonia e atônito terminei a leitura. Um bom livro é assim: nos sacode, impressiona e marca!
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Marcela 01/05/2023

O DUPLO - DOSTOIÉVSKI
Este foi o segundo livro que Dostoiévski escreveu e o o quinto que eu li do autor. Lançado logo após o seu primeiro sucesso - Gente Pobre - e, contrariando ao que os críticos da época esperavam, mostrou uma temática totalmente diferente, com ênfase no psicológico humano, ou mais precisamente, uma mente em ruínas - o que, inicialmente, não faz muito sucesso. A história trata do desdobramento da personalidade. É uma verdadeira imersão da mente conturbada de Golyádkin, que, sem muitos amigos e sem ninguém para se relacionar, sonha com uma ascensão social. Certa noite, resolve entrar de penetra em uma luxuosa festa de aniversário, da filha de um Conselheiro da alta sociedade, e claro, é escorraçado de lá. Atordoado com a vergonha que ele mesmo se submeteu, sai perambulando pelas ruas de São Petesburgo até cruzar com alguém que, estranhamente, é idêntico a si. Ocorre que, atordoado com o fato de que seu duplo começa a aparecer em todos os lugares e conviver com as mesmas pessoas e colegas de trabalho, o leitor acompanha a latente insegurança de Golyádkin em ver no outro o que ele gostaria de ser. Para tanto, o autor faz questão de enfatizar os pensamentos confusos do personagem, sua fraqueza, e a necessidade de, a todo momento, obter a aceitação alheia. Defino esta leitura como uma experiência muito psicodélica entrar na cabeça de uma pessoa que está enlouquecendo. A atmosfera é uma vibe Kafka, mas a profundidade psicológica é, incontestavelmente, Dostoiévski puro.
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Douglas 27/04/2023

!
Vocês só leem livros ruins cara, impressionante isso; quando não é livro ruim é livro comunista, que é tão pior quanto. Isso aqui é um app pra leitores de tiktok!
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Marcos606 24/03/2023

O Duplo é a primeira de muitas obras de Dostoiévski a revelar seu fascínio pelos duplos psicológicos. O escriturário Golyadkin, morbidamente sensível e pretensioso, já clinicamente perturbado pelas pressões sociais de seu escritório e pelo amor não correspondido, sofre uma crescente mania de perseguição, que o leva a encontrar outro homem exatamente igual a ele que é o líder de uma conspiração contra ele.

Dostoiévski narra a história com ousadia através de uma das vozes que soam na psique de Golyádkin, de modo que a história parece uma provocação dirigida diretamente ao seu infeliz herói.
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Marcia 03/03/2023

Minhas impressões sobre o livro
Como você reagiria se de repente desse de encontro com alguém igualzinho a você? E com o mesmo nome?
Situação muito diferente e meio que assustadora não é mesmo!?
Esse livro eu comecei a ler sem saber nada sobre a história, nao li sinopse, nem resenhas e nem comentários. Com isso foi uma surpresa todo seu desenrolar, me fazendo vivenciar todas as dificuldades e emoções passadas pelo protagonista.
A história se passa na Rússia e passear pelas ruas, entrar em algumas casas e vivenciar o dia a dia do protagonista, interagindo com outras pessoas foi muito instrutivo. Vivenciaremos junto com o protagonista a dificuldade imensa de ser aceito pela sociedade, de ter amigos, de fazer parte de um grupo. Isso o perturba demais e a situação se complicara um pouco quando surgir o seu duplo. Quem é esse duplo? Como aparece assim e ja vai interferindo na vida do protagonista?
Se puder, não leia a sinopse e mergulhe na história. Pra mim a sinopse e as resenhas entregam muito do livro, tirando um pouco da vivência. O final, que me emocionou, é previsível e também é uma surpresa. Como pode ser assim? Leiam! Mas se for ler, se dedique a ele pois é necessária atenção. Em alguns trechos me perdi e precisei retornar. Valeu muito a pena e deixo aqui minha sugestão de leitura.
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Victor225 27/02/2023

O Duplo
Uma leitura bastante interessante no que tange a mente. O duplo de Golyádkin, uma visão idealizada de si mesma, que está muito longe do que ele realmente é, acaba sendo também sua tortura.
Golyádkin é tímido, péssimo com as palavras, tem uma mente confusa e isso se reflete em suas falas sempre entrecortadas, com uma contínua repetição do que já foi dito, o que resulta em diálogos confusos e até meio maçantes, mas por outro lado cômicos, pois nos mostra a verdadeira face de um homem que vive uma mentira, ou tenta. Sua constante reafirmação de que é dono de si mesmo, honesto e que não usa máscaras, parece mais uma tentativa de convencer sua própria mente de uma mentira, o afastando ainda mais da infeliz realidade.
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Talita.Andrade 16/02/2023

Se intenção era ser entediante, conseguiu com sucesso.
Não é um livro ruim do ponto de vista psicológico, porém é uma leitura arrastada ( para mim!)
O personagem principal vai enlouquecendo e tudo vira um caos como eu não consegui entrar na vibe dele, eu apenas consegui julgar, achei chato.
Dostoiévski é fantástico, mas infelizmente esse livro não me agradou.
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igsuehtam 27/01/2023

O duplo
Confuso, atrapalhado e sem noção. Essas são as munha palavras para o protagonista. O livro parece um labirinto, onde você vai navegando pela mente dele.
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jehcordeiro 21/01/2023

Lento
Achei a leitura lenta. Dado o tema e o impacto na época, a história deveria de ser assim mesmo (eu acho). Apenas para mim não agradou muito. Não leria de novo.
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renancordeiroa 15/01/2023

Apesar da irritância do protagonista, gostei bastante do livro, principalmente pela temática interessante.
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Wallace.Randal 29/12/2022

Simbolicamente interessante
"O Duplo" é o primeiro livro de Dostoiévski que li na vida e o escolhi por acreditar que fosse uma boa porta de entrada para a sua bibliografia. Não sei se acertei na escolha e confesso que fico muito dividido em minhas impressões.
Por um lado, o modo como se dá as relações sociais é muito interessante: Goliádkin primeiro é um homem contraditório em suas palavras e absolutamente inapto socialmente. Goliádkin segundo é igualmente interessante, e vai conquistando espaço conforme a história avança. A relação dos dois carrega o livro e é o aspecto que mais gostei nesta leitura.
Por outro lado, a história do livro não é nada cativante e por vezes eu me senti alheio aos acontecimentos. Era como se o simbolismo presente na história fosse mais importante que a história em si.
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Paulo 19/12/2022

O Duas Caras
Golyádkin, retratado como "nosso herói", acaba sendo, de fato, um herói.
Dentro de tanta provação, manteve sua determinação de pensamento, mesmo na loucura. Qualquer outro já teria sucumbido as artimanhas da sociedade e dos outros personagens e teria entregado as pontas. Mas não ele, se manteve firme mesmo sendo enviado à casa de loucos.
Ao meu ver, a cópia dele não se trata de uma projeção de quem ele almejava ser, mas sim de um estilo que era aceito na sociedade e que se ele não mostrasse essa outra face da moeda, não seria permitido nessa sociedade de loucos. Viver nessas amarras da sociedade é loucura e os que fazem parte desse circo, são todos loucos também.
O incrível é que essa face do absurdo é bem recebida, o que nos mostra que temos que dançar conforme nos é imposto. Temos que ser esse excesso para as pessoas gostarem de nós e não nos acharem estranhos.
Só mostrando um outro você para não ser devorado, ou esquecido, nesse caso, numa casa de loucos.
Não obstante, mesmo tendo mantido a sua determinação de pensamento, Golyádkin segundo enterra o Golyádkin primeiro para ser possível viver nesse grã-finismo, e poder ser somente esse alienado normatizado. Prendendo, em um canto bem esquecido de sua mente, seu verdadeiro eu.
Roberto 19/12/2022minha estante
Achei interessante seu ponto de vista, principalmente pelo fato da maioria dos leitores não gostarem da história por acharem o Golyadkin um personagem "chato e medíocre ", mostrando que não entenderam muito bem a história ou leram de joelhos




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