O duplo

O duplo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Duplo


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Guilherme.Gomes 11/03/2024

Olha, difícil terminar esse aqui. Os primeiro capítulos, até pouco antes da metade...nossa, foram que nem água. Só que daí pra frente, mais precisamente depois que o Golyádkin encara o seu "colega", aí virou um martírio. Primeiro pq, que personagem chato é Golyádkin, pqp. Travado, roda, roda e não sai do lugar, balbucia, se repete, é passivo com tudo e todos. Ok, ele é um cara angustiado e ansioso, mas bicho, tua vida tá ruindo, tenha sangue!!!! Já tinha lido "Noites Brancas", onde o personagem tbm é bem passivo nas coisas, mas ainda alí tem movimento, Golyádkin é só rodeios. Enfim, talvez seja aqueles livros que se pega nos detalhes, delicados, que tem que ser lido com calma e tals... o que significa que não é pra mim. Vou procurar a fase mais madura do menino Dosto, pq esse início é complicado. Razoável pq, apesar de tudo, a escrita é muito boa assim.
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sam (?) 29/02/2024

Traz certas questões de se levar pra vida, se você souber interpretar.
Seria o duplo aquela parte que o Golyadkin nunca foi, que exerce ações das quais ele nunca teve competência para, e aquele que conquistou o que para o nosso héroi é apenas um devaneio? ou seria ainda também uma reflexão e personalização da persona do mesmo que é indigna, suja, torpe, e destrutiva (no caso, se pode chamar de auto-destrutiva)?
Eu particulamente gostei bastante, li ele picotado mas não impediu que eu tirasse bom proveito dele, e vamos para "O Eterno Marido" e "Noites Brancas"! (e vou, no caso.)
Recomendo o livro.
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Clarissa 27/02/2024

A quem se aventurar, desejo uma boa "viagem"!
Parece que o autor leva o leitor a uma leitura experimental no sentido de conduzí-lo através da mente cindida do personagem principal. Por isso parece tão confusa a leitura. Para mim a história traz uma tensão movida pela confusão na qual o personagem encontra-se. Achei interessante. Há algo também de cômico em alguns momentos da história. Um certo alívio cômico.

O personagem principal parece ser um homem que está doente psiquicamente. Um ser humano que está bem sofrido em sua existência. A invisibilidade que parece sentir e consequentemente a falta de pertencimento, caracterizam a dor do personagem que vai tendo no outro um inimigo, personificado inclusive no seu duplo. Me parece que não se sente alguém amado, desejado, respeitado e reconhecido. Parece que a cisão que estava iminente, rompe após o trauma vivido numa determinada festa de aniversário, onde adoecido, experiencia a rejeição e estranheza dos outros que ali reagem ao destempero dele.

Dostoievski é genial para retratar a complexidade humana. Já li "Memórias do Subsolo", que ao meu ver, é um livro fantástico. Provavelmente por ter essa experiência anterior a leitura de "O Duplo", gostei muito desse, mas não fui arrebatada como no outro. De qualquer forma, Dostoievski promove experiências literárias através dos seus livros. A quem se aventurar, uma boa "viagem"!
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Queridolivro0 20/02/2024

Angustiante ?
O livro é triste demais, é o mergulho dentro de uma mente caótica e perturbada. Realmente Dostoiévski consegue nos confundir com sua narrativa nos fazendo duvidar do que estamos lendo e isso é incrível , já mostra seu talento literário, pois esta foi sua segunda obra.
A leitura por este motivo muitas vezes é arrastada, é importante ler com a mente aberta.
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Fernanda.Caputo 12/02/2024

Não fluiu para mim
Segundo livro do Projeto Dostoiévski, ?O Duplo? foi publicado em 1846, duas semanas após ?Gente Pobre?. Enquanto o primeiro livro do autor obteve grande sucesso desde logo, ?O Duplo?, por sua vez, recebeu muitas críticas e não foi tão bem aceito. Dostoiévski, no entanto, afirmou que ?nunca dei uma contribuição mais séria para a literatura do que essa?.
Confesso que, embora eu tenha compreendido o tema da obra, achei o livro truncado, a leitura não fluiu e foi sofrido terminar. É o primeiro livro que devo admitir que não gostei.
O livro conta a história de um conselheiro titular, um funcionário público de baixo escalão, chamado Yákov Pietróvitch Golyádkin cuja descrição é bem peculiar ?embora sua figura morrinhenta, acanhada e bastante calva fosse exatamente daquele tipo insignificante que à primeira vista não chamaria a atenção exclusiva de ninguém, seu dono parecia gozar de plena satisfação com o que acabara de ver (no espelho)?.
O livro se inicia com sua preparação para ir a um jantar na casa de Olsufi Ivánovitch, que já foi seu benfeitor, embora não fique bem explicada a relação entre eles. Ele faz um desvio e para no consultório de seu médico, Crestian Ivánovitch. Esta primeira parada no médico, já nos dá um indício de que há algum problema com Golyádkin. Depois ele ruma para o jantar, para o qual não fora convidado, e após a humilhação de ser escorraçado dali, acaba por encontrar seu duplo. É uma figura idêntica a si, com o mesmo nome, a mesma origem, o mesmo trabalho.
A história se desenrola em um fluxo complexo. Recebi a dica de ler pensando na mente de uma pessoa que está enlouquecendo e, de fato, é o que acontece.
Ao ler o livro não se sabe se Golyádkin é bipolar, sofre de algum distúrbio de dupla personalidade, se existe um gêmeo do mal, se tudo aquilo está dentro da cabeça dele.
No posfácio escrito pelo tradutor, Paulo Bezerra, ele diz que a tradução deste livro foi uma das mais difíceis, para conseguir transmitir o sentimento e o tom do livro. Neste livro Dostoiévski trata dos temas da duplicidade e do desdobramento da personalidade que vão aparecer em obras posteriores, como Crime e Castigo. Ademais, o livro tem conotações autobiográficas, eis que o autor sofria de uma doença similar à epilepsia e diversas vezes aludiu à duplicidade de sua própria personalidade.
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piips 08/02/2024

Sei que provavelmente é incrível mas simplesmente não funcionou pra mim. provavelmente pq eu li de forma picotada mas o personagem principal é muito querido, ele se sente como uma garota adolescente
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Joana Grigorio 04/02/2024

Alcance
Confesso que não é o meu livro preferido da vida , mas confesso também que esses livros que me ?desagradam? exercem sobre mim, um certo fascínio. O duplo te desconcerta, te deixa cansada, tão cansada que você não consegue ler mais de 20 páginas. É uma mistura de sentimentos angustiantes porque tudo que passa pela cabeça do personagem em algum momento já passou pela sua. Todo mundo já se sentiu um pouco medíocre, invisível, desmerecido em algum recorte da nossa vida. E o duplo te leva pra lá, pra essas sensações. Mas agora você não é mais o observado, você é o observador e fica muito mais fácil se juntar ao coro e criticar seus anseios e aflições. Dá uma vontade danada de entrar no livro pra ajudar. O livro tem outras camadas, claro. Mas essa solidão, incompreensão, essa busca por aprovação e desespero de se auto afirmar ecoaram em mim.
Jamile.Grigorio 17/02/2024minha estante
Fiquei cm vontade de ler só pela tua resenha




Marto 30/01/2024

A alma e a besta
A ideia de duplo aparece em muitos momentos da humanidade m, em outros livros e nos mais diversos contextos. Durante a leitura me lembrei muito da origem da ideia de inferno e de como pros incas a alma possuía uma parte boa e uma ruim. Ao mesmo tempo me peguei pensando em como nosso personagem era o bom e seu duplo era o vil e torpe. Me vi pensando também sobre alguns conceitos psicanalíticos e na construção da ideia de desejo e na impossibilidade do cumprimento dele, a ideia do Isso e do Supereu ficou pairando durante a leitura. Gostei da construção, das divagações e angústias que nosso personagem principal formula a partir de sua duplicidade.
Joana Grigorio 31/01/2024minha estante
Como escreve bonito e difícil. Quero ser assim quando crescer


Marto 31/01/2024minha estante
Kkkkkk jurou




Rafael.Rovath 21/01/2024

O Duplo
O Duplo, de Fiódor Dostoiévski, não é uma leitura fácil. Demorei algum tempo para conseguir finalizar, mesmo não sendo um livro longo.

Neste ensaio começa o interesse do escritor russo pelas profundezas da mente humana, assunto que ele também fez uso em suas famosas obras da maturidade.

A forma experimental com que foi escrito, bastante inovadora para a época (1846), faz com que algumas passagens sejam angustiantes, desconexas até. Essa é mesmo a intenção: retratar uma mente perturbada, com uma personalidade cindida e que coloca o protagonista de frente para si mesmo, seu próprio duplo.

?O senhor Golyádikin reconhecera por completo seu amigo noturno. O amigo noturno era ele mesmo ? o próprio senhor Golyádikin, outro senhor Golyádikin, mas absolutamente igual a ele, era, em suma, aquilo que se chama o seu duplo, em todos os sentidos??

A @editora34 caprichou na edição, que tem ilustrações de Alfred Kubin e a tradução direta do russo feita por Paulo Bezerra - um dos mais competentes tradutores da obra de Dostoiévski.
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Alexandra 20/01/2024

O mito do duplo pelo melhor
Publicado em 1846, o livro traz o mito do duplo, tão explorado na literatura clássica e contemporânea. Almas gêmeas ou complementares? Dostoiévski nos brinda com uma escrita curta, densa e brilhante. Recomendo.
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Jardim de histórias 20/01/2024

Fiodor Dostoievski, um observador de si mesmo
Se te esqueres de mim
Não me esquecerei de ti;
Tudo é possível na vida,
Não esqueças tu de mim!

Uma verdadeira dicotomia, uma divisão do que se é e do que gostaria de ser. Assim Dostoievski nos entrega a sua segunda obra, um livro controverso e muito criticado devido a uma incompreensão dos críticos da época (Vissarion Belinski), não havia um entendimento sobre algo que abordasse tão profundamente um tema sobre o fluxo da consciência, com isso, personalidades como Belinski e Turgueniev, atribuíam a um esboço da própria personalidade de Dostoiévski, criticaram a obra classificando como enfadonha, pouco criativa e superficial. 

Sobre a obra;
Inicialmente, já se percebe o desejo inconsciente do personagem (Golyádkin) pela duplicidade, no que se refere a ser e aparentar ser, o que potencializa a ideia de necessidade de uma projeção social. Ingredientes fundamentais para uma trama sobre dupla personalidade com componentes imaginativos, etc. Só que é aí que entra a genialidade incompreendida de Dostoiévski, com a materialização inverossímil do Duplo. Sim, materialização da subconsciência, dando à trama a sensação de materialidade e qual é o sentido dinâmico que permeia esse conceito? Era através dessa materialização, a possibilidade de acesso coletivo, permitindo o olhar externo, fazendo com que o personagem (Golyádkin), pudesse se confrontar, ou se reconhecer em outra pessoa, enxergando o seu eu, para lidar com sua personalidade, subvertendo suas desvirtudes, facilitando a extração de valores, artimanhas do vasto universo mental.
Um tanto quanto complexo, fenomenal e nem um pouco explicativo e talvez o fato de Dostoiévski não ser um autor autoexplicativo tenha levado a crítica da época a classificar negativamente a obra em questão. O fato é que Dostoiévski é para quem acredita em Dostoiévski, sendo considerado um dos maiores autores da história mundial. 

Sobre a edição;
A edição da 34 coleção leste conta com a extraordinária tradução direta do russo por meio de Paulo Bezerra e também ilustrações, com aspectos fortes, violentos e viscerais, com nuances de esboços do expressionista Alfred Kubin, que dá um tom imersivo e que se funde com a atmosfera mental da obra. 

 
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Felipe Alado 19/01/2024

Foi bom? Mas não funcionou tanto pra mim!?
Em 'O Duplo', Dostoiévski explora os cantos sombrios da psique humana de forma magistral. Em alguns momentos a narrativa de torna até angustiante, afinal de contas, ao longo da leitura, vamos testemunhando o personagem principal perdendo quase que totalmente a sua lucidez.

Porém, parece que eu e o livro tivemos um desencontro literário, como se meu duplo preferisse outra história.? Em resumo, um 'match' que não aconteceu, mas fica aí a recomendação para quem aprecia mergulhar nas complexidades da mente humana, mesmo que eu tenha optado por um 'unmatch' nessa leitura.
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Vinicius.monteles 14/01/2024

Sobre o Duplo
12/01/2024
Sobre o duplo, é um livraço eu concordo, nós faz muito questionamento, sobre o que somos pra sociedade, qual é nosso lugar, e o que desejamos ser, mas não conseguimos, ou como agente quer ser, só que não somos, não temos essa facilidade, quemos ser alguém há mais, porém muitas vezes somos muito limitados, não saímos do lugar, nós falta um impulso, e acabamos por nos iludir, por falta de coragem, e nós imaginamos em senarios hipotéticos, oposto a nós, em uma versão que agente queira ser mas não somos, uma versão oposta a nós mesmo, melhor e sem nossas limitações, que nós mesmo criamos ou achamos que temos.

Nota 7/10, apesar de ser um livro muito bem escrito, ele é muito chato e difícil de ler, eu tinha que reler muitos parágrafos pra tentar entender algo do que se passavam, e muito vezes era só os pensamentos do personagem e seus delírios, páginas e páginas de enrolação e nada de um diálogo, e quando tinha era bem pouco, tiveram poucos momentos realmente prazeroso de ler, mas não é um livro ruim ao todo, mas é bem chato e cansativo as vezes.
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Beatriz.Alves 12/01/2024

O duplo- Dostoiévski
Quem sou eu pra pôr defeito em Dostoievsky? Sou leitora e é isso. Já li outros dele e amei, incluindo,"Crime e castigo",mas odiei "O duplo" com todas as forças. Eu deveria reler para saber o que deixei passar e que não me permitiu conectar com o texto. Porém,se isso acontecer, será em outra encarnação. É uma pena!
Vinicius.monteles 14/01/2024minha estante
Concordo plenamente, essa leitura me deixou na exaustão, que livro chato e cansativo, sofrível de mais, agente que eu ia terminar ele bem antes do esperado, pois bem, não foi assim.


Beatriz.Alves 16/01/2024minha estante
Que bom encontrar alguém que pensa como eu. Já estava me sentindo culpada.




Vanessa 08/01/2024

Complexo e confuso, mas muito bom.
É um livro desconfortável e que exige uma capacidade interpretativa bem alta. Dostoiévski consegue apresentar com maestria o adoecimento psíquico do protagonista ao longo dessa narrativa e, por ter a visão de um personagem doente e em surto, pode acontecer do leitor ficar confuso com os acontecimentos e fatos narrados. Vale a pena insistir nessa leitura, é sem dúvidas enriquecedora.
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