Luciana Mara 21/05/2011Holly perdeu a mãe na última primavera e agora morava sozinha com o pai, Jeff.
Sua companhia constante (sem ser o cachorro Harry) era Nils, o vizinho e colega de classe. Eles eram amigos há seis anos e nas horas vagas dividiam O Barraco, um cômodo entre as duas casas onde ouviam música, liam e acampavam quando um dos dois estava com problemas.
E problema era como se resumia a vida sentimental de Holly, ou mais especificadamente, problema era sinônimo de Paul. Paul era um cara boa pinta e popular que seduziu Holly. Mas enquanto ela se envolveu emocionalmente, ele só queria usá-la. O relacionamento deles devia ser mantido em sigilo total porque Paul tinha namorada, Saskia (como de praxe a garota mais simpática, popular, bonita e blá-blá-blá da escola). Ele dizia que o irmão de Saskia era doente, que a irmã sofria muito e por isso não podia largá-la e consequentemente magoá-la.
Holly sofria com este relacionamento secreto de mão única, até que algo inesperado acontece: ela se aproxima e se torna amiga de ninguém menos que Saskia.
Agora ela tinha que terminar tudo com Paul, mas ele não queria perder sua peguete com benefícios. Holly estava nas mãos dele que ameaçava contar tudo para a namorada. Neste chove não molha os dois acabavam ficando juntos mais vezes, fazendo Hols sofrer cada dia mais.
Nisto ainda tem uma ida ao médium para ter notícias da mãe, um professor de teatro que já namorou com a mãe de Holly e de quem ela quer saber tudo sobre o relacionamento, e Nils, o amigo fofo que fica pulando de galho em galho, mas com quem Holly é super grudada.
Assim, ao mesmo tempo que Holly não consegue sair do relacionamento com Paul, ela descobre que há algo mais em sua amizade com Nils, algo inesperado.
Mas como driblar o chantagista da história? O que acontecerá com a vida sentimental de Holly? Com quem ela ficará? E Saskia saberá de tudo?
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5 quilômetros de espaçamento entre linhas e letras de Itu. Este é um daqueles livros para se ler numa sentada.
Então, eu esperava uma história fofa, um romance daqueles cativantes e emocionantes. Que engano! Me deparei com lamentações e traições por todos os lados. Em algum momento, senti até mesmo um clima pesado, sentimentos ruins, mas depois que se lê Bubble Gum, a história tem que ser muito, muito, muito pesada para eu classificá-la como tal.
Pela sinopse, eu esperava que o Jeff fosse um pai super amargurado, que ficasse remoendo a morte da esposa o tempo inteiro e esquecesse a filha, mas não isso acontece. Ele é super amoroso e confesso que foi um dos personagens que mais gostei na história.
E uma coisa eu queria gritar o tempo inteiro: ‘HOLLY, CONTA DO RELACIONAMENTO COM O PAUL PARA O NILS! A RELAÇÃO DE VOCÊS É SUPER DOENTIA E O NILS VAI TE SACUDIR PARA VOCÊ CAIR FORA!!!’. Pronto! Isto tava entalado.
E os capítulos que pulam de uma cena para outra? Começam do nada, sem ligação com o capítulo anterior. Senti a mesma sensação de quando vi o filme Crepúsculo. As cenas eram jogadas, sem uma ligação clara entre elas (estou preparada para as pedradas).
Também acho que algumas vertentes da história como a do médium e a do professor ficaram perdidas, eram totalmente desnecessárias.
E o final? Juro que até a última linha eu esperava que algo mudasse, mas não. O final não foi clichê, mas foi feio.
E de positivo, hã, deixe-me pensar...
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... acho que só a capa.
Mais em: http://toclivros.blogspot.com/2011/05/58-ninguem-como-voce-lauren-strasnick.html