Sô 13/01/2016Se não fosse do Steinbeck eu não sei se teria lido esse livro. Depois de ler East of Eden e me apaixonado com o seu estilo, fui correr atrás de suas outras obras. Como essa é super curtinha e tem menos de 100 páginas, optei por começar por essa.
Tem aquele estilo de narrativa do Steinbeck, ou seja, MUITAS descrições da natureza e MUITO simbolismo. Não sou lá muito fã de ler descrições de areia, flor, árvore e etc, mas entendo a sua importância para nos inserir na história. Já o simbolismo eu adoro!
É uma parábola que nos vai contar a história de Kino, um pescador que possui somente um barco como bem material e que o usa para prover o sustento da família. Ele possui um filho, Coyotito, que logo no início é picado por um escorpião e no desespero, Kino o leva até a cidade a procura do médico para lhe ajudar. Esse médico é um ser desprezível que não faz nada de graça, principalmente para os índios, e por isso se recusa a atender Coyotito.
Assim como outros pescadores locais, ele vive da venda de pérolas e frustrado com a recusa do médico, entra no mar em busca de alguma para que possa vender e reverter em dinheiro para salvar seu filho. Para a sua surpresa ele acha a pérola das pérolas. Enorme e rara. Logo começa a imaginar que será a solução para os seus problemas. Imagina-se casando na igreja com a sua mulher Juana, batizando seu filho e dando uma educação digna a ele.
O problema começa quando as pessoas descobrem o que ele tem em mãos. Será alvo de inveja e ele terá uma dificuldade enorme em vender essa pérola sem ser passado para trás e mais ainda em guardá-la de forma segura.
A pérola também acaba deixando ele cego de ganância e sofrerá um choque de realidade da pior maneira possível no final. Triste demais.