A Perfect Peace

A Perfect Peace Amós Oz




Resenhas - Uma Certa Paz


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Roberta 21/08/2021

Em busca de si mesmo...
Gostei demais desse livro, porém não o indico para qualquer pessoa. É preciso saber degustar uma leitura sem muitas voltas e reviravoltas. Aqui fala-se da alma das personagens, da vida particular de cada um, muitas vezes sofrida, pesada e ambivalente. Essa obra tem muito a ver comigo. Amós Oz é um querido!
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Ludmila 16/08/2021

Para aprender e sentir sobre Israel!
Amoz Os, nobel de Literatura pelo conjunto da obra, me apresentou um pouquinho de Israel.
"Uma certa paz" traz a vida em um kibutz, comunidades baseadas na agricultura e no trabalho coletivo e igualitário criadas em Israel por judeus retornados da diáspora.

Embora contextualizado nos anos 1960 e um ambiente específico posterior à formação do Estado de Israel, Amóz traz adicionalmente vários questões atemporais sobre a condição humana.

Definitivamente quero ler mais títulos do autor!!
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Nayara356 25/07/2021

Uma certa paz é um livro que para mim se trata das relações humanas e sobre os conflitos vivenciados pelos judeus, mas principalmente dos conflitos interiores e coletivos dos seres humanos.
O que mais me chamou a atenção foi o desenvolvimento sobre os relacionamentos humanos desenvolvidos no Kibutz, que é uma espécie de comunidade tradicional fechada, com suas próprias regras, estrutura, organização que está atrelada ao princípio de coletividade, todos por todos, o seu problema é o meu problema, portanto, individualidade é algo quase inexiste nessa comunidade. E é nesse ponto, que um dos personagens centrais se atenta. Ionatan quer ser livre, dono de si mesmo, fazer o que quer, quando quer, sem ter que dividir nada, ele anseia por solidão, por se sentir parte de uma engrenagem e não dono de sua própria vida e é sobre esse desejo que ele sai do Kibutz numa noite de primavera.
Em contra partida, temos Azaria, um estrangeiro que deseja essa coletividade, esse modo comunitário de viver, sem solidão e sem individualidade, ele anseia por ser aceito no Kibutz, por isso, faz de tudo para agradar porque alega que sempre foi sozinho e que quer fazer parte de algo. Além desses personagens, temos outros que vão mostrando como é a vida no Kibutz, principalmente em relação as tarefas e as interações.
Ionatan é casado com Rimona, que me parece ter depressão pós parto, mas, ninguém se atenta para o fato. O casal perde dois filhos, entre eles, uma menina que nasce morta, cuja a morte assombra tanto Rimona quanto Ionatan que ao longo da narrativa mostra a mudança em Rimona até que Azaria chega e eles vão viver um triangulo amoroso. Fato que gera um nova gravidez e Rimona não sabe quem é o pai. Após o nascimento da menina, Rimona afunda em sua depressão, ficando indiferente a realidade.
Ionatan deixa o Kibutz por um tempo na tentativa de se encontrar, de se perdoar, de viver por si mesmo, em uma jornada de autoconhecimento, mas no fim, volta para o Kibutz e acompanha o nascimento da possível filha. Quando está fora, em uma noite de esclarecimento ele reconhece sua tristeza e sua possível culpa pela morte da filha e parece se perdoar, o que o alivia e faz com que ele volte.
Seus pais tem uma relação complicada, de acusações, magoas, palavras não ditas durante uma vida inteira. Há uma delicadeza na descrição do casal, na verdade, de todos os casais que compõem o Kibutz, e o que mais chama a atenção é o silêncio e a falta de diálogo que se instaura ao longo dos anos nas relações amorosas. As pessoas vão perdendo algo que antes as unia, parece que o tempo corrói as relações, rouba algo e os casais vão se afastando emocionalmente, e isso é mostrado com maestria e justifica muito da questão tradicional dos relacionamentos. Portanto, há uma exposição do ideal tradicional-coletivo e do moderno-individual.
Enfim, é um livro extraordinário, que proporciona muitas reflexões, mas de escrita complexa, que exige atenção e um certo nível de leitura.

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miguel 30/08/2012

Um certo soninho
Da forma e do conteúdo eu gostei mesmo da primeira.
É uma história mansa demais, com poucos momentos interessantes - para os que gostam de ler sobre algo que acontece, alguma ação - mas esplendidamente bem contada.
É um grande drama psicológico sobre a infelicidade e a noção de realização, mas eu mesmo não sou um grande fã do gênero.
Para quem quiser conhecer o modo de vida dos primeiros kibutzin, é uma referência super densa.

Pra mim acabou valendo pelo estilo do escritor, e eu vou insistir, talvez com "A caixa preta".

Eduardo 17/02/2015minha estante
Tem razão, tive a mesma impressão. Após 3 meses de curtas e intermitentes seções de leitura, à frequência dos momentos de tédio, ontem virei a última página. Mas fiz isso com um pouco de pesar em deixar Ionatan e Srulik pra trás. O livro me deixou com uma pergunta vital, proposta por Srulik, rescendendo na mente, acho que isso é sintomático de que pra mim também deve valer a pena continuar insistindo em Amós Oz.




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