Oljo 22/06/2023
Descobrindo a verdade...
Dante com sua mente terrena e agora guiada pelas experiências do inferno e do purgatório pergunta as almas da Lua se não estão insatisfeitas por estarem no círculo mais afastado de Deus ao que é respondido que os círculos ali não tem mais nenhuma hierarquia. Aos olhos de Deus todos aqueles círculos são de igual valor. Eles podem, inclusive, transitar entre si.
O oitavo céu, céus das estrelas fixas, é onde as estrelas têm a configuração que vemos no "nosso" céu. Passa-se pelas constelações de gêmeos (sob a qual Dante nasceu) e a de touro. Aqui é mostrado também que os florentinos contavam os anos da era cristã desde o dia em que o anjo saudara Maria com um Ave.
Uma crítica bastante fomentada nessa história é a de que há uma adoração a imagem de São João Batista (mas a que está gravada no florim de ouro) bem como a de Cristo, que todos veneram a imagem, mas pouquissimos seguem a história. Além de uma cutucada na igreja que um dia foi videira e hoje é espinho (o livro é medieval, mas é contemporâneo).
Entrando nesse mérito de apontar dedos, vou me permitir também uma cutucada em Dante, que coloca Beatrice na mesma redoma (rosa) que a Virgem Maria e Ruth (descedência de Jesus Cristo), achei muito audacioso viu senhor Dante, e ri muito da falta de noção.
Por fim, encerro o livro que demorei uma era para terminar, considerando o Paraíso o melhor deles, pois termina a história de maneira sublime: Dante alcançando o objetivo de toda aquela jornada que é se livrar do apego terreno para conseguir conhecer Deus. E ele o vê em sua natureza trina e una. E ao chegar a Deus, Dante chega ao Amor, mesmo sentindo o que sentia por Beatrice, Dante ainda não conhecia o verdadeiro Amor, que é o de Deus.
Portanto, ele assim entende que é essa a força governadora de todo Sol e toda estrela. É a força pelo qual devemos nos guiar e viver. E é assim que ele lindamente encerra sua Divina Comédia.