Alane.Sthefany 17/09/2022
A Felicidade, Desesperadamente - André Comte-Sponville
Apenas um livro razoável, nada de inovador, recomendaria somente para às pessoas quem gostam de ler algo de filosofia de vez em quando.
Trechos Preferidos ?????
"Todos os homens procuram ser felizes; isso não tem exceção... É esse o motivo de todas as ações de todos os homens, inclusive dos que vão se enforcar..."
A filosofia é uma atividade que, por discursos e raciocínios, nos proporciona uma vida feliz. O que é a filosofia? Para dizê-lo com palavras que sejam minhas (mas vocês verão que minha definição está calcada na de Epicuro), responderei: a filosofia é uma prática discursiva (ela procede "por discursos e raciocínios") que tem a vida por objeto, a razão por meio e a felicidade por fim. Trata-se de pensar melhor para viver melhor.
Mais vale uma verdadeira tristeza do que uma falsa alegria.
Do meu ponto de vista, só é verdadeiramente filósofo quem ama a felicidade, como todo o mundo, mas ama mais ainda a verdade - só é filósofo quem prefere uma verdadeira tristeza a uma falsa alegria.
Se não somos felizes, nem sempre é porque tudo vai mal. Também acontece, e com maior frequência, não sermos felizes quando tudo vai mais ou menos bem, pelo menos para nós. Penso em todos os momentos em que nos dizemos "tenho tudo para ser feliz". Só que, como vocês notaram tão bem quanto eu, não basta ter tudo para ser feliz... para sê-lo de fato. O que nos falta para ser feliz, quando temos tudo para ser e não somos? Falta-nos a sabedoria.
Todo homem quer ser feliz, inclusive o que vai se enforcar. Se ele se enforca, é para escapar da infelicidade; e escapar da infelicidade ainda é se aproximar, pelo menos tanto quanto possível, de uma certa felicidade, nem que ela seja negativa ou o próprio nada... (Idéia de Pascal)
"O que não temos, o que não somos, o que nos falta,eis os objetos do desejo e do amor."
- Platão
"O homem é fundamentalmente desejo de ser" e "o desejo é falta"
- Sartre
Na medida em que Platão tem razão, ou na medida em que somos platônicos (mas no sentido de um platonismo espontâneo), na medida em que desejamos o que nos falta, é impossível sermos felizes. Por quê? Porque o desejo é falta, e porque a falta é um sofrimento. Como você pode querer ser feliz se lhe falta, precisamente, aquilo que você deseja?
Se o desejo é falta, só desejamos, por definição, o que não temos. Ora, se só desejamos o que não temos, nunca temos o que desejamos, logo nunca somos felizes.
Não que o desejo nunca seja satisfeito, a vida não é tão difícil assim. Mas é que, assim que um desejo é satisfeito, já não há falta, logo já não há desejo.
Assim que um desejo é satisfeito, ele se abole como desejo: "O prazer", escreverá Sartre, "é a morte e o fracasso do desejo."
"Giramos sempre no mesmo círculo sem poder sair... Enquanto o objeto de nossos desejos permanece distante, ele nos parece superior a todo o resto; se ele é nosso, passamos a desejar outra coisa, e a mesma sede da vida nos mantém em permanente tensão..."
- Schopenhauer
A criança fica mais nervosa, rabugenta, contrariada, como que descontente. Os pais por sua vez se irritam: "O que foi? Não está contente?
Não era o que você queria?" A criança responde: "Sim, é exatamente o que eu queria..." E então? Como não leu Platão, a criança na verdade não sabe responder. Mas, se tivesse lido, diria aos pais: "O que estou compreendendo, sabe, é que é muito fácil desejar o brinquedo que não tenho, o que me falta, e pensar que eu seria feliz se o tivesse... Mas que é muito mais difícil desejar o brinquedo que eu tenho, o que já não me falta!
No fundo, é o que Platão explica: o desejo é falta. O brinquedo que você me deu já não me faz falta, pois eu o tenho, e portanto eu já não o desejo...
O segundo exemplo é mais grave: é o exemplo do desemprego. Todos compreendem que o desemprego é uma desgraça, e ninguém se espantaria se um desempregado lhe dissesse: "Como eu seria feliz se arranjasse trabalho!" O desemprego é uma infelicidade. Mas onde já se viu o trabalho ser uma felicidade? Quando você está desempregado, principalmente se o desemprego dura muito, você pensa: "Como eu seria feliz se tivesse um trabalho!" Mas isso só vale para quem não tem. Para o desempregado, o trabalho poderia ser uma felicidade; mas, quando você tem um trabalho, o trabalho não é uma felicidade: o trabalho é um trabalho.
Terceiro exemplo, o mais trágico dos quatro. É um exemplo pessoal, mas não no sentido de que eu tenha vivido a tragédia. É uma lembrança da infância, e sem dúvida a primeira ideia filosófica que tive - uma ideia bem ingênua, como convém a uma primeira ideia. Eu devia ter sete ou oito anos.
Vejo um cego. Já tinha visto outros antes, mas entendo pela primeira vez o que é ser cego, o que isso significa. Faço como fazem as crianças: fecho os olhos alguns segundos, caminho às cegas, parece-me atroz... Digo comigo
mesmo: "Se esse cego recuperasse a visão, ele seria loucamente feliz, simplesmente por enxergar! E eu, que não sou cego", comentava cá com meus botões, "devia ser loucamente feliz por enxergar!" E eu achava - é a ideia ingênua que evoquei - ter descoberto o segredo da felicidade: eu seria doravante perpetuamente feliz, já que a visão não me faltava, já que eu via!
Tentei... Não funcionou. Porque, tão certamente quanto ser cego é uma infelicidade, o fato de enxergar nunca bastou para fazer a felicidade de quem quer que seja. Todo o trágico da nossa condição se resume nisto: a visão só pode fazer a felicidade de um cego. Ora, ela não faz sua felicidade, já que ele é cego e a visão lhe falta; e não faz a nossa, porque enxergamos e, por conseguinte, a visão não nos falta. Não há visão feliz, em todo caso não há visão que baste à felicidade.
Já não é sofrimento, uma vez que já não há falta. Não é felicidade, uma vez que já não há desejo.
Você pensava: "Como eu seria feliz se..." E ora o se não se realiza, e você é infeliz; ora ele se realiza, e você nem por isso é feliz: você se entedia ou deseja outra coisa. Donde a frase que eu anunciava e que resume tão tristemente o essencial: " A vida oscila pois, como um pêndulo, da direita para a esquerda, do sofrimento ao tédio. " Sofrimento porque eu desejo o que não tenho e porque sofro com essa falta; tédio porque tenho o que, por conseguinte, já não desejo.
"Há duas catástrofes na existência", dizia George Bernard Shaw: "a primeira é quando nossos desejos não são satisfeitos; a segunda é quando são."
Frustração ou decepção. Sofrimento ou tédio. Inanição ou inanidade. É o mundo do Eclesiastes: tudo é vaidade e correr atrás do vento.
Pascal explica que jamais vivemos para o presente: vivemos um pouco para o passado, explica ele, e principalmente muito, muito, para o futuro. O fragmento termina da seguinte maneira: " Assim, nunca vivemos, esperamos viver; e, dispondo-nos sempre a ser felizes, é inevitável que nunca o sejamos."
"O mundo está tão inquieto que quase nunca pensamos no presente e no instante em que vivemos; mas no que viveremos. De sorte que estamos sempre no estado de viver no futuro, e nunca de viver agora.?
?Esperamos que nossa espera não sofra uma decepção nesta ocasião como na outra; e, assim, como o presente nunca nos satisfaz, a experiência nos logra, e de infelicidade em infelicidade nos leva até a morte, que é sua culminância eterna.?
O mesmo Pascal que explica tão bem que, "dispondo-nos sempre a ser felizes, é inevitável que nunca o sejamos", é o que escreve em outro fragmento dos Pensamentos: "Só há bem nesta vida na esperança de outra vida."
Ai do corredor que só deseja as passadas por vir, não as que ele dá, do militante que só deseja a vitória, não o combate, do amante que só deseja o orgasmo, não o amor! ...
A esperança se refere na maioria das vezes ao futuro: porque o futuro, na maioria das vezes, é desconhecido. Se for conhecido, já não será objeto de uma esperança.
A esperança e o conhecimento nunca se encontram, em todo caso nunca têm o mesmo objeto: nunca esperamos o que sabemos; nunca conhecemos o que esperamos.
É isso que distingue a esperança da vontade: uma esperança é um desejo cuja satisfação não depende de nós,
como diziam os estóicos - diferentemente da vontade, a qual, ao contrário, é um desejo cuja satisfação depende de nós.
Se alguém lhe disser " Quero que faça um dia bonito amanhã", você poderá responder: "Você, pode dizer 'quero', mas a verdade é que você espera, porque não depende de você." E ao colegial que diz " Quero passar no exame de bacharelado": "Tem razão de fazer tudo para passar; mas você pode ficar doente ou pegar um corretor louco na sua prova... A verdade é que você espera passar no exame!" "Muito bem", responde o colegial, "eu espero me preparar seriamente." "Não, porque desta vez depende apenas de você: não se trata mais de esperar, trata-se de querer!"
Só esperamos o que somos incapazes de fazer, o que não depende de nós.
Quando podemos fazer, não cabe mais esperar, trata-se de querer.
Os estóicos consideravam a esperança uma paixão, e não uma virtude; uma fraqueza, e não uma força. Se o sábio só deseja o que depende dele (suas volições) ou o que ele conhece (o real), por que precisa esperar?
É a imensa lição estóica: Sempre queremos o que fazemos, sempre fazemos o que queremos
"Quando você desaprender de esperar, eu o ensinarei a querer." Em outras palavras, a agir, já que querer e fazer são uma só e mesma coisa.
Considerem por exemplo a política. É muito bonito esperar a justiça, a paz, a liberdade, em todo caso não é condenável. Mas não é suficiente: falta agir por elas, o que já não é uma esperança, mas uma vontade. É a diferença que havia, durante a Ocupação, entre os resistentes, que queriam a derrota do nazismo, e os milhões de boas almas que se contentavam com esperá-la... É melhor do que ter sido colaboracionista (é melhor não fazer nada do que fazer o mal); mas, se todos os democratas tivessem se contentado com esperar, o nazismo teria vencido a guerra. Não é a esperança que faz os heróis: é a coragem e a vontade.
O que sabemos é que a felicidade é desesperadora.
Como diziam os estóicos, se você quer avançar, precisa saber aonde vai (...)
"A esperança não passa de um charlatão que nos engana sem cessar; e, para mim, a felicidade só começou quando eu a perdi."
Chamfort prossegue: "Eu colocaria de bom grado na porta do paraíso o verso que Dante colocou na do inferno: Abandonai toda esperança, vós que entrais! "
No inferno, é praticamente impossível não esperar. Ao contrário, é o bem-aventurado, em seu paraíso, que não pode esperar mais nada - pois tem tudo. Santo Agostinho e São Tomás escreveram isso explicitamente: no Reino, já não haverá esperança, pois não haverá mais nada a esperar; já não haverá fé, pois conheceremos Deus; não haverá mais que a verdade e o amor.
"Só é feliz quem perdeu toda esperança; porque a esperança é a maior tortura, que há, e o desespero, a maior felicidade."
Se ultrapassamos o limite do desespero, abre-se então diante de nós uma planície serena, diria até jubilosa."
"Nada desejo do passado. Já não conto com o futuro. O presente me basta.
Sou um homem feliz porque renunciei à felicidade."
Renunciar à felicidade? É a única maneira de viver: parando de esperar!
Em suma, a ideia central do meu tratado era de que o desespero e a beatitude podem e devem andar juntos - de que só teremos felicidade à proporção do desespero que formos capazes de suportar, de habitar, de atravessar. Esse desespero não é o cúmulo da tristeza, não é o desespero do suicida (se ele se suicida é que espera morrer), é antes o gaio desespero de quem não tem nada mais a esperar porque tem tudo, porque o presente lhe basta ou o sacia. É o desespero no sentido em que Gide dizia lindamente: " Eu gostaria de morrer totalmente desesperado." Isso não significava que ele quisesse morrer na tristeza, mas que queria morrer num estado em que não houvesse mais nada a esperar, que seria a única maneira, de fato, de morrer feliz.
"Amar é regozijar-se" ou, mais exatamente (já que é necessária a idéia de uma causa), regozijar-se com. Um exemplo? Imagine que alguém lhe diga esta noite, daqui a pouco: "Fico contente com a idéia de que você existe."
Ou então: "Há uma grande alegria em mim; e a causa da minha alegria é a idéia de que você existe." Ou ainda, mais simplesmente: "Quando penso que você existe, fico contente..." Você vai considerar isso uma declaração de amor, e evidentemente com razão. Mas terá também muita sorte.
Primeiro porque é uma declaração spinozista de amor
Depois, e principalmente, porque é uma declaração de amor que não lhe pede nada. E isso é simplesmente excepcional. Vocês irão objetar: "Mas, quando alguém diz 'Euteamo', também não está pedindo nada..." Está sim.
E não apenas que o outro responda "eu também". Ou antes, tudo depende de que tipo de amor se declara. Se o amor que você declara é falta (como em Platão), quando você diz " Eu te amo", isso significa
" Você me falta" e portanto " Eu te quero"
"Eu te amo: quero que você seja minha." Ao passo que dizer " Estou contente com a idéia de que você existe" não é pedir absolutamente nada: é manifestar uma alegria, em outras palavras um amor, que, é claro, pode ser acompanhado de um desejo de união ou de posse, mas que não poderia ser reduzido a ele
Imaginem, senhoras (pois é nesse sentido que a coisa costuma acontecer, mas se as senhoras quiserem inverter os papéis não sou eu que vou me opor), imaginem que um homem aborde as senhoras na rua, esta noite ou amanhã, dizendo: "Senhora, senhorita, estou feliz com a idéia de que você existe!" Como não se pode excluir que ele tenha tirado essa idéia desta minha conferência, eu preciso lhes dar alguns elementos de resposta, com os quais farão o que quiserem... O que poderiam lhe responder? Isto, por exemplo:
"- Caro senhor, agrada-me muito saber disso. Está feliz com a idéia de que existo; ora, como está vendo, eu existo mesmo, logo vai tudo bem. Boa noite!"
Ele sem dúvida vai tentar retê-la:
"- Espere, não vá embora: quero que você seja minha!
- Ah, agora, meu caro senhor, a coisa muda. Releia Spinoza: 'O amor é uma alegria que a idéia da sua causa acompanha.' Concorda?
- Sim...
- Nesse caso, o que é que o deixa contente? Será que o que o deixa contente é a idéia de que existo, como entendi primeiro? Nesse caso, concedo-lhe que você me ama, alegro-me e lhe dou boa-noite. Ou será que o que o deixa feliz é a idéia de que eu lhe pertença, como temo ter compreendido agora? Nesse caso, o que você ama não sou eu, é a posse de mim, o que significa, caro senhor, que você só ama a você mesmo. E isso não me interessa nem um pouco!"
Vocês sem dúvida o deixarão desnorteado. Ele vai gaguejar, engasgar, replicar por exemplo:
"- Não sei... Estou apaixonado, ora bolas!
- É exatamente o que estou tentando lhe explicar! Você está apaixonado, você está em Platão, você só deseja o que não tem: eu lhe falto, você quer me possuir. Mas imagine que eu satisfaça suas investidas... De tanto ser sua, de estar presente todas as noites, todas as manhãs, necessariamente vou lhe faltar cada vez menos, por fim menos que outra ou menos que a solidão. Vivemos o bastante, você e eu, para saber como isso acaba... Quer mesmo que recomecemos essa história, mais uma vez? A mim, não interessa mais... A não ser... A não ser que você seja capaz de amar de outro modo, de ser spinozista, às vezes pelo menos, ou de viver um pouco em Spinoza, quero dizer, amar o que não lhe falta, regozijar-se com o que é.
Nesse caso, poderia me interessar. Pense nisso. Aqui tem o meu telefone."
Não há amor feliz, nem felicidade sem amor. Não há amor feliz, enquanto falta ao amor seu objeto. Não há felicidade sem amor, enquanto a felicidade se regozija.
Há uma coisa que a falta não explica, que o platonismo não explica: que existam casais felizes às vezes, que haja um amor que não seja de falta mas de alegria, que não seja de frustração, mas de prazer, que não seja de tédio mas de carinho, que não seja de ilusão mas de verdade, de intimidade, de confiança, de desejo, de sensualidade, de gratidão, de humor, de felicidade... " Eu te amo", eles se dizem: " sou tão feliz por vocêexistir, feliz por você me amar, feliz por compartilhar sua cama, suafelicidade, sua vida." Todo casal feliz é uma recusa do platonismo. Para mim, é um motivo a mais para gostar dos casais, quando são felizes, e desconfiar do platonismo.
Minha idéia é de que o tempo é - e é apenas - o presente.
Nas Confissões, por exemplo, Santo Agostinho explica que o tempo, numa primeira aproximação, é a sucessão do passado, do presente e do futuro.
Mas o passado não é, observa Santo Agostinho, uma vez que já não é; o futuro não é, uma vez que ainda não é. Logo, só resta o presente... Mas, se o presente permanecesse presente, não seria o tempo: seria a eternidade.
"De modo que o que nos autoriza a afirmar que o tempo existe é o fato de que ele tende a não mais existir", conclui Santo Agostinho
Somente o presente nos é dado. Mas nesse presente podemos viver certa relação com o passado, uma relação presente com o que já não é presente: a memória. Nesse presente, podemos viver uma relação atual com o futuro: é o que se chama, conforme os casos, esperança, vontade, projeto, programa, intenção...
Há coisas referentes ao futuro que podemos conhecer. Dois dias atrás eu sabia que estaria aqui hoje; hoje sei, ao menos em parte, o que farei amanhã ou depois de amanhã... No que depende de nós, há projetos, programas, intenções. No que não depende, pode haver previsões racionais.
É onde Jesus e Spinoza estão mais próximos: não é o valor do objeto amado que governa ou justifica o amor; é o amor que dá valor a seu objeto. Não é por sermos infinitamente amáveis que Deus, no cristianismo, nos ama infinitamente; é porque Deus nos ama que somos amáveis.
Esta anedota, que encontramos nos textos budistas: um dia, alguém vai ter com Buda e lhe pergunta:
"Mestre, como é que seus discípulos, que são tão pobres, que vemos sempre mendigar alguns grãos de arroz, como é que eles são tão alegres?"
Buda responde simplesmente: "Eles não lamentam nada do passado, não esperam nada do futuro, é por isso que são tão alegres."
Impressiona-me certa convergência entre essas sabedorias: trata-se sempre de viver no presente (não no instante, mas no presente), trata-se de parar de se ludibriar, parar de fingir, parar de esperar, trata-se de aprender a viver de verdade em vez de esperar viver.
Se Deus não existe, há algo de desesperador na condição humana, já que vamos morrer, já que todos os que amamos vão morrer.
(Pascal)