Su 22/10/2019
Preciso admitir que o motivo de ter me interessado por esse livro foi a beleza da sua capa.
Livros de ficção com teor evangélico não são, exatamente, aqueles que me interessam, mas esse me intrigou pela sua sinopse.
Angelina está prestes a ver sua vida ser completamente mudada. Por ter sido criada como filha única até os seus quinze anos, foi excessivamente mimada por seus pais. Agora com dezoito anos, está arrumando a mala para uma nova fase na sua vida. Ela irá começar a faculdade em outra cidade e, devido a distância, terá que morar em uma república.
Na viagem para o Rio de Janeiro, é inevitável que seus pais não falem sobre a chance de ela se envolver com alguém na faculdade, ainda mais por ser cristã. No entanto, ela prontamente afirma que não está interessada em relacionamentos amorosos durante o período de faculdade.
Ao chegarem na república, seus pais logo se despedem, antes que decidam levá-la de volta para sua cidade. Na primeira noite em seu novo dormitório, Angelina decide ler algumas passagens da Bíblia e se surpreende por todas elas se relacionarem com a necessidade de se ter cuidado para não cair.
Essa foi uma leitura bem rápida e agradável. Apesar do livro girar em torno da temática cristã, a autora acertou na mão. Além disso, a forma que ela abordou o relacionamento de Angelina com Deus me pareceu bem verdadeira. No entanto, senti que as últimas páginas me incomodaram um pouco, talvez pela perfeição com que tudo acontece.
“Eu não estava acostumada a uma vida com tantas emoções. Parecia que estava vivendo
uma das histórias de um dos meus livros favoritos. Uma parte de mim dizia que aquilo tudo era tão... errado. Mas ao mesmo tempo, por que tudo isso estava acontecendo comigo? Não seria um “plano de Deus” que eu entrasse na vida do Rico para que ele pudesse conhecê-lo? Claro que eu não era nenhum exemplo de virtude, mas pelo menos vinha de uma família cristã, o que já devia me garantir algum pedacinho do céu, eu achava. Tinha que concordar que quando estava perto dele esquecia completamente que existia qualquer coisa além dele.”