Resenhas - A Bandeja

Fran 02/02/2016

Esse livro conta a história de Angelina, uma garota do interior do Rio de Janeiro que se muda pra capital aos 18 anos, para cursar Letras na Universidade Federal. Mesmo sendo criada na Igreja, e ter princípios cristãos, ela começa a se distanciar de Deus ao conhecer Rico. O professor mais velho e gato de Linguística I. Ao longo da história Angelina passa a ter sonhos que envolvem anjos, bandejas e animais ferozes. Ela leva um longo tempo para entender o que esses sonhos significam.
A história é repleta de passagens bem construídas, trechos bíblicos e dicas pra quem não quer se afastar de Deus. A história aponta diversas vezes, como muitas pessoas se perdem no caminho, por ignorarem os sinais óbvios da vida, e claro as orientações divinas.

Uma mensagem poderosa que falou muito ao meu coração!

Só para vocês ficarem com um gostinho, separei algumas frases e trechos e vou deixar aqui.

" - Felicidade e alegria... para mim era tudo a mesma coisa.
- Mas não é. - A voz de Carla foi firme - E o que sustenta uma vida saudável é a alegria, que é considerada uma unção de Deus. Um estado de espírito que só Ele pode dar. Momentos de felicidade você consegue com qualquer um, mas duram pouco. O problema é que muitas pessoas se contentam com migalhas." pág 102

" - Você já orou por isso?
Nem acreditei na pergunta. Não era o tipo de rumo que a conversa com Michele geralmente tomava.
- Sim hoje de manhã - revelei.
- Então, confie! Tenho visto Deus responder às minhas orações." pág 146

"começo a crer cada vez mais em como Deus pode ser real para nós se acreditarmos n'Ele. E estou bem motivada a "colocá-lO" a a par de outras áreas da minha vida" pág 147

"Deus nos concede uma nova página a cada dia, o que colocamos nela corre por nossa conta." pág 156

"Seu erro começou quando se isolou, se achando dona da verdade. Somos seres feitos para compartilhar, Angelina, e não para viver só" pág 167


O livro aborda o poder destrutivo ou construtivo das nossas escolhas. Aquilo que perdemos ao não contarmos com Deus no dia a dia. Uma leitura preciosa, que te ajuda a lembrar o quanto a comunhão diária, a leitura bíblica e a submissão a Deus pode te ajudar a resistir as tentações do adversário das nossas almas.

site: http://fransoonerorlater.blogspot.com.br/

Lê Golz 24/03/2015

"Qual pecado te seduz?"
"Qual pecado te seduz?"

Este mês acertei em cheio nas minhas leituras, e tenho amado todas até agora, o que é ótimo, é claro! Porém, mais uma missão difícil: resenhar um livro maravilhoso que acabei de ler! Como forma de controlar tudo que senti lendo este livro, vou escrever apenas minha opinião, já que a sinopse descreve muito da história, e do contrário, ela ficaria enorme!


" Depois, ele passou a fita ao redor dos meus pulsos e fez um laço. Eu ri. Não era novidade que eu era sua prisioneira." (p. 94)

A bandeja é uma publicação da Editora Arqueiro, e o primeiro livro da série Despertar. Mais uma obra nacional encantadora e bem escrita, que tive o prazer de ler. Ao pegar o livro, imaginei que se tratava apenas de um romance, mas estava enganada, é muito mais profundo que isso. A bandeja é uma obra inspiradora, que faz o leitor torcer, refletir, sentir raiva e devorar cada página.

Imagina a cena: eu conversando com o livro o tempo todo (totalmente normal). Angelina, com sua extrema ingenuidade, foi uma personagem que me agradou bastante, mas ao mesmo tempo, me irritou por vezes. Tudo que ela irá passar e as decisões que tomará são necessárias para seu amadurecimento e crescimento espiritual. Seus sonhos é a forma que Deus encontrou para conversar com ela, e mostrar os caminhos que ela estava seguindo, e, isso ficou claro para mim desde o começo. Com uma criação totalmente cristã, Angelina passa a desviar de seus ensinamentos, movida a tentações quando for estudar no Rio de Janeiro. E, Rico, apesar de ser um cafajeste, foi um personagem que me conquistou também, pois sentia que de alguma forma seus sentimentos eram verdadeiros, apesar de suas atitudes. Adorei acompanhar o amadurecimento de Angelina, e sua volta por cima. Personagens secundários irão surgir ao longo da trama, e confesso que todos eles me conquistaram.


"As paixões arrebatadoras dificilmente tem algo a ver com o amor verdadeiro e duradouro instituído por Deus. Esse sentimento enganoso, tão comumente confundido com amor, se vivido de forma errada, pode arrasar uma pessoa, e eu não daria o nome de amor a isso. O amor faz bem e não é algo destrutivo. É o maior dom de Deus." (p. 168)

A narrativa é feita em primeira pessoa, o que nos permite conhecer muito mais Angelina. A escrita da autora é extremamente fluída, o que torna a leitura ainda mais prazerosa, sem contar o seu conhecimento espiritual, que me tocou profundamente. Não tenho a menor dúvida de que vou querer ler outras obras da autora. Sobre a diagramação, como estamos falando de Editora Arqueiro, está impecável - com folhas amareladas, e letras em tamanho confortável, além da linda capa. A revisão também está ótima, e se continha erros, não notei.

Este livro fala de como Deus está sempre presente em nossas vidas, apesar de nossos erros, e a leitura não força ao leitor nenhuma religião, pelo contrário, trata o assunto com naturalidade, pois Deus é um só. A bandeja não possui apenas um teor religioso, mas trata também de como Angelina, uma moça de apenas dezoito anos, está sujeita a cometer erros comuns para essa idade, e cair em armadilhas. A autora também toca em assuntos como drogas, alcoolismo e sexo na juventude. O livro possui algumas cenas sensuais, mas nada exagerado.

Acredito que quando falamos que um livro tem algum teor religioso, é comum ouvirmos as pessoas dizerem que não curtem o gênero. Porém, como eu havia citado, Lycia aborda outros assuntos a trama, e não força nenhuma religião, tratando situações comuns da vida de uma adolescente, onde o foco é a fé e o poder de Deus em sua vida. O livro nos faz refletir também, de como somos atraídos pelo caminho que consideramos ser o mais fácil, e que na verdade, só nos trará uma felicidade passageira. Lycia agora está na minha lista de autores queridinhos, pois estou encantada com o livro, e a forma com que ela conduziu a história. A bandeja é um livro com inúmeras qualidades, que o fazem ser mais do que recomendado!

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2015/03/resenha-bandeja.html

Ana 01/10/2012

Excelente livro!
Meu lema quanto aos livros é: Não é gostar de ler, é adorar. E se eu não adorar, eu não termino de ler. Não foram poucas as vezes em minha vida que deixei um livro de lado antes da página 30 e prometendo nunca mais sequer chegar perto dele em toda minha vida! Porém quando me interesso por um, leio-o devagar. Degustando cada frase, decifrando a cena, desfrutando, enfim. O que não passou nem perto deste livro! Ele me fez viver um paradoxo. Adorei e devorei! Sim, isso mesmo. Simplesmente quando comecei a leitura, não consegui mais parar. As horas se passaram, foi escurecendo, o dia passando e eu ali, vidrada. Fazia tempo que isso não ocorria, confesso, a palavra que mais se aproxima de uma descrição aceitável para esse livro é: Magnífico! Minha avaliação para ele são as supermerecidas cinco estrelas.
Não foram poucas as vezes em que me peguei enxugando as lágrimas durante os “sobes e desces” da vida de Angelina. A autora foi indiscutivelmente brilhante na construção e narração desta linda história. A narração em 1ª pessoa foi espetacular, até me fez sentir com 18 anos de volta! Angelina é a filha mais velha de um casal cristão que tem mais o pequeno Vitor para completar a família. Sua jornada começa ao entrar para a faculdade de Letras na cidade do Rio de Janeiro, Angelina também almeja se tornar escritora (o que fez-me identificar com ela). Ela leva uma vida tranquila e está acostumada a ser a “boa garota”, o que a põe em contraste com sua colega de quarto (que segundo Angelina, costuma fumar a erva de satã, o que me arrancou algumas risadas) Michele.
Mas é logo no primeiro dia de aula que as coisas começam a mudar para ela. Angelina conhece o lindo, loiro e perfeito Alderico que para sua futura surpresa, descobriu ser seu professor! Sem muita experiência no campo amoroso, ela logo se vê vivendo numa paixonite platônica por Rico. Paixão essa que para sua alegria, descobre ser correspondida, não demora muito até que ambos se entregam à um romance avassalador e proibido, mas conhecido por todo o campus. Angelina se envolve demais e acaba se entregando completamente a esse amor, o que vai contra seus princípios cristãos. Mas seus princípios assim como sua família, estudos, amigos e a própria vida se tornam algo insignificante para Angelina.
Seu comportamento muda drasticamente nessa nova vida e nem mesmo os sonhos reveladores que lhe são enviados, afim de que não se afunde em sofrimento, são relevantes. O mundo e a vida agora se resumem em uma única palavra para ela: Rico. Mas como ninguém é perfeito, não demora muito para que ela descubra que seu “príncipe” tem um lado de sapo horroroso e mentiroso. Durante as férias Angelina descobre que quase tudo que ouvira dele era mentira. Rico vive em um relacionamento por interesse com uma linda e rica mulher. O que atira Angelina numa profunda depressão, algo que a empurra de volta para seus valores e princípios (pelo menos por algum tempo). Assim que ele retorna e depois de uma briga muito séria, Angelina decide perdoá-lo e dar-lhe outra chance. O que fez apenas para logo depois sofrer mais uma decepção; Rico a traíra mais uma vez! Desta vez com o coração despedaçado, ela não vê mais nenhuma esperança e deseja até mesmo a morte.
Mas é claro que mesmo no túnel mais escuro há uma saída. E a providência em socorro vem por meio de um e-mail pessoal para sua melhor amiga Natasha, interceptado por seu irmão, Dante. Que toma a decisão de ajudar Angelina mesmo sem ela ter pedido a sua ajuda, ele larga tudo na Inglaterra e volta para o Brasil. Ele é sem dúvida uma pessoa maravilhosa que com sua amizade e carinho consegue ajudá-la a curar as feridas em sua alma e voltar para sua fé. Aliás, esse é o ponto: a fé! Como cristã é lógico, claro, óbvio, evidente que me encheu de alegria ao ver versículos bíblicos espalhados por muitas partes do livro.
A autora foi brilhante em sua descrição do que é comunidade jovem cristã (vista com certo preconceito por muitas pessoas =P), cheia de vida, alegre, pronta em ajudar e nula para julgar. E é um grupo missionário em missão na faculdade que Angelina se recupera em meio a novos amigos e um doce, tranquilo e inesperado amor. Tudo isso depois de até mesmo se entregar ao álcool e à maconha! Provando que para todo fim, há um recomeço por mais difícil e doloroso que seja. Queria eu ter as palavras certas e espaço aqui para descrever todas as lindas cenas desse recomeço de Angelina, mas não tenho =(. O jeito é recomendar-lhe fortemente esse livro que, tenha toda certeza, irá te emocionar demais.
É uma história surpreendente e com um lindo final e romântico para minha alegria! Adoooooooooro romance

Vanessa Motaa 23/08/2016

Impossível largar a leitura
Ai que orgulho venho tendo das literaturas nacionais!
Esse foi meu primeiro livro da Lycia Barros e fiquei altamente chocada do quanto essa obra falou comigo. Quando acabou fiquei com necessidade do próximo livro.
A Bandeja conta a história de Angelina que vai aprender muito ao longo do livro o peso de suas decisões.
Que leitura marcante e escrita fluida! certamente vai ser uma história que irei ler e reler.

Leitora Viciada 22/08/2014

Conheci o trabalho da Lycia através de sua indicação ao Codex de Ouro 2011 e assisti a alguns vídeos em seu canal no Youtube. Me interessei pelo livro, e depois de ver a simpatia da Lycia em pessoa na XV Bienal do Livro, minha vontade em ler A Bandeja cresceu. Tanto que só tinha dinheiro para comprar mais um livro e era exatamente o valor dele! Comprei autografado e ontem a noite iniciei minha leitura. Devorei o livro com tanta empolgação e só parei porque tinha de dormir. Acordei hoje e logo que pude,li o finalzinho.
O livro mexeu muito comigo. Não sei explicar. Me emocionei tanto que ao término quase chorei.
Não apenas pela emoção que a Lycia transmite de ponta a ponta, mas foi um momento de reflexão pessoal. Em vários sentidos, eu me lembrei de erros cometidos no passado muito parecidos com os de Angelina, a protagonista. Eu perdi a meus pais antes de me tornar adulta, estando desamparada e perdida, mergulhando num relacionamento amargo, aonde estive cega. Estive afundada em desespero. Hoje, superei tudo e graças a Deus que me enviou uma pessoa especial, me deu forças e iluminou minha vida.
A mensagem principal da Lycia para mim é de que não importa o quanto você tenha errado, não importa o quão grave tenha sido o seu erro, se você se arrepende e perdoa, você aprende e supera. Tenha fé em Deus.
Sim, este livro é cristão e sua mensagem é de fé e de bons valores. Coisas que acho que falta ao mundo. A sociedade deveria amar mais ao próximo e respeitar a Deus.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada.
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2011/10/bandeja-qual-pecado-te-seduz-de-lycia.html

Silvia M. B. 30/07/2012

O livro é muito interessante! Não é porque está na faculdade que pode fazer o que quiser sem pensar nas consequencias! As atitudes que qualquer pessoa toma, seja ela de que religião for, terá consequencias. Isso me faz lembrar da Lei de Newton: Cada ação tem uma reação igual e contrária. Se você faz uma coisa boa a alguém, coisas boas acontecerão com você. O oposto é igualmente verdadeiro. Isso se aplica a: "se você se aproxima de Deus, seguindo seus passos, seus mandamentos, indo à igreja, e amando o próximo como a ti mesmo, acontecerão coisas muito boas em sua vida, coisas que você não encontra explicação para aquilo, o que podem ser chamados de "Milagres Divinos", e se você se desviar deste caminho, seguido por Deus, coisas ruins acontecerão com você, farão você ter sentimentos ruins por pessoas que não devia, até perceber que está no caminho errado, pedir orientação ao Pai e retornar ao caminho onde Deus está guiando.
É um livro bom para se ter um tipo de orientação, para saber que não podemos fazer tudo o que queremos "a torto e a direito", pois para tudo na vida existem regras, e estas servem para serem seguidas, não quebradas ou manipuladas. E é bom retratar uma situação em uma cidade brasileira, pois a maioria dos livros que leio, são estrangeiros e retratam cidades como Nova York, Londres... Mas realmente achei interessante! E ainda não terminei de ler! estou na 53. mas li todas em uma noite.

@natalie_livros 10/02/2022

Não tenho palavras
Para descrever essa história. Acabei de terminar o livro e não sei como, mas esse livro me senti mais próxima do pai. Amei como Angeline escolheu sia decisão final. Me encontro como ela dividida entre o certo e errado. Mas agora sei o motivo de tanta falação das pessoas. Guarde isso em seu coração. "Cada ecolha tem sua devida consequência então pense antes de escolher seu coração primeiro"

Pam Gonçalves 21/01/2011

Tenho que confessar, não sou muito ligada a religião. Na real, acredito em algumas coisas, mas isso muitas vezes toma uma parte minima na minha vida. Parece horrível, eu sei. E a maioria pode confessar que quando vê algo, muito ligado a religião, tende a se afastar. É fato. Acontece muito isso. Se você é uma dessas pessoas, entenda porque você não deve ignorar essa resenha, e principalmente esse livro. Antes de tudo eu não encarei a história como algo que seria massante, e autoritário quanto ao que eu devo fazer. Mas sim uma forma diferente de aprender sobre isso.

O livro trata da história de Angelina, uma menina criada por mais cristãos e que teve ao longo de sua vida uma rotina diária de como prosseguir com seus princípios religiosos. Até seus dezoito anos viveu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, mas quando conseguiu uma vaga em uma das melhores universidades do país, se mudou para capital do estado. Vida nova, em um lugar diferente, tendo que se adaptar. Ela vai morar em uma república junto com os alunos da faculdade, e é aí que tudo muda. Sua colega de quarto é completamente rebelde e descompromissada. Os estudantes tendem a se manter em constantes bebedeiras e em clima de festas. Ainda por cima seu professor é lindo de morrer, e parece ter um certo interesse nela.

A história em si é completamente atual, e me identifiquei em diversas situações. O que há de diferente é que somos apresentados a conceitos que para alguns não são de nenhuma importância. A religião nesse livro, é abordada de forma interessante. Ao longo da história Angelina é apresentada para diversas formas diferentes de pecado. E claro, ela peca, é normal, é da personalidade do ser humano. E ver como ela encara todas as situações é o mais legal. São as provações que são presentes em qualquer lugar, a pessoa escolhe o que quer fazer, mas tudo tem uma consequência. Pode ser bom ou ruim.

A narrativa da Lycia é ótima, e flui tão bem que comecei a ler em um dia e terminei no outro. Uma experiência que eu adorei! Então fica a dica, que mesmo que você não goste desses assuntos, dê uma chance. Você pode não gostar por não se adaptar a forma que conheceu. Não estou querendo que ninguém siga determinada religião, mas apenas se abra para conhecer. E não, o livro é muito mais que a religião, mas sim uma lição de vida.

http://garotait.com.br/2010/12/09/a-bandeja-qual-pecado-te-seduz-por-lycia-barros/

Andressa 30/07/2012

A Bandeja - muito bom!
Na minha opinião, perfeito, como na sinopse a autora teve o cuidado de realmente trazer o leitor para a pele dos personagens. Não mentirei, este livro me tocou profundamente, pelo simples fato de eu estar numa situação parecida. Não aguentei, chorei na pagína 44 e em outra mais a frente. Falou profundamente comigo e acredito que falará contigo também.

Angelina é uma menina normal, criada por uma família evangelica, sempre esteve na igreja mas não entendia realmente o porque daquilo, não tinha uma ligação com Deus, ouvia a doutrina, obedecia e achava que só isso era necessário para ter Deus. Agora se vê longe de toda essa proteção, quando passa para a faculdade no Rio de Janeiro. É o momento de se tornar independente, em que suas decisões teram sérias consequências para sua vida. Vem morar com uma conhecida no alojamento do campus e logo de cara cobiça o professor gato, Rico. Tudo poderia ter dado certo se ela não tivesse deixado de lado Deus em sua vida.

Nessa louca paixão que se encontra ela esquece tudo, seus objetivos, seus estudos, sua família, seus amigos e até mesmo Deus. Angelina nunca sonha, mas nos últimos tempos veêm tendo uns sonhos esquisitos, que na verdade possuem grande significado em sua vida. A cobiça, a tentação, a luxúria e outros. Em cada sonho ela faz a escolha de pegar o objeto da bandeja e logo depois o anjo transforma-se em um animal feroz para mata-la.

Sem mas esperança, manda um email para sua amiga Natasha que se encontra no outro lado do mundo, mas quem acaba lendo é seu irmão Dante, não tão próximo de Angelina mas também amigos de peito.
Ele decide voltar ao Brasil e tentar ajudar Angelina. Ele será sua salvação!

Depois de tantos infortúnios, algo surpreendente acontece na vida de Angelina e ela percebe o que significa o verdadeiro amor com Dante, algo que não era como um vício, uma dependência em Rico. A vida dela se tranforma porque ela realmente resolve colocar Deus na frente de todos seus planos e decisões.
Sua confiança gerou seu sucesso.

A história é perfeita e ainda tem continuação com o livro Entre a Mente e o Coração.
Amei e acredito que vocês também gostarão, pois pode ser uma leitura simples, mas apresenta o que acontece com todos nós quando não colocamos um verdadeiro propósito em nossas decisões.

Laury 30/07/2012

A Bandeja – Qual pecado te seduz? – Lycia Barros
Na nossa vida, passamos por uma infinidade de coisas, acontecimentos, sentimentos. Temos dúvidas, certezas, ressentimentos, magoas, e às vezes com sorte, alegria e felicidade. Todos passamos por dificuldades em busca do aclamado final feliz, mas o que vem antes? Fazemos por merecer o “felizes para sempre”? E as pessoas que escolhemos para ficar ao nosso lado? É sobre tudo isso que se trata A Bandeja.

A leitura foi rápida, mas ao mesmo tempo longa, fácil, mas ao mesmo tempo difícil. Antes que comecem a achar que não gostei do livro ou não sei o que achar dele, já vou adiantar que sim, eu gostei, talvez até mais do que gostei, mas isso a gente deixa pro final, vamos “analisar” o livro.

A Bandeja conta a história de Angelina, mas parece contar a história de todos. É fácil se identificar. Somos apresentados a ela durante sua mudança Petrópolis – Rio, onde ela vai fazer faculdade. Devido a distancia, passa a morar em uma republica, dividindo o quarto com uma conhecida da sua cidade natal. Quando ela começa as aulas, senti como se eu estivesse começando também, porque tive o mesmo baque, porque para quem não sabe, faculdade é total e completamente diferente de ensino médio e muitas vezes, não de uma forma positiva. E em pouco tempo ela começa um relacionamento com Rico, um de seus professores (não é spoiler, tem na sinopse). Lindo, rico, charmoso, educado, inteligente.

Bem, eu sempre leio anotando coisas para não esquecer de falar na resenha e dessa vez não foi diferente, anotei muitas coisas, principalmente de Rico. No inicio coisas boas, mas parei quando percebi que eu estava com uma sensação ruim. Sabe aquela sensação de “tem alguma coisa errada”? Estava tudo indo muito bem, apesar do meu sentimento de desconforto quando… PAM! Tudo mudou. Eu estava preparada para tudo, TUDO mesmo, menos para o que aconteceu. Me chocou de um modo que não tem como explicar.

Era meio obvio que Angelina estava se “desviando do caminho”, e não falo só no sentido religioso, mas também no sentido sensato. No momento que o relacionamento começou, Angelina morreu, assim como tudo no que ela acreditava, só existia Rico. Ela ficou total e completamente cega. Sem família, amigos, faculdade, religião, Deus.

Ok, eu vou parar aqui. Não falarei mais sobre os acontecimentos, pois sinto que a qualquer momento falarei de mais, vou passar para o outro ponto importante, talvez o mais importante de todos, a essência do livro.

Não sou a pessoa mais religiosa do mundo, não sou de freqüentar igreja periodicamente, sei pouquíssimas passagens da bíblia e apesar de batizada católica, já fui em encontros de todas as religiões. Por que eu disse tudo isso? Para dizer que sou imparcial, da mesma forma que o livro, não importa sua religião ou falta dela, o importante é acreditar em Deus. O livro mostra que quando se acredita Nele, tudo é possível, que Nele está o caminho certo. E Angelina passa por poucas e boas para entender isso.

O subtítulo “Qual pecado te seduz?” já diz muito, afinal, encarar o pecado todos os dias é normal, o importante é saber a qual deles você cederá. E acredite, ao menos uma vez na vida você cederá. Cobiça, vaidade, luxuria, ira, orgulho, gula, inveja, preguiça e tantos outros. A tentação é infinita. No livro, Angelina se desvia por acreditar de forma erronia ter encontrado a felicidade, quando na verdade tal felicidade a estava matando, assim como a tudo no que ela acreditava. Somos apresentados a perspectiva de que tudo pode mudar quando se acredita em Deus, e para “provar” isso, vários personagens se transformam, até os mais improváveis.

Talvez a leitura tenha sido tão contraditória para mim por puro reconhecimento. Não nas atitudes da personagem, mas o livro em si, que é maravilhoso. E não falo apenas de escrita, criatividade e afins, apesar dessa parte também ser fantástica – principalmente os sonhos de Angelina, que são impecavelmente criados, descritos e narrador pela Lycia. O fato é que o livro tem um propósito, não foi escrito a esmo. E quem lê tem facilidade para identificá-lo, entender o amor/poder de Deus. Li o livro com a sensação de que ele havia sido escrito pra mim, como se eu não estivesse lendo um livro, mas como se o livro falasse comigo (parece idiota, mas é verdade).

Ler a bandeja foi como ir à igreja, da forma mais prazerosa possível. Foi conhecer pessoas interessantes, me decepcionar, ser surpreendida positivamente e negativamente com outras, vê-las crescer. Me apaixonei pelo Dante, afinal, quem não se apaixona por alguém como ele? Seu ato final foi idiota e louvável, o fazendo merecer ainda mais meu respeito. Fiquei feliz por Michele e adorei conhecer Raimunda e sua família. Algumas pessoas eu não fazia questão de conhecer, mas às vezes na vida é necessário.

Segui com o livro até a madrugada sem conseguir parar. Sempre que eu achava que as coisas iriam se ajeitar, eu descobria ser uma ilusão. A Lycia conseguiu me segurar até a ultima linha, me virando de cabeça para baixo sempre que podia. Você tem idéia de o que é faltar cinco paginas para o livro acabar e tudo estar desmoronando? Eu tenho. E quase morri por isso, aflição com desespero. Mas no final tudo valeu a pena, superou todas as minhas expectativas. Foi divertido e educativo, fazendo você refletir e sendo capaz de fazer qualquer um encontrar seu caminho novamente. Recomendadíssimo.



É isso, a resenha foi grandinha, mas acho que falei tudo que eu queria.

Beijos para vocês,

Laury.
http://maniacaporlivros.wordpress.com/

Regy 27/08/2018

um livro não tão bom quanto o título sugere
Eu achava que daria nota máxima a este livro quando li sua sinopse.
A ideia de uma garota que vai a faculdade e ali é apresentado o mundo de pecado e ela sucumbe, mas volta atrás quando percebe a burrada que fez, parecia ser perfeita. E seria se não fossem alguns pontos negativos que encontrei na trama.
O começo da estória foi meio frustrante, uma garota de 18 anos agindo como uma de 13. Angelina aparenta ser tão imatura que chega a incomodar e eu quase desisto de continuar a leitura. Ela tem ótimos pais e uma bela vida, ainda assim quer a todo custo eliminar tudo isso para viver feito uma adolescente com hormônios desenfreados. Sinceramente, eu só consegui notar o quanto ela agia feito uma tola, quando percebi que ela jamais fora cristã. O fato de ser criada na Igreja e ter pais cristãos não contribuíram para um caráter cristão e nem mesmo para um convívio melhor com os outros. Isso é que foi incoerente, afinal ela tinha por melhor amiga a filha do pastor e a garota era ajuizada e tornou-se missionária, então porque a Angelina comportava-se como se jamais conhecera qualquer preceito bíblico? Confesso que não entendi. Se a trama era sobre uma garota cristã que cai no laço do mundo, a Angelina estava MUIIITO longe de ser uma. Os pensamentos dela estavam sempre contrários a Bíblia e tudo o que ela fazia era diferente do que a Palavra recomenda. Houve momentos em que deu vontade de entrar na estória e sacudi-la para ver se ela crescia, amadurecia e se convertia, mas... Isso é impossível! Odeio quando não posso fazer os personagens enxergarem a verdade e odeio não poder mudá-los.

Leia mais em:

site: http://regyjesus.blogspot.com/2016/05/a-bandeja.html

Tiago 12/10/2015

Até que ponto o coração do ser humano consegue enganá-lo?
Após entrar numa ressaca literária, me indicaram esse livro, mas, eu o abandonei logo no início e retomei na sexta-feira (9/10) e venho recomendar ele para você que está querendo ler algo leve e atual para fugir um pouco do padrão de livros que vem sendo lançados no meio cristão e vencedor do Prêmio Codex de Ouro de Melhor Romance.

Logo de início somos apresentados à Angelina, uma jovem, que leva uma vida normal, cristã (do tipo que ia apenas à igreja mas que não tinha uma fé prática), que morava com seus e seu irmão de apenas 3 anos, Victor, e sua rotina diária não era completa sem a sua confidente e amiga Natasha, incluindo o irmão gêmeo de Natasha, Dante, filhos do pastor de sua igreja.

Prestes a entrar na faculdade, Angelina se vê despedindo de Natasha e Dante, que em breve vão morar fora do país e a aceitação de seus pais para esse novo tempo em sua vida, mas, o que ela não imaginava é que todos os motivos de alegria que ela havia vivido até então, vão servir de nada durante os próximos anos, fora de casa.

Ao começar ler o livro, além da apresentação dos personagens, vemos que a história se passa no Brasil, no Rio de Janeiro, Petrópolis – Val Paraíso, e isso nos aproxima ainda mais da personagem e com essa realidade entenderemos melhor a realidade de seus pensamentos.
Sempre bajulada e bem protegida ela se vê prestes a encarar uma realidade que ela não está acostumada, a começar em dividir o seu quarto com Michele, filha de uma amiga de sua mãe, que ao contrário de Angelina, ela bebia, era envolvida com drogas e tinha uma vida sexual ativa além de ser bem descolada, mas, no começo a adaptação foi meio estranha para as duas, nada que não fosse impossível a convivência, mesmo que Michele fosse a veterana ali no quarto. Após se instalar já vemos que a sua independência começa a entrar em prática quando ela não tem mais sua mãe para a acordar, servir o café, almoço, o pai para levá-la a escola, nada mais está disponível a não ser a sua independência.

Em seu primeiro dia de faculdade ela conhece um jovem que tem entre 20 a 30 anos, chamado Alderico Schmitz, devido a um tropeço sobre o mesmo, teve seu material escolar e seu celular espatifados no chão e antes dela se alterar, ele ofereceu ajuda e a tratou educadamente, o que fez ela enxergar nele algo que não havia visto em nenhum outro homem: além de sua beleza física, a sua gentileza. Após um flerte, por parte dela, e ao chegar na aula atrasada, de forma desesperadora ela vê que aquele rapaz que havia feito o coração dela se agitar era seu professor.
E assim se inicia uma história de reviravoltas em sua vida, ela não era mais a mesma menina, agora ela estava estudando fora de casa, morando numa república agitada, dividindo o seu quarto com uma menina que não tinha o perfil de suas amizades, um professor que roubou o seu coração e alguns sonhos repetitivos.

O foco do livro é o romance entre Angelina e Rico, e com alguns personagens em segundo plano que vão agitar os primeiros semestres.

As informações a seguir não são spoilers, pois, somos apresentados aos fatos nos primeiros capítulos do livro.

Quando se vê apaixonada pelo seu professor e sendo correspondida, Angelina se entrega a esse romance sem ao menos saber quem verdadeiramente ele era, a beleza do rapaz a cegava e aquilo que ele oferecia eram novidades que em sua vida pacata em Val Paraíso, jamais, teria acesso, apesar de seu pai ser um comerciante bem sucedido, ela ainda não havia desfrutado dessas coisas ao lado de um homem. Já envolvida, ela esconde dele sua crença e seu comportamento acaba sendo transformado por essa paixão, fazendo questão de fugir de seus pais e amigos somente para estar ao lado de seu amor, ela não se vê, ela só vê ele. Essa dependência trará algumas alegrias e grandes dores nesse caminho.

Durante o primeiro semestre a vemos entregue a esse amor e cada vez mais envolvida até descobrir através de outra pessoa, um detalhe do passado de Rico que faz com que tudo se desmorone e sem a quem recorrer ela começa a buscar novamente em Deus a sua força.

Durante todo esse tempo ela não meditava na Bíblia e nem orava, até que após o ocorrido no final do semestre ela volta pra casa dos seus pais e lá vai a igreja da qual congregava, juntamente com uma amiga, que vem a se converter e ela simplesmente começa a despertar para tudo aquilo que estava acontecendo.

Durante o primeiro semestre ela começa a ter um sonho, que se repetia, no qual ela sempre estava diante de um cenário, com homens segurando bandejas, uma escada, uma floresta e monstros que a perseguiam, e afim de encontrar respostas para seus sonhos ela se vê sendo alertada por ele e consequentemente as coisas na sua vida depois de uma queda começam a se reajustar.

Enquanto acompanhamos o desenrolar dessa relação fervorosa entre a estudante e o professor, que nessas alturas já não se viam mais assim, ela conhece outras pessoas como Raimunda e sua família (que são cristãos), Desiree, amiga de Michele, Ana e a volta de personagens que estavam esquecidos a essa altura, mas, nem todos são grandes o suficiente para substituir o bendito Rico, hehehe.

Em meio a tantas reviravoltas é impossível não entender a personagem, as vezes você fica irritado pelas decisões de todos os personagens, e de repente se vê envolvido em algumas situações.

Essa foi a primeira literatura cristã romântica que li, em certos momentos pensei que estivesse lendo um romance YA (Jovem Adulto) com um velho texto batido mas ao mesmo tempo era uma novidade, pois, os personagens são reais (houve momentos que relacionei os personagens com pessoas que conheço) e ao mesmo tempo parecia que eu já sabia onde o livro ia chegar, mas, fiquei surpreendido e depois pensei muito a respeito disso, o perigo da dependência emocional e o resultado dela que gera o afastamento dos que estão por perto e de Deus sem que a pessoa venha perceber.

O livro é fácil de se ler (Li em dois dias), é voltado para adolescentes e jovens, dependendo do seu envolvimento com a história a leitura se torna rápida, mas, não recomendo para adultos que não estão acostumados com o gênero.


A autora Lycia Barros tem outras obras que certamente quero ler, gostei da sua escrita e da maneira que ela concluiu esse livro. Não encontrei muitas informações, mas vou me atualizar, parece que esse livro é o primeiro de uma série.


Eu gostei do livro, do enredo, dos personagens (que digo novamente são atuais e reais), a autora poderia ter caprichado mais nas decisões de alguns personagens, e o principal, eu recomendo para aquele que como eu sofreu uma ressaca literária.

site: http://www.tsctiago.com/2015/10/resenha-bandeja-qual-pecado-te-seduz.html

Natália 07/12/2011

http://www.vireapagina.com
Como vocês podem ver, esse livro da Lycia é um pouco mais adulto do que o outro resenhado aqui, pois além da idade dos personagens, o ambiente é completamente outro. Como vocês sabem, nas Universidades brasileiras, a galera anda bem soltinha, então rola maconha, sexo, enfim... Mas em A Bandeja, estamos lidando com uma personagem cristã, logo não esperamos nada de muito ousado por parte de Angelina. Bem, a questão é que ela está apaixonada por um cara não-cristão, completamente "desvirtuado". Assim, Angelina começa a ir totalmente contra seus princípios e fazer coisas das quais nem seus pais nem ela se orgulhariam. Mas, no momento, nada mais importa além de Rico.

Bom, se tem uma coisa da qual gostei nesse livro foi, como da outra vez, a escrita. Lycia escreve muito bem, é clara em suas narrações e esse é um quesito em falta atualmente. Além disso, a história se passa em um ambiente conhecido por nós, brasileiros, e principalmente por mim, carioca. Já disse algumas vezes o quanto sinto falta do Brasil na literatura infanto-juvenil. Parece que estamos tão impregnados de cultura americana a ponto de nem nossos próprios autores escreverem sobre nosso país. Admiro isso em Lycia.

Apesar disso tudo, A Bandeja não me conquistou. Em Tortura Cor-de-Rosa, já tinha me sentido incomodada com a religião presente na vida dos personagens, mas o foco da história não era esse e sim o bullying. Aqui não. Nesse livro, a intenção é mostrar como a religião muda a vida das pessoas e talvez seja até uma forma de evangelizar os jovens. Há constantes conflitos de Angelina com sua postura perante Deus e muitas citações bíblicas. Isso me irritou bastante. Continuei lendo o livro porque a relação do casal era extremamente conturbada e coisa de louco mesmo. Aliás, Lycia explora um tipo de relacionamento bastante comum: quando o homem ou a mulher passa a viver somente em função do outro. Todo mundo sabe o quanto isso é prejudicial, tóxico até. E nesse ponto, concordo com ela. Um namoro sadio é aquele que te traz paz e felicidade e não o que te faz sofrer, te deixa maluca, paranoica, fora de si.

Talvez, se não tivesse toda essa questão religiosa envolvida, a trama não teria sustento, pois é tudo sobre como Deus ajudou Angelina a superar seu sofrimento (e acreditem, a garota sofre, coitada! E não falo de forma irônica. Se estivesse no lugar dela, provavelmente reagiria da mesma forma).

Se estiver passando por problemas amorosos do tipo meu-namorado-é-canalha-e-não-consigo-esquecê-lo, pode ser que te ajude a seguir em frente, porque apesar de Deus ser a solução para os problemas de Angelina, há muitas passagens com as quais eu concordo. Como essa duas:

"Se você acredita que alguém é perfeito, você está em idolatria. Pode ser pelo seu trabalho, por um hobbie, por uma pessoa. Tudo o que consome todo o seu ser de um jeito nocivo e tóxico. Quando você não tem tempo nem disposição para nada além daquilo, abandona seus sonhos, seus afazeres, seus amigos, sua família..."

"Sei que os jovens preferem colocar uma arma na boca ao invés de pedir conselhos sobre sua vida amorosa, principalmente para os pais, mas a verdade é que quem está de fora desse romance “totalitário e avassalador” tem condições de ver as coisas melhores do que os envolvidos."

Se você é ateu, não vai gostar desse livro. Se não tem saco pra religião, também vai odiar.

Annie 06/11/2011

A Bandeja, por Ana Nonato.
Resenha completa em: http://seismilenios.blogspot.com/2011/11/resenha-bandeja-qual-pecado-te-seduz.html

Espaço
Alterna-se entre a casa (cidadezinha) da personagem e a faculdade (cidade grande). Também há o sonho da mesma que rege alguns capítulos.

• Caracterização: Uma caracterização de acordo com o foco da personagem; inteligente pelo fato de ser sucinta na necessidade. Quanto maior a importância do espaço no enredo, maior a caracterização dele, e assim inversamente.


Tempo
Este século.


• Caracterização: Não é o aspecto mais importante do livro, mas sempre está muito bem determinado nas ações das personagens, vestimentas, aparatos tecnológicos, fala... É consequência dos outros aspectos.


Personagens
Como o livro é narrado em 1ª pessoa, na maioria das vezes as outras personagens são vistas de um modo mais subjetivo de acordo com Angelina, a personagem-narradora. Nas outras vezes, a personagem adquire uma visão mais objetiva (a autora está ali, disfarçada) e neste caso as mesmas são descritas de um modo mais conciso e próximo à realidade de cada uma.
Um dos grandes diferenciais deste livro realmente é a personagem principal, Angelina, e seu crescimento pessoal durante o livro. A fé, com certeza, é a pauta principal por trás de tudo, é uma constante comparação e rege muitos momentos da personagem. Analogamente, pode-se compará-la com Eriana, do livro de mesmo nome escrito por Marcelo Paschoalin, já que sua fé é tão forte sem ser cega quanto; a diferença é que Angelina, em alguns momentos, não consegue "passar" nos testes que a vida e sua fé lhe impõem. E como é um livro que tem por regente a fé cristã, um ponto positivo é que Angelina aprende que nunca é tarde para aprender.

Coerência entre espaço, tempo e personagens
São muito coerentes entre si, principalmente espaço e personagens. Tempo está sempre junto deles, não destoa.


Enredo
É um enredo muito interessante. O cunho religioso é a parte mais e menos importante do livro ao mesmo tempo; mais importante por ser a inspiração do mesmo, mas menos importante porque não quer doutrinar o leitor (e este é um ponto EXCELENTE, um diferencial) e sim fazê-lo se questionar acerca de suas crenças, de como é a sua fé, se ele a tem... Acompanhando o crescimento de Angelina e o desenrolar da história, o próprio leitor se coloca no lugar das personagens e se pergunta se as suas ações seriam iguais ou diferentes. Acima de tudo, este é um enredo que possibilita a reflexão; muito bem escrito.

Capa e Sinopse
A capa é totalmente condizente com a história (principalmente com o sonho de Angelina); a sinopse é boa, mas acaba por revelar um pouco mais do que deveria.


Estrutura física
Muito bem diagramado e estruturado, os materiais de capa e páginas são muito bons. Fundo branco do papel pode cansar a visão do leitor.
Título condizente com a obra, erros nulos de português, tamanho excelente das letras.


Gostou da obra?
Eu confesso que não gosto muito de obras com cunho religioso principalmente pelo fato de que estes livros, na maioria absoluta dos casos, pretendem doutrinar seu leitor. A Bandeja é diferente, pretende apenas uma reflexão acerca de sua fé, e não importa que a personagem seja evangélica, como ela mesma diz: o que importa é a fé e seus valores. Há uma frase que explicita bem a que o livro quer chegar:
Deus é único; múltiplos são os caminhos de se chegar a ele.
Eu creio que esta frase é a expressão máxima do que o livro é. Foi uma experiência marcante, como eu nunca tive igual, e tive muito orgulho de esta produção ser NACIONAL, mais uma prova da qualidade de nossos escritores. Só há três autores que conheço que conseguiram imprimir a religiosidade em suas obras sem desrespeitar o leitor: J.B.Barone, Marcelo Paschoalin e Lycia Barros. Estes, sim, têm zelo por seu leitor sem abandonarem suas convicções.


Avaliação

- Enredo (original, sem grandes variações de intensidade, permite a reflexão): 5 (ótimo)
- Capa e sinopse (esquema de cores e conformidade excelentes): 4 (muito bons)
- Estrutura Física (bom material de capa e letras. Cor branca das páginas é uma desvantagem): 3 (boa)
- Espaço (caracterização excelente e inteligente): 4 (muito bom)
- Tempo (é atual, facilmente identificado pelo leitor): 3 (bom)
- Personagens (complexidade, crescimento de Angelina): 5 (ótimas)
- Fluxo narrativo (há uma variação, mas não altera de forma significativa): 4 (muito bom)
- Aspectos linguísticos (não há inconformidades): 5 (ótimos)


Nota: 4,1

Recomendações
A todos que queiram uma reflexão profunda acerca dos valores sem se preocupar com a compatibilidade entre suas crenças e as do livro. Não se recomenda a crianças por passagens sexuais (embora bem veladas) e profundidade reflexiva provavelmente acima da compreensão das mesmas.