Wings of the Wicked

Wings of the Wicked Courtney Allison Moulton




Resenhas - Wings of the Wicked


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Juliana 06/04/2012

Mentecaptos Por Livros | mentecaptosporlivros.blogspot.com
Vou começar essa resenha reclamando da capa do livro. Não, sério, que fonte é essa? Deixou a coisa toda parecendo livro de criança. Fiquei decepcionada, esperava mais. E, isso infelizmente não vale só para a capa, mas para o livro também.

No primeiro livro, Angelfire, o mundo de Ellie é virado de cabeça pra baixo e em pouco tempo ela tem que aceitar isso e lidar com a situação, gostando ou não. E ela fez o melhor que pode. Mas de repente toda a futilidade que de certa forma foi evitada no primeiro livro, veio com tudo para Wings of the Wicked, o que é muito pior já que os leitores foram atrás do livro esperando um amadurecimento ainda maior da protagonista.

Não estou dizendo que tentar conciliar uma vida normal, pelo bem da família dela, com as patrulhas a noite e o dever dela como Preliator é egoísmo e passear com a amiga dela no shopping que nem uma adolescente comum é futilidade. Mas sair a noite, desprotegida, e ficar bêbada e completamente indefesa por que "ah, a vida não é justa" não é somente estúpido mas completamente fora do contexto, já que supostamente a garota é uma vigilante de mais de 10 mil anos. Esse tipo de comportamento não é só decepcionante em uma pessoa ordinária, mas em um ser antigo e que conhece a morte pessoalmente é completamente patético e faz a história e universo criado pela Courtney perder credibilidade-- ou você acreditaria que uma criatura milenar feita somente para proteger a humanidade colocaria como topo da lista dela de prioridades ir ao cinema ao invés de patrulhar as ruas por algum Reaper atacando um humano indefeso?

Mas, pelo bem da leitura, a gente releva e aproveita a viagem. A escrita da autora ainda é rápida, divertida e envolvente. Ela ainda tem algumas partes toscas e um tanto clichés (tipo, quando ela tenta fazer os Reapers soarem doentios e malignos mas acabam parecendo como vilões de filme de quinta categoria), e as cenas de ação tiveram alguns momentos infelizes que deixaram claro que a Courtney precisava de uma desculpa pra ferrar com tal personagem, mas que escrevendo de uma forma lógica tal coregrafia de luta, não aconteceria, então ela cria atitudes incompatíveis com a situação para encaixar tal coisa no plot. Como por exemplo, Ellie (a.k.a. guerreira milenar ridiculamente poderosa e experiente em combate feita para exterminar Reapers e proteger as almas da humanidade) ficar de boca aberta parada em meio ao caos olhando que nem uma idiota um Reaper rasgar alguém em pedaços por um bom tempo para apenas quando o trabalho sujo terminar ela fazer alguma coisa. Viu? Sem sentido. Mas isso não estragou o livro, só deixou aquela impressão de diamante bruto: um pouco mais de trabalho e polimento e a série pode se tornar algo incrível.

Wow, eu só estou reclamando aqui, não é mesmo? Mas acredite, isso é porque eu adorei Angelfire e esperava algo similarmente bom de WotW. Mas agora, o que teve de bom mesmo no livro:
-> Ação. Yeah, eu acabei de criticar as cenas de luta lá em cima, mas a não ser que você seja particularmente exigente, fazer vista grossa não vai ser difícil. Tem bastante adrenalina e Courtney sabe prender a sua atenção sim, disso não tenha dúvida.
-> Ritmo. Mesmo quando a autora meio que se perdei ali em algumas partes, a estória no geral flui com rapidez: você senta para ler e-- caramba, quando que eu terminei mais 100 páginas? O_O
-> O universo. Ah, eu adoro o universo de Angelfire. A autora misturou bíblia com Buffy e a coisa deu certo. O conceito todo de Guardião, Mão Esquerda de Deus e etc deram um tom sério e fundamentalista que a estória precisa.
-> Will. Huh, sério, eu preciso explicar isso aqui?
-> The finale. O final me deu esperança de que, talvez, levando esse choque a Ellie pare de agir que nem uma garota adolescente com super poderes e começar a aceitar quem ela é: Gabriel reencarnado em um corpo humano por conveniência para levar a diante sua missão de exterminar Reapers.
Mas, no final das contas, para o gênero o livro se destaca sim. O que falta é mais polimento na escrita da Courtney -ou talvez um revisor/parceiro de crítica melhor- mas como eu tenho falado na resenha toda, se você tentar dá para ignorar e simplesmente se perder na história, o que na minha opinião é o objetivo de um livro de fantasia.
E se eu vou ler a continuação? Absolutamente!

Trecho: "Deus, eu estou fazendo piada da minha própria morte. Eu estou tão ferrada"
[tradução livre]
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Amandha 02/02/2012

Para o tipo de livro que Wings of the Wicked é, não consigo imaginar ele sendo escrito de uma maneira muito melhor. Adorei o primeiro livro da série, Angelfire, e o segundo não desapontou.
Eu sempre subestimo um pouco as trilogias sobrenaturais, mas essa série realmente me surpreendeu. Fazia um tempinho que não lia uma história de aventura tão boa quanto essa. Acho que Courtney Allison Moulton foi uma das poucas escritoras que escreveu sobre o universo dos anjos sem a história soar clichê, previsível ou louca demais.
Wings of the Wicked tem tudo o que eu espero num bom livro. Aventura, lutas, suspense, mistério, vilões malvados de verdade, heróis, personagens com qualidades e defeitos, amor sincero e real, amizade, companheirismo, coragem e um ótimo romance. Amei todos os elementos desse livro, gostei do jeito que fora construído todos os personagens.
Além disso, adoro quando a personagem principal é “kick ass”. Ellie Monroe é super fodona, luta bem, se veste bem, tem um cabelo lindo e um ótimo humor. Will também está incrível, obviamente - sério, concentrado, lindo, misterioso, protetor e um ótimo guerreiro. Acho que em Wings of the Wicked a autora explora um pouco mais o laço que os dois tem um com o outro e achei lindo tudo o que os dois já passaram juntos e os sacrifícios que fizeram.
Eu sempre tenho medo de ler a sequência de um livro bom, medo de que acabara com toda a graça do primeiro livro, que o autor vai criar desculpas idiotas para que o casal não fique junto. Mas não foi o que aconteceu em Wings of the Wicked, graças a Deus. Enquanto Angelfire é mais aquela descoberta da Ellie e do Will e dos seus sentimentos, Wings of the Wicked é mais sobre compreensão e perda e descobrir o que fazer para os dois ficarem juntos. E também acho que essa sequência foi um pouco mais brutal, um pouco mais forte. Os dois personagens perdem e descobrem algumas coisas que acabaram mexendo bastante com eles.
Só preciso dedicar um pouco para falar da linda revelação: o Cadan. Eu já tinha gostado dele na primeira vez que ele apareceu, do humor negro de seus olhos, da risada e daquele cabelo perfeito dele. Mas agora nós vemos um pouco mais do irresistível e perigoso Cadan e percebemos a vulnerabilidade dele. Amei e odiei a Courtney por ter feito dois personagens masculinos tão incríveis.
Então é isso. Acho Wings of the Wicked um livro muito gostoso de se ler, um livro que consegue mexer com suas emoções. Não é nenhuma história de câncer e nem é um amor trágico e impossível. É um livro de escolhas, amor e coragem. Adoro essa série e estou ansiosa para ler o próximo livro (só espero que não demore um ano, por favor).

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