A Irmã de Ana Bolena

A Irmã de Ana Bolena Philippa Gregory




Resenhas - A Irmã de Ana Bolena


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Ari Phanie 09/02/2022

Ascensão e Queda


Ana Bolena é uma das figuras mais controversas da história. Ela é normalmente apresentada e representada como uma mulher de beleza singular, coquete, ambiciosa e audaciosa. Ela foi "responsável" pela anulação do casamento entre a rainha Catarina de Aragão e Henry VIII, e pelo rompimento da monarquia com a Igreja Católica. Na realidade, ela não tinha poder nenhum para isso, o poder todo residia nas mãos do rei Henry VIII. Então, o monstro da história real foi Henry VIII, mas quem perdeu a cabeça e foi chamada de bruxa foi Ana Bolena.

Em A Irmã de Ana Bolena, Philippa Gregory faz um retorno a um dos momentos mais conturbados da história da Dinastia Tudor. E através de Maria, a outra garota Bolena, o leitor acompanha os Bolena e sua luta para chegar ao poder a todo custo. A Gregory pintou um retrato bastante vilanesco dessa família, principalmente da Ana. Sua narrativa é baseada em fatos históricos, assim como também é baseada em mitos, assim como também é uma obra de ficção. A realidade é que Ana Bolena foi acusada de bruxaria e se tornou a primeira rainha inglesa a ser decapitada, e por isso, seu nome e imagem foi apagado da história por muito tempo. Henry VIII foi um rei que iniciou a prática de deixar escrito formalmente sua história e decisões, mas Ana Bolena "enfeitiçou o rei e causou distúrbios na Inglaterra", então por muito tempo, ela foi banida das memórias do país . O grande trunfo da Gregory nesse e em outros livros seus é a mistura de fato e ficção e suposição que culmina em uma narrativa instigante que prende o leitor e nos faz querer avançar rápido por cada página para descobrir logo o que vai acontecer na página seguinte.

A primeira vez que vi algo sobre Ana Bolena foi com certeza na série The Tudors, e eu achei ela maravilhosa, ousada e impetuosa, sem contar que eu também amava o Henry. Televisão pode pintar tudo nas cores mais bonitas e Jonathan Rhys Meyers definitivamente era a pintura mais bonita. Já quando vi A Outra que é baseado nesse livro, me deparei com uma personagem histérica e ambiciosa. E é exatamente como a Gregory descreveu a Ana Bolena. Através da ingênua (muitas vezes, lenta), passiva e insípida Maria Bolena, vemos uma Ana coquete, maldosa, colérica, intensa, cruel, tirana. É impossível gostar dela. Até mesmo a protagonista Maria pode ser difícil de agradar com sua passividade. Todos os Bolena vendem mentiras e manipulação, e é difícil torcer por eles (em alguns momentos, até mesmo por Maria e George que são os únicos que despertam alguma empatia) e não há como não ficar satisfeita com o final já que foram os Bolena que causaram tantos problemas e tantas dores. Mas, na real, foram mesmo? Ana foi mesmo esse monstro que Gregory pintou?

"Parecia que lutávamos com algo pior do que Ana, com algum demônio que a tivesse possuído, que tinha possuído todos nós, os Bolena: a ambição."

Por mais que eu tenha odiado a Ana Bolena retratada pela autora, eu gostaria de ter tido a chance de ler a história também do ponto de vista dela, porque a personagem mais marcante é ela. Ela é odiosa, mas é ela que faz e acontece, e estava envolvida com a política, e etc. Em todos os outros livros da autora que eu li, as protagonistas eram as mulheres mais marcantes de seu período (com a exceção de A Princesa Branca, que foi uma protagonista tão pamonha quanto a Maria Bolena). Em A Rainha Branca, a perspectiva era da grandiosa Elizabeth Woodville, e em A Princesa Leal a perspectiva era da maravilhosa Catarina de Aragão, e etc, mas assim como a História, Philippa Gregory resolveu dá uma diminuída na Ana Bolena, e retratar ela da pior e mais estereotipada forma. Não nego que com toda certeza, essa foi uma mulher ambiciosa que lutou para chegar onde chegou, mas ela foi assassinada com base em falsas acusações porque Henry VIII queria, a todo custo ter um filho homem e estava interessado em outra para fazer esse trabalho. Não há como gostar ou torcer pela Ana retratada em A irmã de Ana Bolena, mas quem foi a real Ana é na verdade, interessante de se conhecer. Tudo o que eu sabia sobre essa grande figura histórica não passava da imagem superficial e estereotipada amplamente usada nas mídias. Mas quando assisti o musical Six me interessei mais sobre a história das seis mulheres que tiveram a infelicidade de cruzar o caminho de um homem mimado, vadio e desleal que tinha muito poder nas mãos e pouco cérebro. Ana foi uma vítima da própria grandeza e ambição, foi uma mulher que não se encaixava nos padrões de recato e passividade, mas foi o rei que renegou sua primeira esposa, foi o rei que renegou a Igreja, tudo em nome da luxúria e estupidez, e foi esse mesmo rei que, quando não mais interessado, se fez de vítima de bruxaria e mandou sua segunda esposa para o cadafalso.

"Metade da doutrina dessa Igreja é para nos atrair, metade para nos amedrontar. Não serei seduzida e não me deixarei ser intimidada. Por nada. Decidi construir minha própria estrada e é o que farei."

Como eu falei antes, a Philippa Gregory escreveu sobre um vilão (Ana Bolena) e um homem egoísta (Henry VIII) e colocou a sua segunda mais passiva protagonista para narrar essa história. Não vou dizer que ela não escreveu de forma magistral, como sempre faz, mas ela optou por fazer aquilo que um monte de escritores de ficção histórica antes dela fizeram: demonizou Ana Bolena. Cleópatra e Maria Antonieta também foram personalidades demonizadas, até que novas descobertas e novas interpretações confirmaram que elas não foram lá as grandes vilãs de novela das 9 pintadas por tanto tempo. Elas tinham qualidades e defeitos, tanto quanto qualquer um, conquistaram lugares e objetivos nunca antes alcançados por mulheres, e quando falharam, caíram em desgraça e foram julgadas com mais ferocidade. E essa é a única coisa que eu tenho a criticar na história da Gregory. Eu gostaria que ela tivesse me apresentado uma Ana mais realista. Pelo menos, uma mais ambígua como a sua irmã, que é boa, mas se era para ajudar a família, ela podia ser uma cretina também. Aí então, teria alcançado o que hoje já é mais divulgado sobre a Ana Bolena. Ainda sim, gostei desse volume e recomendo para quem gosta de ficção histórica. Vamos ver o que a Gregory tem a mostrar sobre as outras rainhas Tudor. Elas, definitivamente, tiveram histórias muito interessantes e trágicas.

"Se tudo o que sou, minha inteligência, meu temperamento e minha paixão pela reforma da Igreja, tem de ser renegado, então abandonarei a minha própria personalidade. Se o que o rei quer é uma esposa obediente, eu não deveria nem ter aspirado ao trono. Se não puder ser eu mesma, poderei muito bem não estar aqui."
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Evy 18/01/2011

Fascinante!
Uma das mais fascinantes histórias de Corte já conhecidas e narrada por Philippa Gregory de forma fantástica e fascinante. Leitura leve e intrigante que te faz entrar na história e ficar pensando nela por muito tempo depois. É impossível esquecer os personagens extremamente marcantes dessa história de traição, rivalidades, paixão, ódio e busca incessante pelo poder.

Este romance começa contando a história da inocente Maria Bolena, irmã mais nova da famosa Ana bolena. Aos 14 anos Maria, Ana e o irmão George chegam à corte dos Tudors. Nesta época, os aristocratas viviam nos arredores do palácio real, pois ter uma mulher de sua família nas proximidades do Rei era garantia de ascensão social. Logo, a doçura e a beleza de Maria chamam a atenção de Henrique (um soberano da dinastia Tudor conhecido por ser conquistador, teve 6 esposas além das inúmeras amantes que mantinha na corte) e começam a manter um caso. Maria se apaixona de verdade pelo nobre e também pelo papel não oficial de Rainha, afinal era tratada como tal: ganhava presentes caríssimos e tinha a total atenção do Rei. Incentivada pela família estende esse relacionamento por anos, gerando dois filhos, um homem inclusive.

Mas Ana tem uma ambição ainda maior que a de Maria, conformada em apenas ser sua amante e gerar algumas regalias para a família Bolena. Ana quer SER Rainha e não se contentará com menos. Começa aos poucos a conquistar as atenções do Rei, roubando-o da irmã e galgando uma subida ao poder que tem como objetivo final a dissolução do casamento de Henrique com Catarina de Aragão e sua nomeação como Rainha.

A narração de Philippa neste romance é simplesmente magistral! O que torna tudo mais fascinante ainda é que a história é toda contada pela irmã de Ana, Maria, uma personagem muito importante na história e que sempre é deixada de lado. Também neste romance, a autora dá o destaque certo a Catarina de Aragão, da qual sou ultra-fã embora nesta história tenha um final tão triste. Uma Rainha verdadeira, orgulhosa, determinada, a mais admirável pessoa em toda corte Tudor. Não que eu não admire a ambição e determinação de Ana Bolena. Também tenho que admitir que ela tinha uma determinação inabalável para alcançar o que desejava, mas ela foi bastante cruel em sua subida, o que de certo modo me fez respeitá-la um pouco menos.

Leitura recomendadíssima.
Roseli Camargo 06/10/2010minha estante
Para vc que gosta da Catarina, A Princesa Leal será um deleite.




Duda 30/05/2021

A irmã de Anna Bolena
Gosto muito da forma como a Philippa Gregory mistura os fatos com ficção. Estou no terceiro livro da coleção os tudor, mas com toda certeza a coleção da guerra dos primos é minha favorita, não gosto nem um pouco desse Henrique VIII.
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Camila 04/08/2012

Deve ser lido para entretenimento apenas.
O livro de Philippa Gregory é um deleite para aqueles que gostam de romance histórico e com detalhes, proporcionando ao leitor um maior entendimento da corte na época do Rei Henrique VIII e de sua segunda esposa, Ana Bolena. Porém, o fato interessante desse livro, é que a autora foca na irmã da Rainha Ana Bolena, Maria Bolena, sendo ela a mencionada no título do livro.
O livro é maravilhoso, muito gostoso de ler, porém deve servir apenas como entretenimento, não deve ser lido se você estiver procurando realmente fatos histórios REAIS, pois possui MUITOS fatos imprecisos. Alguns exemplos:
1 - Maria Bolena nunca foi vista como "angelical" e virgem. Nos registros históricos, é dito, por exemplo, que ela foi amante do Rei Francis I da França antes de ir para a corte do Rei Henrique VIII na Inglaterra.
2 - Ana Bolena nunca fugiu com Henry Percy.
3 - Todas as acusações contra Ana Bolena, incluindo o incesto, nunca foram provados e muitos historiadores acreditam que ela era inocente. E se você ler o livro bem atentamente, verá que a relação que Philippa atribui a Ana e George é bem estranha...
E vários outros pontos no livro que são distorcidos da realidade.
Como disse anteriormente, o livro é ótimo como entretenimento. Eu adoro os livros da Philippa Gregory, mas se você se interessa pela dinastia Tudor e quer saber os fatos históricos, recomendo que você pesquise mais em outras fontes e procure saber a real história por trás destes personagens tão fascinantes da história da Inglaterra.
Fer Kaczynski 09/01/2013minha estante
Neste livro Maria não é descrita como angelical(e sim doce) e muito menos virgem, tanto que ela era casada, nem poderia ser virgem...
Nos registros que a autora pesquisou, ela encontrou sobre o relacionamento de Ana com Henry, que talvez tenham sido noivos o que ela explorou bem no livro;
As acusações HOJE em dia são contestadas, mas na época da história, tiveram sim fundamento, claro que pode ter sido um plano arquitetado pela mente doentia do rei, e o que a autora fez foi romancear de acordo com a pesquisa que fez em livros anteriores históricos.
Ela romanceou uma história que todos conhecemos, para tapar buracos eventuais, claro, aumentou ou diminuiu, livros romanceados nunca devem ser levados ao pé da letra, e nem como base para pesquisas!
Sim, é entretenimento, mas muito bem explorado pela autora, e nos leva a ter curiosidade com o que realmente aconteceu, o que nunca saberemos com certeza absoluta. ;)




Verona 11/06/2022

A escrita da autora nunca decepciona, o livro é excelente e pra quem tem curiosidade entre o filme e o livro, saiba que o livro é muito mais completo. A história da Maria e dos irmãos Bolena é apresentada de forma mais abrangente!
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Manoela 09/09/2010

Um relato da vida na corte
Acho que foi o primeiro livro que li que se passa diretamente dentro de uma corte. Confesso que deve ser encantador, todos aqueles vestidos brilhantes e pomposos, mas não viveria em uma somente para usá-los. Já explico por quê.
Philippa Gregory fez um trabalho muito bom, não só escrevendo, mas com toda a pesquisa que fez sobre Henrique VIII, Ana, Maria e Gorge Bolena e todos as outras personagens da história. A descrição de Henrique não poderia ser melhor: um garoto mimado que, quando se cansava do brinquedo novo, procurava logo outro. Assim foi antes de Maria, assim foi com ela e com sua irmã e com todas as 4 esposas que teve depois das irmãs Bolena, sem contar outras amantes.
O rei da Inglaterra é conquistado pela doçura da Bolena mais nova, mas arrebatado pela personalidade forte e beleza de Ana. Ambas vivem na corte dos Tudor, entre os anos de 1520 e 1540, mais ou menos, e são subestimadas às ordens da família Bolena e Howard assim que seus parentes percebem o interesse do rei.
O alpinismo social é a força motriz. Tudo é tramado, cada fala, cada gesto. Um família querendo derrubar sua rival e conquistar o favor do rei, sempre em busca de melhores títulos e maiores riquezas. Além de toda essa richa familiar, há ainda essa inveja pouco velada entre as irmãs Bolena, afinal, Maria foi trocado por sua irmã. Por isso não gostaria de viver em uma corte como aquela. Qualquer sentimento é mascarado como em seus grandes bailes, tristeza e frustração devem ser transformados em sorrisos radiantes para a alegria de suas majestades. Ana se torna má em sua conquista do trono, está disposta à qualquer coisa que a mantenha na cama do rei e lhe dar um filho legítimo, até mesmo à expulsar uma rainha de sua própria corte.
A autora faz isso muito bem, com os sentimentos bem dividos: a irmã que se apaixonou e foi suplantada e a rainha que ensinou um rei que pode conseguir tudo que quer. Pra mim faltou livro pra tudo. Quis mais do romance de Maria; quis mais de Ana em sua clausura final. Não penso que o final tenha sido corrido. A desconfiança de uma traição não passa diante dos olhos de um rei sem deixar rastro. Ele não conviveria anos com ela, afinal, tinha aprendido com sua nova esposa como consegui as coisas que desejava. E quem conhece a história dessa corte, sabe o fim da familia Bolena.
Como disse no histórico, vale lembrar que é um romance histórico, e não um relato. Fatos que alguns de nós conhecemos como verdadeiros podem estar diferentes aqui, como a paternidade real dos filhos de Maria, aqui tidos como do rei, mas algumas vezes considerados de seu marido depois do romance com Henrique VIII. E o filme baseado na obra, "A Outra", tem ainda mais divergências.
Apesar de suas mais de 600 páginas, parecem muito menos, pois é uma leitura leve e envolvente. Recomendado, com certeza.
Lima Neto 15/09/2010minha estante
achei esse livro magnífico. bem escrito, envolvente, ritmo de leitura intenso, enriquecedor, com pesquisa histórica bem fundamentada... enfim, um livro com "L" maiúsculo.


kellen.ssb 18/09/2010minha estante
Gostei do termo q vc usou: "O alpinismo social é a força motriz". Realmente vc conseguiu em uma frase resumir a trama principal do livro.


Manoela 18/09/2010minha estante
obrigada Kellen *-* e Lima




luisasfreitas 19/12/2020

Ana Bolena é, sem dúvidas, uma das mulheres mais emblemáticas da história.
Odiei muito ela o livro todo, mas quando chegou no final senti muita pena dela.
Henrique VIII segue um dos personagens que mais me enraiveceu e me enojou nos últimos tempos.
Infelizmente, Ana o ensinou a ser o tirano no qual ele se formou. Ela sem querer causou a própria morte.
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Léia Viana 01/04/2012

Leitura espetacular!
O livro é narrado pelos olhos de Maria Bolena, mas Catarina de Aragão tem uma presença forte e constante em toda essa história. Impossível não admirá-la, não se compadecer com sua sorte e muito menos deixar de sentir repulsa a Henrique VIII, e uma fúria sem tamanho em relação à Ana Bolena. Para mim, as irmãs Bolena são meras coadjuvantes de uma trama ardilosa para que a família Bolena e Howard, conseguisse cada vez mais poder e riqueza.

Philippa Gregory me conquistou por completo ao narrar a era Tudor, com seus escândalos, conspirações, traições e futilidades com uma riqueza de detalhes nas roupas, adereços, costumes, lugares e comida, tornando fácil, para quem lê este livro, imaginar a Corte e os personagens que nela faziam parte, além de perceber como, a vida na corte inglesa era fútil e vazia.

Maria Bolena, a “outra garota bolena”, irmã mais nova da famosa Ana bolena (a rainha dos mil dias), chega a corte dos Tudors aos 14 anos junto com sua irmã Ana e o irmão George. A beleza de Maria encanta Henrique VIII, conhecido por ser conquistador. Inicia-se, então, sobre as ordens e incentivos da família Bolena, um flerte, e os dois começam a ser amantes. No entanto, Ana é a garota Bolena mais ambiciosa e não quer ser preterida pela irmã, afinal, a rivalidade é o que de fato as mantém juntas.

Ana quer ser rainha e dona absoluta do coração de Henrique VIII, sua ambição desconhece limites e, aos poucos, Ana conquista o rei com a mesma intensidade com que faz inimigos na Corte inglesa. Trama vinganças, é ardilosa para atingir seus objetivos e não pensa duas vezes em mostrar a irmã o quanto tem de poder sobre ela. Perdão e misericórdias são palavras que não entram em seu vocabulário.

A parte que mais me deixou intrigada foi a de o rei romper com o papa e fundar a igreja anglicana, tudo para que pudesse ser livre para casar com quem desejasse, para que pudesse ter o tão desejado filho varão, o qual herdaria dele o trono da Inglaterra, e, ter o poder absoluto sobre a igreja. Fiquei me perguntando: “como o povo não se rebelou a tamanha heresia?” Tudo em uma época em que a igreja tinha quase que plenos poderes sobre a realeza e o povo. Como o povo permitiu isso?

O livro é uma delícia, principalmente para quem gosta de ler romances históricos, sem se esquecer que, por “Romance histórico” é, por definição uma narrativa que mescla a ficção com a verdade, algo que foi criado, inventado a partir de algo que aconteceu realmente e, Philippa é genial em conduzir histórias sobre este ângulo.

Não posso negar que fiquei muito triste com o destino de Catarina de Aragão, uma mulher tão cheia de fibra não merecia o fim que teve. Isolada de tudo e de todos, prrincipalmente de sua filha.

No todo, “A Irmã de Ana Bolena” é um livro espetacular, narrado com maestria, mostrando as fraquezas e virtudes do caráter humano, numa época governada por um rei, que estava mais atento a se exibir a uma Corte corrupta, fútil e pouco glamurosa de índole.

Leitura recomendada!
Evy 30/04/2012minha estante
Eu sou simplesmente apaixonada por essa história e compartilho do mesmo sentimento que o seu. Sofro por Catarina que foi a única e verdadeira Rainha da Inglaterra, em minha humilde opinião!
Bjossss




Vanessa.Pitsch 18/04/2021

A irmã de Ana Bolena
Amo os livros de Philippa. E os que são sobre esse período (reinado de Henrique, a Inglaterra de + ou - 1500) são maravilhosos. Difícil parar de ler!
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HenriquePedrini 27/05/2023

Ótimo livro! Sempre comento a respeito dele quando alguém manifesta interesse na história de Ana Bolena e Henrique VIII. A escrita é maravilhosa! Além do mais, por intermédio dessa obra que conheci um pouco de quem foi Maria Bolena, uma figura histórica até então totalmente desconhecida por mim.
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@garotadeleituras 20/10/2015

Conspiração real
Como sempre Philippa Gregory nos leva a corte de forma magistral com sua escrita brilhante. Sou uma leitora fanática inveterada pela corte Tudor e com uma queda especial pela Ana Bolena e sua biografia. Desde o momento que soube da existência desse livro, busquei sua aquisição e sua leitura de forma ávida e posso afirmar que valeu muito, pois a narrativa está impecável, deliciando o leitor com o seu brilhantismo.
O livro tem como tema central o relato da ascensão de Ana Bolena ao trono da Inglaterra. Aqui Maria Bolena, irmã da futura rainha da Inglaterra, é dama de companhia da Rainha Catarina, na época atormentada por sua esterilidade e sua missão fracassada de gerar o herdeiro do trono. Bela, Maria aos catorze anos se converte em amante do rei, que tem a incumbência de favorecer sua família, além de gerar filhos (Catarina e Henrique) e manter a atenção do rei sobre si. Apresentada primeiramente como uma peça em um jogo de poder, Maria Bolena personagem principal do relato viveu uma vida a sombra da irmã, lutando o ideal que lhe foi imposto, muitas vezes inocentes, em uma minoria tentando fazer algo por vontade própria, com traços de inveja e sobrevivendo a velha rivalidade com sua irmã.
Henrique VIII, um rei mimado que domina uma das nações mais poderosas da época, entregue aos prazeres de uma corte dissoluta; vemos uma transição de sua personagem; antes jovem, saudável e alegre, começa a definhar, apresentar os primeiros sinais da velhice, além da sua loucura que levaria muitos á torre e colocaria a corte em constante instabilidade devido as regras mutáveis ao seu bel prazer.
Ana Bolena, uma das rainhas inglesas mais polêmicas, ambiciosa, com seus olhos escuros dissimulados (lembrei-me da personagem Capitú de Machado de Assis) que pretende ter o destino na mão, destronar a rainha, dominar um rei temperamental, suplantar a própria igreja e produzir o próximo menino da dinastia Tudor. Vale lembrar do irmão George Bolena que formava a trinca e teve um papel relevante sobre o desfecho dessa história.
Uma rede de intrigas, onde cair ou ascender depende muito para onde o vento vai. uma relação de irmãos de amor e ódio; uma família tentando se sobressair em uma corte corrompida pelo poder. Realizada com a leitura de um dos livros mais desejados por mim nos últimos tempos. Aos amantes de biografias romanceados, super recomendo esse fascinante relato.
thais.moore 08/11/2017minha estante
Flor, vc recomenda ler na ordem de publicação ou na ordem cronológica?


@garotadeleituras 09/11/2017minha estante
Thaís, eu li na ordem cronológica. Não é um livro que precisa do anterior para vc entender, mas ajuda a absorver os acontecimentos históricos.


thais.moore 10/11/2017minha estante
a show. vou seguir isso entao. vc ja lei a serie Guerra dos primos? tbm seria bom ler nessa orden?


@garotadeleituras 11/11/2017minha estante
Comecei, mas como não tinha os outros livros, parei. :)


thais.moore 11/11/2017minha estante
parou em qual? gostou?


@garotadeleituras 11/11/2017minha estante
Li apenas a Rainha branca, :\




Carol Amaro 14/12/2009

Livro que deu origem ao filme A Outra.

Como sempre acontece, o filme "não chega aos pés" do livro.

Misturando fatos e ficção Philippa Gregory conta a história de Maria Bolena e de como sua irmã, Ana Bolena, chegou e caiu do trono.

Muito Bom!

Atualização:
A ordem do lançamento dos livros foi: A Irmã de Ana Bolena > O Amante da Virgem > A Princesa Leal > A Herança de Ana Bolena. Contudo, recomendo ler na seguinte ordem: A Princesa Leal > A Irmã de Ana Bolena > A Herança de Ana Bolena > O Amante da Virgem. Nessa ordem, é possível acompanhar os acontecimentos de forma cronológica.
Lima Neto 13/08/2009minha estante
realmente, Carol, o filme "A Outra" não chega aos pés do livro "A Irmã de Ana Bolena". o filme ficou altamente "sessão da tarde", fraco, rápido, com atuações fracas, sem cenários, etc, etc e etc. "A Irmã de Ana Bolena" é um livro que se fosse entregue nas mãos de um roteirista e de um diretor competente, com um bom orçamento, eles fariam um filme de no mínimo três horas, capazes de prender o expectador até os minutos finais, numa produção de 3 horas, no mínimo, e quando acabasse, quem o assistisse ficaria com o gosto de "quero mais". no entanto, o livro foi entregue a uma roteirista e diretor fraco, com um orçamento por certo irrisório, e fizeram aquela adaptação altamente "sem comentários"


Roseli Camargo 30/06/2010minha estante
Concordo com o Lima..... Se tivesse realmente feito um filme melhor seria um sucesso sem tamanho. Por isso amo livro !!!!!!!!


kellen.ssb 15/10/2010minha estante
Concordo com Carol que o filme não chegou aos pés do livro. Mas não concordo com o Lima em desmerecer tt o filme. O filme tem lá o seu brilho, apesar de ser bem diferente do livro. Poderia ser melhor? Acredito q sim. Tudo pode ser melhor! Sempre algo pode ser melhorado. Mas acho q o filme tem mais pontos positivos q negativos.


Sandra 14/07/2022minha estante
tenho a oportunidade de ler este livro em uma troca... posso ler apenas ele ou é uma sequencia que sem a leitura dos demais não fará sentido?? se puder me responder agradeceria




Caroline.Brunoni 10/02/2024

Arrebatadador
Eu queria muito ler este livro, pois assisti o filme "A outra" há anos e muitas situações ficaram confusas, apesar de ter ficado fascinada com a história das irmãs Bolena.
Sem dúvidas, o livro traz muitas revelações esclarecedoras sobre a ascenção e queda de Ana Bolena. Como também quebra as distorções românticas trazidas pelo filme.
Fui tão arrebatada pela história que já estou ansiosa pela leitura do que sucede a seguir, com o livro "A herança de Ana Bolena".
Ana Bolena, que mulher obstinadamente geniosa e marcante na trajetória do reinado inglês.
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Lima Neto 26/03/2009

o livro é MUITO BOM, muito bem escrito, muito envolvente, capaz de nos transportar inteiramente para um outro tempo histórico, para um outro mundo, para o mundo dos bastidores, do "podre" que existia por trás da corte, das artimanhas, das seduções, de ambições.
"A Irmã de Ana Bolena" é uma históra fascinante, enriquecedor nos mais diversos aspectos, histórico e cultural, quanto literário.
agora, o filme ficou muito fraco, o que é lamentável. um livro tão bom, tão bem escrito, que daria um "filmaço", mas que ficou tão fraco, uma adaptação tão pífia nas mãos de um roteirista medíocre.
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Fer Kaczynski 13/01/2013

Conheci a autora Phillipa Gregory pesquisando sobre o rei Henrique Vlll e suas mulheres, devido a série The Tudors. O primeiro livro que li dela foi A princesa leal e a maneira como ela escreve nos torna viciados em suas obras, são apaixonantes, principalmente para quem gosta de romances históricos.
Claro que não é um livro em que é descrito perfeitamente a história como ocorreram os fatos, é romanceado, e sendo assim é um livro com aventura, intriga, traições, paixões, rivalidades e tudo o que torna a leitura mais dinâmica e interessante.
Na visão da autora, Maria Bolena, então com 14 anos, a primeira da família (bem manipuladora e interesseira por sinal) a se entregar aos “encantos” do rei, é descrita como uma adolescente doce, muito educada e bondosa não tão inocente como ele pensa, mas ela o encanta com seu jeito meigo e delicado. O rei então casado com Catarina de Aragão, a trai inúmeras vezes, mas as irmãs Bolena, Maria e Ana, foram as mais famosas, as primeiras que tiveram alguma importância em sua vida, muitas reviravoltas de um romance em que demonstra como Henrique Vlll era mimado, obcecado e muito egoísta.
Esse livro deu origem ao filme "A outra" com a atriz Natalie Portman como Ana Bolena e Scarlett Johansson como Maria Bolena, muito bom também.

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