spoiler visualizarjonas.franca.1238 11/02/2019
Azincourt: Onde poucos enfrentaram muitos.
Sempre tem algo na escrita do Bernard Cornwell que nos marca, o modo cru que é descrito o mundo no seu livros, Cornwell é o mestre da ficção histórica e desde Cronicas de Arthur, passando pelas historia de Uhtred até chega a guerra civil americana. As historia tem descrições fortes em todos os livros, mas Azincourt é onde Cornwell ultrapassou seu limite.
Nick Hook sempre foi tratado como um amaldiçoado, pela família e até pelos moradores da vila ao sudeste de Londres, a família de Hook tem uma rixa de sangue com outra da vila, uma rixa q vem de muito tempo, mas isso vai levar Hook a varias situações extremas.
Outro fato marcante de Hook é que vozes falam com ele, a primeira vez q isso aconteceu foi quando uma pobre garota é estuprada por um padre, Hook tenta impedir esse ato e é forçado a fugir o que o leva a cidade de Soissons na França. Lá ele se junta a defesa da cidade e é onde ele encontra São Crispim e São Crispiniano, foram eles que falaram com Hook e com a orientação dos irmãos santos que Hook sobrevive a um dos momentos mais sombrios da famosa guerra dos Cem ano, o massacre de Soissons. Um pausa pra explicar esse momento, Soissons fica na França mas na época era controlada pelo exercito de Henrique V.
Aqui que vemos momento em que Cornwell descreve de uma forma absurda, a invasão de uma cidade pelos inimigos, estupros coletivos de mulheres e crianças, torturas em publico, assassinatos com requintes de crueldade, a descrição chega a ser agoniante de tão realista, claro que já tinha lido em outra obras do autor momentos de violência, mas esse livro foi muito pesado nesse momento, quem não for acostumado com esse tipo de leitura vai ficar mal nesse ponto.
Hook escapa da cidade com a jovem francesa Melisande, os dois acabam junto e rumam novamente para outra aventura, agora sobre o comando de Sir John, um lorde inglês de pavio curto e muito fiel aos homens em seu comando. Eles junto com um dos maiores exercito ja reunido pelo rei Henrique V invadem a França em busca de retomar o trono francês e de certa forma buscar vingança pela cidade de Soissons.
Infelizmente o plano fracassa e Henrique na sua soberba desafia a França numa macha pelo norte do pais, vale lembra que o exercito inglês estava doente, sem alimentos e em um numero menor, alguns historiadores dizem q era 6.000 ingleses contra mais de 30.000 franceses, é como uma versão medieval dos 300 de Esparta.
Alem das descrições históricas outro ponto forte do Cornwell é formula de criar personagens carismáticos, como se trata de um livro único, eles não tem tanto tempo como em outras obras, mas mesmo assim vc odiar e amar vários personagens ao longo do livro
Azincourt é um livro one-short que mostra como Cornwell é único nas descrições da idade media, ele não é politicamente correto e não tem frescura de mostrar como o ser humano é cruel e surjo, o livro conta com um personagem principal diferente dos habituais do escritor, Hook é um católico efervescente q fala com santos (é muito bom ler esses momentos, São Crispim é um pavio curto, enquanto Crispiniano é mais doce) e não é um porradeiro como Uhtred ou Sharper. Melisande, Sir John e padre Christopher são os mais presentes no livro. O livro leva a vantagem de não ser uma serie e por isso vc não será obrigado a espera a boa vontade do autor de encerrar ele.