Ju 23/05/2020
A vingança nunca é plena...
Minha resenha tem spoillers porque não conseguiria me conter, preciso comentar esse livro com detalhes, mas em vez de marcar essa opção, preferi deixei aviso lá embaixo onde eles aparecem, ok? Só parar de ler lá quem ainda não leu, embora eu acredite que a maioria que lê resenha já leu o livro, mas vai se saber...
Primeiramente, ele me lembrou no ato a novela “Chocolate com Pimenta”: mocinhas jovens, pobretonas, ingênuas, apaixonadas pelo playboy da cidade, logo depois humilhadas, abandonando a cidadezinha grávidas e salvas por um ricaço, que a transformam em mulheres poderosas e refinadas que voltam anos depois viúvas e em busca de vingança. Muita semelhança!!
Mas, voltando ao livro ( que se passa quando ainda não havia redes sociais, celulares, e tais, o que adoro, por que os mal entendidos se tornam mais aceitáveis e compreensíveis), o cavalo xucro da vez é Cy Harden, que eu achei pela capa que fosse caubói, mas na verdade tá mais pra CEO, embora ame o campo. Até entendi que ele não teve 100% de culpa com o mal entendido que rolou no passado, já que desconhecia o passado e as artimanhas da ardilosa mãe, mas ainda assim custava ouvir a mocinha Meredith?? Fora isso, achei-o muito arrogante, grosseiro com as demais pessoas, mimado, irritadiço e sim, bem machista. Sim, eu sei, não é novidade nenhuma nos livros da DP.
Já Meredith tem mais fibra do que as outras mocinhas que li dessa autora, sabe se impor muito mais, mas, poxa, custava ela ser um pouco teimosa e se esforçar mais pra obrigá-lo a ouvi-la?? Sei que se fosse fácil assim o livro perderia a graça, mas fico impaciente com esses mal- entendidos!!!! Ainda assim ele continua estúpido, fala umas merdas pra ela que me deixou fula e achei que ela foi muito sangue de barata, ainda que estivesse deixando pra ir á forra na hora h de se revelar; aliás, foi 10 ela ter se disfarçado de pobre e ter aceito trabalhar de garçonete pra ele, que jogada esperta e hilária!!
Quanto ao finado marido dela, já achei isso surreal demais, dar a sorte de casar com um milionário estando grávida de outro, fora que, sinceramente, não acredito que ela tenha chegado a amá-lo não, acredito que deve ter sido uma gratidão gigantesca, mas amor?? Não... Aliás, imagino o desgosto do coitado no túmulo em saber que ela, no final de tudo, voltou pro homem que a arrebaixou tanto...
Gostei muito dos diálogos adultos desse livro, já passei muita raiva com cada livro com texto infantilóide, que espero não dar mais esse azar novamente, mas só não dei 5 estrelas porque pra um livro com mais de 300 página (uma “barriga” lá pelo meio, mas perdoável, já que a história volta a incendiar lá pro final)” e uma letrinha que deu trabalho pra ler á noite, alguns detalhes ficaram sem um final satisfatório, então
*****************************ATENÇÃO, SPOILLERS**********************************
* Cy e a mãe fizeram as pazes com o tio-avô??
* Cy ia ajudar o Don a expulsar Meredith da própria empresa pra que ela, sem alternativa, viesse a se casar com ele e se tornar dona de casa só porque ele tinha ciúmes da vida dela de empresária, coisa que ele confessou que sentia?? Achei que ela ia pressioná-lo a responder, mas não rolou Achei essa atitude dele machista e mesquinha demais!!! E a burrice dele cometendo os mesmos erros do passado me deixou fervendo!!! E novamente ela não fez muita questão de se explicar!!!!
* Esperava um clímax maior pra revelação de que Cy é o pai do Blake.
* E Don ficou impune demais pro meu gosto, traiçoeiro demais, 0% confiável, me perguntei até se ele não planejou o sequestro do sobrinho. Será?? Sei não...
Tirando esses detalhes, gostei muito da história, o casal tem uma química legal, Cy é um homão- literalmente ;) !! -, másculo e tais, apesar de seus defeitos e de ter sim, procurado melhorar; o Sr. Smith, foi bem legal, Blake também, apesar da iguana ter me dado arrepios; Myrna me deu ódio no começo do livro, mas aos poucos ela vai se redimindo e nos conquistando e gostei muito também das descrições da cidadezinha e das histórias indígenas, e é isso, q ue venham mais livros bons como esse.
Ah, já ia esquecendo: menção honrosa aqui pra Lara, a peguete de Cy, ruiva e fútil , porém, defensora dos animais, embora eu esteja sendo hipócrita, porque assim como Cy, também como carne...
Ah, 2: Que tanto a autora ou a tradutora gamou no verbo “carranquear”!!! O mocinho desse livro fazia isso a cada página lida! E “pequenina” é um adjetivo carinhoso tão cafoninha... Enfim, fico por aqui, finalmente!