Seis passeios pelos bosques da ficção

Seis passeios pelos bosques da ficção Umberto Eco




Resenhas - Seis Passeios pelos Bosques da Ficção


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booksdalaus 15/11/2023

Seis passeios pelos bosques da ficção
O que é o texto de ficção?
Em que medida ele difere da verdade histórica?
E o que ocorre quando o leitor mistura os papéis e considera como reais personagens fictícias ou vice-versa?

Estas e outras questões cruciais da arte narrativa são discutidas, de forma acessível e bem-humorada, por Umberto Eco, nestas seis conferências que realizou em 1993 na Universidade Harvard.
De Esopo a Ian Fleming, de Edgar Allan Poe e Nerval aos modernos experimentos de Georges Perec, passando ainda pela Paris de Alexandre Dumas, o noticiário da Guerra das Malvinas, os filmes pornográficos e seus próprios romances, Eco investiga os diversos aspectos da leitura, expandindo nossa percepção não apenas do mundo ficcional, mas também da própria realidade.
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Karen 19/03/2023

Um bosque diferente
Eco nos coloca em um bosque particular, original, onde a técnica e a emoção andam de mãos dadas.
Absolutamente INCRÍVEL!! ?
"As coisas parecem mais fáceis quando se trata de verdades ficcionais".
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Ana 28/12/2022

Panorama interessante
Ótima leitura para uma visão da literatura de ficção. Minha primeira leitura de eco, aliás. Sei que não comecei bem mas gostei da maneira como discorre sobre suas ideias
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Gabriel Oliveira 12/04/2021

Um livro que deveria ser mais conhecido
Eco foi um acadêmico que virou romancista aos 48 anos. O que ele tem a nos ensinar?
A resposta é: muito.
Nessas conferências que ele deu, transformadas em livro, ele discute várias nuances da escrita ficcional que são de gigantesco valor especialmente para quem pensa em escrever.
A escrita ficcional que afeta o mundo real, a diferença autor empírico e o autor ideal, as molduras narrativas nos contos (especialmente num conto de Poe)... tudo isso e muito mais.
Boa parte do livro é dedicada a Sílvia, de Nerval e isso me incomodou um pouco. Dá pra ver que ele era obcecado por essa obra. Eu comprei Sílvia e vou ver se acontece o mesmo comigo.
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Paulo Silas 09/04/2021

De que é composto o texto ficcional? O que existe na ficção que faz com que seja compreendida enquanto tal? De que maneira um texto ficcional pode ser diferenciado de um texto que retrata algo da realidade? Há algo da realidade presente na ficção - e a ficção se apresenta de algum modo na realidade produzindo algum efeito concreto? É torno de questões tantas como essas que Umberto Eco escreve o seu "Seis Passeios pelos Bosques da Ficção", abordando a arte narrativa por meio de diversos exemplos da literatura e da história para estabelecer algumas diretrizes possíveis para que essa relação entre o texto ficcional e a realidade possam ser minimamente apuradas.

O autor abre a obra com o seu primeiro passeio explanando sobre a importância que a figura do leitor tem para a história, diferenciando o leitor-modelo do leitor empírico e todas as implicações que decorrem dessas diferentes formas de leitor - cuja diferenciação também é feita para com a pessoa do autor. No segundo capítulo, questões como o tempo da narrativa e a distinção entre história e enredo são abordadas. No capítulo 3, o tema do tempo na narrativa é aprofundado, evidenciando o autor que numa obra de ficcção três são as formas de o tempo figurar - o tempo da história, o tempo do discurso e o tempo da leitura. No capítulo seguinte, o acordo ficcional que implicitamente se estabelece com o leitor ao ter em mãos uma obra de ficção é apresentado como condição necessária para que o texto funcione como... ficção. No quinto capítulo é a relação entre o mundo ficcional da obra com o mundo da realidade em que se situa o leitor que recebe a abordagem do autor. Por fim, no último capítulo os protocolos ficcionais recebem enfoque, questionando o autor se não poderia o mundo real ser lido como fosse uma obra de ficção. E é assim, com nuances, desdobramentos e aprofundamentos nesses tantos e outros temas, que os seis passeios são feitos.

O livro é resultado de uma série (seis) de conferências realizadas pelo autor, que foram reunidas nessa excelente obra. A forma com a qual Umberto Eco trata das questões do universo ficcional é cativante e divertida. A seriedade e profundidade acadêmica são mantidas adotando um tom simples na sua fala, permitindo que mesmo o leitor não situado no foro acadêmico da narrativa acompanhe integralmente tudo o que é trabalhado no livro. Os exemplos ilustrativos são diversos: obras Edgar Allan Poe, Alexandre Dumas, Arthur Conan Doyle e inclusive suas próprias são abordadas ao lado de exemplos como a fórmula da Coca e os filmes pornográficos, permitindo assim uma compreensão própria da relação entre a realidade e o ficcional que constitui o tema central do livro. Leitura fundamental para quem quer percorrer os meandros da narrativa.
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Sara Muniz 20/04/2020

RESENHA - SEIS PASSEIOS PELOS BOSQUES DA FICÇÃO
Seis passeios pelos bosques da ficção é uma obra riquíssima de Umberto Eco, que tenta nos responder perguntas como: o que é o texto de ficção? Em que medida ele difere da verdade histórica? E o que ocorre quando o leitor mistura os papéis e considera como reais personagens fictícias ou vice-versa? O que é um leitor-modelo? Qual é a diferença entre um autor-modelo, autor empírico e narrador? Todas essas dúvidas são sanadas por meio de exemplos incríveis, mas que exigem um conhecimento literário intermediário.

Seis passeios pelos bosques da ficção é um livro técnico sobre a narrativa e a história ficcional. Para compreender as referências mencionadas para compreender as referências mencionadas por Eco, é necessário ter um conhecimento intermediário em Literatura Universal, pois o autor utiliza histórias e personagens clássicos para dar exemplos e explicações e é preciso ter essas referências. Do contrário, é provável que você não entenda nada da leitura, recomendo não comprar o livro aleatoriamente!

Os seis passeios que o leitor dá, são os seis capítulos da obra:

1. Entrando no bosque
2. Os bosques de Loisy
3. Divagando pelo bosque
4. Bosques possíveis
5. O estranho caso da rue Servandoni
6. Protocolos finais

A metáfora "bosques" do título, refere-se à narrativa, que é como um passeio por um bosque. Tanto o autor quanto o leitor podem fazer escolhas de diferentes caminhos a percorrer. Cada passeio te leva a um lugar diferente, com paisagens diferentes, todo bosque (narrativa) proporciona uma viagem diferente, e cada leitor interpreta essa viagem de acordo com as suas vivências e experiências.

"Já que tento justificar todos os títulos que tolamente escolho para minhas obras, permitam-me justificar também o título de minhas conferências Norton. "Bosque" é uma metáfora para o texto narrativo, não só para o texto dos contos de fadas, mas para qualquer texto narrativo. Há bosques como Dublin, onde em lugar de Chapeuzinho Vermelho podemos encontrar Molly Bloom, e bosques como Casablanca, no qual podemos encontrar Ilsa Lund ou Rick Blaine. (...) um bosque é um jardim de caminhos que se bifurcam. Mesmo quando não existem num bosque trilhas bem definidas, todos podem traçar sua própria trilha, decidindo ir para a esquerda ou para a direita de determinada árvore e, a cada árvore que encontrar, optando por esta ou aquela direção. Num texto narrativo, o leitor é obrigado a optar o tempo todo. Na verdade, essa obrigação de optar existe até mesmo no nível da frase individual." (p. 12)

Li essa obra para a matéria de Crítica Literária, ou seja, foi uma das últimas obras que analisei no curso de Letras. Embora o texto pareça complexo, creio que o melhor caminho seja fazer realmente uma leitura e um estudo aprofundado, pois esse livro não foi escrito para ser lido apenas uma vez e por prazer. É uma leitura técnica. Se você busca saber mais sobre a magia por trás do texto ficcional e tudo o que o envolve, esses seis passeios são os melhores caminhos!

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS, LINKS E IMAGENS DO LIVRO, VISITE O MEU BLOG:

site: https://interesses-sutis.blogspot.com/2019/06/resenha-seis-passeios-pelos-bosques-da.html
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Ocelo.Moreira 17/03/2020

Um Livro Sobre o que é Ficção e o que é Realidade
Não é um livro sobre técnicas de escrita ou como escrever melhor. É um livro sobre comparação entre a ficção e a vida real, sobre o impacto da ficção na vida das pessoas.

É um livro sobre livros que marcaram épocas, cujo estilo e criação literária se confundiram com a vida real, causando assim confusão em seus leitores.

É também sobre personagens ficcionais que pareceram existir na vida real como por exemplo, Sherlock Holmes. E também sobre endereços que não existiam na época e foram mencionados em romances clássicos por seus autores.

Ou seja, na verdade é um livro sobre a visão, a observação, a pesquisa literária e a paixão por tais romances clássicos do autor Umberto Eco.
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Cicera Evila 26/02/2020

Seis Passeios pelos Bosques da Ficção
Este livro traz 6 palestras ministradas pelo mestre Umberto Eco.

Como não poderia deixar de ser, é um livro excelente e indispensável para quem estuda ou tenta compreender o que é essa tal de ficção.

Eco faz análises elucidativas acerca da natureza da ficção, metaforizada como um bosque - ou diferentes bosques.

No entanto, não para por aí. Ao explicar a natureza da ficção também explica os parâmetros da realidade, estabelecendo, inclusive, as intersecções entre uma e outra e como isso nos afeta enquanto leitores, tanto de Ficção como da Realidade.

A cereja do bolo é ver alguém que ama livros e arte e literatura falando disso. Por mais erudito que Eco seja, nunca abandona o didatismo e amor pelo assunto tratado.
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Sobrinho 29/04/2018

Teoria literária
Umberto eco é um autor diferenciado, pois isso, percorrer sua obra é um privilégio, ainda mais quando se trata do conhecimento sobre teoria ficcional. Recomendo.
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Wellington V. 17/07/2011

Acessem: http://mosaico.blogs.ie/2007/10/30/seis-passeios-pelos-bosques-da-ficcao/
Que o autor -- Moisés Sbardelotto -- tem razão! (risos)
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Ana 20/07/2010

Para se perder na ficção
Um livro muito interessante e super válido de ser lido - especialmente para os amantes, interessados e/ou aficcionados por literatura. É um livro que mistura a poética dos leitores com a racionalidade dos intelectuais.

Eco fala de modo muito inteligente, citando diversas e inúmeras outras obras, autores e fatos. São tantas citações que, na verdade, o leitor chega a se perder, se não tiver uma competência enciclopédica do tamanho que o texto exige. Por ser uma adaptação de um congresso dado pelo autor, o livro não segue um fluxo normal. É muito mais rápido do que o comum, como que num fluxo de consciência. Isso também dificulta um pouco a leitura.

Mas o livro vale totalmente à pena.
As ideias são interessantes, as analogias e conceitos muito bem construídos. Tudo referente ao mundo da ficção está ali dentro. Os problemas, mau entendidos e hábitos dos leitores são inteiramente analisados.

Um prato cheio para quem gosta de ser perder nos bosques ficcionais.
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