Eu & Outras Poesias

Eu & Outras Poesias Augusto dos Anjos




Resenhas - Eu e Outras Poesias


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caspaeletrica 07/03/2023

9.5/10: "Eu (o melhor poeta brasileiro) e outras sofrências"
Coroado a pessoa mais depressiva de todo o planeta terra, o Augusto dos Anjos também ao meu ver pode ser consagrado como o melhor poeta da nossa literatura.

Ele simplesmente é genial e preciso, há tanta emoção nas escritas dele e as suas escolhas de palavra são simplesmente fantásticas!!

A surr4 nos parnasianistas que nem humanos eram.

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MELHORES POEMAS: MONÓLOGO DE UMA SOMBRA, O MORCEGO, A IDEIA, PSICOLOGIA DE UM VENCIDO, O LÁZARO DA PÁTRIA, IDEALIZAÇÃO DA HUMANIDADE FUTURA, SNT AGREGADO INFELIZ DE SANGUE E CAL, O D-VERME, DEBAIXO DO TAMARINDO, BUDSM MODERNO, SOLITÁRIO, MATER ORIGINALIS, O MAR A ESCADA O HOMEM, RICORDANZA DELLA MIA GIOVENTI, A UM MASCARADO, GEMIDOS DE ARTE, A ILHA DE CIPANGO, POEMA NGRO, GEMIDOS DE ARTE & ALUCINAÇÕES À BEIRA MAR

PIOR POEMA: AGONIA DE UM FILÓSOFO

9.5/10
Max 08/03/2023minha estante
Vou por na lista, Arthur!?


Portela 10/03/2023minha estante
Hmmm fiquei interessado, vou salvar


caspaeletrica 13/03/2023minha estante
@Max @Porta muito bom gente!! Vale muito a pena entrar em depressão com esse livro, minha dose de sertralina aumentou mas tá tudo certo!! ?




Gustavo Carnelós 06/03/2023

Breves palavras sobre "O Morcego" e Augusto dos Anjos
"Abandonai toda a esperança, vós que aqui entrais". Quando pensei em falar algo sobre a obra de Augusto dos Anjos (1884-1914), foi essa a frase que imediatamente me veio à cabeça: o aviso escrito no portão do Inferno, em "A Divina Comédia", de Dante. Pois quem se atreve a ler as palavras do célebre poeta paraibano faz uma viagem pelas profundezas mais escuras da alma humana.

Mas espere! Responderei com as mesmas palavras do guia de Dante, quando ele se deparou com aquela sinistra mensagem: "Não temas, tu ainda vives!"

Como amostra de sua obra, recorro ao soneto "O Morcego", que exemplifica a maestria tétrica deste escultor de versos. Um soneto que inteligentemente transforma a figura medonha do mamífero alado numa metáfora para algo que atormenta o poeta. E a todos nós, eu diria, ao longo da vida. O que parecia ser o embate com a invasão de um animal indesejado, torna-se então a reflexão sobre o que levamos dentro de nossas cabeças.

Mas não só seu conteúdo é impactante, como também sua forma: por toda a sua obra, Augusto dos Anjos derrama um riquíssimo vocabulário, com presença frequente de termos científicos, para escancarar o infortúnio da condição humana na Terra - vítimas da matéria, porém, portadores do pensamento. E na leitura vamos conhecendo a dosagem de um e de outro: uma mistura da biologia do corpo com o conflito existencial de quem é consciente da própria finitude.

Por que ler Augusto dos Anjos? Repito: tu ainda vives! E ainda respondo a pergunta com outra pergunta: por que deveríamos ter medo do escuro?
Suzy 27/05/2023minha estante
Que resenha gostosa de ler. Não sei se você escreve, ou se tem vontade, mas acho que deveria :)




wiridia.ju 04/03/2023

244 = 1000
As 244 páginas mais custosas que eu já li, nem meu TCC foi tão difícil, Kkkkkkkkkkk, não é zoeira não, falo sério.
São poemas muito tristes, não dá para ler enquanto come, pois tem muitas alusões a coisas e situações que trazem desconforto estomacal, é uma leitura rebuscada, e com rebuscada eu quero dizer COMPLEXA REAL! Eu pesquisei quase 80% do livro, kkkkkk, não me orgulho e e não sinto vergonha, porque de fato, era muito termo novo.
Todavia, é um livro rico, rico em reflexão, rico em questionamentos sobre a vida, sobre a sociedade e sobre sentimentos, vale a pena o tempo gasto, além de ser uma leitura boa para conhecer o estilo inconfundível do Augusto, é bem marcante como ele é pitoresco e genioso de igual modo.
Não recomendo, mas admiro o desejo genuíno de ler, creio que se você quiser ler desde o início (quando não é seguindo apenas indicação) e já chegar sabendo os seus viéses, com toda certeza vai gostar.
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carol couto 03/03/2023

Haja estômago!
Putrefação, morte, decomposição da carne, putrefação, tristeza, solidão, desamor, putrefação, descontentamento... eu já disse putrefação?
adoro ler clássicos e ter experiências de leituras de vários momentos literários, porém, a obra de Augusto de Anjos não fluiu tão bem para mim. um livro tão pequeno que levei quase um mês para ler! não curto poesia taaanto assim, e com temas tão melancólicos, foi mais difícil ainda me prender. porém, nunca desprezarei a importância que esse escrito tem para a história literária!
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@diariodeumaletrologa 21/02/2023

Genial, brilhante, singular, Augusto é único!
Um livro que merece ser lido, conhecido, apreciado, divulgado. "Eu" é uma daquelas obras que precisam ser enaltecidas pela originalidade do poeta, autor que faleceu cedo, aos 30 anos. "Eu" não é uma obra individual, mas coletiva e traduz as angústias de vários "eus", para além das do eu lírico ou das do autor.
O paraibano explora o léxico científico, emprega versos decassílabos, às vezes com apenas duas palavras, sua poesia apresenta traços de várias escolas literárias, permanecendo sempre moderna. A poesia de Augusto é sonora, musical, são textos não somente para os olhos, também para os ouvidos, impossível não ler em voz alta, recitar enquanto lê.
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Mai 01/02/2023

Os poemas são incríveis!! São cheio de emoção, umas bem pesadas e melancólicas, mas ainda si emoção kkkkkkkk
O livro é muito bom, tem uma perfeição na escrita e é impressionante o controle do autor em tudo! Cada poema e soneto é melhor que o outro, mas amei, mas todos são de uma visão pessimista do mundo
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Gustavo 20/01/2023

VIAGEM EXTRAORDINÁRIA
Somente com a leitura desse exemplar é que me dei conta que a obra de Augusto dos Anjos foi muito além dos seus poemas de estética pessimista. Na seção "Outras Poesias", encontramos poemas de caráter fortemente românticos e simbolistas, que não entraram na edição publicada de "Eu". Só senti falta de uma introdução falando mais sobre sua obra e sobre essas fase (provavelmente) anterior à publicação de seu (único) livro.
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dani 08/01/2023

!
Augusto dos Anjos carrega em sua poesia temas mórbidos que vem com a morte. São versos sombrios que te deixa sem fôlego. Achei a linguagem um pouco complicada mas nada que afetasse o entendimento do que ele queria dizer.
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portax_y 03/01/2023

Sobre a obra "Eu"
Talvez meu escritor pré-modernista favorito junto de Lima Barreto.

Por hora li apenas sua obra principal "Eu", mas através desta, é possível notar suas principais características: o rigor simbolista, o cientificismo e a herança romântica melancólica da segunda geração.

Não há muito a falar a respeito de contexto histórico e movimentos influentes justamente pela contextualização excepcional da edição, mas do livro propriamente dito, caso esteja disposto a sofrer com versos íntimos e termos complexos que abrangem desde a medicina a astronomia, é sua melhor opção.
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Leandro.Bonizi 19/12/2022

Augusto dos Anjos nasceu em 1884, escreveu seus primeiros versos aos sete anos, e publicou seu primeiro poema em 1900. Formou-se em Direito em 1907. Dedicou sua carreira ao magistério, sendo professor de Literatura. Publicou apenas este livro em vida, em 1912, e morreu em 1914. Foi contemporânio do simbolismo e parnasianismo. Uma poesia excessivamente naturalista, numa concepção materialista numa poesia repleta de termos nada poéticos, assim como termos científicos. Usa de rimas extremamente originais e inusitadas, algumas chegam a ser bizarras, inesperadas, exóticas.

Fala que leva uma vida anônima de larva. É sombrio, tenebroso. É comum termos de podridão e nojo, e fala muito de vermes que comem a carne humana. O livro inteiro é repleto de nome de doenças, termos e biologia, e com seu niilismo não enxerga a vida como um milagre. É frequente a imagem da morte, fala inclusive da do filho como desprovida de significado. Expressa a imagem do ser humano como um mero pedaço de carne. Termos comuns em seus poemas são "carniça", "mucosa", "pus", "esterco", "estrume", "decomposição", "putrefação", "lodo", "sangue", "trevas", "vermes" e muitos outros termos mórbidos ou que denotam nojo.

Aqui expressa com termos nada líricos sua heresia:
"Escarrar de um abismo noutro abismo,
Mandando ao Céu o fumo de um cigarro,
Há mais filosofia neste escarro
Do que em toda a moral do Cristianismo!"

Fala também de luxúria, de devassidão, da miséria humana. Não acredita no amor.

Morbidez muito presente:
"Comi meus olhos crus no cemitério,
Numa antropofagia de faminto!"

Fala que a matéria depois de decomposta formará outros seres vivos, mas baseado na ciência: "Depois da morte, inda teremos filhos!"

Fala da irrelevância que a sua morte terá para outras pessoas:
"Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
(...)
A mão que afaga é a mesma que apedreja."


Reparem no jogo de palavras deste trecho:
"E quando vi que aquilo vinha vindo
Eu fui caindo como um sol caindo
De declínio em declínio; e de declínio
Em declínio, como a gula de uma fera,
Quis ver o que era, e quando vi o que era,
Vi que era pó, vi que era esterquilínio!"

Em Outras Poesias não tem tanto as características essenciais de "Eu", alguns até possuem certo lirismo. Exemplo esses versos que remetem Platão:
"Gozo o prazer, que os anos não carcomem,
De haver trocado a minha forma de homem
Pela imortalidade das Idéias!"
Outro exemplo:
"Quando nasci, num mês de tantas flores,
Todas murcharam, tristes, langorosas,
Tristes fanaram redolentes rosas,
Morreram todas, todas sem olores.

Mais tarde da existência nos verdores
Da infância nunca tive as venturosas
Alegrias que passam bonançosas,
Oh! Minha infância nunca tive flores!

Volvendo à quadra azul da mocidade,
Minh’alma levo aflita à Eternidade,
Quando a morte matar meus dissabores.

Cansado de chorar pelas estradas,
Exausto de pisar mágoas pisadas,
Hoje eu carrego a cruz de minhas dores!"

Esses versos me lembram a frase de Stalin: "A morte de um homem é uma tragédia, de cem milhões uma Estatística":
"Numerar sepulturas e carneiros,
Reduzir carnes podres a algarismos,
Tal é, sem complicados silogismos,
A aritmética hedionda dos coveiros!"

Esse tende para o simbolismo, lembra até Cruz e Sousa:
"Canta teu riso esplêndido sonata,
E há, no teu riso de anjos encantados,
Como que um doce tilintar de prata
E a vibração de mil cristais quebrados."
Neste também:
"E tudo quer que nessa flor se enleve
O poeta. É que dessa concha armínea,
Da lactescência angélica da neve,

Se evolam castos, virginais aromas
De essência estranha; olências de virgínea"
Há diversos outros exemplos.

Neste faz homenagem à raça negra:
"Teus braços brônzeos como dois escudos,
São dois colossos, dois gigantes mudos,
Representando a integridade humana!
(...)
Ao bruto encontro dos ferrões agudos
Gemeu por muito tempo a alma africana!"

Em Outras Poesias demonstra até otimismo:
"A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença,
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança."

Mas também da morte como cura:
"E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da Morte a me bradar; descansa!"

Fala da luxúria de um modo que também lembra Cruz e Sousa:
"Ânsias que pungem, mórbidos encantos,
Crepitações de flamas incendidas
N'alma explodindo como fogos santos,
Vão pelo mundo ensangüentando as Vidas.

Eflúvios quentes e fatais quebrantos
Crestam a alma das virgens adormidas..."

Com frequência associa a Lua ao seu sofrimento.
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anaclaraleitegomes 27/10/2022

Tristeza e afins!
?Escrito em 1912
?Um poeta extremamente melancólico e com várias leituras possíveis de seus poemas.
?Acervo de fonemas, vocábulos e imagens no texto.
?Acredito que eu nunca conseguirei entender a obra completa de Augusto, por isso cabe uma releitura com o passar do tempo.
?Possui vários sonetos.
?Linguagem científica, intelectual e dramática.
?No texto de Augusto, vamos encontrar sempre a tristeza, a mágoa e a melancolia.
?Me identifico muito com alguns poemas dele e isso me assusta.
?Meus poemas favoritos:
?Solilóquio de um visionário
?O morcego
?Psicologia de um vencido
?Debaixo do tamarindo
?Idealismo
?Último credo
?Solilóquio de um visionário
?Vandalismo
?Versos íntimos
Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
"Me identifico muito com alguns poemas dele e isso me assusta." ? Me identifico!


anaclaraleitegomes 01/04/2023minha estante
Ele é ótimo


Santos de Cristo 26/08/2023minha estante
Tristitia...




Satella Heart 20/09/2022

;-;
Ainda não é minha vez, eu sabia o que era as palavras separadas, juntas não faziam sentido nenhum, li pra um trabalho da escola e não foi agradável, ter lido ou não, não fez diferença, algum dia espero estar pronta para ler ele de maneira mais apropriada e respeitosa para poder realmente avalia-lo, até lá è 1 estrela mesmo
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Larissa Guedes de Souza 06/09/2022

Finalmente li a obra de um dos meus conterrâneos mais famosos, Augusto dos Anjos. Confesso que nunca tinha lido por puro preconceito adquirido na época da escola. Pois no Ensino Médio só me foi apresentado como alguém que escrevia poesia escatológica, e trechos como "Apedreja essa mão vil que te afaga / Escarra nessa boca que te beija!". E sim, ele escreve sobre a morte e sobre uma versão pessimista da vida, mas hoje compreendo que isso é justamente representativo do seu talento, o que na adolescência não pude admitir (aí já é uma grande discussão, que não cabe aqui, sobre como certos autores e textos são apresentados a crianças e adolescentes na escola...).

Poesia não é o meu forte, nem os temas que ele trata, mas é indiscutível o talento e a inteligência de um autor que consegue escrever de forma tão eloquente e tão visceral quanto Augusto dos Anjos. Como ele consegue ao mesmo tempo seguir todas as "regras" da poesia, com métricas, versos e estrofes perfeitos, e quebrar padrões tratando de temas que não eram tidos como "poéticos" ou "líricos". É incrível como ele consegue passar os sentimentos mais profundos com uma franqueza, que beira o chocante, tudo isso usando vocabulário erudito e até termos científicos na suas descrições.

Augusto morreu com 30 anos e deixou apenas um livro. No início não foi acolhido nem pela crítica, nem pelos leitores, mas hoje é aclamado como um dos mais importantes poetas brasileiros. Não é um livro para todos, pois não é simples, nem fala de coisas bonitas. Mas é um desafio massa desvendar Augusto dos Anjos, pois é exatamente isso que fazemos ao ler este livro, que não poderia ter título mais apropriado que "Eu".

Leia mais resenhas no Bibliomaníacas

site: https://bit.ly/Bibliomaniacas
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helena 20/07/2022

coveiros, fome e outros ensaios
eternas poesias incompreendidas, mortas e famintas. difícil de ler e digerir, e te segura por um só fio de lucidez restante.

enfim, genial.
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Herica.Kalyne 02/07/2022

Augusto impressiona com sua escrita um tanto quanto niilista pessimista. Seu único livro publicado nos remete a sua escrita única como uma forma diferenciada de fazer poesia indo além dos traços romancistas da época. Utilizando-se de muitos termos médicos, confesso que em muitas vezes recorri à pesquisa para poder entender do que se tratava os versos escritos. Pena que somente uma obra foi publicada, seus escritos com certeza encantariam com mais publicações a todos os amantes de uma boa poesia.
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