O homem que via o trem passar

O homem que via o trem passar Georges Simenon




Resenhas - O homem que via o trem passar


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Rafa 31/03/2024

Não é mas uma história do Maigret ou de detetives. Aqui o enredo é contado do ponto de vista do antagonista. Uma pena que achei ele meio enfadonho, mas a premissa é muito boa.
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Georgeton.Leal 29/03/2024

Nos percalços da transgressão e da busca pelo sentido
"Breaking Bad" é uma expressão idiomática em inglês que refere-se ao fato de alguém agir bruscamente de forma violenta ou meramente se tornar um criminoso. Essa sentença ficou bem mais conhecida mundialmente depois da série homônima que fez muito sucesso anos atrás. Mas no que o livro de Georges Simenon me fez lembrar disso? O protagonista Kees Popinga e o famigerado Walter White tem algumas coisas parecidas entre si: ambos começam como homens comuns, aparentemente inofensivos, mas que após um estopim sobrevindo de situações trágicas, são impulsionados a mergulhar em um mundo de crime e violência. Ambos sofrem uma espécie de quebra de identidade, deixando para trás suas vidas anteriores para se tornarem figuras completamente diferentes, descobrindo assim, facetas obscuras de si mesmos.
Em "O Homem que via o trem passar", Simenon habilmente retrata essa tumultuosa trajetória de Popinga através de um abismo de transgressão moral e caos existencial, caminhando em meio a um turbilhão de emoções e eventos imprevisíveis. A complexidade e indiferença do protagonista são aspectos de destaque ao mesmo tempo em que ele se vê envolvido em situações cada vez mais desconcertantes enquanto tenta fugir da polícia.
Além de apresentar uma narrativa envolvente e suspense pulsante, esse livro também nos desafia a refletir sobre o que realmente define a essência de um ser humano e até onde ele está disposto a ir em busca de autoafirmação. Enfim, Kees Popinga e Walter White são personagens que até podem ter tido finais diferentes, mas chegaram num ponto onde tiveram que encarar aquilo que qualquer infrator cedo ou tarde irá sofrer: as terríveis consequências de suas próprias escolhas.
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Eddie.Erikson 22/08/2022

Leitura curta, nada espetacular, mas interessante. Começa cansativo até o desenvolvimento, depois o enredo te deixa mais afundo na história e lê de uma só vez.
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Brito 12/02/2021

O Homem que Via Passar os Comboios de Georges Simenon
Este romance não é o que parece ser, mas também não é o que não parece, mas podia tornar-se.
É uma pequena obra-prima, demasiado grande para ser enquadrada, foge aos conceitos habituais como um rio sempre a correr para o mar.
Parece um livro policial, mas não há suspense, sabemos quem é o criminoso, a investigação policial é irrelevante, e o foco está sempre ligado no criminoso, um pequeno burguês que nunca viveu a própria vida, nunca partiu, ficou sempre aquém, acabando por viver a vida que lhe restava, uma vida respeitável, ordenada e é um episódio gratuito de desfalque do patrão, e da falência da empresa onde trabalhava, que o faz tornar-se passageiro de um desses comboios que ele literalmente via partir para o mundo. E a profundidade desta personagem começa logo aqui, porque partiu?, são várias as respostas possíveis, nenhum delas completamente falsa, nenhuma completamente verdadeira, uma coisa é certa, começa aqui a viagem para o auto-conhecimento da personagem, para o arrancar de todas as máscaras que lhe cobrem o rosto, o coração, a razão, as máscaras vão cair todas, uma a uma, até Popinga, agora um criminoso, escrever: «Não há então ninguém que compreenda que era "antes" que eu não estava no meu estado normal? "Antes", se tinha sede, não ousava dizê-lo, nem entrar num café. Se tinha fome, em casa de pessoas, e me ofereciam comida, murmurava por delicadeza: - Não, obrigado!»
Há demasiadas metáforas vivas no caudaloso rio deste romance para que não se torne inevitável lê-lo. É uma óptima leitura.
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Martelletti Bragança Lucio 14/01/2021

O homem que via o trem passar
Kess Popinga larga trabalho e família para trás e parte para uma nova vida... anda perdido tentando se encontrar... paralelo a isso foge da polícia após cometer uma série de crimes. Cenário: França, Holanda e Bélgica.
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Vladia Castro 27/08/2019

O homem que via o trem passar (Georges Simenon) 🌟🌟🌟 .
Kees Popinga é demitido do emprego e dá uma doida (rsrsrs). Resolve sair da vida normal na Holanda e vai p Paris, após acreditar ter matado uma garota de programa. Ele encara a aventura como uma partida de xadrez. #keespopinga #georgessimenon #abrilcultural
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regifreitas 23/02/2018

Um romance policial que foge do esquematismo estabelecido pelo gênero, sendo, o grande mérito da obra, justamente essa transgressão. Temos um criminoso (embora involuntário), perseguido pela polícia, e o público que acompanha o desenrolar de tudo através dos jornais. Mas assistimos isso pelo ponto de vista do protagonista, espécie de anti-herói, na figura do procurador falido Kees Popinga.

Popinga é um personagem interessantíssimo. Pai de família, funcionário exemplar, vivendo anestesiado pela rotina, tem, aos quarenta anos, sua vida completamente alterada após tomar conhecimento da falência da empresa onde trabalhou nos últimos quinze anos. Infeliz no casamento, com filhos que não lhe despertam nenhum tipo de sentimento, Popinga decide, com a perda do emprego, levar uma existência despida de qualquer convenção social ou orientada por qualquer tipo de lei – simplesmente entra em um trem noturno e foge em direção a um futuro incerto, deixando tudo para trás. A partir desse fato, uma sucessão de acontecimentos beirando o absurdo e o patético, acabam se desenrolando, tornando o homem que representava o papel do “bom holandês”, em uma espécie de celebridade conhecida como o “Sátiro de Amsterdã”.

A escrita de Simenon é precisa, e através do ponto de vista de Popinga tece uma rede de reflexões sobre a hipocrisia da sociedade, o fardo das obrigações sociais, os sentimentos de fachada que somos obrigados a engolir ou simular ao longo da vida. Embora Popinga leve sua liberdade às últimas consequências, fica aquela sensação de que, afora seus excessos, muitas vezes temos vontade de agir como ele. Uma obra-prima sobre a tragédia do homem moderno!
Marta Skoober 23/02/2018minha estante
Produziu bastante, hein?


regifreitas 23/02/2018minha estante
O livro merece! Melhor leitura do ano até agora!


Gláucia 23/02/2018minha estante
Uau! Quero ler! Só conheço dele os livros do comissário Maigret e esse parece bem diferente.


regifreitas 24/02/2018minha estante
nunca tinha lido nada dele, Gláucia. agora quero conhecer outras coisas!




IvaldoRocha 14/11/2015

Mais que uma história policial.
Às vezes alguns tipos de livros acabam sendo considerados como uma literatura de menor importância, algo para não ser levado tão a sério, aquele livro para ler num dia de chuva quando se está em férias na praia. Nada contra, quem nunca quis ler algum livro desses, apenas pelo prazer de ler e ver o tempo passar.
Mas na verdade a cada novo livro lido você acaba descobrindo que na verdade não existe um tipo de literatura maior ou menor, mas sim livros que se apresentam como “grandes” seja lá qual for o seu ramo literário.
O Homem que via o trem passar é um desses livros. Um romance policial, muito bem escrito, de uma leitura rápida e fácil, mas você vai ficar pensando nele por mais algumas semanas após terminar a leitura.
Kees Popimga, homem na faixa do 40 anos, tendo vivido, até então, uma vida exemplar “O Bom Holandês”, por motivos que você verá, resolve viver sem mais se preocupar com qualquer tipo de convenção, o certo e o errado já não mais existem.
Você acompanhará Popinga e conhecerá a cidade de Paris em todas as suas nuances e mais que isso, conhecerá a alma de Popinga, cada pensamento, sua logica que o leva a tomar a decisões que toma. Enfim muito mais que uma história policial.
A propósito eu deixaria para ler a apresentação depois de ler o livro.
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Fabio Shiva 13/02/2013

Romance Policial Existencial!!!

É com essa pérola que nos brinda o Simenon nessa obra fantástica. Todas as emoções de um autêntico suspense, servindo como pano de fundo para um convite à reflexão sobre a natureza humana, sobre a (in)sanidade do mundo, sobre o que é ou não verdade... tudo isso em uma leitura leve, que gruda o leitor no livro da primeira à última página!

Esse é o segundo do Simenon que leio fora das aventuras do Comissário Maigret (antes li o igualmente bom “O Assassino”), e só confirmo: se nos romances de Maigret, Simenon é muito bom, em seus outros livros ele é simplesmente espetacular! Talvez isso se deva ao fato de estar livre da fidelidade a um personagem de sucesso e às convenções clássicas do romance policial (o jogo do whodunit, por exemplo). Literatura de primeira!!!

Não é à toa que Simenon tenha sido louvado por autores como Clarice Lispector, Graham Greene e Albert Camus... aliás, senti uma forte identificação dessa obra com “O Estrangeiro” de Camus! Mas confesso que achei o Simenon ainda melhor!!!

Kees Popinga, protagonista da história, é um tipo único e inesquecível. Vou sentir saudades de perambular pelos becos e ruas de Paris na companhia desse holandês tão simpático e sinistro!

***

Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:

Booktrailler:
http://youtu.be/Umq25bFP1HI

Blog:
http://sincronicidio.blogspot.com/

LEIA AGORA (porque não existe outro momento):

http://www.mensageirosdovento.com.br/Manifesto.html

Venha conhecer também a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
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http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/
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http://www.facebook.com/groups/210356992365271/
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http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
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Pedro 08/03/2012

Inquietante
Neste livro, Georges Simenon nos atira na mente do bandido, obrigando-nos a rever e confrontar nosso próprio juízo moral.

Popinga é o trágico sujeito moderno: enredado na burocracia do trabalho, infeliz no casamento, incapaz de sentir afeto pelos próprios filhos. Da noite para o dia, abandona o emprego e a família e vai atrás de uma antiga paixão. Tudo dá errado: em sua busca por felicidade e liberdade, Popinga se envolve em um crime e, considerado como um louco homicida e incontrolável, passa a ser procurado pela polícia.

Simenon, a partir daí, faz de seu anti-herói um homem extremamente lúcido: acuado, Popinga desfia seu rosário de lamentações, mas não hesita em apontar a falsidade e a desfaçatez da sociedade em que vive. No fundo, ele sabe, todos queriam conseguir agir como ele, desprendendo-se dos laços afetivos e das obrigações sociais e buscando aquilo que realmente deseja. Por conseguir levar esse desejo adiante, é tido como perigoso e imprevisível, a meio termo entre o sábio e o louco. E ele é, de fato, perigoso: no fundo, o que Popinga nos revela, não com seus crimes, mas com sua argumentação impecável e suas reflexões imorais sobre a sociedade, é a amargura da hipocrisia humana. O final do livro, irretocável, deixa no leitor um gosto rançoso - no fim, o que nos impede de agir como ele?


“Aborreci-me durante quarenta anos. Durante quarenta anos vi a vida como um pobre miserável que cola o nariz à vidraça de uma confeitaria e vê as pessoas comerem bolo.
Aprendi que os bolos são de quem os pega”.
Bruno 23/07/2018minha estante
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Ricardo 09/03/2009

Me fez pensar
Este livro me fez pensar sobre a minha vida, pois como o personagem do livro, vivemos uma vida de aparencia, vivemos uma vida para agradar as pessoas, quando na verdade deveriamos agradar a nos mesmo.
Az veze tenho vontade de jogar tudo para o alto e ir fazer oque realmente quero
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