Resenhas - Retrato de uma Senhora

Bart 25/05/2021

Retrato de uma Senhora
*Henry James*
Editora Companhia de Bolso
2007, 673 pág.
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Eaê pessoas, de boas?!
O  1° contato que tive com a escrita desse autor foi péssimo, "A Volta do Parafuso" (maravilha de título), teve até uma adaptação p/cinema ano passado, " Os Órfãos" tão ruim quanto... Como se não bastasse, tem a continuação desse livro ... "A Outra Volta do Parafuso" ?.
Algumas pessoas me falaram à respeito do "Retrato de uma Sra".. só elogios, mas a resistência sempre foi grande...tem um filme que é um dos meus favoritos, "Um lugar Chamado Notting Hill, 1999", que fala sobre Henry James, foi o que me fez procurar por esse livro e p/minha surpresa, é uma ótima leitura! Não é rebuscado ou com diálogos cheios de muitos floreios,  é uma leitura gostosa, tem reviravoltas... Eu não conhecia nada a respeito, sei que é um dos clássicos, mas só me interessei agora.
Durante a leitura, lembrei muito de Jane Austen, pois a protagonista e outras mulheres estão à frente do seu tempo.
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A trama gira em torno de Isabel Archer, que tem como um dos seus princípios nunca perder a sua independência, Europa 1881 (olha a bronca), ela é americana e vai morar na casa da tia na Inglaterra, e nessa fase ela é cortejada por alguns homens, é interessante como isso é contado (hoje é "manda um nudes bebêris"), e com Isabel vamos acompanhando os costumes polidos, mas sempre determinando o local da mulher, coisa que Isabel não aceitava. Esperem por Henrietta aparecer... assim como Gilbert Osmond, não falei nada!! Só leia!
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É um livro gostoso, ?????????  que trata de um tema muito forte... a liberdade e a independência da mulher não só naquela época... mas que pode ser trazido p/dias de hoje facilmente... o livro é atual ou nós não mudamos muito? Esse livro foi uma boa surpresa!!
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CONTINUEM LAVANDO AS MÃOS!
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?? #lendotudo www.lendotudo.com.br ?? o site já está online!!

Tina Medeiros 13/06/2009

Ah, as mulheres inteligentes... Ao que tudo indica, suas escolhas hoje contém um forte componente genético e cultural, herdado de suas predecessoras.

Flávia Pasqualin 15/05/2020

O que dizer sobre Isabel Archer? Uma jovem americana que se muda para a Inglaterra com sua tia após o falecimento do pai. Chegando lá, Isabel desperta o interesse dos rapazes por conta de sua personalidade marcante e de suas ideias distintas, passando então a ser constantemente cortejada. O que acontece é que a ideia de se casar não está em seus planos já que ela preza pela sua liberdade. Então, após receber uma herança, ela finalmente pode tornar os seus sonhos realidade, mas nem sempre a vida toma o rumo que esperamos... Quando Isabel finalmente pode desfrutar da liberdade, ela acaba se envolvendo com um homem que acaba se mostrando a pior das escolhas dos pretendentes.
Eu não entendo o motivo desse livro ser tão pouco conhecido, a história é fantástica e a construção da personagem é interessantíssima. Isabel é uma heroína de espírito livre que levanta diversos questionamento. Se você gosta de livros com protagonistas fortes você NÃO PODE deixar de ler esse livro.

Debora 10/07/2020

Sem dúvida é um clássico da literatura.
Mas o enredo se arrasta dolorosamente, e depois de mais um século da sua publicação, a linguagem fica obsoleta e os temas do "momento" acabaram me desagradando!

Gláucia 11/06/2021

Retrato de uma Senhora - Henry James
Gosto da forma lenta com que o autor vai nos apresentando seus personagens e da sutileza de sua narrativa. Nunca sabemos o que esperar de seus personagens mas o fato é que acabamos esperando que ajam de tal ou qual forma. E eu esperava muito de nossa senhora aqui da história, Isabel Archer. Menos a forma passiva que assumiu após seu casamento com o detestável e oportunista sr Osmond. Que vontade de chacoalhar a moça. Não consegui entender porque se deixou conduzir dessa forma; me decepcionei com o final pois estava esperando que ela desse um belo chega pra lá nesse relacionamento horroroso. Tampouco não consegui entender sua escolha. O que ela estava querendo provar?

Marcos Santos 04/02/2021

Um relato da sociedade do século 19
É uma história interessante que foge do tema recorrente do século 19 da mulher adúltera, e mostra uma mulher independente e forte, que opta por um casamento simples que prometia uma vida feliz e aconchegante, mas que torna-se um cárcere.

Joselene.Monteiro 05/01/2012

Há vários meses havia começado a ler esse livro, mas como as primeiras páginas não me prenderam, debrucei-me sobre outras leituras. Este ano foi por demais corrido e acabei deixando de lado a meta. Como medida desesperada, deveria ler quatro livros no mês de dezembro. Iniciei a leitura de "A ilustre casa de Ramires", insisti por duas semanas, mas, enfim, o livro me pareceu intragável, por enquanto. Diante de alguns livros que comecei, sem terminar, escolhi retomar a leitura de "Retrato de uma senhora".

A narrativa leve, a princípio, foi me prendendo aos poucos, de modo que a metade final do livro foi lida em dois dias, mas passei um tempo para digeri-la. Quando terminei, pensei: "não pode ser! deve haver alguma página a mais". Tive a sensação de o livro estar incompleto (existem alguns da meta que não foram terminados e já os odeio de antemão). Depois, ao longo da digestão do livro, percebi que o fim que eu desejava seria ridiculamente pior.

À medida que se passavam os acontecimentos do livro, eu percebia que deveria ou poderia tê-los previsto. Contudo, esse livro não é uma mera sucessão de fatos. Tal como Ralph queria saber o que Isabel queria fazer com a vida e o poder que um golpe de sorte reservou para ela; também quis eu saber o que aqueles personagens iriam fazer com o livro. Decerto, esse é o tipo de livro cujos personagens transcendem suas páginas. Quando leio algo assim, me ponho inevitavelmente a pensar o que se passaria com os personagens depois da última página. Todavia, percebo depois que a história termina (quando isso acontece intencionalmente e não por algum acidente de percurso) onde deveria terminar. Ou seja, no ponto que o autor queria que ela findasse, o que também pode ser significativo, tal como um silêncio.

Como disse, o mergulho no livro é gradativo. Penso que conhecemos os personagens desse livro tal como conhecemos uma pessoa: por mais que alguém nos descreva sua aparência e atitude geral, só se pode conhecer alguém de fato à medida que os anos passam e vemos como ela age em relação a situações adversas.

Achei o livro delicioso. Boa parte dele é bastante leve até, o que não significa, de modo algum, que seja superficial. Li em algum lugar que Henry James poderia ser considerado um dos mestres quanto à complexidade psicológica de seus personagens. Devo admitir que somente na última página percebi a extensão disso.

DIRCE 14/04/2013

A deusa vencida
Todos os romances possuem uma heroína, certo? Se você respondeu certo ou sim a sua resposta está...Em se tratando de Isabel Archer,a protagonista do livro Retrato de Uma Senhora, está ERRADA.
O retrato físico que desenhei na minha mente da Isabel Archer, a jovem americana que queria ser a senhora do seu destino, foi de uma deusa Somente uma deusa poderia ter "aos seus pés " quatro homens : o americano Sr. Goodwood que não hesita em atravessar o Atlântico para cortejar Isabel, o aristocrata Lorde Warburton, o primo Ralph que nutria por Isabel (no meu entendimento) um amor platônico e o vilão e príncipe consorte Gilbert Osmond .
Já, com relação ao retrato psicológico, me foi difícil traçar um desenho, pois o livro teve outros vilões além do Gilbert Osmond:a escrita prolixa, descritiva e o uso do discurso direto que acarreta o uso do travessão ( pedi ajuda ao universitário, uma vez que já não me lembrava mais dessa característica da narrativa) foram os vilões que me levaram a um abandono temporário do livro o que me dificultou captar o perfil psicológico da jovem Isabel Archer esboçado pelo autor - Henri James.
Quando retornei à leitura do livro,acompanhei Isabel em suas aventuras na Europa, seus conflitos, sua "cegueira" e seu anseio pela liberdade. Conheci as pessoas que a cercavam: suas duas irmãs, o tio que lhe deixou uma fortuna, os seus apaixonados já mencionados, a intrometida amiga Henrietta Stackpole, a tia hermética que não gostava de manifestações afetivas a- sra Touchett, a meiga doce e chatinha Pansy e a "amiga" madame Merle.
A maneira que Isabel se relacionou com essas personagens, as suas atitudes e o final do livro me levaram a concluir que Isabel Archer era realmente uma deusa, só que lamentavelmente ( ou não) uma deusa vencida .

Luiz.Goulart 15/09/2021

Uma heroína que não é trágica
Um livro fabuloso de Henry James. Já havia lido do autor: Lady Barberina e A Fera na Selva, mas esta é sua obra prima. Escrito na mesma época que Anna Karenina e Madame Bovary, aqui encontramos uma protagonista que foge ao padrão literário das heroínas trágicas citadas. Isabel sai dos Estados Unidos para a Inglaterra onde herda uma fortuna, vê-se como objeto de amor de dois homens afetuosos de quem ela foge para ver-se vítima de um homem inescrupuloso. Foi adaptado para o cinema com Nicole Kidman no papel principal.

Duchesse 09/01/2024

Retrato de uma pateta
Poucas vezes uma personagem literária me deixou tão irritada. Às vezes tinha vontade de entrar nas páginas do livro e dar umas belas sacudidelas em Isabel Archer, a personagem principal. Henry James a apresenta como alguém livre com mente superior, mas o desenrolar dos acontecimentos mostram o oposto. A sua resignação, teimosia cega (ao não ouvir os demais) e submissão me irritaram profundamente. Não consegui sentir empatia por nenhuma personagem, sobretudo as personagens femininas. Todas me pareceram detestáveis de maneiras diversas: a pateta da Isabel, a sabe-tudo e proto feminista Henrietta, a falsa amiga Madame Merle, a submissa e passiva Pansy, etc.

O livro é interessante como retrato do final do século XIX. Para quem leu ?Os Europeus? de Orlando Figes, vai encontrar uma vivida descrição do modo de vida da época: as ferrovias, pontos turísticos (por exemplo, os guias Murray e a Itália como destino favorito do turismo que começava a se desenvolver), os salões da época, etc.

Gabriela Dunham 22/03/2020

Em "Retrato de uma Senhora" conhecemos Isabel, uma moça estadunidense, vinda de - acredito eu - o que poderia se considerar uma família de classe média. Educada, com estudo, porém sem dinheiro. Quando o pai de Isabel falece, sua tia materna, a Senhora Touchet, a convida para passar um período na Inglaterra. Lá, a heroína começa a despertar a tenção de alguns pretendentes, por seus modos, gentileza e opiniões irreverentes para a época. Ela parece pouquíssimo interessada em se casar e muito mais em ver e aprender sobre o mundo. Só que as coisas mudam de direção quando Isabel recebe uma vultosa herança do tio (o Senhor Touchet). Quando o dinheiro deixa de ser uma preocupação ou mesmo um limitador dos sonhos, um pouco daquela faísca e fome de viver da protagonista parece se esvair. É então que o livro dá um salto no tempo - de uns 4/5 anos - e vemos Isabel já casada. Nessa segunda fase, senti falta de alguns personagens queridos que apareciam muito mais na primeira metade e também daquela personalidade inquieta e curiosa da Isabel. Mesmo assim, o livro jamais se torna desinteressante. Sempre tem algo ocorrendo, abertamente ou nas entrelinhas, diálogos maravilhosamente escritos e, nas últimas páginas, um plot twist que eu não imaginava, mas que fez total sentido. O livro se encerra com um final aberto, o que eu achei uma decisão acertada do autor. É muito legal podermos chegar ao fim da história sendo um pouco como Isabel: sonhadores e criativos; imaginando a vida que aqueles personagens vão levar longe dos nossos olhos.

literatamy 20/04/2015

Resenha Completa
Resenha completa, sem spoilers, no link abaixo:

http://youtu.be/VSpjV-IbvV4