Our Brave New Blog 08/07/2016
RESENHA A FÁBRICA DE ROBÔS - OUR BRAVE NEW BLOG
O quão mágico é seu centésimo livro lido ser também o primeiro que você tem por causa do blog? Eu me sinto bem feliz com essa coincidência, e, além de não ter demorado muito, fico mais feliz ainda por ser de um escritor que eu queria ler e de uma editora na qual eu realmente quero apoiar, porque publica obras realmente boas, mas que infelizmente não atingem o grande público.
Tchapek era tcheco e foi um grande escritor da sua época, contemporâneo de gente como Kafka e Thomas Mann, um grande contista de seu país e ativista contra o nazismo. Então sim, estamos falando de clássicos na área. E mais, clássico da ficção científica, vindo de um lugar que não se muito associado ao assunto, na verdade praticamente só se comenta escritores estadunidenses, britânicos e franceses nessa meiuca apelidada de FC. E a Any Rand. Mas ninguém quer saber dela.
Vamos à sinopse dessa bagaça então: Doutor Rossum descobriu uma fórmula para criar seres geneticamente parecidos conosco, dando vida às mesmas. Por serem parecidas conosco, porém desprovidas de sentimentos, alguns empresários criam esses humanos em massa para laborarem em todas as atividades braçais existentes, deixando os seres humanos de vida boa. Acontece que algo dá errado e esses robôs resolvem rebelar-se contra os homens preguiçosos, querendo todo o poder da terra.
Uma coisa importante de se dizer: essa foi a primeira vez que a palavra robô apareceu no mundo, ou seja, Tchapek criou o conceito. O que me diz que o título da obra já foi muito melhor do que ele é hoje. Imaginem ir para o teatro (eu avisei que era uma peça? Então, é uma peça) e se deparar com um nome que sugere a fabricação de algo que você não tem a menor ideia do que seja, a única referência que você tem é que essa tal palavra desconhecida tem a ver com trabalho (em tcheco, claro). Se bem que esse não é o titulo original. Então whatever.
O enredo se baseia na ganância humana, sua falta de limites e como isso pode ser extremamente prejudicial. Os senhores que controlam a fábrica sabiam que isso podia acontecer, mas acharam que não seria nada demais. Tchapek tem que construir o conceito nunca antes visto dentro da peça, e as mudanças para o que temos hoje em dia são enormes, muito por causa do avanço da tecnologia. Os robôs de Karel são basicamente proto-humanos, nossa imagem e semelhança só que sem o que não se necessita para trabalhar, como, por exemplo, os órgãos sexuais. Meu problema com a peça foi a falta de explicação para algumas coisas, como o fato de os homens depois de um tempo não conseguirem mais se reproduzir, e simplesmente ninguém saber o motivo.
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