Lina DC 17/03/2019"Glória Mortal" é o segundo livro da série Mortal que tem Eve Dallas como protagonista. Após trabalhar em um caso sensível envolvendo um senador dos Estados Unidos, Eve tenta conciliar o trabalho com o seu novo relacionamento com Roarke.
Além de estarem emocionalmente cautelosos, o casal lida com a diferença social entre eles com muitos tropeços. Sem dúvida é uma curva de aprendizado para os dois... Frustrações e mágoas vão surgindo e os dois precisam adaptar-se a novas situações.
Roarke apresenta um lado mais sensível e também em conflito. Sendo um homem que cresceu em meio a adversidades, ele não está acostumado a demonstrar vulnerabilidade e nem a se preocupar tanto com alguém.
Junto com isso temos um novo caso que Eve precisa lidar: o assassinato de uma poderosa e talentosa promotora, Cicely Towers. Tudo no crime é suspeito: o local onde ela foi encontrada, a falta de evidências, o histórico de seus familiares e amigos.
Como se isso não bastasse, Cicely possuía uma relação bem íntima com pessoas próximas à detetive, o que a coloca em uma situação delicada e Eve começa a questionar sua personalidade e como o seu passado sombrio ainda a influencia.
É interessante de se observar durante a leitura que os personagens secundários no primeiro livro vão ganhando espaço e histórias próprias. O Comandante Whitney e sua família, por exemplo, aparecem com frequência e desenvolvem um papel fundamental na resolução desse caso em particular.
Mas outros personagens também continuam fazendo parte dessa jornada: Mavis, Feeney e Nadine, além da Dra Mira, a psiquiatra da polícia que tem um carinho especial pela detetive Eve Dallas.
O enredo possui um tema principal, assim como no primeiro livro, e desenvolve-se de forma inteligente, prendendo a atenção do leitor até o final da leitura.
Os conflitos pessoais, profissionais e amorosos acabam dando um toque de realidade aos personagens, fazendo com que exista uma conexão com o leitor. Afinal, quem nunca teve uma discussão com o namorado ou um problema no trabalho?
"Os mortos eram o seu negócio. Ela convivia com eles, trabalhava com eles, estudava-os; sonhava com eles. E pelo fato de que tudo isso ainda não parecia ser suficiente, em algum lugar profundo e secreto do coração ela os pranteava." (p. 07)
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