O Abraço

O Abraço Lygia Bojunga




Resenhas - O Abraço


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Tiago Ribeiro Santos 15/02/2009

Não é de espantar se, assim como eu, você pegue um dos livros de Lygia Bojunga e o leia inteirinho num mesmo dia, ou numa mesma hora. E isso tem explicação: a criatividade da narração em O Abraço é uma delas.

A qualidade das palavras de Lygia, dignas de uma simplicidade de Monteiro Lobato, passeiam sobre o complexo tema da pedofilia. Sobre ele, a autora narra o fato com completa doçura, tornando algo tão desumano, irracional e nojento, num lição diferente da mesmice.

Não leia se você prefere o óbvio.
Lilly 21/07/2012minha estante
Tanto para ler ainda... Mil vidas eu precisaria ter... o.O Suas resenhas só fazem aumentar a minha já enorme listinha de livros. =D




Yasmim 25/05/2021

não existe perdão para quem arromba o corpo da gente.
li esse livro em 1h, a escrita é muito fluída, parece que a personagem está falando com você e é justamente isso que torna tudo tão sensível.

"o abraço" é um livro sem final feliz. sem esperança.
um livro sobre pedofilia e estupro, sobre uma personagem mulher que ainda tá aprendendo a lidar com o abuso que sofreu quando era apenas uma menina mas que deixou traumas o suficiente para atormenta-lá para o resto da vida.

"não é criminoso quem arromba uma casa pra se apossar do que tem dentro? e, se é preso, não é condenado? não vai pra cadeia? mil vezes pior é o criminoso que arromba o meu corpo."
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Myrianne 31/12/2022

Leitura pesada
Um livro que retrata a personagem Cristina e seu trauma de infância por ter sido estuprada. A leitura flui, mas o tema é bem pesado.
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Flowers 06/10/2009

Abraço secreto revelado
O abraço. Acabo de chegar do curso de inglês. Vim lendo no metrô, no tróleibus. Fui lendo no tróleibus, metrô. Meu percurso hoje foi lendo esse livro que tomei emprestado ontem da biblioteca da escola onde trabalho. Sei que essa não é uma resenha tradicional, mas preciso contar assim como aconteceu o meu envolvimento com esse livro.
Semana passada li A Bolsa Amarela. Me apaixonei pela Lygia, o modo como escreve, o modo como conversou comigo, o modo como me identifiquei com cada palavra, cada jogo de linguagem, tão simples e tão profundo, que a vontade que dá é largar o livro e sair escrevendo.
Na mesma prateleira onde encontrei A Bolsa Amarela, haviam outros livros da autora. Peguei um de cada e levei pra casa. Ofereci um à minha amiguinha Andressa, que escolheu Tchau, e eu me contentei com O abraço.
A leitura foi rápida. Um percurso. Já a sinópse mexeu comigo. Fiquei perplexa, como as narrativas da Lygia mexem com a gente!
Cristina: uma menina - mulher envolvida pela lembrança do "arrombamento" do seu corpo. Menina violentada sexualmente aos oito anos. Guarda consigo o segredo, sem lembrar. Quando lembra, é uma lembrança diferente, transformada em atração. Medo, dúvidas, curiosidades, encantamento, sentimento, autoconhecimento, amizade, sonho...
Realidade. É tudo o que está impresso nessa história. Acredito que toda menina, mulher devia ler esse livro. Para compreender e entender que crimes assim, devem ser ditos.
Quem guarda, uma hora ou outra acaba lembrando, e junto à lembrança vem uma dor, uma culpa por não ter dito. O medo da infância se transforma em culpa e remorso.
Quem já passou por isso sabe.

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Sofia 16/01/2023

chorei muito , tem muitas metáforas , fiquei meio perdida no meio , mas acredito que no final do livro vc vai entender tudo
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Ivone 23/03/2013

Abraços inversos
Resenha O abraço, de Lygia Bojunga Nunes

Por Ivone Gomes de Assis

O abraço, de Lygia Bojunga Nunes, foi publicado originalmente em 1995. Recebeu vários prêmios, dentre eles: “Orígenes Lessa” e “Altamente Recomendável”, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), em 1996; Prêmio Adolfo Aizen, outorgado pela União Brasileira de Escritores (UBE), em 1997; e, juntamente com outras obras, recebeu o Prêmio em Memória de Astrid Lindgren, em 2004.

Em O abraço, a narrativa gira em torno da angústia da protagonista (Cristina), devido ao estupro sofrido aos 8 anos de idade. Cristina, uma mulher de dezenove anos, desabafa à autora sobre o crime do “Homem da Água”.

Sua memória de criança criou uma autodefesa, fazendo-a adormecer a amarga lembrança, que, inicialmente, manifestava-se por processo onírico. Quando se tornou adulta, ao visitar um circo, o palhaço, exerceu sobre ela uma espécie de epifania (aparição divina) ao contrário. Desse modo, suas lembranças adormecidas no inconsciente foram trazidas à vida presente. A memória busca perfilhar o estuprador na expressão do palhaço, mas é a sua voz que o denuncia. Contudo, ao invés de odiá-lo, ela o deseja.

Convidada a uma festa, pela mulher mascarada (a Dona Morte), Cristina participa de uma cena real, na contação, então reencontra o palhaço, que a arrasta para mata (os jardins), a enforca com uma gravata, a estupra novamente, e a enforma mais ainda.

O abraço exige uma intensa participação. Na história, fala-se em afeto, carinho e amizade, mas apontando seus opostos.

A capa, de Rubem Grilo, já é uma leitura controversa ao tema. Suas cores são escuras, o corpo retorcido da Mulher/Morte permite uma leitura cubista. O chapéu fecha os olhos da mulher e abre seu próprio olhar.

A obra apresenta em sua localização geográfica: Rio (Flamengo), Minas (Fazenda), Rio (Gávea).

Diversos abraços são apontados por Clarice e Cristina, especialmente para “ilustrar” as situações caóticas vivenciadas por elas.

A narrativa começa em 1.ª pessoa por Cristina; depois continua na 1.ª pessoa, na voz da escritora; e finaliza em 3.ª pessoa, por meio de um narrador (relato do reencontro entre Cristina, a Mulher mascarada e o palhaço). Observa-se que, no final, não se tem nem a voz de Cristina, nem da personagem-escritora, mas, sim, de um narrador onisciente, que vai descrevendo o que vê: “Os músicos continuavam afinando os instrumentos, os garçons iam passando bandejas de copos e pratos, e assim que viu Cristina a Mulher chamou ela pro jardim.” (p. 78).
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thaynakroline 23/07/2022

Perfeito!
Segundo livro da Lygia que li. Simplesmente maravilhoso! No começo foi difícil, tive vontade de desistir da leitura, estava achando muito confuso. Parei e li até o fim. Não é uma leitura fácil, a linguagem é acessível, a dificuldade está no tema do qual se trata a história. Como já disse na resenha de O Pintor, a Lygia escreve sem tabu sobre temas sensíveis da nossa sociedade, em O Abraço a temática é estupro e síndrome de Estocolmo. Penso que vou precisar reler ele algumas vezes, e sinto essa vontade sempre que penso nele, porque é possível perceber muuuuitos detalhes a cada leitura. São muitos elementos importantes a serem pensados quanto a esse livro, super recomendo a leitura, acredito que é preciso ter cuidado quanto ao tema, que pode ser um gatilho para algumas pessoas.
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Nathalia.Ferreira 02/02/2024

Não é como dizem
Decidi escrever sobre esse livro após ler e me revoltar com a única resenha que tem sobre esse livro aqui no Skoob.
Primeiramente, refutarei sua opinião. Não acredite que esse livro seja uma leveza, ou algo doce porque se você é uma mulher, principalmente se entende a condição, sabe que não tem nada disso.
A personagem conta sua história, seus momentos de terror com uma visão ainda não completa da situação e acaba que você se prende a isso, a saber o porquê juntamente com ela e isso pode levar qualquer um a se perder e sentir a história dela. É por isso que esse livro é bom porque com a autora faz você entrar na história de maneira profunda.
Sim, não é um livro de romance, um livro doce, e sim um livro sobre a realidade que muitos ignoram.
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fanny.Dyatlov 31/08/2021

"É por causa de gente como você, que não tem memória, que perdoa com tanta facilidade, que esse crime continua sem receber o castigo que merece."

É uma leitura fácil, com uma narrativa bastante original e única, nos aprofundamos nas diferentes faces da famosa síndrome de Estocolmo, de um ponto de vista muito psicológico.
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Tatiane 09/11/2021

Impactada com a história. Desconhecia o enredo. Ando lendo e relendo Lygia Bojunga entre outras leituras diversas. Peguei o livro que tinha em minha estante sem saber a temática. Mergulhei nele e não consegui parar até acabar. É denso, intenso, angustiante, mas importante e sem melindres. Aborda o estupro, a pedofilia, a angústia e a dor que permanecem sufocando uma criança por anos e anos sem que ela tenha consciência do que viveu e do que vive, nos leva também a destrinchar um pouco da chamada Síndrome de Estocolmo.
Por indicação de resenha que li aqui, fui ao YouTube e procurei a leitura deste livro. Encontrei-o na voz de uma menina. Fechei os olhos e comecei a ouvir a história que tinha acabado de ler. A viagem foi mais intensa ainda. Indico a experiência.
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Gisela 19/01/2023

o estigma associado ao abraço
esse é o segundo livro de lygia bojunga que leio e posso dizer que estou impressionada com a capacidade dessa mulher de abordar temas tão importantes com uma linguagem e uma precisão imensas.
esse livro foi cirúrgico em se tratando da pedofilia e de como a mente da pessoa que passou por esse trauma fica perturbada e até mesmo obcecada por respostas, abordando ainda a síndrome de estocolmo sofrida por cristina e a importância de colocar a boca no trombone. recomendo demais!!
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anapno_ 22/07/2021

Intenso, angustiante e envolvente!
Particularmente me agrada muito narrativas com conteúdo mais tenso, e este livro, mesmo tendo uma escrita muito fluída e simples, mexeu comigo de formas inimagináveis.

Pensar nas camadas que esse livro possui, trazendo temas tão pesados como o estupro, pensar nas falas e dilemas da protagonista Cristina, que aparenta estar confusa e aérea quanto aos ocorridos em sua vida.

O final trágico e irremediável desta obra é um motivos que a torna dilacerante e extremamente arrebatadora. É indigesto. É apavorante.

As reflexões trazidas pelos personagens nos fazem mergulhar na angústia de milhões de garotas que já vivenciaram isso.

Uma leitura curta, de apenas um dia, porém de grande impacto! ?
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Ana Lu 17/07/2022

Li para um trabalho e é realmente um livro inexplicável.
A qualidade da escrita é muito boa e o jeito que a autora narra os acontecimentos é impressionante.
O jeito que a Cristina lidou com o trauma,que muitas vezes nos causa repulsa mas que é algo compreensível,a conexão entre a morte e a Clarice, é tudo muito fixante por mais horrível que seja.
Mas o que mas me marcou concerteza foi o esporro que a Clarice deu na Cristina,pq ali a gente vê que tudo o que aconteceu ficou marcado nela e que nada nunca vai conseguir desfazer essa marca.
É um livro "pesado" mas muito necessário.
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John67 01/03/2023

Humm.. Peculiar é a palavra?
Não sei muito o que dizer sobre oq acabei de ler. Foi uma leitura rapida, rapida o suficiente pra ser divertida,porem rapida de mais pra ser memorável.
Achei a história no mínimo controversa,e tenho quase certeza que não entendi o que a autora quis passar, então provavelmente vou reler alguma hora. Bem algo engraçado e que eu gostei bem mais do posfácio da autora(que inclusive,me interessou em outras obras dela) do que o próprio livro, é realmente... peculiar.

Mas algo que eu amei foi a escrita, é uma escrita que deixa a leitura bem suave,alem que o jeito que os personagens falam são bem características ( é particularmente, achei o jeito de falar da protagonista bem parecido com o meu jeito de falar,oq me deixou com um sensação estranha, porém não foi uma sensação ruim kkkkkk)
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Alessandro.Bussula 22/02/2023

Intragável
Nenhum livro me traumatizou ao ponto de ter pesadelos como esse. Foi uma das minhas primeiras leituras lá por volta dos 6/7 anos. Li novamente com uns 13 e pela última vez com 20. Sou teimoso, queria saber se a impressão seria diferente. Não foi. Traumatizante e angustiante. Foi o motivador de desgosto por palhaços e por gente mascarada, seja no sentido figurado ou literal e também pela completa ausência de desejo de visitar circos e receio de parque de diversões que perdura até hoje. Também pela agonia de usar gravata.
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