Resenhas - A Sonata a Kreutzer

Juliana 20/04/2024

Atual demais
Apesar de publicado em 1891, Tolstoi trás a realidade de muitas famílias no dia de hoje, a hipocrisia, o casamento de aparências, as brigas e obsessões . Um casal claramente infeliz mas que cabeça dele não pode ser de mais ninguém. Todas as semelhanças com a vida real .

Francisco 18/04/2024

Basico bem feito
O livro faz o que se propõe sem inventar muito, é bem escrito demaisss

e a "investigação" que ele faz sobre a vida conjugal é muito completa, não à toa menciona na introdução que o livro foi proibido em muitos lugares e teve múltiplas versões alteradas

dá pra ler ouvindo a sonata

Luigi36 08/04/2024

Meudeus de longe um dos melhores livros que ja li e incrivel se voce se deixa sentir o que o personagem principal sentiu na pele

clara3679 01/04/2024

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Fernando Almeida 12/03/2024

Muito bom
Novela bem polêmica, onde o protagonista faz comentários nada agradáveis sobre a mulher, o sexo e o casamento, basicamente um incel do séc XVlll. Mas também expõe algumas contradições da época em que vivia, e é possível justificar algumas de suas ideias dado o contexto de sua vida.

A narrativa é fluida e envolvente, os fatos e mudanças na vida do protagonista vão acontecendo de maneira tão sutil e delicada que parece até a descrição de um acontecimento real. Tolstoi escreve absurdamente bem, sobretudo as páginas finais do livro, envolve o leitor nos sentimentos que quer transmitir, seja raiva, ciúme ou culpa.

brunadlm 23/02/2024

A Sonata a Kreutzer é iniciada pelo narrador que se encontra num trem. Nesse lugar, ocorre uma descrição perfeitamente agradável dos personagens e do ambiente em si. Alem disso, ocorre embates entre os passageiros que discutem a respeito do papel do amor em um casamento, se é possível casar-se sem esse sentimento, e a função da mulher e do homem para o bom andamento, ou mau, do fenômeno.

Em meio às opiniões contrárias acerca da figura feminina e do tema supracitado, um novo personagem apresenta-se e relata seu pensamento, que demonstra seu rancor a tudo quanto pode ser considerado como um relacionamento entre duas pessoas, incluindo o carinho que pode surgir disso. Visto como enganador e inibidor de liberdade.

Nota-se, então, que o sujeito deselegante dispersa os debatedores e encontra no narrador seu único ouvinte. A partir disso, nós é apresentado os motivos pelos quais esse personagem não só odeia tudo sobre relacionamento, como o motivo de ter assassinado sua própria esposa. Trata-se de um homem com opniões fortes sobre a figura da mulher, portanto encontramos na obra frases que soam como verdadeiros ataques, que, em suma, são difíceis de engolir. Ainda assim, gostei de ler a perspectiva de um homem que em desgraça tenta justificar de forma errônea sua própria confusão.

Lucas 20/02/2024

A sonata a kreutzer
Essa novela que me lembrou a morte de ivan ilitch, no sentido que no início do texto já sabemos o desfecho principal da história e que a leitura envolve de uma forma que ficamos imersos parecendo mais um passageiro do trem ouvindo todo o relato.
Apesar das várias ideias antiquadas apresentadas, tolstoi surpreende novamente com sua narrativa.

Elizabeth 11/02/2024

Ciúmes
O livro começa com uma confusão e vai pra um relato de um crime cometido por um marido ciumento, lunático.

Kess 30/01/2024

A história se desenrola inteiramente em um trem, um dos passageiros compartilha episódios de sua vida: ele descreve sua relação amorosa, desde o início apaixonado até o desfecho indignamente trágico! (Afinal, ele matou a sua esposa, né?).

Ciúme, violência, amor e família emergem como temas centrais na obra, apresentando uma visão pessimista, estereotipada e profundamente influenciada pela perspectiva cristã do casamento e do papel da mulher na sociedade.

LEMBRANDO QUE, a presença de falas machistas por parte do protagonista requer um distanciamento, já que dar atenção a isso poderia prejudicar a fluidez da leitura.

QUE LIVRO BEM ESCRITO!

Gabriela.Andrade 28/01/2024

Achei o Pózdnichev uma versão hard-core do Bentinho de Machado de Assis.

Queria saber se realmente aconteceu tudo o que ele achou que aconteceu ou se foi só fruto da imaginação maluca dele

Gostei e recomendo

Fabio 18/01/2024

"A Sinfonia Dramática do Cotidiano"
Considerado um dos maiores escritores de todos os tempos, o gênio russo Liev Tolstoi, nos entrega em "A Sonata a Kreutzer", uma das obras, mais controversas e debatidas da história da literatura mundial, que chegou a ser proibida em grande parte da Europa no início do século XX e posteriormente nos Estados Unidos, quando causou indignação na sociedade americana.

Tolstoi, sob o influxo da famosa peça homônima de Beethoven, durante uma festa na primavera de 1888, resolveu compor um texto em forma de novela para retratar os temas da composiçãob e a conduzir o leitor a uma intensa reflexão sobre a profundidade das relações dentro de um matrimonio, e de forma direta, narra o extremo sexíssimo de uma parcela da sociedade russa e acaba por descortinar ao mundo as desigualdades entre os e sexos e a infidelidade conjugal, sem implicidades.

Publicado em 1891, "A Sonata Kreutzer", Tolstoi nos conta os dramas e aflições de Pózdnichev, um homem que, em um ataque de fúria e ciúmes, cometeu um crime brutale e acaba narrando sua história e motivações a um estranho, durante uma longa viagem de trem no pais vermelho.

Narrado em primeira pessoa, em forma de "confissão", Tolstoi, nos concede um texto, sóbrio, claro e sem alegorias, e num estilo insinuante, quase dissoluto, choca e questiona sobre as convenções sociais da época e imprime ao texto de forma marcante e sincera, a conduta rígida do moralismo, que sempre fora marca registrada do autor.

Trata-se de uma obra intimista, de extrema qualidade literária e estética, em que Tolstoi de forma bem articulada, tece um pequeno tratado sobre a moral, a libertinagem e a devassidão, e ao narrar alguns dos pensamentos quase doentios do protagonista, nos apresenta a visão deturpada de um indivíduo que, perdeu a razão, e nos obriga a enxergar nele, aquilo que parece mais odioso e repulsivo em nosso cotidiano. Tolstoi, reafirma seus conceitos doutrinários em "A Sonata a Kreutzer", e, mesmo sendo contra a panfletagem por meio da arte, imprimiu ao texto, alguns pontos que são divergentes de seus "dogmas", mas que, indubitavelmente, agregaram ao espólio do mestre russo.

Em suma, "A Sonata a Kreutzer", é um livro impactante, repleto de ensinamentos, que nos repulsa e fascina ao mesmo tempo, e desperta em nós sentimentos contraditórios, quando nos identificamos ora com o algoz, ora com a vítima, mas, que, na maioria das vezes nos enxergamos mesmo, somente como interlocutores de uma conversa intima e confessionária, e nos declaramos imparciais, mas é quando, deixamos de lado, as máscaras, que as normas e convenções sociais nos obrigam, e nos colocamos no lugar do outro, é que enxergamos realmente o que há dentro de nós; tanto luz, quanto trevas, e que, somos o resultado daquilo que impera em nós.

leticia 12/01/2024

Top de linha
Queria introduzir aqui meus sinceros agradecimentos a esse mestre da literatura por um livro clássico tão completinho

li uma versão ainda mais antiga (lindíssima inclusive) que peguei por acaso num sebo e juro que me surpreendi demais. no off eu nem tinha noção de como era a história então foi melhor ainda.

comecei e terminei de um dia pro outro de tão presa que fiquei na leitura. apesar de antigo é muito easy de ler e os capítulos são bem rápidos. a história foi feita a partir de uma tese crítica do próprio autor sobre os comportamentos conjugais estruturais, a objetificação do corpo feminino, a normalização da traição masculina e a falsa monogamia presente na nossa sociedade até hoje.

de novo quero ressaltar que: embora antiga, a obra tem uma potência crítica estratosférica -apenas não concordei com uma das teses, que agora tb n me lembro qual é rs-, mas assim, foda. o jeito que o autor debruça questões que não eram discutidas e abre os olhos da galera pra maluquice que é a estrutura social opressora da época (e que segue até hoje porém mascarada) é impressionante.

notas- 8,5/10

Carol.Cuofano 07/01/2024

Decepcionada
Primeira leitura de 2024 e que decepção.
Tolstói foi o primeiro autor russo que li e gosto das obras dele, mas essa Sonata traz em seu interior um personagem repulsivo.
Em seu monólogo de como aconteceram o seu casamento e de como ele assassinou a esposa, temos apenas contato com a ideia dele de quanto as pessoas, o casamento, os prazeres da vida e sexuais são horríveis.
Muito complicado concordar ou até compreender o que há na essência da obra, mas aqui Tolstói estava muito desgosto da vida e passou todo descontentamento só personagem principal.
Infelizmente, não gostei desse texto.

xLeoSaraiva 25/12/2023

"Foi terrível a impressão deixada por esta primeira briga. Chamei-a de briga, mas não era uma briga, e sim apenas a revelação do abismo que existia realmente entre nós".
"A Sonata a Kreutzer", de Lev Tolstói, narra uma história de descrença no amor e repugnação dos valores que estruturam os relacionamentos da vida humana.
Trata-se, em resumo, de "uma história dentro de uma história" na qual somos apresentados a Pózdnichev, um homem experiente de vida que, ao longo de uma viagem de trem, divide parte de sua tragédia com o leitor. Das paixões que marcaram sua adolescência ao trágico fim do relacionamento com sua esposa, Póznichev representa a decadência do matrimônio diante de um contexto de profundas mudanças sociais na passagem dos séculos XIX e XX.
O livro não apenas descreve o ponto de vista do autor acerca de assuntos que o inquietam como também deixa marcas temporais de costumes e valores profundamente enraizados em sua época, tais como o machismo, o sexismo e o antissemitismo.
Seja pela leitura muito bem fluida (na tradução de Boris Schnaiderman), seja pela provocação angustiante de sua história, "A Sonata a Kreutzer" tem minha sincera recomendação.

SARAIVA, L.

Cristina 11/11/2023

Musicalmente trágico
Em momentos até li ouvido a sonata, imaginando a traição ou não traição. Não sei. Um relato muito emocionante e crítico, quanto a relação de homens e mulheres perante a sociedade, e dentro de casa. Gostei muito, leitura fácil e rápida.