Tigronna 15/01/2023
Amei!
A história traz uma crítica social muito boa, não só pra época que é contada. Tudo bem que muita coisa mudou de lá pra cá, os negros conquistaram muitos direitos, mas segundo o IBGE, pelo menos no Brasil, a maioria das empregadas domésticas ainda são negras e a maioria destas nem são registradas. Os resquícios da escravidão e o racismo parecem que nunca vão acabar, é triste demais.
Garanto que muitas madames por aí gostariam de ter, ou até tem, um banheiro separado para as empregadas domésticas, incluindo, as empregadas brancas, porque o preconceito também se estende aos pobres…
Eu recomendo muito a leitura, o livro é bem detalhado e bem emocionante! Eu seria a Eugênia, com certeza ia querer escrever a visão delas, ia querer conviver, unir e não segregar, o mundo precisa de união e amor!
Eu me lembro de ter muitas babás quando criança, tenho contato com algumas ainda, na minha casa nunca teve regras pra elas, lembro de uma bem específica, a Magna, comíamos na mesa todas juntas, eu, minha mãe, a babá e a filha dela que ia direto em casa pra brincar, era uma delícia! Mesmo depois de ela não trabalhar mais em casa, ainda saímos pra passear, eu ia na casa dela pra brincar com a Brenda, filha, e a Mirea, sobrinha, eu levava minhas bonecas e jogos de tabuleiro e a Brenda me deixava andar no patinete dela. Agora estamos adultas, formadas e ainda se falando, é uma amizade que vai ser pra sempre.
Eu estranhava muito quando ia na casa de alguém que tinha empregada dessas de uniforme, que só comem na cozinha e tudo mais. Eu agradeço muito por minha mãe ter me criado dizendo que todo mundo é igual, merece respeito e carinho, que não podemos julgar e sempre que pudermos, devemos ajudar!
Lembrando aqui de quando eu fiquei num hotel que tinha uma mesa imensa de café da manhã, tinha uns 7 tipos de bolos, uns 3 tipos de pães, sucos, tortas e etc, o hotel não era grande, então sempre sobrava e o dono preferia jogar fora do que deixar as camareiras comerem. Pros hóspedes era demanda livre, então, eu levava potinhos, pegava pão, bolo, torta e levava pro quarto, quando a camareira ia lá "arrumar", eu fechava a porta e deixava ela comer, a felicidade dela não tinha preço.
São muitas injustiças a serem reparadas, peço que cada um que ler essa resenha, faça a sua parte!