Gengis Khan e a Formação do Mundo Moderno

Gengis Khan e a Formação do Mundo Moderno Jack Weatherford




Resenhas - Gengis Khan e a Formação do Mundo Moderno


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Fabrício Franco 16/05/2023

Interessante
Este é um bom livro para se perceber que conhecemos pouco da história e seus desdobramentos no presente. A influência de Gengis Khan e dos mongóis não se resume à percepção eurocêntrica de bárbaros invadindo a "civilização". É mais do que isso, e mais persistente e profunda, vide até mesmo a questão da peste, do obscurantismo da Idade Média, e da era das embarcações. Uma boa obra para nos abrir os olhos e tirar o foco do eurocentrismo.
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Tórtoro 15/10/2012

GENGIS KHAN E O ESTANDARTE DO ESPÍRITO


“Gengis Khan era um realizador”

Washington Post, 1989

Certo dia, sem ter nada o que fazer, zapeando pela internet encontrei, num documentário interessantíssimo, uma cena da vida de Gengis Khan que semeou em mim uma curiosidade enorme sobre a vida dele.
O assunto era traição: e disso eu entendo depois que fui traído por um grupo de “colegas” da Academia Ribeirãopretana de Letras, no final de 2007.
A cena registrava o ocorrido em 1205, o Ano do Boi, um ano após a vitória sobre os Naiman — tribo da região Oeste da Mongólia, governada por Tayang Khan até sua derrota para Gengis Khan —, os seguidores de Jamuka — Irmão de Juramento de Gengis Khan e por um breve período Gur-khan dos mongóis, até ser executado por Gengis Khan —, desesperados e resignados à derrota, aprisionaram-no e o entregaram a Temujin (Gengis Khan). Apesar da animosidade entre os dois homens, Temujin valorizava a lealdadae acima de tudo. Em vez de recompensar os homens que haviam levado Jamuka até ele, ordenou sua execução na frente do líder que eles tinham traído.
Então, resolvi matar a curiosidade conhecendo um pouco mais sobre a vida de Temujin, o Gengis Khan , lendo o livro Gengis Kahn e a Formação do Mundo Moderno, de Jack Weatherford, 461páginas da editora Bertrand Brasil.
E, da mesma forma que o pacifista Jawaharlal Nehru ( o pai da independência indiana e de Indira Gandhi, ex-primeira-ministra da Índia) , fiquei fascinado pela vida desse homem que deixou marcas indeléveis em todos os aspectos do nosso mundo moderno — fronteiras, filosofias políticas, tecnologia, guerras, comércio, roupas, arte, literatura, língua e música — após me deixar levar por esse trabalho fascinante de revisão histórica que não só traça um retrato sem precedentes de um grande líder e de seu legado como nos desafia a reconsiderar a formação do mundo atual.
Nas orelhas do livro um resumo da obra: “O nome Gengis Khan frequentemente evoca a imagem de um bárbaro implacável e sanguinário, sobre o lombo de um cavalo, liderando um bando de cruéis guerreiros nômades no sauqe do mundo civilizado. Mas a verdade surpreendente é que Gengis Khan foi um líder visionário, cujas conquistas uniram a arrasada Europa às culturas florescentes para desencadear um despertar global, uma explosão sem precedentes de tecnologia, comércio e idéias. Abrindo à força, nas estepes remotas da Mongólia, seu caminho até o poder, Gengis Khan desenvolveu estratégias militares e armamentos revolucionários que enfatizavam o ataque rápido ( a conhecida blitzkrieg alemã na Segunda guerra Mundial) e a guerra de sítio, usados de maneira brilhante para derrotar exércitos na Ásia, quebrar a espinha dorsal do mundo islâmico e tornar obsoletos os cavaleiros com suas armaduras na Europa. Sob Gengis Khan, o exército mongol nunca passou de 100 mil guerreiros. Mesmo assim, subjugou mais terras e povos em 25 anos do que os romanos em 400. Com um império que se estendia da Sibéria à Índia, do Vietnã à Hungria e da Coréia aos Bálcãs, os mongóis redesenharam de uma vez por todas o mapa do Globo, conectando reinos díspares em uma nova ordem mundial”.
Depois da leitura dessa extraordinária obra, é impossível olhar para o Eterno Céu Azul e não se imaginar cavalgando pelas estepes, ao lado de Gengis Khan e seu estandarte de crinas de cavalos: o Estandarte do Espírito, residência da alma do guerreiro após sua morte.


ANTONIO CARLOS TÓRTORO
ancartor@yahoo.com
www.tortoro.com.br

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Cleber 14/08/2014

Sensacional
Livro sensacional.
Mostra que não sabemos nada do nosso mundo e das civilizações que fundamentaram a história da humanidade e suas interligações.
Existe mais do que a cultura ocidental, norte-americanizada que tentam empurrar guela abaixo.

site: http://www.livros.com.br
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Igor13 14/06/2018

Justiça histórica de Gengis Khan e de todo povo mongol
Escolhi este livro após começar a ler o livro sobre a viagem de Marco Polo: ‘Marco Polo – De Veneza a Xanadu’. Este último é interessante, mas apesar de tentar explicar, e corrigir, o relato do explorador Marco Polo, acaba ficando um livro desinteressante e deixa o leitor sem contexto. Assim, meio frustrado, pesquisei melhor e descobri esse que avalio a seguir e não me arrependi.

Objetivamente:
1) O autor é um especialista reconhecido em história da Mongólia;
2) Contextualiza excepcionalmente bem a época e o psicológico dos povos envolvidos, desde os mongóis das estepes até os povos conquistados (persas, russos, europeus, chineses e etc);
3) Apresenta uma visão ampla dos impactos do império mongol. Avalia, por exemplo, como os soviéticos na época da União Soviética (com Stalin) tentaram esconder (e talvez alterar) a verdadeira história de Gengis Khan e seus descendentes, das conquistas e os sítios arqueológicos;
4) Não se aprofunda especificamente em nenhuma das dezenas de campanhas. Tenta mostrar os impactos gerais – até porque demandaria que o livro tivesse diversos volumes; e
5) Por fim, e talvez mais importante, demonstra (com muitas referências ao final do livro), como houve uma ‘campanha’ deliberada de retratar o povo mongol como sendo inferior e que apenas teria trazido destruição com sua expansão nos séculos XIII e XIV. Sim, o adjetivo ‘mongol’ como conhecemos foi criado para se referir deliberadamente de modo depreciativo (e supostamente com bases científicas) ao povo da Mongólia. Não é mera coincidência.

Como o livro tem uma lista muito ampla de referências, tomei a liberdade de colocar uma aqui que é especifica das duas tentativas de invasão do Japão pelo neto do Gengis Khan, Kublai Khan. Uma história pouco conhecida por nós que é crucial para entender a cultura japonesa e as influências deste momento crítico e decisivo para eles. livro: ‘The Mongol Invasions of Japan 1274 and 1281, de Stephen Turnbull (sem tradução para português).
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