O Trílio Celeste

O Trílio Celeste Julian May




Resenhas - O Trílio Celeste


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Gabriel Alencar 30/06/2021

Bem café com leite
E é isso aí, meu povo! Chegamos ao último livro da trilogia Trílio (embora este não seja o último livro da série). Pra revisar, já fiz a resenha dos dois primeiros: O trílio negro e O trílio de sangue, além do spin-off O trílio dourado, que acontece entre o segundo e o terceiro livro.

Toda essa saga conta a história de Haramis, Kadiya e Anigel, as três princesas de Ruwenda que precisam salvar o mundo das intenções malignas de Orogastus, o feiticeiro. Toda a série envolve bastante fantasia, artefatos mágicos e tramas políticas entre nações do continente. A essência é: cada princesa necessita de um artefato mágico que, quando juntos, formam o Cetro do Poder e derrotam o mau.

Vamos começar logo falando do grande problema da série. Os livros anteriores já haviam dado dicas neste sentido e esse aqui veio pra sedimentar a coisa de vez: escrever uma saga com autores diferentes é muito difícil. E olha que nem foi uma questão de estilo, foi de trama mesmo.

Com muita tristeza que detectei traços de descontinuidade entre o "Trílio Celeste" e o "Trílio Dourado", respectivamente terceiro e quarto livros na linha cronológica da história (embora o "Trílio Dourado" seja uma história à parte da trilogia principal). Esse é o perigo do trabalho em grupo: necessariamente haverá diferenças e, se não forem bem trabalhadas, elas se tornam notórias com facilidade.

O mais triste é que todos os três livros da série têm a mesma trama! Cara, como isso é possível?! Em todos eles é a mesma coisa: Orogastus (o feiticeiro malvado) quer pegar as três partes do Cetro do Poder e dominar o mundo, aí vêm as 3 princesas brigando entre si, pra no final se unirem e derrotarem o vilão com o artefato mágico. Aff, isso não acaba nunca? Caramba, essa foi a trama DOS TRÊS livros!

Daí não é surpresa nenhum quando o "Trílio Celeste" aparece com um final altamente previsível e idêntico: uma batalha num castelo e o vilão de posse de 2 dos 3 talismãs (inclusive, os MESMOS DOIS em todos os três livros). Pra completar, Haramis dessa vez é uma espécie de Gandalf: some o livro todo e chega no final pra salvar todo mundo.

E se for pra falar de personagens, ai, sinceramente. Acompanhar até o último livro da trilogia o "romance" de Haramis com Orogastus é uma tristeza. Na verdade, se eu não tivesse lido o primeiro livro, teria sido mais fácil de engolir. Mas como eu li, sei que não houve nenhuma construção nesse "amor" que foi enfiado goela abaixo e agora é sustentado pela narrativa forçada da autora, em vez de uma construção adequada de personagens.

Falando em construção, acho muito triste chegar no fim da série e ver a autora usando absurdos de imaturidade da personagem pra justificar algo no enredo. Às vezes nem justificar, é quase gratuito e estúpido. Sério que depois de todas essas "jornadas do herói" não houve nenhuma evolução nas personagens, que mantêm quase os mesmos comportamentos do primeiro livro? Aff. Serviu pra que essa jornada?

O estereótipo das heroínas é exatamente o mesmo nos três livros da série: Haramis, a indecisa; Kadiya, a impetuosa; Anigel, a fricote. Não importa por quantas aventuras elas passem, quantas vezes entrem em conflito, quantas vezes tenham derrotado o mal e passado por provações terríveis. Não importa, elas sempre voltam à mesma personalidade inicial, como se não tivessem aprendido nada.

Sinceramente, pra mim essa é uma falha muito grave porque simplesmente tira a função da jornada do herói! Se torna uma aventura que desemboca numa mudança no fim de um livro, pra no começo do próximo essa mudança ser totalmente ignorada e a história recontada com personagens saindo do zero. Quando isto é somado à repetição da trama nos três livros da trilogia, putz, aí a tristeza bate forte.

Não foi à toa, então, que o meu livro favorito continua sendo "O Trílio Dourado", que conta uma aventura solo de Kadiya. Dessa vez não tem o mesmo vilão e nem as irmãs pra gerar os mesmos conflitos. A gente fica mais próximo da personagem e entende melhor seus conflitos. Pra melhorar, neste livro ela constantemente luta contra sua impetuosidade e ganha – ou seja, aqui ela passou por uma jornada e isso a modificou.

Bom, apesar de tudo isso, não posso negar que o livro tem algo positivo. A maior força do livro é que ele cumpre o que se propôs a fazer. Ele é o que todo livro de fantasia deveria ser e, nele mesmo, tem uma boa estrutura. O problema é quando colocamos ele na série da qual ele faz parte. Não tem como, os livros não existem independentes uns dos outros. E aí quando a gente olha pro todo é que começam os problemas.

Mas sozinho, poxa, tem uma boa apresentação dos personagens, tem algumas boas reviravoltas, os personagens entram em conflito entre si, aparecem amizades inesperadas, etc. Além, claro, de ter magia, animais fantásticos, tramas políticas, etc. Se for pra um dia responder: "Qual um bom livro pra alguém que quer conhecer como funciona o gênero fantasia"? Aí com certeza a série Trílio.

Eu tô falando aqui como se já tivesse lido tudo, né? Mas a verdade é que ainda falta "A senhora do trílio", o último e definitivo livro da série. Espero me surpreender; mas eu sei que, mesmo que não tenha nada espetacular, o livro em si será bem escrito e a história vai emocionar em alguns momentos, que nem aconteceu com "O trílio celeste".

site: https://escritoraoacaso.blogspot.com/2021/05/resenha-o-trilio-celeste.html
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Adriana R. Rossi 13/09/2009

Puxa vida... 4 livros da saga do Trílio e esse final bobo. A MZB iria morrer de desgosto em ver no que sua Haramis se transformou. Vale como o final da história iniciada com o Trílio Negro.
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Adriana 19/05/2014

Gostosinho
Pra quem está acostumado a ler os livros infantos juvenis de hoje esse é bem fraquinho,mas mesmo assim é legal.
Tem de tudo, romance, aventura, e final feliz...
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Rosa Maria 28/10/2014

Sem resenha
Apesar de ser o terceiro de uma sequência de 5 romances , poderia ser o último.
Os outros são episódios soltos das personagens.
Dos três, o melhor !
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