Shirley

Shirley Charlotte Brontë




Resenhas - Shirley


83 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Luis.Zanatta 18/02/2024

Imprevisível!
Num mundo em meio a guerra Napoleônica, onde os trabalhadores e pobres tentam lutar contra a troca do trabalho humanizado pelas máquinas industriais, Robert Moore, um empresário de uma fábrica de tecido, se vê falido e em meio a ameaças, morando com sua irmã Hortense Moore a recebendo conselhos luminosos de sua prima e aluna de sua irmã Caroline Helstone. Sem ideias de como evitar a falência, sua intenção era casar-se com Shirley Keeldar (que em si aparece em uma pouca porção do livro), dona da propriedade onde a fábrica de Mr. Moore reside, herdeira, descrita por muitos e por ela mesma como quase um homem por suas atitudes e responsabilidades, e que por coincidência está vindo de longe com a família de seu tio para a Yorkshire rural, onde a história passa.
Logo Shirley torna-se amiga da prima do seu inquilino, Caroline,uma totalmente rica, inteligente e independente e outra apaixonada que segue os passos de sua querida amiga, uma amizade que lembra Emma e Harriet do romance de Jane Austen.
O romance é imprevisível, impossível saber quais serão os próximos passos dos personagens, das decisões sobre os pedidos de casamentos para com Miss Keeldar, sobre a paixão de Miss Caroline em seu primo Moore, onde tudo se resolve nas últimas páginas. No desenrolar podemos ver as convivências dessa sociedade em guerra, vários tipos de partidos, opniões e classes sociais, doenças, orgulhos se cruzam, junto do romance e algumas risadas! Mais uma linda obra da Charlotte Brontë.
comentários(0)comente



Camila Felicio 24/12/2023

O livro mais diferente das Brontë
Quem for achando que vai ler algo estilo Jane Eyre, A Inquilina, Agnes Grey, Villette e inclusive o Morro dos Ventos Uivantes vai cair do cavalo!!
A narrativa aborda a Inglaterra durante o período inicial da Rev. Industrial e Guerras Napoleônicas, com trechos de explicações históricas em forma de digressões (a la Victor Hugo), muitas discussões sociológicas acerca da luta de classes vivida durante o período, o aumento de miseráveis e a hipocrisia das classe média e alta industrial!
Ademais de trechos sobre a mulher e a sua luta por espaço, gerando discussões acerca dos papeis dos gêneros, vemos discussões sobre o papel feminino principalmente durante a participação de Shirley, a jovem herdeira rica que com seu nome masculino (Até 1849 Shirley era nome de homem, a realidade alterou-se graças ao livro da Charlotte) manda e desmanda em Yorkshire!

Sobre o enredo trata-se da história da amizade e amores de Caroline e Shirley, a primeira mais tímida e amorosa e a última dura e espirituosa, ainda que Caroline seja a personagem mais importante não me assombra que o livro chame-se Shirley pois em sua participação vemos o livro tornar-se mais fluído e divertido, seu romance a la megera domada é encantador!

Recomendo muitooo, e com certeza vou reler o grande romance da Gaskell, a grande amiga da Charlotte, pois é nítido que Norte e Sul bebeu muuuito de Shirley, quem compara a obra a Orgulho e Preconceito precisa conhecer Shirley para ver que tem muito mais influência!!
Só não dou 5 estrelas pois creio que o ritmo do início do livro, os padres e todo o início da história de Caroline não foram interessantes!

Aos futuros leitores, cuidado com a ed. da Pedrazul, iniciei por ela e tive que abandonar, o texto está totalmente picado e adaptado (sem que eu tivesse sido informada...), optei por seguir pela Martin Claret onde está com uma tradução bacana e texto INTEGRAL, pois acho essencial! A Pedrazul cortou digressões interessantes da Charlotte, o uso dos vocativo para chamar o leitor pra obra, não contou o final de personagens dando a entender que a Charlotte simplesmente os abandonou a própria sorte quando não é a verdade, cortou discussões bacanas da Shirley sobre o papel da mulher. No entanto, na edição integral vemos o desenvolvimento de todos!! Aviso pois fiquei bem chateada -eu e minha amiga pois foi uma LC pela mesma edição-, e fiquei com receio de assinar o clube com medo de que volte a ocorrer o problema, espero que não pois adoro o trabalho da editora.
Fabio 27/12/2023minha estante
Ainda não li essa, Camila, mas depois da sua resenha, com toda certeza, entrou na minha lista de 2024!
Parabéns pela resenha, muit bem escrita e sintetizada!?


Camila Felicio 28/12/2023minha estante
Vale muitoo a pena, é parado no começo e o final é a cara do romanticismo, mas vale a pena a jornada porque enriquece pra caramba os debates históricos e a questão sociológica das fábricas vs pobreza e o papel da mulher! A Shirley é encantadora kkkk


Fabio 29/12/2023minha estante
Obrigado pelo feeedback, já entrou para a lista!




Mica CM7 13/12/2023

Bom
Ele é apenas bom, isso mesmo, livro longo, lento, mas, bom rsrs.

gosto de livro de época, esse, é dos bons, mas, não tem muitos acontecimentos.
comentários(0)comente



Renato 03/12/2023

Simplesmente, mágico. Simplesmente, Shirley!
Esse é definitivamente um dos meus livros favoritos da vida. O principal motivo: é um livro que exige ser lido em seu ritmo, ele dita como vai ser a experiência e eu, completamente fascinado, respeitei seu tempo. E não me arrependo de ter confiado na Charlotte pra me guiar nessa empreitada.
É uma narrativa introvertida e muito minuciosa, o tempo é muito real aqui, quase palpável, tudo passa tão lentamente, mas de forma fervorosa. Shirley, ou melhor, Capitão Kelder, aparece quase na metade da narrativa, e chega para abalar todas as estruturas do livro. Junto à Caroline, formam uma dupla encantadora que nos leva a uma densa história que envolve amor, quebra de padrões de uma sociedade patriarcal, críticas ao cristianismo e uma transparência que chega a ofuscar as vistas. Aqui vemos as duas amigas em suas formas mais cruas e humanas, isso causa a atração e o magnetismo direito ao século XIX, onde acompanharemos juntos a empreitada das melhores amigas para superarem a si mesmas e aos empecilhos que suas realidades lhe colocam.
comentários(0)comente



Cheirinhodelivro 26/11/2023

Excelente
Parece ser só mais um clássico relatando o cotidiano de vários personagens do século 19 em Yorkshire, mas os valores ensinados pelas jovens protagonistas são muito valiosos. A autora nos induz a pensar tantas coisas que fiquei a história passou longe da monotonia. Recomendo fortemente.
comentários(0)comente



Paloma | @umlivroqueamei 27/09/2023

Início arrastado, porém o resto compensou
Até uns 30% do livro a história é a maior encheção de linguiça, uma coisa aqui e acolá que é interessante, de resto é pura monotonia. Na história são duas protagonistas, mas só o nome de uma é o título do livro (Caroline merecia mais reconhecimento, mas tudo bem). A leitura só melhora mesmo quando a protagonista, Shirley, chega na jogada (talvez isso explique o título). Shirley e Caroline são personagens encantadoras e cativantes, cada qual a sua maneira, muito embora que entre as duas, Shirley se destaque com sua indomável personalidade a frente do seu tempo. Inclusive, ela poderia facilmente ser a pioneira do termo ?não deita pra ninguém?. O romance aqui é um clássico dos clássicos: demora pra acontecer, mas a caminhada e expectativa até lá é deliciosa. E o fim da trajetória plenamente satisfatório. Fiquei feliz em ter insistido na leitura, passado o início arrastado, recebi um belo romance, com diálogos riquíssimos, problemáticas profundas e reviravoltas que foram a cereja do bolo.
comentários(0)comente



Marcos606 17/09/2023

No romance Shirley, Charlotte Brontë evitou o melodrama e as coincidências e ampliou seu escopo. Ao lado de Maria Edgeworth e Sir Walter Scott, romancistas nacionais, Shirley é um romance regionalista inglês, cheio de material local astutamente retratado, como personagens de Yorkshire e trabalhadores de tecidos.

O romance segue duas mulheres de círculos sociais muito diferentes que mostram às suas comunidades do que as mulheres são capazes (é o livro mais feminista da autora). Caroline Helstone e Shirley Keeldar vivem na Inglaterra do início do século XIX, durante a Revolução Industrial, mas levam vidas muito diferentes. Caroline é uma mulher pobre e solteira que mora em Yorkshire com seu tio, pois seus pais já morreram. Ela ama o dono de uma fábrica, Robert, que seu tio não aprova. Ela presume que sua vida nunca dará em nada e que ela nunca será nada além de um fardo para seu tio.

Shirley, por outro lado, é filha única de uma família de classe média, com os pais também falecidos, ela herda o patrimônio deles e a riqueza que os acompanha. Embora ainda esteja sob os cuidados de uma governanta, a Sra. Pryor, ela tem a liberdade de tomar suas próprias decisões. Sem saber o que é ficar presa às circunstâncias, ela está sempre procurando maneiras de se envolver mais em decisões nas quais as mulheres normalmente não têm voz, como negócios e investimentos.

A história popularizou um nome, "Shirley" anteriormente apenas masculino em um nome feminino.

O romance contém um discurso social explícito sobre a condição do trabalho na Inglaterra, com o objetivo de destacar a divisão de classe e gênero e suas possíveis consequências sociais. Em especial a 'Questão da Mulher', relativa ao estatuto jurídico das mulheres e aos seus papéis nas esferas pública e privada. Shirley Keeldar, é independente e obstinada e, antecipa a 'Nova Mulher' no final da era vitoriana. Em contraponto, Caroline Helstone, representa uma mulher vitoriana convencional: tímida e submissa. Ambas as mulheres lutam, cada uma à sua maneira, para encontrar a felicidade e a realização na vida, mas o epílogo do romance demonstra que as opções disponíveis para as mulheres eram muito limitadas. Ambas não conseguem encontrar a autorrealização fora do casamento convencional.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



22/02/2023

Apesar do livro chamar-se Shirley ela só aparece no livro depois de uns 35% da história, em alguns momentos achei que o livro devia se chamar Caroline.
Porém, quando começa a falar de Shirley mostra que é uma mulher de personalidade forte, claro que, o que ajudava algumas mulheres a poder ter essa personalidade nessa época era o fato de ser rica, pois a maioria tinha que se submeter.
Shirley e Caroline são amigas e em alguns momentos podemos ver que pode existir alguma rivalidade nessa relação, no decorrer do livro é que vamos entender o que realmente se passa e como Caroline às vezes se confunde frente ao caráter de Shirley e como a vida dos outros personagens se entrelaçam às vidas das nossas heroínas.
comentários(0)comente



Sanchez 22/02/2023

Uma bela obra
Este livro acompanhou uma etapa difícil da minha vida. Compartilho sentimentos e bons comentários sobre a história, todavia, os quais sou obrigada a ter pois não sou capacitada para criticar as obras das irmãs Bronte. Comecei a ler os clássicos usufruindo dos bons romances das Bronte, determinantemente Jane Eyre deixou para mim uma boa visão da vida. Anne Bronte sem dúvidas despertou o grande afeto que sinto ao ler histórias interessantes e com desenvolvimento impecável. Mal posso dizer que Shirley ficou de fora, pois na verdade é um dos favoritos já lindos.
Amo a capacidade do livro trasmitir a ambientação do século XIX perfeitamente. Obtendo uma boa experiência com a sociedade no interior de Yorkshire podemos compreender melhor sobre a persistência de manter uma fábrica, os trabalhadores que
comentários(0)comente



MCzinhah 11/02/2023

Sinceramente, o livro em si é MUITO CHATO.
A história não é interessante e extremamente arrastada.
Porém o livro é GENIAL.
A mulher no século XIX simplesmente escreveu um documentário. É quase um The Office do século XIX.
comentários(0)comente



Noemy 31/12/2022

Foi uma boa leitura mas não tão boa quanto Jane Eyre
Esse livro me surpreendeu principalmente por causa do título, se você estiver interesse em ler a ler vocês irão compreender o porquê.
Charlotte bronte não me decepcionou.
Assim que você pega para ler você já vê aquele jeito e traços da escrita da Charlotte Bronte.
Não irei mentir eu esperava bem mais mas também não fiquei tão decepcionada.
Feliz 2023!
comentários(0)comente



Tuca 26/12/2022

Charlotte Brontë é mais conhecida por sua obra-prima “Jane Eyre”. Ao contrário do que muitos pensam aqui no Brasil, ela não foi uma mulher de um livro só. Charlotte publicou também Villete, Shirley, O professor, além dos seus trabalhos de juvenília. “Shirley”, o romance do qual vou falar, é uma narrativa tão boa quanto “Jane Eyre”, apesar de não ter sido recepcionada da mesma forma pelo público à época, e que traz mais liames políticos e uma maior variedade de personagens, além de mocinhos mais suaves do que Rochester.

“Shirley” é uma história de amor e acima de tudo de amizade. Caroline Hesltone e Shirley Keeldar seriam duas amigas improváveis. Shirley uma herdeira orfã que se porta perante a sociedade como um homem. Ela gerencia seus próprios negócios com seu sócio Robert Moore, ela se impõe diante das tentativas do tio de casá-la com um homem rico, ela decide com o que gastar seu dinheiro, quais caridades ajudar, e ela coloca sobre suas asas a sobrinha do clérigo Helstone, senhorita Caroline Helstone, seu quase exato oposto. O que Shirley tinha de razão, Caroline era pura emoção, porém com um grande entendimento do funcionamento da sociedade. Uma jovenzinha completamente apaixonada pelo primo Robert Moore, homem cujo único amor parecia ser sua fábrica.

Na representação dessa mulher forte e determinada, mas também apaixonada e amorosa em sua própria medida em Shirley, Charlotte faz um tributo à sua irmã, Emily, que havia falecido no período de escritura do romance (assim como morrem também nessa época seu irmão Branwell, e depois sua irmã Anne). E dizem que a doce Caroline seria baseada na própria autora.

Em meio à revolução industrial e às guerras napoleônicas, a Inglaterra está uma frenesi. Essas duas mulheres e seus respectivos terão que não apenas lidar com os próprios sentimentos, mas com as dificuldades práticas da sobrevivência de um matrimônio, e os questionamentos sociais das diferenças de classes. A discussão acerca do progressismo e da modernidade social embebida no conservadorismo dos costumes e da opressão feminina. Eu que pensei que iria encarar mais um mocinho meio dúbio depois de Rochester em “Jane Eyre”, ainda mais pelo início de Robert Moore, me surpreendi com dois homens dignos e apaixonantes, e com a amizade encantadora dessas duas mulheres que realmente pareciam irmãs.

“Shirley” é um romance que foi escrito na dureza do luto, mas que se aproxima de um refúgio de um mundo que mesmo cruel pode ter seus finais felizes. Ele ainda traz suas semelhanças com o universo industrial de “Norte e Sul” da amiga e também biógrafa de Charlotte, Elizabeth Gaskell, não somente no contexto, mas em um paralelo entre Thorton e Moore.


site: IG: https://www.instagram.com/tracinhadelivros/
comentários(0)comente



83 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR