Matheus Oliveira 04/08/2022Fahrenheit 451O que dizer de Fahrenheit 451!? Acho que não posso iniciar sem dizer o quanto esta narrativa é super ATUAL, onde em todos os momento consegui ver presente semelhanças de nossa sociedade e preciso assim lembrar que este livro foi lançado em 1953, se trata de uma "DISTOPIA" e foi escrita em uma época pós segunda guerra mundial.
Ray Bradbury traz uma forte crítica social, sobre meios de consumo, manipulação de massa, busca desenfreada por prazer em detrimento dos valores e subversão da importância do conhecimento.
Tendo todo o seu enredo narrado pelo ponto de vista do protagonista que trabalha como bombeiro, basicamente queimando livros, devido a uma cultura de combate a racionalização pelos indivíduos e ao pensamento crítico.
A trajetória narrada é bem similar ao Mito da Caverna de Platão, já bem explorada no cinema pela trilogia de Matrix. Assim o livro é dividido em três marcos importantes: O primeiro o despertar da consciência; O segundo a busca pelo conhecimento; E o terceiro a inconformidade e a promoção de mudança. Conseguimos desta forma acompanhar nitidamente a progressão desse personagem sobre a redescoberta da racionalidade e a importância e necessidade do conhecimento.
Curiosidades: Fahrenheit 451 é a temperatura necessária para folhas de papel entrarem em combustão; Esse livro já foi adaptado para o cinema duas vezes, uma em 1966, em a outra em 2018; Neste momento em que escrevo está sendo preparada uma série que irá ser lançada pelo selo HBO.
Uma última reflexão que o autor deixa é que treinemos o nosso olhar não para a queima literal de livros, mas que existem VÁRIAS formas de queimar os livros, tudo que promova a desinformação, o desinteresse, a alienação, o relaxamento de senso crítico ou a terceirização e negligência de responsabilidades na verdade nos leva de volta as nossas cavernas e ao esvaziamento silencioso de nossas estantes.