Bianca 20/03/2022resenha @oslivros.delaO nono livro da série Mortal, assim como o oitavo e outros que ainda não reli, é um dos que possuem acontecimentos chave que ficaram gravados na minha memória. Mas dessa vez eu vou falar sobre uma coisa que notei nessa releitura: a quantidade de detalhes que a autora precisou desenvolver.
Nesse volume, Eve precisa (1) resolver um crime passional, (2) começa a receber estranhos bilhetes de um grupo terrorista que ameaça destruir locais importantes de Nova Iorque e matar centenas de inocentes. A tia Nora acrescentou, ainda, (3) um conflito entre dois membros da equipe, (4) o envolvimento de um dos irmãos de Peabody, sua parceira, e, como se não bastasse, (5) o próprio Roarke foi envolvido no meio das investigações.
Junte isso com (6) mais explicações sobre a história do mundo futurista que a autora criou, (7) o passado da própria Eve que volta para assombrá-la novamente e (8) o equilíbrio entre vida pessoal e profissional prejudicado: tem tudo para dar errado. Muitas coisas para colocar em um livro só. E eu vivo falando aqui que muitos livros se propõem a falar sobre assuntos demais ao mesmo tempo e não conseguem.
Só que nós estamos falando sobre a Tia Nora e ela sabe como fazer isso tudo dar certo, e fez! É claro que a parte de ser uma série de muitos livros ajudou, porque nós já conhecemos a maior parte dos personagens, como se relacionam e essa coisa toda... Logo, introdução não é mais necessária. A coisa já fica mais fácil de funcionar.
Além do conhecimento prévio dos personagens, a coisa de ter mais livros depois desse também foi usada: alguns detalhes não precisam ser desenvolvidos agora. O que interessa a essa “fase” foi dito e pronto. Seus desdobramentos? Veremos nos próximos livros (inclusive, a própria Eve disse em determinado trecho que precisa deixar certo assunto para depois).
A conclusão da leitura é previsível: meu vício foi alimentado e o fascínio, reafirmado.
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