Até Que Tenhamos Rostos

Até Que Tenhamos Rostos C. S. Lewis




Resenhas - No Reino de Glome


70 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Rafael1548 20/03/2024

Envolvente
Este conto narra a estória de Maia, filha de um rei perverso e que possuía duas irmãs. Enredo se desenvolve na morte do pai de Maia, sua ascensão ao trono e seu governo e da tentativa da personagem em narrar a sua biografia tendo como única resolução de sua vida os motivos que odeia "os deuses".

No primeiro livro, constituído de 21 capítulos, Maia conta a estória a partir do seu ponto de vista. No livro dois, com quatro capítulos, Maia vê a sua biografia nas perspectivas de pessoas que estavam ao seu redor, ou que parentes destes. Estes contraste, juntamente com sua feiura, trouxeram amarguras tais que exigia, assim como Jó, uma audiência junto a Deus.

Ao ver os sacrifícios de sua irmã Psique, a personagem principal percebe o quanto era egoísta e manipuladora. Na sua audiência expôs todos os seus argumentos, repetidos inúmeras vezes, até que o juiz exige um basta. Creio que os nossos ressentimentos só aumentam na proporção que damos motivos para justificar a nossa dor, lambendo nossas feridas.

O clímax fica por conta de Maia encontrar a Deus e saber que Ele exerce misericórdia e não o seu juízo. A única coisa que pode dizer diante de tanta glória (com grande semelhança a Jó) é:

" Sei agora, Senhor, por que não você deu nenhuma resposta. Você é a própria resposta. Diante do seu rosto, as perguntas morrem. Que outra resposta seria suficiente?".
comentários(0)comente



AmandaRabelom 17/03/2024

O livro é muito interessante e tem uma escrita fluida, mas em alguns momentos se torna monótono e parece se afastar da narrativa principal sem propósito aparente.
comentários(0)comente



Wal 24/02/2024

Não consegui largar
Não sou conhecedora de mitologia, maaas fiquei curiosa pra saber o que Lewis ia fazer e sinceramente, pra mim não fez diferença não saber o mito original no início, o livro me prendeu do início ao fim. Uma obra espetacular, e que leva o leitor a reflexões profundas. Amei.
comentários(0)comente



Thayane Oliveira 13/02/2024

Impactante
A narração do livro é simplesmente perfeita, do começo ao fim, ficamos presos na história, diferente de outros livros do C. S. Lewis, como os da trilogia cósmica, que apesar de serem bons o enredo é arrastado. Eu acabei demorando para ler porque eu não entendia muito o que essa história tinha a ver com o cristianismo ou porque merecia a releitura de um autor tão consagrado.... Besteira da minha parte..... Resumindo a história presenteia aquele que persiste até o final com um deslumbramento do mundo espiritual, e uma tarde inteira de reflexões. Sensacional, vou levar comigo muito tempo a vida da Urual, porque afinal a maioria de nós não é gentil e adorável como a psiquê, mas feios, egoístas e invejosos como a Urual. Que cada um de nós possa encontrar a beleza que só existe em Deus.
comentários(0)comente



Mayara945 05/02/2024

Um brilhante reconto
Considerado a obra mais madura de Lewis, escrito já no final de sua vida, essa é uma brilhante releitura do mito de Eros (ou Cupido) e Psique.

Nessa ficção, contada pelo ponto de vista de Orual, irmã mais velha de Psique, vemos como o amor humano pode se tornar possessivo e ciumento, ao ponto de consumir aqueles que estão ao seu redor.

Inconformada de como a história a coloca como a vilã invejosa, que destrói a vida da irmã, Orual decide acusar os deuses por requererem mais do que merecem, tirando dela tudo o que mais amou.

Apesar de não conter uma alusão clara ao cristianismo, é impossível deixar de perceber como o autor trata o humano e o divino de forma a demonstrar como um está ligado ao outro.

Sem dúvidas, esse entrou para o meu top 3 do autor.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Carles 22/01/2024

O divino consome tudo em sua volta
C.s Lewis é um autor que sempre me surpreende de maneira positiva e esse livro é mais um dos casos. A partir da releitura de um mito, Lewis trabalha a relação da humanidade com o divino, uma relação um tanto quanto conturbada, regada de falsas histórias e caricaturas do que realmente é o divino. Fato é que o divino consome tudo em sua volta, reduzindo de alguma forma, todo o resto, em nada. Se eu não estiver enganado, Zizek, trabalhando o cristianismo, alega que o divino invade o sensível de maneira verdadeiramente traumática e acredito que isso caiba bastante nessa história. Uma leitura riquíssima em simbolismos e referências, com uma escrita relativamente simples, mas ao mesmo tempo cativante.
comentários(0)comente



Mitha 08/01/2024

"Sem resposta... O Senhor é a resposta!"
Não tenho intenção de escrever uma resenha sobre esse livro. Não sei se conseguiria. Aliás, nenhuma resenha sobre ele seria capaz de descrever tamanha beleza.
Só estou aqui pra dizer: leia umas das melhores (se não a melhor) obra de Lewis.
comentários(0)comente



rafamassagardi 14/11/2023

"Até que tenhamos rostos, não terão como olhar para nós"
Até que tenhamos rostos é mais um livro genial do C.S. Lewis. Com uma atmosfera mística e uma protagonista feminina forte, essa releitura do mito greco-romano do Cupido e da Psique traz uma perspectiva diferente para a história clássica e cativa os leitores.
É notável quão planejada e bem estruturada essa obra foi, e definitivamente não é a toa que é um dos escritos favoritos do próprio autor. Ademais, a maturidade literária de Lewis é amplamente expressa no livro.
Particularmente, o final foi o que mais me impressionou. Nesse sentido, o tanto de reflexões que este livro me fez ter, especialmente com esse seu desfecho surpreendente, foi absurdo.
Recomendo muito!
comentários(0)comente



daniela!! 31/10/2023

Até que Tenhamos Rostos é um daqueles livros que você não vê ninguém comentando sobre, mas que é simplesmente fantástico!
A história criada por C.S. Lewis é uma releitura do conto de Psique e Cupido, pelo ponto de vista de sua irmã, Orual. Talvez, a melhor parte do livro seja como os personagens são perfeitamente explorados e desenvolvidos, mostrando seus medos, traumas, amores, segredos e sentimentos mais profundos.
Sério gente, leiam esse livro!! ;)
rafamassagardi 01/11/2023minha estante
Aaa que tudo! Quero muito ler


daniela!! 01/11/2023minha estante
Leia simmm!




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Marly.AraAjo 02/10/2023

A vida do Lewis é admirável
Este livro fala sobre o autor. Achei a história de vida dele muito interessante. As questões familiares que Ele viveu que o fizeram se tornar ateu.

É admirável como ele gostava de ler e isso fez dele esse autor tão esplêndido.
comentários(0)comente



samucacn 29/09/2023

Intrigante, comovente, revelador. Esses são alguns dos adjetivos que podem descrever Até que tenhamos rostos, livro no qual C. S. Lewis, com seu brilhantismo característico, rea-liza uma releitura do famoso mito de Cupido ? deus imortal ? e Psique ? humana que, de tão bela, atrai o desejo e a inveja dos deuses. O autor localiza sua narrativa no reino fictício de Glome e subverte a perspectiva tradicional ao relatar a história a partir do ponto de vista de Orual, a rejeitada irmã de Psique.
Escrito perto do fim de sua carreira literária, o livro é a demonstração da maestria de Lewis na arte da composição, contendo uma intrincada narrativa que versa sobre a inveja, a culpa e o luto. Traço comum em suas obras, o autor não se restringe a utilizar as palavras como espelho, em que o leitor reconhece a natureza humana e sua falibilidade, mas, transcendendo, aponta para algo além de nós mesmos, através de profundas reflexões acerca do papel que o divino exerce em nossas vidas. Esta é, para muitos, a melhor e mais madura obra de um dos gênios da literatura.
comentários(0)comente



Tatiana 18/09/2023

Tu és a resposta.
"Morra antes de morrer. Não há chances depois..."

Até que tenhamos rostos é onde Lewis reescreve o mito do Cupido e Psiquê de forma diferente, encontramos nessa história um amor que acabou virando um deus, e consequentemente, um demônio (como diria o próprio Lewis em seu livro Os quatro amores). A história traz a visão da irmã de Psiquê e com ela questionamentos, certezas errôneas e uma identidade sem rosto.
Conforme a história se passa vemos a personagem entender coisas as quais antes não entendia porque simplesmente só confiava em suas certezas e escolhia não ouvir o que era de fato o certo.

"A voz de Deus não havia mudado ao longo dos anos, mas eu, sim. Não havia mais uma rebelde dentro de mim..."

Me lembra um pouco o livro poético de Jó e seus questionamentos, tendo como final que a resposta para tudo não era sobre o que Jó poderia achar mas quem Deus é.

"Sei agora, Senhor, por que não me deu nenhuma resposta. Você é a própria resposta. Diante do seu rosto as perguntas morrem. Que outra resposta seria o suficiente?"
comentários(0)comente



yanaalmoura 12/09/2023

Uma nova perspectiva em C.S. Lewis
Não é surpresa alguma o inegável brilhantismo de C. S. Lewis na escrita de histórias, porém, desvencilhando-se dos modelos conhecidos em "As Crônicas de Nárnia" e na "Trilogia Cósmica", o mundialmente querido e renomado inglês expõe um ângulo bastante diferente em sua maneira de redigir narrativas no livro "Até que tenhamos rostos". Nele, o autor exibe uma espécie de sagacidade e nudez crua as quais não são encontradas nas suas obras mais populares e são desconhecidas por vários de seus mais zelosos leitores.
À primeira vista, o romance em questão é mais um recontar do mito antigo de Eros (ou Cupido) e Psique, mantendo diversas porções marcantes do enredo e aparentando trazer apenas novas formas "bárbaras" ao conto clássico de amor e sofrimento transmitido por gerações. Exemplo desta perspectiva é o nome dado a Psique, "Intra", inexistente no conto original, em adição da intensificação brutal do egoísmo da chamada "Ungit", Afrodite ou Vênus, a qual revela-se ser além do que lhe é atribuído de início.
"Até que tenhamos rostos", com poucos personagens e uma surpreendente fluidez de cenas, reforma o mito a partir da narração de Orual, meia-irmã de Psique e filha do Rei, protagonista fortemente construída e desenvolvida em meio às suas aflições e amores. A princesa relata os acontecimentos de sua vida de modo tão vulnerável e humano que, em grande sucesso, leva o leitor a empatizar com suas emoções e a pensar como ela, adotando a sua perspectiva quanto aos fatos apresentados, de maneira involuntária e natural.
O enredo desvenda-se numa mistura nada homogênea de pequenas alegrias e amarguras profundas, curas simples e feridas complexas, resoluções mortais e obstáculos divinos, sempre preservando a clássica dramaticidade identificada nas histórias gregas. Ademais, em meio à turbulenta existência da narradora, a cada página lida, mais questões são levantadas e menos partidos podem ser tomados, evidenciando um tipo de "este ou aquele?" que pode demarcar a salvação ou a perdição das princesas Orual e Intra.
À inconfundível moda Lewis, o livro conta com uma estrutrura simbológica enraizada mais profundamente do que se percebe de início. Tais significados manifestam-se aos poucos, distribuídos ao decorrer da exposição da história, e conseguem passar despercebidos caso não haja uma leitura consciente mais afiada e crítica.
Por fim, "Até que tenhamos rostos" é uma bela ramificação do acervo de C.S. Lewis, a qual, apesar de pouco explorada, é envolta em caracerísticas menos infantis e bem mais astuta em sua desenvoltura.
Pessoalmente, ao fim da leitura desta obra, a considerei uma das minhas favoritas do autor inglês: marcou-me numa deleitosa experiência literária.
comentários(0)comente



70 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR