Carol 07/05/2023O diálogo aborda temas como a natureza do amor, da retórica e da alma. Se passa em Atenas, e começa com um encontro entre Sócrates e Fedro, um jovem estudante de retórica.
Fedro mostra a Sócrates um discurso que ele havia recebido de Lísias, um conhecido retórico, e os dois começam a discutir a arte da retórica. Sócrates argumenta que a retórica não é uma arte verdadeira, pois seu objetivo não é buscar a verdade, mas sim persuadir os outros a acreditar em algo, independentemente da veracidade do que está sendo dito.
Em seguida, Sócrates e Fedro iniciam uma discussão sobre a natureza do amor, em que Platão apresenta a ideia de que o amor é um impulso divino que leva o indivíduo a buscar a beleza e a perfeição. Sócrates afirma que o amor pode ser um meio de elevação da alma, desde que seja direcionado para o bem e a virtude.
Ao longo do diálogo, Platão apresenta sua concepção da alma usando a metáfora de uma biga puxada por dois cavalos, um bom (razão) e um ruim (desejo), onde o "cocheiro" seria o espírito (parte irascível). Essas partes estão hierarquicamente organizadas, sendo que a razão deve governar as outras duas partes para que a alma possa atingir a virtude e a felicidade.
O diálogo em vários momentos é engraçado, pois Sócrates fala em diversos momentos com ironia.